Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador empreiteira OAS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador empreiteira OAS. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Janot diz que chegou a ir armado ao STF para matar Gilmar - Terra Notícias

Ex-procurador-geral da República afirma que pensou em matar o ministro do STF e se suicidar depois

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse nesta quinta-feira, 26, ao Estadão que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar", afirmou Janot. 

Segundo o ex-procurador-geral, logo depois de ele apresentar uma exceção de suspeição contra Gilmar, o ministro difundiu "uma história mentirosa" sobre sua filha. "E isso me tirou do sério."  

Em maio de 2017, Janot, na condição de chefe do Ministério Público Federal, pediu o impedimento de Gilmar na análise de um habeas corpus de Eike Batista, com o argumento de que a mulher do ministro, Guiomar Mendes, atuava no escritório Sérgio Bermudes, que advogava para o empresário. Ao se defender em ofício à então presidente do STF, Gilmar afirmou que a filha de Janot - Letícia Ladeira Monteiro de Barros - advogava para a empreiteira OAS em processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo o ministro, a filha do ex-PGR poderia na época "ser credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato".
"Foi logo depois que eu apresentei a sessão (...) de suspeição dele no caso do Eike. Aí ele inventou uma história que a minha filha advogava na parte penal para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal... e aí eu saí do sério", afirmou o ex-procurador-geral. 

Janot disse que foi ao Supremo armado, antes da sessão, encontrou Gilmar na antessala do cafezinho da Corte. "Ele estava sozinho", disse. "Mas foi a mão de Deus. Foi a mão de Deus", repetiu o procurador ao justificar por que não concretizou a intenção. "Cheguei a entrar no Supremo (com essa intenção)", relatou. "Ele estava na sala, na entrada da sala de sessão. Eu vi, olhei, e aí veio uma 'mão' mesmo". 

O ex-procurador-geral disse que estava se sentindo mal e pediu ao vice-procurador-geral da República o substituir na sessão do Supremo. A cena descrita acima não está narrada em detalhes no livro Nada menos que tudo (Editora Planeta), no qual relata sua atuação no comando da Operação Lava Jato. Janot alega que narrou a cena, mas "sem dar nome aos bois".
 
O ex-procurador-geral da República diz que sua relação com Gilmar já não era boa até esse episódio, mas depois cortou contatos. "Eu sou um sujeito que não se incomoda de apanhar. Pode me bater à vontade... Eu tenho uma filha, se você for pai..."
Procurado, Gilmar Mendes não havia se pronunciado até a publicação da reportagem.


Portal Terra -  Colaborou Amanda Pupo



segunda-feira, 30 de abril de 2018

Qual o criminoso que não acusa à Polícia e à Justiça?

Em nova carta, Lula acusa Moro de ignorar decisão do STF

Em uma nova carta, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está “perplexo ao saber que [o juiz Sergio] Moro e o Ministério Público não vão cumprir a determinação do STF”. [Lula no momento em que você chamou o supremo de 'supremo acovardado' e não mandaram te prender e a ré, senadora e presidente do PT insuflou os militontos a impedirem que você fosse preso e também não foi presa em flagrante por ordem da nossa Suprema Corte, só nos resta concluir que  o Supremo abriu mão de sua suprema autoridade.

E o juiz Moro, teu algoz, aquele que povoa teus piores pesadelos, não está descumprindo decisão judicial, apenas aguarda a publicação do acórdão - não é o acordão que você tanto espera - para saber exatamente o que deve fazer.

Circulam rumos que você sempre se jactando de nunca ter lido um livro da primeira a última página, resolveu aproveitar o tempo ocioso na cadeia e vai ler na íntegra antiga e famosa Carta de ABC. É verdade?]
 
A declaração foi revelada no último sábado (28) pelo jornal “Folha de São Paulo”.
Na carta, que foi destinada a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, Lula se refere à decisão de Moro de continuar conduzindo o processo contra o petista da reforma do sítio de Atibaia (SP). 


No entanto, dois dias antes da decisão do juiz federal, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) havia determinado a retirada das delações premiadas dos executivos da empreiteira Odebrecht referentes ao imóvel.  “Fiquei perplexo ao saber que o Moro e o Ministério Público não vão cumprir a determinação do STF. Que país é esse em que uma instância inferior desacata a superior, em que um juiz de primeira instância desacata os ministros da Suprema Corte?”, escreveu Lula.

Moro defendeu que o processo possui mais provas além das delações dos executivos da Odebrecht. “Oportuno lembrar que a presente investigação penal iniciou-se muito antes da disponibilização a este Juízo dos termos de depoimentos dos executivos da Odebrecht em acordos de colaboração, que ela tem por base outras provas além dos referidos depoimentos, apenas posteriormente incorporados, e envolve também outros fatos, como as reformas no mesmo sítio supostamente custeadas pelo Grupo OAS e por José Carlos Costa Marques Bumlai”, destacou Moro, no despacho.

Na primeira carta de Lula, divulgada no dia 17 de abril, o ex-presidente revelou ainda “acreditar na Justiça”, além de ter criticado o Ministério Público Federal e a Operação Lava Jato.  Preso desde o dia 7 de abril, Lula foi condenado a 12 anos de um mês de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por receber um triplex no Guarujá (SP) como propina para beneficiar a empreiteira OAS em contratos da Petrobras.(ANSA)

Ansa

 

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Moro será ainda mais meticuloso com Lula

Investigadores, assessores e advogados que acompanham de perto o andamento dos processos da Lava Jato em Curitiba avaliam que o juiz Sérgio Moro deve demorar mais alguns dias para dar a sentença no processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu no caso do triplex no Guarujá. 

Tanto no Ministério Público Federal (MPF) quanto na Justiça Federal no Paraná há o entendimento de que a extensão das alegações finais da defesa do petista, com 363 páginas, vai demandar mais tempo de Moro. Além disso, o juiz da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba deve ser ainda mais meticuloso na decisão sobre Lula, sobretudo pelo peso político da decisão. “O Moro sabe da importância dessa sentença. Portanto, vai revisar e revisar antes de proferir a decisão”, afirmou uma fonte.

A decisão do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) de reformar a decisão de Moro e absolver o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso desde 2015, colabora com essa expectativa. Tanto no Judiciário paranaense quanto no entorno de Lula, a notícia foi interpretada como um sinal claro do tribunal de segunda instância para a Lava Jato.
Moro havia condenado Vaccari a 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Na semana passada, o TRF-4 absolveu o ex-tesoureiro petista alegando que não haviam provas contra Vaccari além da palavra de delatores. “Comemoramos duplamente. Primeiro porque foi feita justiça ao Vaccari, segundo porque o TRF-4 abriu uma nova perspectiva e nos deixou muito animados. Agora temos muita convicção de que não há como o Moro condenar o Lula, não há uma única prova material no caso do triplex”, disse o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho.

Segundo fontes próximas a Moro, a decisão do TRF-4 deve dificultar uma sentença contrária a Lula. Elas avaliam que, para condenar o petista, o juiz teria de aplicar a teoria do domínio do fato, alegando que Lula tinha controle sobre tudo o que acontecia. Do contrário, as provas recaem sobre a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro em decorrência de um aneurisma cerebral – foi Marisa quem decidiu comprar uma cota da Bancoop no prédio do Guarujá e quem mais vezes esteve no imóvel.

Expectativa
A iminência da publicação da sentença no caso do triplex é motivo de apreensão no mundo político e especulações no mercado. Na sexta-feira passada, boatos de que Moro anunciaria a decisão ainda antes do fim de semana circularam entre operadores da área financeira. A boataria não se confirmou. Naquele dia, Moro, que voltava de viagem aos Estados Unidos, ouviu depoimentos de Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, e dos diretores da entidade Paulo Vanucchi, Luiz Dulci e Clara Ant, mas no caso que apura a doação de um terreno ao instituto pela construtora Odebrecht. 

Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo sobre o triplex. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o ex-presidente teria recebido R$ 3,7 milhões em propinas (por meio do apartamento e do armazenamento de parte do acervo presidencial do petista) da empreiteira OAS em troca de vantagens em contratos com a Petrobrás. A defesa de Lula alega que o petista nunca foi dono nem sequer usufruiu do apartamento e que o MPF não conseguiu produzir provas além do depoimento do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.

Se for condenado em primeira e segunda instâncias, Lula pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficar impedido de disputar as eleições de 2018. O petista lidera as pesquisas. Além disso, o ex-presidente é réu em outros dois processos. Um deles apura repasses de empreiteiras investigadas pela Lava Jato à LILS, empresa de palestras do petista. O terceiro processo é sobre o sítio usado por Lula e sua família em Atibaia. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




domingo, 18 de junho de 2017

Os estranhos movimentos da Justiça

A presidente do STF, Cármen Lúcia, trata com reações distintas denúncias contra os colegas Edson Fachin e Gilmar Mendes. E mesmo Dias Tófolli, com a acusação de reforma de apartamento, é ignorado. Juízes batem cabeça e tomam decisões de acordo com conveniências

Na semana passada, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), agiu mais uma vez de forma intrigante em um episódio envolvendo colegas de tribunal. Assim que surgiu a denúncia de que o ministro Edson Fachin, o relator da Lava Jato, havia sido investigado pela Abin – Agência Brasileira de Inteligência -, a magistrada reagiu de bate pronto em defesa do companheiro. Em nota, afirmou ser “inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo Tribunal Federal”. Apressou-se em dizer isso mesmo diante de uma denúncia frágil, não comprovada por fatos, e que até hoje permanece meio obscura. O açodamento teve de ser reparado dois dias depois, quando Cármen Lúcia veio a público novamente, desta vez para colocar água na fervura. Após conversar com o presidente Michel Temer, que negou qualquer investigação sobre Fachin, a juíza disse que não tomaria qualquer providência.

O comportamento da presidente do STF em correr em defesa de Fachin chamou a atenção. Semanas atrás, ela teve atitude oposta em relação a outro companheiro de tribunal, o ministro Gilmar Mendes. Na ocasião, Mendes acusou a Procuradoria Geral da República (PGR), comandada por seu desafeto, Rodrigo Janot, de procurar provas contra ele nas buscas e apreensões contra o senador Aécio Neves. Cármen Lúcia não se moveu para defender Gilmar. Só fez isso, de maneira protocolar, depois que o ministro reclamou, comparando as respostas da juíza em seu caso e no caso de Fachin. Gilmar disse que a ministra deveria assumir a defesa institucional do tribunal e de todo o Judiciário. “E não só de um ou de outro”, afirmou. Cármen Lúcia disse então que qualquer irregularidade, inclusive da PGR, não seria tolerada contra ministros e demais cidadãos. E encerrou o assunto.

Sem sombra de explicação
O episódio evidenciou o fato de que, muitas vezes, pesos e medidas não são iguais para Cármen Lúcia. Não se vê, por exemplo, a presidente da mais alta corte do País exigir do ministro Fachin respostas a duas acusações que pesam contra ele, ambas muito sérias. A primeira seria a de que o relator da Lava Jato teria participado de um jantar regado a muita bebida na companhia do senador Renan Calheiros e do empresário Joesley Batista, da JBS, em busca de apoio durante sua campanha por um assento no STF. E a segunda diz respeito ao uso de um jatinho da empresa de Joesley pelo ministro em seus deslocamentos quando pleiteava o lugar no Supremo. São denúncias graves, que ficam ainda mais sérias quando se lembra que Fachin foi o responsável pela homologação do acordo de delação premiada que permitiu a Joesley sair do País e viver confortavelmente em Nova York apesar dos crimes que cometeu no Brasil.


A politização da Justiça entrou na ordem do dia com divisões quase partidárias entre os magistrados
Não se observa ainda qualquer pressão para que o ministro Dias Toffoli, que ingressou no STF depois de uma jornada como advogado da campanha eleitoral à reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ter sido Advogado Geral da União do governo do petista, explique-se a respeito do envolvimento de seu nome na delação de Léo Pinheiro, dono da empreiteira OAS. Segundo o empresário, Toffoli teria usado engenheiros da construtora para consertar uma infiltração na cobertura de sua casa, em Brasília.

Esses estranhos movimentos do STF, que parecem proteger uns em detrimento de outros, colocam questionamentos sobre se as decisões tomadas pelo tribunal são mais políticas, guiadas pelas conveniências de cada magistrado, do que técnicas, como determina o Direito. E isso justamente no momento em que a corte é acusada de demonstrar grande apetite de interferência nos outros poderes. Nesse momento tão delicado do Brasil, o que se espera é equidade no tratamento de todos os cidadãos e sobriedade na tomada das decisões judiciais, sem permitir a politização da Justiça. E não se pode esquecer que um dos princípios básicos de democracias sólidas é o de que os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo atuem de forma harmônica, sem preponderância de um sobre o outro. Essas são condições vitais para o equilíbrio institucional de qualquer nação civilizada do mundo.

Dois pesos, duas medidas
• O ministro Gilmar Mendes teve seu nome citado como um dos alvos em buscas na casa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Diligência nesse sentido teria sido pedida pela Procuradoria-Geral da República, mas nada se comprovou contra ele
• No primeiro momento, a presidente do Supremo Tribunal Federal não saiu em defesa do colega de tribunal. Fez isso somente depois de Mendes reclamar
• Com o ministro Edson Fachin foi diferente. A magistrada correu para defendê-lo depois da suspeita de que ele teria sido alvo de uma investigação da Abin. A denúncia é frágil e sequer foi confirmada até agora
• O ministro Dias Toffoli também não foi chamado a dar explicações mesmo depois de ter sido citado na delação de Léo Pinheiro, dono da OAS. Ele teria se beneficiado de um trabalho de engenheiros da empreiteira na sua casa em Brasília, que
sofria com uma infiltração na cobertura
• Por outro lado, o STF tem sido acusado de interferir demais em esferas dos outros outros Poderes, o que estaria desequilibrando a harmonia entre Judiciário, Legislativo e Executivo

 Fonte: IstoÉ


domingo, 7 de maio de 2017

Lula usará interrogatório com Moro como ato de mobilização

Petista quer reforçar discurso de vítima de perseguição

O cara a cara com o juiz Sergio Moro, na próxima quarta-feira, sob forte esquema de segurança montado em Curitiba, vem sendo tratado por petistas e pelo próprio ex-presidente Lula como ferramenta importante na estratégia de transformar o interrogatório em ação penal na Justiça Federal em batalha política, capaz de assegurar sua presença na disputa presidencial de 2018. Embora pressionado por crescentes acusações de delatores, a última do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que o acusou de comandar o esquema de propina na estatal, Lula quer reforçar o discurso de vítima de perseguição. Até o momento à frente nas pesquisas de intenção de voto, o PT atua para mobilizar seus apoiadores no Brasil e no exterior, para onde Lula planeja viajar nas próximas semanas em busca de mais apoio. [detalhe: a frente das pesquisas nas intenções de voto mas sem a menor condições de vencer no primeiro turno; e indo para o segundo turno Lula tem um índice de rejeição superior ao de qualquer outro, condição que o impede de vencer  um hipotético segundo turno.
OUTRO DETALHE: para concorrer em 2018 Lula terá que estar em liberdade, não ter sido condenado em nenhum dos processos que responde - atualmente é réu em seis, sendo a tendência de que este número dobre ou mesmo triplique = Lula vai disputar o número de condenações com Zé Dirceu e deve ganhar.]

O primeiro ato do petista é disseminar a tese de que nada do que disser a Moro no depoimento influenciará o magistrado na hora de julgá-lo no processo que trata do apartamento tríplex no Guarujá, cuja propriedade é atribuída a ele, e do armazenamento de seu acervo presidencial pela empreiteira OAS. O ex-presidente Lula é o último entre os investigados nesses processos a prestar depoimento. Por isso, o interrogatório deve ser transformado em um ato político midiático com alvo definido: os seus simpatizantes.
O Lula está sendo tratado como condenado, e não como réu que tem direito de se defender. Passam para as pessoas que o depoimento é um mero ritual. O Moro deixa isso claro o tempo todo. Ele não tem qualquer imparcialidade para julgar esse processo — afirma o deputado w.d (PT-RJ), um dos parlamentares que participa das discussões sobre a estratégia de defesa do ex-presidente.

A preocupação sobre a forma como a fala de Lula no banco dos réus chegará ao público é tanta que a defesa do petista pediu autorização para fazer também imagens de Moro durante o interrogatório. Segundo d, a voz de Moro não pode aparecer no vídeo oficial da Justiça como algo “do além”.
— É importante que as pessoas vejam as expressões dele. [o que a corja lulopetista, incluindo os famigerados movimentos sociais e o maldito PT, não importa.
Quem vai julgar o chefe da organização criminosa, vulgo Lula da Silva, é o juiz Moro e suas decisões serão confirmadas nas instâncias superiores.
Então qual a importância que a quadrilha lulopetista e simpatizantes achem ou deixem de achar sobre a voz do boquirroto.
Outra coisa: é bom os senhores advogados do chefão Lula avisarem para o fanfarrão de palanque controlar seu linguajar - um vacilo e Moro o prende por desacato.]

O PT e movimentos sociais ligados ao partido, como CUT e o MST, pretendem realizar atos em Curitiba desde a véspera do depoimento para, segundo Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula na Presidência, “manifestar solidariedade, denunciar as reformas do governo Michel Temer e as arbitrariedades da Lava-Jato”. A Executiva do partido chegou a marcar uma reunião na capital paranaense na terça-feira, e a bancada de deputados e senadores da legenda deve comparecer em peso. [um alerta para Carvalho, o ex-seminarista de missa negra: o caso Celso Daniel vai voltar à tona, é bom que você ponha as barbas de molho e peça asilo em Cuba.]

Os petistas têm como objetivo fazer o possível para evitar que o ex-presidente seja condenado por Moro e, posteriormente, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, antes da eleição do próximo ano, o que o enquadraria na Lei da Ficha Limpa e barraria a sua candidatura. — Nossa ida para Curitiba é contra o tipo de criminalização que o Lula sofre. Espero que eles não ousem condená-lo porque o povo não vai aceitar. É muito escandaloso o que estão fazendo. Não pensem eles que isso vai ficar desse jeito. Não somos nós, é o povo — diz Gilberto Carvalho.

Existe chance, inclusive, de Lula de ir ao ato que será realizado pela Frente Brasil Popular na região da Boca Maldita, em Curitiba, no começo da noite de quarta-feira, depois de encerrado o depoimento. Apesar da grande mobilização, w.d alega que os petistas e seus aliados apenas vão reagir politicamente a uma ofensiva iniciada pela força-tarefa da Lava-Jato.  — Quem desencadeou a politização foi Curitiba.

Na última quarta-feira, uma viagem internacional do ex-presidente começou a ser discutida numa reunião no Instituto Lula com a presença dos ex-ministros petistas Paulo Vannuchi, Luiz Dulci, Gilberto Carvalho e Marco Aurélio Garcia e de Paulo Sérgio Pinheiro, ex-secretário de Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso. O destino ainda não foi definido. [lembrete: é conveniente que essa viagem ocorra logo; se demorar mais do que algumas semanas, Lula não poderá participar - no mínimo, o passaporte do palanqueiro estará retido.]

O ex-presidente vai anunciar que fará uma viagem para “defender a democracia no Brasil”. Os aliados de Lula apostam que internacionalmente a retirada do líder das pesquisas da disputa política seria mal vista e pensam em fazer alertas, fora do Brasil, sobre esta possibilidade. Durante o giro pelo exterior, o petista deve dar entrevistas a veículos de comunicação estrangeiros e visitar universidades.

Antes disso, porém, há o encontro com Moro. Bem ao seu estilo, Lula fez uma preparação informal para se sentar no banco dos réus. Ouviu muitos aliados e teve uma série de conversa com seus advogados ao longo dos últimos dias, mas não chegou a simular um depoimento. Também não se debruçou sobre o processo, como fazem, por exemplo o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. — O Lula não é de levar script — afirma seu ex-chefe de gabinete.

Sem uso do tom agressivo
O petista usou ainda a série de entrevistas que deu nas últimas semanas para rádios do país como teste. Como o alvo do depoimento é o público e não o juiz, Lula deve recorrer às suas tradicionais metáforas. Na entrevista ao SBT Brasil no último dia 26, o petista disse que o caso do tríplex do Guarujá pode ser comparado a uma mulher que vai a uma loja de sapatos, experimenta 40 pares e não leva nenhum. — Ora, se ela não comprou, o sapato não é dela. É o caso do apartamento e é o caso da chácara (de Atibaia). Se eu não comprei, não é meu — afirmou, na ocasião, o ex-presidente. [Lula falou a verdade - coisa que raramente faz - quando disse que NÃO COMPROU o apartamento e a chácara; na verdade ele ganhou os dois BENS como parte do pagamento de propina.]

O tom agressivo e o discurso mais radical que Lula tem adotado nos atos políticos dos últimos meses não deve fazer parte do depoimento. Na última sexta-feira, por exemplo, na abertura da etapa paulista do 6º Congresso do PT, o ex-presidente ameaçou mandar prender os jornalistas que falam que ele será preso.[e foi imediatamente avisado de que no 'estado democrático de direito' presidente da República NÃO MANDA PRENDER; mandar prender é atribuição exclusiva da JUSTIÇA e, apesar do palanqueiro, o Brasil vive em um 'estado democrático de direito'.]


Fonte: O Globo


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O general do Petrolão

Ao formular a primeira denúncia contra Lula por corrupção, o Ministério Público Federal acusa o ex-presidente de ser o comandante máximo do esquema de desvios na Petrobras. Uma condenação, e a consequente prisão, nunca estiveram tão próximas

Na última semana, a força-tarefa da Operação Lava Jato alcançou o cume da organização criminosa responsável por sangrar os cofres da Petrobras. Nas palavras do procurador Deltan Dallagnol, que coordena o grupo de procuradores em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o “comandante máximo”, o “general” e “maestro” de uma “orquestra” baseada na “propinocracia” “concatenada para saquear os cofres da Petrobras e de outros órgãos públicos”.  

 As contundentes declarações embasaram a primeira denúncia por corrupção contra Lula, apresentada pelo Ministério Público Federal na quarta-feira 14. Nunca antes o petista esteve tão perto de uma condenação e de ser presoalém da possibilidade de se tornar ficha-suja, o que o impossibilitaria de disputar as próximas eleições o segundo revés que mais o atemoriza no momento. Constam ainda no rol de denunciados a ex-primeira dama Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto,  o ex-presidente da OAS e outros quatro executivos.

Foto: Rivaldo Gomes/DGABC

Conforme antecipou a ISTOÉ em sua última edição, configurou-se a tempestade perfeita e o cerco se fechou contra Lula de maneira inapelável. No panorama traçado pelo Ministério Público, todos os elementos levam à convicção de que o petista estava no comando dos desvios nos cofres públicos. O objetivo seria obter uma governabilidade por meio da corrupção, nos mesmos moldes do mensalão, perpetuar-se no poder obtendo recursos para seu partido e também enriquecer ilicitamente. “Temos um projeto de poder estabelecido com base nas propinas, daí a propinocracia”, definiu Dallagnol. De acordo com a acusação, a atuação de Lula “garantiu, durante seu mandato presidencial, uma governabilidade assentada em bases criminosas, mediante compra de apoio político”. O ex-presidente ainda teria formado “em favor do seu partido, o PT, um colchão de recursos ilícitos para abastecer futuras campanhas eleitorais, no contexto de uma perpetuação criminosa de poder”.

NO CENTRO DE TUDO Segundo Deltan Dallagnol, Lula dominava toda a estrutura por ele montada, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias

Esta é a segunda denúncia contra Lula na Lava Jato, mas a primeira em que ele é acusado diretamente de corrupção. A primeira foi feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, imputando a ele a obstrução de investigações de organização criminosa – Lula seria o mandante de pagamentos para evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Neste caso, que está na Justiça Federal do DF, o ex-presidente já é réu e a primeira audiência de instrução e julgamento está marcada para 8 de novembro, conforme antecipou ISTOÉ em sua última edição. A nova denúncia, feita por Curitiba, ficará com o juiz federal Sérgio Moro

Nos bastidores da Justiça Federal, a expectativa é de que Moro delibere sobre a abertura do processo já no início desta semana, o que pode tornar Lula réu em sua segunda ação penal.Nesse esquema criminoso, Lula dominava toda a estrutura por ele montada, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias. O esquema perdurou por, pelo menos, uma década. Diversas pessoas próximas a Lula e da cúpula do PT, que faziam parte desse arranjo criminoso, já foram denunciadas por seu envolvimento em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, reforçando o caráter partidário e verticalizado do esquema criminoso”, escreveram os procuradores na denúncia. A relação dessas pessoas com Lula foi listada como indício de que ele era o ponto convergente do esquema criminoso. Dentre eles, o Ministério Público cita o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o pecuarista José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro João Vaccari Neto, todos atualmente presos na Lava Jato.

  A denúncia se baseia em três acusações principais contra Lula e relacionadas à empreiteira OAS: corrupção passiva no valor de R$ 87,6 milhões, que foram desviados pela empresa em três obras da Petrobras; lavagem de dinheiro no valor de R$ 2,4 milhões pela aquisição e reformas feitas pela empreiteira no tríplex no Guarujá e de R$ 1,3 milhão pela armazenagem de seus bens pessoais feita por uma empresa custeada pela empreiteira.
Outras acusações fatalmente serão apresentadas, entre elas a de envolvimento no assassinato do prefeito Celso Daniel

Diversas delações premiadas robusteceram a denúncia. Sobre a indicação de diretores pelos partidos políticos com o objetivo de arrecadar recursos lícitos e ilícitos, o ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), afirmou que “Lula sabia ‘como as coisas funcionavam’” e sabia “como a ‘roda rodava’, embora pudesse não ter conhecimento das especificidades”. Já o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) relembrou quando seu partido indicou Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras e o Conselho de Administração não queria aprovar a nomeação, o que causou uma crise política entre o governo Lula e o Congresso Nacional, com o trancamento de diversas pautas. “Somente Lula teria força para resolver essa nomeação. O presidente Lula tinha conhecimento de que a manutenção do PP na base aliada dependeria da nomeação da Diretoria, sabendo que o interesse era financeiro e arrecadatório, pois esta era a base inicial de negociação com o governo”, relatou. Segundo Pedro Corrêa, o petista chegou a ameaçar destituir todo o Conselho de Administração da Petrobras caso não aprovassem a indicação de Paulo Roberto Costa. No fim, ele acabou sendo nomeado.

No mesmo dia da denúncia do MPF, os advogados de Lula correram para tentar desqualificar os indícios de que a cobertura no Guarujá foi preparada, reformada e mobiliada em benefício de Lula. Os argumentos, porém, deixam um inequívoco fio desencapado. A cota-parte de um apartamento teria sido adquirida por Marisa Letícia em 2005, mas só nove anos depois a família foi visitar o apartamento para saber se queria mesmo comprá-lo e só em 2015 entrou na Justiça para reaver o dinheiro aplicado. A versão não pára em pé. 

O Ministério Público, por sua vez, sustenta com evidências mais substanciosas que o apartamento e a armazenagem de bens foram parte de pagamentos de vantagens obtidas ilegalmente pela OAS em contratos na Petrobras. Nas próximas semanas, Lula não deverá ter sossego, como deixou clara a própria força-tarefa da Lava Jato. “O trabalho não para aqui, as investigações continuam. Essa é uma primeira resposta aos crimes praticados pelo senhor Lula”, afirmou Deltan. Independentemente do desfecho, e de quando o desenlace se dará, a casa caiu para o ex-presidente. Um vaticínio já se impõe: se não for impedido pela Lei da Ficha Limpa, dificilmente o petista terá musculatura política e eleitoral para concorrer às próximas eleições presidenciais.

Fonte: Revista IstoÉ - Aguirre Talento