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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Vacinação sem vacina - Guilherme Fiuza

Revista Oeste

Falar em obrigar a população inteira a se vacinar — com uma vacina que não existe — significa o quê? Um negócio da China?

A discussão sobre a vacina contra covid-19 está avançada. Muito mais avançada que a própria vacina, mas isso é detalhe. O debate está tão acelerado, com autoridades já anunciando seus planos de imunização, que é capaz de, quando a vacina chegar, já estar todo mundo vacinado. Eis aí uma excelente proposta: chega de espera, vamos vacinar a população antes da vacina. Mas como isso funcionaria exatamente? Muito simples: é só pegar as manchetes, os discursos, as profecias, as bravatas, comprimir tudo numa seringa e mandar pra dentro do povo. Adeus, covid.

A vacina desenvolvida mais rapidamente na história foi a da caxumba — que levou quatro anos para ficar pronta. A do sarampo levou dez anos. Mas naquela época não tinha internet, Tedros, Doria e outras maravilhas da ciência. Hoje em dia o papo é de seis meses e vamos arregaçando as mangas, ou baixando as calças, para resolver logo isso. É só uma picadinha, depois a gente estuda com calma o que foi injetado em você.

Na gripe suína, a vacina gerou enfermidades piores do que a própria doença — para ficar num exemplo histórico mais recente. Um dos trunfos para tentar acelerar a vacina contra covid é o uso de uma técnica inovadora — o RNA mensageiro, que atua na base genética do indivíduo. A ação consiste em induzir o organismo a uma produção imunológica artificial, sem que se precise inocular o vírus atenuado (método tradicional).

Ninguém sabe se isso funcionará e o que vai causar às pessoas. Mas você está ouvindo autoridades falando em iniciar a vacinação neste ano — e já pode começar a ficar na dúvida se vai ter que chamar o médico ou a polícia. Vamos tentar decifrar o RNA mensageiro dos hipócritas?

Tudo isso se dá num ambiente de total transparência — com vacinas relâmpagos brotando das ditaduras chinesa e russa. Vai tomar a Sputnik do Putin? Com essa divertida temática espacial é possível você nem sentir a picada. “Olha o foguetinho…” E quando viu já tomou. Se o pessoal está curtindo máscara personalizada, tipo “I love my dog”, por que não entrar na onda da vacina estilizada? Estética é tudo. Já a vacina chinesa se antecipou às marchinhas carnavalescas. Laboratórios incapazes de conter um vírus que se espalhou pelo planeta inteiro são naturalmente as instituições mais confiáveis para oferecer uma vacina. Esse seria o refrão do bloco mais debochado do Carnaval 2021 se a realidade não tivesse roubado a cena e caído no samba antes da hora.

O Ministério da Saúde entrou na disputa com os governadores mais afoitos para ver quem faz a promessa mais leviana. As “projeções” para o início da vacinação andam oscilando entre o final deste ano e o começo do próximo — sacramentando como única certeza científica o fato de que os cidadãos estão sob o comando de autoridades irresponsáveis. A rigor, já há uma segunda certeza científica: a de que isso não pode acabar bem. E, já que a irresponsabilidade foi oficializada, os tiranetes mais tarados, como João Doria, resolveram declarar que a vacina será obrigatória para todos. Nada de mais. Para quem já inventou número de vidas salvas tentando justificar seus surtos totalitários, um disparate a mais contra a população não faz diferença. A não ser que a população desista de ser o brinquedo predileto de Joãozinho Tranca Rua e seus colegas.

A letalidade da covid-19 abaixo dos 70 anos é inferior à da gripe sazonal, como acaba de confirmar um estudo produzido na Universidade Stanford. Neste cenário, falar em obrigar a população inteira a se vacinar — com uma vacina que não existe — significa o quê? 
Mais uma marchinha roubada? 
Um negócio da China? 
O tão aguardado surto fascista?

Responda aí você, que estamos ocupados decifrando o RNA mensageiro dos hipócritas.

Guilherme Fiuza, jornalista - Revista Oeste 23 outubro 2020


quinta-feira, 26 de março de 2020

Bolsonaro - Coronavírus - Covid-19 X Luladrão - gripe suína x H1N1

Os números não mentem. Dados que podem ser conferidos.


Dados de agora, G1, apontam no Brasil 2.567 infectados e 61 mortes = 2,4%
Qual o motivo de tanto alarde?- inclusive sabemos que o índice de letalidade do coronavírus é bem menor que o da gripe suína.
Dados atuais mostram que aquele índice no Brasil está em torno de 2,5%.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Pandemia - O bem que o coronavírus fez à China e ninguém vê - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

Novo coronavírus foi identificado pela primeira vez na China - Lulinha, TRF-4 manda processo dele para São Paulo


China vai crescer
Perdoem-me continuar no assunto coronavírus, porque ninguém mais aguenta o assunto. Cada vez aumenta mais a minha desconfiança sobre os objetivos dessa doença que tomou conta do mundo. Agora a OMS classificou a doença como pandemia. A gente lembra que em 2013 a mesma Organização disse que a gripe aviária também era uma pandemia, mas a China cresceu mais graças a essa doença.

A China também cresceu mais com a gripe suína e com a peste suína africana. A China também vai crescer mais com o coronavírus. No país asiático, o surto já está acabando e agora está crescendo. A China, que é uma grande compradora de petróleo, está comprando o combustível 30% mais barato. Está comprando mais barato também as commodities e o nosso minério de ferro está incluso.

O país está comprando alimentos com valor mais baixo. Além de estar aproveitando para comprar empresas ocidentais cujas ações caíram de preço. Está uma maravilha para a China. Eles vão conseguir resolver os problemas internos e a inflação graças ao coronavírus.

O caso Ronaldinho
Ronaldinho e o irmão dele continuam presos no Paraguai. O advogado dos dois está levando comida para Ronaldinho porque ele não quis comer o bandejão servido aos outros 200 prisioneiros.  A prisão que eles estão não é para criminosos violentos e sim para pessoas que cometeram crimes leves. Ronaldinho tem ido à cantina para comprar água refrigerada porque está fazendo 40ºC em Assunção e a prisão fica na margem do Rio Paraguai.

A polícia, o Ministério Público e a Justiça continuam investigando o porquê dele e do irmão terem entrado no Paraguai com passaportes, naturalidade e carteira de identidade falsos. Se eles fossem participar de algum evento só era necessário o RG brasileiro. Claro que tem alguma coisa. O jogador finge não estar sabendo de nada, mas isso não pode ser possível. Não tem como acreditar que o melhor jogador do mundo, que já jogou em Barcelona e em Paris, tenha essa ingenuidade.

O caso Lulinha
O processo do Lulinha está sendo transferido da 13ª Vara Federal de Curitiba, que recusou a proposta de prisão dele feita pelo Ministério Público alegando que não havia necessidade, para São Paulo. O Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (TRF - 4), que jurisdiciona Curitiba, manteve a decisão de que a capital paranaense fica com as denúncias da Lava jato desde que estejam ligadas à Petrobras, empresa dilapidada por políticos corruptos do PT, do MDB e de outros partidos também.

Como o processo contra Lulinha não tem correlação com a estatal, ele vai para a comarca original. A investigação mira a Gamecorp que recebeu, segundo o Ministério Público, R$ 132 milhões da Oi/Telecom ou, segundo a Polícia Federal, R$ 193 milhões. Acham que uma fração desse dinheiro serviu para comprar o sítio em Atibaia. Já os processos do pai dele estão nas Varas de Curitiba e de Brasília, enfim, são muitos processos para responder.

Veja Também: Lula livre na Europa é atestado de fracasso das nossas leis e tribunais 


Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo



segunda-feira, 18 de novembro de 2019

China com realismo – Editorial - Folha de S. Paulo

Governo acerta ao adotar pragmatismo nas negociações com o gigante asiático

O presidente Jair Bolsonaro tem adotado uma postura pragmática ao tratar com a China, felizmente. No encontro de cúpula do Brics, em Brasília, intensificou negociações para aprofundar laços econômicos e se recusou a tomar partido na disputa comercial entre o gigante asiático e os Estados Unidos. Esse realismo nas relações com o maior parceiro comercial do país é bem-vindo e pode abrir caminho para boas oportunidades em comércio e investimento.

leilão de petróleo da camada do pré-sal. A
Em 2018, as compras chinesas chegaram a US$ 63,9 bilhões, 26,7% das exportações totais do país, quase inteiramente em produtos primários como soja e minério de ferro. Num momento em que as tensões comerciais travam a importação de produtos agrícolas americanos, o Brasil pode se consolidar como o maior fornecedor. A gripe suína, que dizimou 40% do rebanho chinês e fez disparar os preços, também deve permitir sensível aumento das vendas. Às vésperas da reunião do Brics, Pequim habilitou mais 13 frigoríficos brasileiros para exportação.

Do lado dos investimentos, os chineses já são grandes participantes na área de infraestrutura, principalmente em geração e transmissão de energia. Os aportes devem crescer, conforme o programa de concessões ganhe velocidade. Recorde-se ainda a participação minoritária de estatais chinesas que evitou vexame ainda maior no leilão de petróleo da camada do pré-sal. As relações vêm se intensificando com consistência.

A nota dissonante veio do ministro da Economia, Paulo Guedes. Em mais um de seus já rotineiros exageros retóricos, afirmou durante o encontro que estaria em conversas com a China para a celebração de um acordo de livre-comércio, para logo em seguida recuar. Evidente que aprofundar relações é do interesse do Brasil. A busca por vendas brasileiras de maior valor agregado também deve ser um objetivo. A contrapartida será maior acesso de produtos chineses ao mercado brasileiro.

Embora a abertura seja desejável para que o país possa incorporar tecnologia, ainda há muito o que fazer para reforçar a competitividade brasileira. Sem isso, o impacto inicial seria doloroso em excesso para setores nacionais. Cumpre, por exemplo, avançar na reforma tributária, de modo a simplificar a cobrança de impostos sobre bens e serviços e harmonizar as regras brasileiras com a melhor prática internacional.

O Brasil, um dos países mais fechados do mundo, certamente tem a ganhar com maior integração nas cadeias de produção e comércio globais. A transformação requer coragem e implica custos, mas constitui estímulo fundamental à produtividade da economia.
 
Editorial - Folha de S. Paulo
 
 
 

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Ganhos da guerra no curto prazo

Guerra comercial entre China e EUA pode beneficiar o agronegócio brasileiro este ano. Mas a disputa afetará a economia mundial, com impactos no Brasil


O economista José Roberto Mendonça de Barros avalia que as exportações brasileiras podem aumentar muito para a China neste primeiro momento da nova fase da guerra comercial com os Estados Unidos.

Além de elevar a compra de soja no Brasil, a China precisará comprar muito mais carne, porque teve uma enorme perda com a gripe suína. Essa vantagem, contudo, é só de curto prazo, porque a perspectiva de um conflito entre as duas potências é ruim para o Brasil:  —O evento da gripe suína é muito maior do que as pessoas imaginam. Vai haver uma queda grande de produção por lá. Eles consomem 55 milhões de toneladas e vão perder pelo menos 12 milhões. O Brasil não tem muita capacidade de aumento de oferta, talvez mais 300 mil a 500 mil toneladas, mas isso é um grande aumento para nós. Por reflexo, atinge também carne vermelha e frango. Esse complexo deve aumentar sua oferta.

José Roberto lembra que, como sempre, a fonte de boa notícia vem de poucos setores, mas pelo menos eles existem:  —Nos últimos anos o que cresceu foi o agronegócio, o setor de energia eólica e de petróleo. Não muito mais do que isso. Neste ano, por causa do mercado chinês, o Brasil terá um aumento de exportação do agronegócio. O grande impacto será na soja. No ano passado, isso já aconteceu. Na opinião do economista, por causa dessa capacidade de aumentar o fornecimento, o Brasil se firmou como parceiro confiável. Assim como outros países da América do Sul, como Argentina e Paraguai.
—Em 2017, o Brasil forneceu 43 milhões de toneladas de soja para a China, e os Estados Unidos, 35 milhões. No ano passado, por causa da guerra comercial, a China comprou apenas 8 milhões nos Estados Unidos e elevou para 75 milhões no mercado brasileiro. Os produtores brasileiros têm volume e confiabilidade — disse o economista. O presidente Donald Trump prometeu compensar os agricultores americanos com US$ 15 bilhões de subsídio.

Isso prejudica diretamente o Brasil porque a proposta é o governo comprar os estoques excedentes e mandar para países que precisam. José Roberto não acredita muito que isso dê certo: — Isso é conversa mole. No ano passado, ele prometeu R$ 12 bilhões e não deu nem a metade. Até porque não é fácil fazer isso, não há estrutura governamental para comprar, estocar e exportar. Não estamos mais no período da Aliança para o Progresso, naquela época tinha uma máquina. Os americanos estão construindo silos pra estocar e é por isso que os políticos do meio-oeste, até os do Partido Republicano, estão furiosos com o Trump.

Os chineses prometeram comprar 20 milhões de toneladas, logo de cara, se o acordo fosse feito, mas a nova temporada da guerra aumentou a incerteza. José Roberto acha que esse é um bom momento de o Brasil se consolidar como um fornecedor confiável. Esse é o ganho, mas a perda é bem assustadora. No geral, com a guerra comercial perdem todos, perdemos nós também com a queda do crescimento mundial —diz José Roberto. Este não é um bom momento para o Brasil enfrentar um alto grau de incerteza internacional como o que se abre a partir do agravamento da crise que houve esta semana. A economia brasileira tem esfriado ainda mais nos últimos meses, aumentando a fragilidade fiscal.

O melhor é aproveitar o bom momento com as missões à China como as que estão sendo feitas pelo Brasil. O discurso do presidente Jair Bolsonaro é anti China, pela identidade ideológica com Trump. Mas a realidade dos negócios vai se impondo. O fato é que Brasil e Estados Unidos, no campo das commodities agrícolas, são economias que competem entre si pelos mesmos mercados. É por isso que a guerra comercial tem esse efeito imediato de elevar as compras chinesas no Brasil. Esse cenário de maior exportação do agronegócio se fortalece com o fator que José Roberto falou: a gripe suína forçará a China a comprar mais carne. E os produtores brasileiros podem entregar.
— Eu estou rouco de falar que essa cadeia longa do agronegócio é um dos fortes do país. E ela se fortaleceu com educação, pesquisa, tecnologia e trabalho duro — afirmou o economista.
Há quem, no governo, e no ruralismo, acredite que a agenda do agronegócio tem que ser arma, desmatamento, uso de terra indígena. Tomara que o trigo vença o joio. [terra o agronegócio precisa e as reservas indígenas representam milhares de hectares para cada índio (temos Post sobre isso, sendo muito lido o que comprova a existência de uma reserva de 50.000 hectares para doze índios.)o desmatamento é o que torna a terra ociosa utilizável, pode e deve ser controlado e preservar o meio ambiente;
armas, até que quadrilhas como a do MST sejam extintas são necessário à defesa do sagrado direito de propriedade. ]


Coluna da Miriam Leitão - O Globo