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sexta-feira, 17 de março de 2023

Violência - Terrorismo temos agora no Rio Grande do Norte, não no 8 de janeiro - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Ataques RN
Pelo menos 18 municípios do Rio Grande do Norte sofreram ataques criminosos contra bens e prédios públicos; suspeita é de retaliação do tráfico de drogas. - Foto: Reprodução/redes sociais

Agora não há mais proibição, não há mais censura, então a verdade está chegando. Vejam o argumento que ouvi – e nos Estados Unidos estão discutindo muito isso sobre o que fizeram durante a pandemia: imaginem se a indústria farmacêutica iria perder um negócio de US$ 200 bilhões de dólares só por causa de remedinhos baratos como ivermectina e hidroxicloroquina. 
Por isso, convenceram a maioria das pessoas de que não havia tratamento para doença e que era preciso comprar a tal vacina experimental. Está muito claro: trata-se de mercado, dinheiro. [governo petista dificulta empréstimo para aposentados. O atual  DESgoverno, sem ter nenhum plano de governo, o que faz em inútil tentativa de mostrar serviço? SE METE EM TUDO.
Para o governo do apedeuta maligno vale qualquer esforço para obter mais recursos - sem dinheiro sobrando, fica mais complicado roubar. A última: quer multar em DEZ SALÁRIOS MÍNIMOS as pessoas que ainda não responderam o Censo IBGE - tais pessoas não ganham dez salários mínimos nem em um ano, como pagar multa de 10 salários?]
 
Falando em mercado, dez bancos já desistiram de fazer empréstimo consignado para aposentados depois que o governo estabeleceu juros de 1,7%. 
Os bancos já estão caindo fora, porque o governo tem a mania de se meter em questões privadas e, com isso, vai prejudicar os aposentados. Aliás, os juros na Argentina estão em 78%, e o nosso ministro da Fazenda queria fazer uma moeda única com eles, imaginem só. Não há como não comparar governos.
 
Lula entra na briga sobre o rito das medidas provisórias
Todos na Câmara estão comentando que o presidente Lula está pressionando deputados, porque as teses do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a tramitação de medidas provisórias estão prevalecendo, ao contrário do que defendem Lula e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. 
Então Lula resolveu agir, é o Poder Executivo interferindo no Legislativo. Pobre Legislativo: devia ser o primeiro dos poderes e está sendo o último.  
O Supremo se mete, o Executivo se mete, o presidente da República se mete. O presidente anterior, talvez porque tenha sido deputado durante quase 30 anos, sempre respeitou a independência e a autonomia do Legislativo, e nunca se meteu nas negociações políticas, que lá dentro são feitas pelo partidos políticos, por seus líderes e presidentes.
 
8 de janeiro não rendeu uma única denúncia por terrorismo
Já temos 1.037 denunciados pelo 8 de janeiro e ninguém foi denunciado por terrorismo. Os crimes mais graves são dano qualificado, abolição do Estado de Direito (dá vontade de rir quando falamos isso) e golpe de Estado.  
A maioria está sendo denunciada por incitação ao crime, tentar incitar as Forças Armadas a dar golpe, o que não aconteceu. 
Então o que vai sobrar, como me disseram dois policiais federais, é a acusação de dano qualificado para aqueles que comprovadamente quebraram coisas lá dentro.  
Permanecem presos 208 homens e 86 mulheres. 
Quem chamou essa gente de “terrorista” está sujeito agora a ser acusado de crime de calúnia, inclusive (e principalmente) com cobrança indenização por danos morais. [defendemos que a indenização seja cobrada da pessoa física da autoridade - CPF -  que fez a acusação. E que tal autoridade seja obrigada, sob pena de cassação da CNH e Passaporte, a pagar o débito.]
 
Terrorismo é o que está sendo feito no Rio Grande do Norte agora. Eu já fui vítima de terrorismo, já cobri terrorismo na Argentina e no Líbano, já vi aula de terror para terroristas europeus nos subterrâneos do Líbano, já fui sequestrado por um grupo terrorista (os Montoneros) na Argentina, já fui ameaçado por um outro grupo terrorista na outra extremidade do espectro ideológico, eu sei o que é terrorismo. 
E o que está acontecendo agora no Rio Grande do Norte é terrorismo, pela fraqueza do Estado. 
O terrorismo implica em impor o medo à população, e vemos lojas fechando, escolas particulares fechadas, pouca gente nas ruas, não só em Natal como também nas cidades do interior. 
Isso é terrorismo, que exige um porquê, responder o que há de mescla entre o poder e o crime. 
Há uma comissão na Câmara, a Comissão de Segurança Pública, que está querendo investigar isso.[citada Comissão também  quer investigar o que o ministro da Justiça foi realizar em favelas do Rio e da confiança de que não seria atacado pelos bandidos - se deslocou com segurança mínima.]

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 6 de outubro de 2022

TSE impede governo de veicular campanha de vacinação contra poliomielite

 Ministro da Saúde faria pronunciamento em cadeia nacional 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impediu o Ministério da Saúde de transmitir na cadeia e na TV uma campanha para incentivar a vacinação de crianças contra a poliomielite. O pronunciamento do ministro Marcelo Queiroga seria veiculado na sexta-feira 7, para alertar os pais sobre a doença.[para impedir a reeleição do presidente Bolsonaro, vale até o adoecimento grave de crianças, ou mesmo morte; mas Bolsonaro será reeleito com quase 100.000.000 de votos - ninguém, nenhuma força, vai impedir o POVO BRASILEIRO de votar nele. Bolsonaro tem DEUS ao seu lado.]

A Secretaria de Comunicação Social solicitou a autorização para transmitir a peça em 30 de setembro. Contudo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, negou o pedido.

 O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

 Na decisão, o ministro disse que, embora o pronunciamento seja educativo sobre a importância da vacinação, não há gravidade e urgência para justificar a aparição de Queiroga em cadeia nacional durante as eleições. Pela lei, a autorização prévia do TSE é necessária durante o período eleitoral.

“De fato, mesmo que a divulgação de dados e alertas assuma inegável importância para a adequada conscientização e, consequentemente, aumento da cobertura vacinal, mostra-se plenamente viável que a população tenha acesso a tais informações por outros meios, razão pela qual, no caso, não se revela imprescindível que, para atingir a mesma finalidade pretendida, o titular da pasta se pronuncie na rede nacional de rádio e TV, sob pena de violação ao princípio da impessoalidade, tendo em vista a indevida personificação, no período eleitoral, de ações relacionadas à administração pública”, argumentou Moraes.

Queiroga comentou a decisão depois de participar de um seminário sobre o futuro da indústria farmacêutica no Brasil, na quarta-feira 5.“Nós fizemos a nossa parte, mas o presidente do TSE entendeu que feria preceitos constitucionais de impessoalidade”, disse Queiroga. “Os poderes são autônomos, devem ser harmônicos e todos nós temos de nos curvar à legislação.”

O ministro disse que a pasta vai atingir a meta de vacinar 95% das crianças menores de 5 anos contra a poliomielite. Atualmente, segundo a pasta, a cobertura vacinal está em torno de 60%. Ao todo, 14,3 milhões de crianças devem receber a dose.

 Redação - Revista Oeste


sábado, 22 de janeiro de 2022

Vacina obrigatória é violação que nem regime fascista pensou em adotar - Jovem Pan

Vacina contra a Covid deveria ser uma opção livre, mas se transformou numa questão puramente política; guerra declarada de Bolsonaro é incompreensível

De todas as violências feitas por governos, organizações privadas e outras aglomerações sociais contra a liberdade, talvez nenhuma se iguale em matéria de sordidez à militância pró-vacina obrigatória.  
É fascismo em seu estado mais puro – na verdade, é alguma coisa pior, pois nem o regime fascista mais alucinado jamais pensou em obrigar as pessoas, incluindo crianças de três anos, a se vacinarem contra o que quer que seja. É falsa ciência, no sentido de que sustenta, como fato provado, a existência de efeitos imunizantes que ainda se encontram em observação por parte dos fabricantes e da comunidade científica. É, enfim, uma violação grosseira de um dos mais elementares direitos universais – aquele segundo o qual nenhum cidadão é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa a não ser em virtude da lei. 
É falso que “o direito de todos” deve prevalecer sobre o direito do indivíduo, como prevê a legislação – por este raciocínio, o direito à saúde, ou a não ser contaminado, seria maior que o direito de não se vacinar. Isso poderia valer se a vacina contra a Covid efetivamente impedisse a contaminação. Mas ninguém pode garantir isso, a começar pela indústria farmacêutica tanto que o Brasil já aplicou mais de 300 milhões de doses e rola por aí, à toda, uma “terceira onda”, como haverá, no futuro, uma quarta, quinta ou trigésima primeira. [comentando: somos decididamente favoráveis às vacinas, tanto que já tomamos a dose de reforço e estamos no aguardo do reforço do reforço.
Destacamos que somos contrários a obrigatoriedade da vacina - se todos, ou a imensa maioria, querem a vacina,qual a razão de impor obrigatoriedade.
Nosso presidente é um ser humano, portanto, passível de errar, e nessa guerra contra a vacina erra feio.
Temos admiração pela  Anvisa,mas cabe um reparo a sua conduta recente, adequada a uma busca por protagonismo e caindo na vala comum, dos inimigos do presidente =  inimigos do Brasil, qual seja a de críticas desnecessárias.
Se a Anvisa liberou o uso do imunizante para crianças, qual a razão dos responsáveis procurarem ficar ocultos, no anonimato = como ficam  a transparência e a publicidade? essenciais no serviço público? 
Com o devido respeito ao presidente da Anvisa,  que parece ter aderido a turma dos que sempre que podem estão manifestando o quase dogma: "NÃO SEI DO QUE SE TRATA, MAS O CULPADO É BOLSONARO".
Ao ensejo, lembramos ao excelentíssimo contra-almirante,  oficial-general, duas estrelas,  da Marinha,  que na condição de presidente da Anvisa, com mandato, ele não é subordinado ao presidente da República. 
Mas, sendo oficial da reserva, permanece sua subordinação ao presidente da República, o que torna oportuno evitar que suas entrevistas sejam maximizadas pela mídia militante e transformadas em  showmícios contra o seu comandante supremo - acreditamos que o atual presidente da Anvisa não tem ambições políticas para a próxima eleição..]

É, também, uma agressão direta ao preceito de que cabe ao médico, e só a ele, o direito de receitar medicamentos para os seus clientes – da mesma forma que só o médico pode indicar uma cirurgia, um tratamento de quimioterapia ou qualquer outro cuidado com a saúde.  

Não é um ministrinho do Turismo da Austrália, ou um governadorzinho qualquer, desses 27 que há por aí, que podem ir injetando substâncias farmacêuticas no seu organismo, não é mesmo? É mentira, enfim, que a vacina contra a Covid seja a “mesma coisa” que a vacina contra a pólio e outras doenças infantis, de virtudes provadas além de qualquer dúvida; nem os laboratórios dizem que é.

A vacina obrigatória é apenas a expressão dos anseios de ditadura que a epidemia espalhou entre autoridades e burocratas, quase sempre gente que nunca foi eleita para nada, pelos quatro cantos do mundo. Há dois anos eles tiram enorme proveito do poder que ganharam para dar ordens a populações em pânico abrem, fecham, permitem, proíbem, mandam, desmandam, prendem, soltam. São tratados como gente importante. Levam cada vez mais vantagem. O ministrinho da Austrália, por exemplo, ganhou seus 15 minutos de fama mundial proibindo o tenista Novak Djokovic de participar de um dos principais torneios do circuito internacional de tênis. (Foi copiado de imediato pela França, onde o presidente da República disse que um dos seus objetivos de governo é “irritar” quem não tomou vacina.) Também virou, de um instante para o outro, um herói da esquerda pelo mundo afora. (É claro: não há a mais remota possibilidade, nunca houve, de se ver a esquerda a favor da liberdade, qualquer tipo de liberdade, em qualquer causa e em qualquer lugar.) Hoje querem que você tome duas doses de vacina; amanhã vão querer três, depois de amanhã quatro e depois disso alguma outra coisa, até o fim da vida.

A vacina contra a Covid, num mundo com mais equilíbrio e mais vergonha na cara, deveria ser uma opção livre: quem quer toma, quem não quer não toma, ficando os governos obrigados a fornecer para todos as duas doses básicas, mais a dose de reforço

Qual poderia ser a dificuldade com isso? Se os que não quiserem se vacinar não ameaçam a saúde de ninguém, pois o vírus continua a correr o mundo com vacina ou sem vacina, é problema deles, e só deles, se tomam ou não. Mas o mundo, hoje, não é um lugar de equilíbrio. Na verdade, não há nada mais distante da realidade do que a ideia de uma vacina abundante, disponível para todos e voluntária, como qualquer outro tratamento médico. A vacina contra a Covid, hoje, se transformou numa questão puramente política para governos, partidos, mídia e quem mais pretende ter alguma influência na sociedade. 

A facção que aproveita a Covid, e o pânico causado em torno dela através de autoridades e comunicadores, para impor soluções de repressão, quer que a vacina seja obrigatóriaé mais uma arma para juntar-se ao lockdown, a exigência de testes, as proibições de fazer isto ou aquilo, ao “passaporte” sanitário e ao resto da camisa de força que querem impor à população. A esquerda, naturalmente, é a favor da vacina obrigatória – ela está sempre a favor de uma ditadura mundial permanente, e não ia perder essa chance de suprimir direitos e liberdades individuais. Não está nem aí para a imunização ou qualquer aspecto médico-científico; quer o Estado dando ordens e pronto.

E o outro lado? O diabo, nessa história, é que não há o “outro lado”pode haver no mundo das ideias, mas não há na vida real. É muito simples: lutar contra a vacina, como programa de governo, é algo francamente absurdo. Pode ser uma posição pessoal; não pode ser um objetivo oficial de quem governa. A vacina anti-Covid é uma conquista científica de primeira grandeza; em pouco mais de um ano, um prazo de rapidez inédito, a indústria farmacêutica mundial desenvolveu um imunizante que contribuiu de maneira decisiva para o combate à epidemia, sobretudo na redução do número de mortos. Não funciona como um escudo absoluto, capaz de oferecer 100% de proteção. 

Mas tem sido extremamente eficaz. Há poucos casos de efeitos colaterais graves. E os médicos, em peso, recomendam que se tome a vacina – o que parece um argumento bem decisivo a seu favor. As pessoas, com certeza, deveriam ter a liberdade de tomar ou não a vacina. Mas não é assim que está sendo na vida como ela é. Aí, no mundo das coisas concretas, as autoridades vêm impondo cada vez mais a obrigatoriedade – e certamente têm fortes apoios na opinião pública. Declarar guerra à vacina, à essa altura e nessas condições, não faz nexo. Cada um tem pleno direito à sua opinião, é claro, mas os governos não dispõem deste espaço. Sua obrigação é fornecer as vacinas, apenas – e não ficar fazendo, ao mesmo tempo, campanha contra.

Não há um único caso nesses 300 milhões, nenhum, de alguém que foi forçado a se vacinar

A vacina compulsória é um ataque à liberdade individual, sem dúvida – mas existe, no caso, um fator que muda a natureza da questão. O fato, indiscutível, é que as pessoas querem tomar vacina; no Brasil, pelo menos, a grande maioria quer. Fizeram fila para tomar vacina. Ficaram felizes quando receberam sua carteirinha de vacinação. Ninguém aí achou que a sua liberdade estava sendo ameaçada; o governo pode estar obrigando, mas e daí, se a população quer ter essa obrigação? 
A vacina, na verdade, foi um objeto de desejo intenso. Todo mundo esperava ansioso a chegada das vacinas à sua “faixa etária”; até houve, naturalmente, escândalos com peixes graúdos que furaram a fila. 
 
Era uma neura: o sujeito tomava a vacina e se achava o autor de um ato heroico, ou o beneficiário de um favor do céu. Todo mundo tirava selfies na hora da picada, mandava mensagens para causar inveja aos conhecidos do Whatsapp, se orgulhava de ser um “vacinado”. O Brasil aplicou mais de 300 milhões de doses da vacina anti-Covid – pouco mais de 160 milhões receberam uma primeira dose e quase 150 milhões estão com a vacinação completa. Não há um único caso nesses 300 milhões, nenhum, de alguém que foi forçado a se vacinar. Por que raios, então, não deixar quieta essa história? Se todo mundo quer tomar a vacina, por que se meter numa cruzada contra a vacinação?

A guerra que o presidente da República declarou à vacina da Covid é incompreensível. Ele diz que faz isso por uma questão de princípio – para defender “a liberdade”. Não cola. Se estivesse realmente empenhado em lutar pela liberdade no Brasil, já teria comprovado isso com ações em muitos episódios anteriores, ao longo dos seus três anos de governo. Sua posição deveria ser uma campanha popular; virou, rapidamente, apenas uma implicância. O Brasil foi um caso de sucesso de categoria mundial na aplicação da vacina – em pouco mais de um ano, vacinou quase toda a sua população adulta, sem atropelos ou maiores problemas. 

É algo para se orgulhar, especialmente no caso do governo federal, de onde vieram as verbas para pagar a conta toda. Mas não. O presidente decidiu ser o líder de uma seita – e por conta disso arrumou para si próprio o papel que seus adversários sonhavam: o do inimigo número um daquilo que foi e continua sendo um dos maiores desejos da sociedade brasileira. Por que isso? É um mistério.

Bolsonaro já se referiu a defensores da vacina como “tarados”. Pior: ataca violentamente um serviço do seu próprio governo, a Anvisa, repartição que tem por dever funcional cuidar de questões como a vacinação. É como se a agência fosse um departamento do PT – ou um órgão de governo que faz oposição ao governo. 
Se a Anvisa é subordinada a ele, por que não cumpre a orientação do presidente da República? 
Faz parte do governo do Paraguai, por acaso? O espaço de autonomia das agências públicas não pode servir de desculpa para uma aberração dessas.  
O ministro da Saúde, ao mesmo tempo, é um dos maiores incentivadores da vacina anti-Covid; será que ele também está fazendo oposição? 
É impossível, enfim, estimar quantos votos Bolsonaro poderia ganhar para as eleições presidenciais de 2022 com a sua cruzada contra a vacinação. Por que, se os eleitores são maciçamente a favor da vacina, ele simplesmente não fica calado e vai falar de outro assunto? É um mistério dentro do mistério.
 

J. R. Guzzo, comentarista - Jovem Pan

 

quarta-feira, 17 de junho de 2020

HIDROXICLOROQUINA E COVID-19 : O “X” DA QUESTÃO - Sérgio Alves de 0liveira


A “poluição” da mente das pessoas provocada por essa verdadeira guerra de informações ,contrainformações,propaganda , e  interesses comerciais inconfessáveis,mesquinhos e mercenários,  tanto da poderosa indústria farmacêutica, quanto de  todo o  seu aparato médico-hospitalar vinculado ,está recebendo uma “mãozinha” da grande imprensa para tornar as coisas mais confusas do que  já são, com bastante “ajuda” de certos políticos e autoridades governamentais.

O medo e o pavor se espalham incontrolavelmente em todo o mundo frente à essa  nova ameaça “made in China”, que já contaminou  e matou muita  gente,deixando os hospitais e as UTIs  tão cheios que já começaram a “expelir” pacientes pelas suas janelas. É evidente que todo esse  estresse ”contaminando” as pessoas  24 horas por dia concorrerá “pari passu” com a contaminação “física” desse maldito vírus, afetando fortemente o aspecto emocional, e assim reduzindo consideravelmente a imunidade “psicológica” de todos. Por isso, ao invés ajudar,a grande imprensa só está atrapalhando o combate a essa praga.  Esse “prêmio” ninguém tira da grande imprensa. Uma dessa grandes redes de comunicação chegou a receber, merecidamente, o apelido de “TV Funerária”.

Uma das “proteções” mais difundidas  contra esse vírus “mortal” é o uso ilimitado do gel hidroalcóolico. Mas  a  grande mídia simplesmente se omite de alertar que esse  gel não pode ser usado durante muitos dias seguidos porque afetará  consideravelmente a primeira barreira de imunidade natural do corpo humano, que são as bactérias e os lipídios da pele, uma proteção natural contra  vírus. Essa pandemia global acabou atropelando a busca apressada  por remédios preventivos (vacinas) e curativos da doença.  Apesar de não haver ainda no mundo os remédios específicos homologados pelos órgãos de saúde competentes para  combater o novo coronavírus, alguns profissionais na área de saúde do Brasil, dentre os quais  médicos, e também autoridades públicas, como  o próprio Presidente Jair Bolsonaro,  têm  dado  algum  “aval” ou “garantia” sobre  a  eficácia de alguns remédios  disponíveis  nas prateleiras das farmácias, destinados em princípio a outras doenças, mas que teriam se mostrado positivos para a  cura  do Covid-19,especialmente na fase  embrionária” da doença. Mas aí iniciou  uma guerra sem precedentes na área da saúde.                                                           
Para meu próprio governo, fui a uma farmácia da Rede Panvel ,no Rio Grande do Sul. Ali perguntei à atendente  se havia disponível a  hidroxicloroquina ou cloroquina  e, caso afirmativo, se seria preciso receita médica para adquirir. A resposta me foi dada “curta e seca”: não tem nenhum dos dois ,porque recebemos ordens de retirá-los  todos das prateleiras. Aí eu fiquei completamente intrigado. Como podem esses  remédios terem “sumido” das prateleiras das farmácias, se o próprio Presidente da República tem opinião favorável sobre a eficácia desses remédios, e o Ministro da Saúde  ser um subordinado seu na hierarquia governamental? O Ministério  da Saúde não “manda” nada nessa história. Para que serve esse Ministério, afinal de contas?

[atualizando: foi constatado que a dexametasona - remédio barato, existe a mais de 50 anos - é eficiente para tratamento da covid-19, pacientes em estado grave ou gravíssimo (inclusive, acometido pela chamada 'tempestade de citocinas'),
O cenário ideal e que resolveria de vez o problema seria que a dexametasona fosse utilizada nos pacientes graves e a cloroquina fosse liberada - se comprovada sua eficácia e que os danos colaterais são mínimos - no uso preventivo.
Mas, será que há interesse? Estamos no Brasil, país em que ter uma posição no tocante à covid-19, que não seja a ditada pela 'turma do mecanismo', pode até se tornar crime contra a Segurança Nacional!!! Absurdo dos absurdos é que emitir uma opinião favorável ao presidente Bolsonaro, ainda que expressa em palavras e sem ofensas, contrária aos desmandos do Legislativo e excessos do Judiciário, pode significar CRIME - parte da imprensa já tipificou tal conduta, como atos antidemocráticos e inconstitucionais. 
Percebemos que o cenário é de redução, no mínimo estabilização com tendencia à redução - mas, parte da imprensa não destaca essa redução e, mais grave, já começam a falar em uma segunda onda.] 


Em todo caso, o único profissional que tem direito de “mandar” nessa história é o médico,mais ninguém. Essa é uma prerrogativa profissional insubstituível. De posse de uma receita médica,qualquer pessoa,desde que identificada no ato da compra, deve ter  direito de adquirí-lo, desde que opte por seguir a orientação do seu médico. A única relação jurídica existente deve ser entre o médico e o paciente. Mais ninguém deve “meter o bedelho”.

Dependendo da “boa vontade” do médico, a hidroxicloroquina só poderá ser ministrada a pacientes hospitalizados, ou já  na UTI, quando  o paciente estiver com um “pé-na-cova”. E pelo que se sabe, esse remédio só terá  alguma eficácia na fase inicial da doença. Se é para deixar para “depois”,como hoje é a “política”, mais prático seria os hospitais manterem convênios com os agentes funerários para  que eles próprios passem a medicar os  “seus” pacientes. Mas enquanto todos esses absurdos acontecem, a vacina chinesa contra o novo coronavirus ,feita às  pressas,nas “coxas”, está entrando livremente na  São Paulo, do “tiranete de província” João Doria, que passou a ser “íntimo”do  ditador chinês, Xi Jinping. Só Deus sabe no que isso dará !!!!

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo




quarta-feira, 25 de março de 2020

A Fiesp expôs sua alma em reunião com Bolsonaro - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

 Videoconferência com empresários em meio à crise do coronavírus é penoso documento histórico - Grandes empresários mostraram-se pedestres e pedinchões

Ofertas concretas e bem-vindas vieram de Jean Jereissati (Ambev) e de David Feffer (Suzano). Um contou que sua fábrica do Rio foi reciclada para produzir álcool que será doado à rede pública. O outro revelou que doará 500 mil máscaras. A  reunião produziu três “Momentos Fiesp”. O primeiro aconteceu depois que Eugênio de Zagottis, falando pelas farmácias, pediu o razoável adiamento da remarcação de preços prevista para a semana que vem: “O Brasil não precisa dessa manchete”.

Deu-se uma saia justa. Carlos Sanchez, representante da indústria farmacêutica, retomou a palavra, dizendo que os aumentos para remédios relacionados com a Covid-19 poderiam ser adiados. Quanto aos demais, só haveria dois caminhos, um dólar de R$ 4 para o seu setor ou uma redução de 5% na margem das farmácias, que deveria ser repassada à sua indústria. A proposta de Zagottis ficou no ar.

Num outro episódio, Rubens Ometto, o maior produtor de álcool neutro do país, trouxe uma agenda filosófica: “A gente precisa tomar muito cuidado com as promessas que têm sido feitas para a população, porque às vezes você pode quebrar uma cadeia dos serviços e dos negócios que são feitos, como a promessa de itens grátis, como água, como luz, como esse negócio todo. Vai se criando uma ideia de que não há necessidade de pagar.”

Tudo bem, mas tinha-se acabado de tratar, sem sucesso, da conveniência de se adiar um aumento de preços de remédios.
No terceiro episódio, Edson Queiroz Neto pediu que aviões da FAB fossem à China para buscar suas encomendas relacionadas com a epidemia. Tomou um contravapor do ministro da Casa Civil, Braga Netto, lembrando-lhe que a Vale fretou um avião para buscar o material que doará.

A Vale, que não estava na reunião, fechou na China a compra de cinco milhões de testes rápidos. A primeira remessa, de um milhão, deve chegar na sexta-feira. Os quatro milhões restantes chegarão em meados de abril. Essa doação equivale à metade das unidades que o Ministério da Saúde estima necessitar. Tudo sem necessidade de pagar. [É muito generosidade, especialmente por parte de uma Empresa que foi vítima de uma fatalidade e que há mais de um ano vem suportando uma "industria" de  indenizações que favorecem a milhares de pessoa, que se apresentam como parentes de vítimas do desastre Brumadinho.]

A Fiesp mostrou um rosto cenográfico, e alguns grandes empresários mostraram-se pedestres e pedinchões. (Paulo Skaf, presidente da Fiesp, prometeu cinco mil leitos. Enquanto ele falava, o ministro Luiz Henrique Mandetta tamborilava com os dedos na mesa.) No dia seguinte a essa cena espetaculosa e irrelevante, uma franquia da Domino’s, sem fanfarra, mandou umas 30 pizzas aos profissionais da saúde de um hospital público do Centro do Rio, com o seguinte bilhete:
“Com um toque de amor, em agradecimento a todos vocês que estão na linha de frente, se sacrificando por nós”.

De vez em quando, surge a ideia de que o ato de pagar (e de receber) não é tudo na vida de um povo, de uma empresa ou até de uma pessoa.

Folha de S.Paulo - O Globo - Elio Gaspari, jornalista