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domingo, 31 de dezembro de 2023

Intolerância religiosa - A perseguição extrema de cristãos na Nigéria, um grito silenciado por liberdade religiosa

Vozes - Gazeta do Povo

Crônicas de um Estado laico

Decoração de Natal na cidade nigeriana de Ibadan, uma semana antes dos ataques islâmicos contra cristãos no Natal.

Decoração de Natal na cidade nigeriana de Ibadan, uma semana antes dos ataques islâmicos contra cristãos no Natal.| Foto: Samuel Alabi/EFE/EPA

Há uma crença equivocada segundo a qual apenas minorias podem ser alvo de perseguição, uma lógica que desconsidera a perseguição religiosa, especialmente contra cristãos, um povo pacífico por sua própria teologia. Além da perseguição educada que atinge os cristãos, como o cancelamento e a mordaça, tão presentes atualmente no Brasil e denunciadas nesta coluna, ocorrem também lamentáveis episódios de perseguição extrema em diversas partes do mundo, destacando-se o caso da Nigéria.

A perseguição religiosa extrema na Nigéria tem crescido ano após ano, enquanto entidades internacionais permanecem indiferentes e o mainstream faz questão de esconder tudo. 
Com uma população de pouco mais de 200 milhões – semelhante, portanto, à do Brasil – dos quais 100,5 milhões são cristãos, a Nigéria subiu da nona para a sexta posição na lista dos 50 países onde os cristãos enfrentam maior perseguição nos últimos dois anos, de acordo com os dados fornecidos pelo Portas Abertas.
No mais recente capítulo dessa tragédia, ocorrido durante as celebrações natalinas entre os dias 23 e 25 de dezembro, grupos islâmicos atacaram pelo menos 20 aldeias cristãs no estado de Plateau. 
Enquanto o mundo celebrava o nascimento de Jesus Cristo, nossos irmãos nigerianos foram brutalmente massacrados por causa de sua fé. Segundo relatório da ONG nigeriana Intersociety, mais de 40 mil cristãos foram mortos nos últimos anos por causa de sua fé, enquanto 18,5 mil cristãos desapareceram permanentemente. 
Além disso, 17,5 mil igrejas foram atacadas e 2 mil escolas cristãs foram destruídas. 
Nesse contexto, 6 milhões de cristãos foram forçados a fugir do país, e 4 milhões são deslocados internos.


    A perseguição religiosa extrema de islâmicos contra cristãos na Nigéria tem crescido ano após ano, enquanto entidades internacionais permanecem indiferentes e o mainstream faz questão de esconder tudo

Na situação ocorrida neste Natal, os relatos de cristãos residentes na Nigéria revelam que os ataques resultaram na morte de 160 pessoas e deixaram mais de 300 feridos, muitos dos quais foram encaminhados para tratamento em hospitais. 
Entre as vítimas, predominam mulheres, crianças e idosos, grupos vulneráveis que enfrentam maiores dificuldades para escapar desses ataques brutais. 
A organização Portas Abertas aponta que a perseguição extrema enfrentada pelos cristãos na Nigéria está relacionada a uma agenda organizada de islamização forçada, que tem se intensificado ao longo dos anos. Desde a adoção da sharia, em 1999, essa islamização, utilizando meios tanto violentos quanto não violentos, agravou-se, com ataques de grupos militantes islâmicos aumentando desde 2015. 
Boko Haram e ISWAP são alguns dos grupos liderando essas ações violentas, resultando em mortes, danos físicos, sequestros e violência sexual, impactando principalmente os cristãos. 
Nos estados onde a sharia foi implementada, os cristãos enfrentam discriminação e exclusão, enquanto os convertidos enfrentam rejeição familiar e pressões para abandonar o cristianismo, muitas vezes acompanhadas de violência física.
 
O contexto à luz dos direitos humanos universais
Neste contexto, é imperativo recordar os princípios fundamentais da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
A perseguição religiosa, tanto extremada quanto educada, viola diretamente o artigo 18, que proclama o direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião.  
No mesmo artigo, o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos garante o direito de ter, manter e mudar de crença, bem como de exercê-la, enquanto o artigo 12 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos traz a mesma garantia.

Em nossa obra Liberdade Religiosa: 
- fundamentos teóricos para proteção e exercício da crença, defendemos que a liberdade religiosa ordena e estrutura o próprio sistema político em que se encontra: 
1. garantindo o pluralismo de ideias emanado de um ecossistema variado de crenças, fundamento de qualquer democracia plural e inclusiva; 
2. é um princípio de organização social e de configuração política, porque contém uma ideia de Estado oriunda da cosmovisão e dos sistemas de valores das confissões religiosas; 
3. potencializa o exercício e o gozo dos direitos civis e políticos. A pessoa religiosa que possui os âmbitos de sua crença e o exercício protegidos exerce os direitos civis e políticos com a tranquilidade de que aquilo que é mais sagrado não será tolhido nem violado pelo Estado; e 
4. é a pedra nodal do sistema de liberdades, visto que, se o ser humano tem negado pelo Estado seu direito mais íntimo de crer e de exercer sua crença, todas as outras liberdades serão prejudicadas, seja diretamente pelo Estado, seja pela aniquilação da autonomia da vontade da pessoa religiosa de exercê-los.

Assim, a defesa da liberdade religiosa é um dos pilares fundamentais para quem pretende proteger a dignidade e os direitos humanos. A liberdade religiosa é a base para a construção de sociedades pluralistas e inclusivas, onde a diversidade de crenças não é apenas tolerada, mas valorizada como um componente enriquecedor do tecido social.

Situações como a vivenciada pelos nigerianos devem ser enfrentadas pelas Nações Unidas e por todas as entidades que atuam com direitos humanos, e devem ser denunciadas pela mídia internacional – aliás, alguém viu alguma matéria de jornalões do eixo Rio-São Paulo sobre os ataques? 
Reportagens sobre a necessidade de um olhar eficaz das Nações Unidas sobre a Faixa de Gaza são constantes, enquanto denúncias em face da política de apartheid contra os cristãos na Nigéria e em outros países dominados pelo Islã, assim como as perseguições que ocorrem em regimes totalitários como Coreia do Norte e China, passam incólumes.

A União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos e o Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) emitiram importante nota denunciando esse lamentável fato ocorrido na Nigéria, conclamando todos à oração pelos cristãos que vivem em situações de perseguição extremada e “para que a comunidade internacional, bem como o governo brasileiro, tenha uma posição firme contra a perseguição religiosa ocorrida na Nigéria e em qualquer outro país do mundo, adotando medidas eficazes para rechaçar qualquer discriminação e perseguição aos cristãos e pessoas de qualquer religião que querem apenas viver suas vidas em paz, seguindo suas doutrinas religiosas e adorando a Deus”.

Diante dessa realidade, é urgente que a comunidade internacional se una em solidariedade e aja para proteger a liberdade religiosa, promovendo um mundo onde a crença de cada um seja respeitada e celebrada como um elemento vital da riqueza cultural da humanidade. 
Os autores dessa coluna reforçam seu compromisso em denunciar essas atrocidades, clamar por justiça e promover a liberdade religiosa como um direito humano fundamental. 
Que a luz da solidariedade ilumine o caminho daqueles que enfrentam a escuridão da perseguição, e que a esperança prevaleça sobre a intolerância, construindo um futuro em que todos possam viver e adorar livremente, sem temer pela própria fé.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Thiago Rafael Vieira,
colunista  Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Profanação de igreja e ofensa à fé religiosa são atos inaceitáveis - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES

Invasão de igreja gera onda de críticas em todo o país; vereador do PT é alvo de pedido de cassação  Fotografia/Mandato
Um absurdo a profanação de uma igreja católica histórica em Curitiba. Um grupo de pessoas conduzido por um vereador do PT de nome Renato Freitas, portando bandeira vermelha do partido comunista, entrou na igreja na hora em que os fieis estavam esperando o início da missa. Gritaram palavras de ordem e ofensas à Igreja Católica – e isso fica de aviso aos milhões de católicos brasileiros, porque pode ser só o início. No Chile, em outubro de 2020, duas igrejas foram queimadas.

Falas de Barroso polarizaram muito e contribuíram pouco para o debate
Tirania da vacina desperta batalhas judiciais por liberdade

A igreja foi construída no século 18 por escravos, chamada de Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos homens pretos de São Benedito. Durante muitos anos, foi local de missa de corpo presente das pessoas que morriam em Curitiba. Essa igreja chegou a ser matriz de Curitiba. Então, a profanação foi muito grave. A Câmara de Vereadores precisa fazer alguma coisa contra esse parlamentar.

Os invasores participavam de um protesto pela morte do congolês Moïse Mugenyi, no Rio de Janeiro. Ele foi morto depois de cobrar uma dívida em um quiosque na Barra da Tijuca. [lembrando que o congolês, um homem negro, foi assassinado por homens negros = racismo de negro contra negro?]  Foi derrubado no chão no bate e boca por três homens que acabaram matando-o a pauladas. Os três estão presos e as Polícias Militar e a Civil estão investigando o caso.

Agora, essas pessoas que estavam na igreja, que chamavam os católicos e a igreja de fascista, nazista e racista, é que são racistas, na verdade. Como nós sabemos, racista é todo aquele que põe a diferença de cor e a diferença de etnia como medida de todas as coisas. Os não racistas vêem a pessoa como normal, um igual, uma pessoa humana, sem se importar com a cor e a etnia, importando, sim, o seu caráter e valor.

Convite para posse
O presidente J
air Bolsonaro recebeu nesta segunda-feira (7) a visita dos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, respectivamente futuro presidente e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Depois, em setembro, Moraes vai virar o presidente e presidir a eleição. Os dois foram entregar o convite a Bolsonaro para a posse deles no próximo dia 22. [até em um ato  meramente protocolar, os ministros cuidaram de demonstrar desapreço ao presidente da República - marcaram o compromisso como um ato qualquer, na véspera. 
Os ministros citados se consideram tão importantes, que entenderam desnecessária maior antecedência na marcação da visita = supomos que imaginaram que o presidente desmarcaria qualquer compromisso para recebê-los. Felizmente, Bolsonaro tratou o compromisso como algo comum e os recebeu no intervalo entre audiências concedidas a outras autoridades.]

Como marcaram na véspera, o presidente não pôde desmarcar o que estava na agenda, de modo que gabinete do presidente estavam presentes, acompanhando o encontro com a possibilidade de escutar o que estavam conversando, o ministro da Defesa, Braga Netto, e os três comandantes militares, mais o advogado-geral da União e o secretário nacional de Justiça. A conversa durou cerca de 10 minutos. À tarde, eles entregaram o mesmo convite para os presidentes da Câmara e do Senado.

Registro o fato porque não deixa de ser significativo, uma vez que não há nenhum ambiente amistoso entre Bolsonaro e os dois ministros do TSE.

Dois pesos e duas medidas
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, não aceitou pedido da defesa do ex-ministro Antonio Palocci, que queria igualdade de tratamento em relação a Lula. Anularam o processo do ex-presidente e desbloquearam os bens dele. Já Palocci, que está no mesmo processo, na mesma vara em que Sergio Moro era juiz em Curitiba, continua com todos os bens bloqueados.

Palocci fez uma delação premiada que deixou Lula furioso, pois disse que o petista recebia dinheiro levado por ele próprio. Mas Lewandowski não atendeu ao pedido da defesa. São dois pesos e duas medidas. São essas coisas que precisamos acompanhar no nosso Supremo.

[Sobre a invasão covarde, repugnante da Igreja Nossa Senhora do Rosário, saiba mais clicando aqui OU qual lei.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 17 de setembro de 2017

Irmãos suspeitos de agressão a sírio controlam camelôs em Copacabana


Durante operação da Seop, eles vendiam seus produtos na Rua Siqueira Campos

Para quem passa, não há nenhuma ordem na confusão de ambulantes que vendem pelas ruas do Rio produtos roubados, falsificações grosseiras e contrabando. Observando de perto, a história é outra: cada pedaço do espaço público tem um xerife. Um dos pontos de maior concentração de camelôs, Copacabana é o retrato de como organizações criminosas estão loteando o Rio. Conhecidos como “Irmãos Metralha”, Sidney e Denílson Pinto "donos" de dois quarteirões da Avenida Nossa Senhora de Copacabana com a Rua com a Rua Barata Ribeiro, entre as ruas Siqueira Campos e Santa Clara.


Sem fiscalização: Banquinhas de camelôs são montadas nas calçadas em frente às lojas na Avenida Nossa Senhora de Copacabana: ambulantes são obrigados a pagar até R$ 200 por semana aos irmãos que mandam no trecho - Domingos Peixoto
 
Sem a repressão de guardas municipais e nunca condenados pela Justiça, eles são empresários das ruas há pelo menos 16 anos e controlam, com mãos de ferro, a maioria dos pontos. Para trabalhar ali, os ambulantes precisam da autorização deles, além de pagar um aluguel entre R$ 100 e R$ 200 semanais, sob pena de, em caso de recusa, serem vítimas de ameaças e até de violência.

Sem dinheiro para pagar aos irmãos, o refugiado sírio Mohamed Ali Abdelmoatty Ilenavvy, de 33 anos, foi atacado, no início de agosto, por outros camelôs, a mando de Sidney e Denílson. A descoberta foi feita pelo GLOBO na semana passada, a partir de relatos de testemunhas e ambulantes. Por trás das cenas de intolerância religiosa, que causaram repúdio à população, levando Mohamed a receber uma série de homenagens, há, na verdade, uma intensa disputa pelo espaço. Mohamed foi agredido porque tentava instalar, sem autorização da quadrilha, sua barraca para vender esfirras, na esquina da Avenida Nossa Senhora de Copacabana com a Rua Santa Clara.

É possível identificar Denílson Barcelos nas imagens do ataque a Mohamed, feitas por um cinegrafista amador. Ele aparece à frente dos ambulantes, enquanto um homem, empunhando um pedaço de pau, grita palavras de intolerância. O “xerife” da área vestia, na ocasião, camisa azul clara de malha, calça jeans e uma bolsa a tiracolo preta. O refugiado sírio não registrou queixa na polícia. Mesmo com todo apoio e solidariedade que recebeu desde então — na última quarta-feira, ele foi agraciado com o título de Cidadão Fluminense na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e convidado a desfilar na Portela —, Mohamed foi obrigado a se mudar. A barraquinha, com a qual garante sua subsistência longe de seu país, teve que ser posicionada fora do alcance dos “Irmãos Metralha”. Agora, ele vende seus salgados na Rua Santa Clara, a cerca de cem metros do ponto original, que ficava mais próximo da Nossa Senhora de Copacabana.



Guardas sofrem ameaças e têm medo
Ambulantes, comerciantes e moradores de Copacabana revelaram que os “Irmãos Metralha” contam com a proteção de seguranças que trabalham no comércio local, quase todos ex-policiais. Também apontaram Sidney e Denílson como os responsáveis pelo fornecimento de mercadorias para outros ambulantes. Os dois contariam, de acordo com eles, com uma rede de funcionários e bancas. Camelôs legalizados confirmaram que eles controlam o espaço público, e mesmo guardas municipais admitiram temer a dupla. — Tenho medo sim. A rede da família é muito grande. Já tivemos casos de guardas municipais ameaçados — afirmou um agente municipal, que pediu para não ser identificado.

Os irmãos também são suspeitos de participação nos ataques, na esquina da Nossa Senhora de Copacabana com Rua Siqueira Campos, a um grupo de torcedores uruguaios do Nacional, que vieram ao Rio assistir ao jogo em que o clube do país enfrentou o Botafogo e perdeu, durante a disputa da Libertadores da América. O tumulto também aconteceu em agosto, poucos dias depois de o sírio ser agredido. Pelo menos dez ambulantes espancaram os estrangeiros. 

Os uruguaios teriam começado a fazer provocações, quando estavam numa lanchonete, e, no caminho, se depararam com a turma dos “Irmãos Metralha”. Graças a um outro cinegrafista amador, que filmou camelôs agredindo um dos uruguaios já caído na Nossa Senhora de Copacabana, é possível saber que o mesmo grupo foi responsável pelas cenas de violência. Treze torcedores foram detidos pela PM e levados à 12ª DP (Copacabana). Mas nenhum ambulante foi preso. — A situação poderia ficar fora de controle, se a gente não chegasse. Estavam com pedra na mão, pedação de pau. Foi rápido, mas devastador — contou um policial do batalhão da área.
 
Vendendo produtos variados — óculos, eletrônicos, brinquedos e roupas de marcas famosas falsificadas —, os “Metralha” se movimentam nas esquinas de Copacabana, de forma organizada. Um homem atua como “olheiro”, de prontidão num ponto estratégico, para avisar sobre a chegada da fiscalização. Uma logística ousada para driblar a repressão. Durante uma operação da Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop), há duas semanas, mesmo com guardas municipais parados na Nossa Senhora de Copacabana, os irmãos vendiam seus produtos a apenas 50 metros, na Rua Siqueira Campos.

E, na semana passada, eles já estavam de volta à esquina da Nossa Senhora de Copacabana com a Siqueira Campos. Denílson e Sidney só se deslocavam dali para vender em outras áreas sob seu domínio: na esquina das ruas Barata Ribeiro com Siqueira Campos; na Nossa Senhora com Santa Clara; e ainda num trecho da Figueiredo Magalhães. Na segunda-feira passada, a dupla vendia óculos de sol e de grau em pelo menos cinco bancas improvisadas. Os negócios dos “Metralha” são diversificados, vão de roupas falsificadas a bijuterias “made in China”.

Bando conta com “olheiro”
Denílson, de 46 anos, tem 16 passagens pela polícia. Sidney, de 48 anos, supera o irmão: são 33. As acusações contra os dois são todas relacionadas à venda ilegal de produtos. Os primeiros registros são de 2001. Portanto, há 16 anos, eles atuam na clandestinidade. Entre as queixas já investigadas pela polícia, há de tudo um pouco: ameaça, desacato, venda de produtos falsos, pirataria. Há dez anos, os irmãos já eram conhecidos em Copacabana pelo comércio de CDs e DVDs piratas. Um registro dessa época, na Delegacia de Defraudações da Polícia Civil, chegou a virar processo na Justiça estadual, mas acabou arquivado por falta de provas. Ninguém apareceu para testemunhar. O medo impediu.

O delegado Gabriel Ferrando, titular da 12ª DP (Copacabana), reconheceu que ainda não abriu um inquérito contra os “Irmãos Metralha” porque nenhuma vítima procurou a polícia até agora. Mesmo o sírio Mohamed Ali Abdelmoatty Ilenavvy não quis levar a denúncia de agressão à frente. — Sabemos da atuação dos dois, temos uma investigação, mas nossa dificuldade é a falta de pessoas dispostas a testemunhar — disse o delegado.

O coronel Paulo César Amêndola, titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), alega que o setor de inteligência do órgão tenta mapear o loteamento de ruas de Copacabana por camelôs. Ele reconheceu que há “gargalos” na fiscalização, mas sustenta que não existe “donos de calçadas” no Rio.

Fonte: O Globo

 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Um dos erros do Contra Golpe de 31 de março de 1964: deixar certas coisas vivas

"Tramam um golpe e ele não passará". 


Por Haroldo Lima* ... os que testemunharam o golpe de 1964, como eu, e resistiram à ditadura na clandestinidade, na cadeia e na tortura, os inconformados de hoje procedem irresponsavelmente, como se estivessem fazendo piquenique na cratera de um vulcão. O golpe de 1964 foi rude com a democracia e a Nação... [lamentável apenas que não cortou pela raiz o mal que toda a  maldita esquerda representa.
Deixou muita erva daninha viva.]


A situação política brasileira evolui por caminhos inesperados, tortuosos e preocupantes. Núcleos em posições de Poder confrontam-se com o governo, e planejam desbanca-lo. O afastamento da presidenta da República é objeto de especulação, colunas de jornais tratam do tema abertamente, nomes de políticos são citados para sucedê-la.

Como não há fatos jurídicos para permitir o afastamento da presidenta dentro da lei, procura-se produzir feitos que justifiquem um "impeachment". [a presidente da República deve ser afastada, no mínimo, por ser mentirosa, incompetente e por violação a várias leis, entre elas a Lei de Responsabilidade Fiscal, que custaram mais de R$ 40 BI.

Também ela foi omissa na roubalheira da Petrobras, na compra da Refinaria de Pasadena e outros delitos que representam bem mais que o Fiat Elba que detonou Collor.] É um ardil torpe. É a "direita" na ofensiva.

Esse quadro vem se formando do início do ano para cá, incentivado pela inconformidade dos que perderam a eleição presidencial, pelas dificuldades advindas da crise internacional do capitalismo, pelos erros do Governo e pela gravidade da corrupção descoberta. Não há sombra de dúvida que problemas subsistem. Mas o dramático é pretender enfrenta-los rompendo com a democracia, a duras penas conquistada.

Percebe-se que um golpe vem sendo urdido pacientemente por setores oposicionistas-judiciais-midiáticos, passo a passo, para asfixiar a democracia e varrer a Constituição que chamávamos de "cidadã".  Para os que testemunharam o golpe de 1964, como eu, e resistiram à ditadura na clandestinidade, na cadeia e na tortura, os inconformados de hoje procedem irresponsavelmente, como se estivessem fazendo piquenique na cratera de um vulcão. O golpe de 1964 foi rude com a democracia e a Nação brasileiras, mas tragou também os que o apoiaram de início. [pena que não tragou toda a corja esquerdista e que gerou imundícies do tipo da petralhada, lulistas, dilmistas e outras excrescências.

O Governo Militar foi excessivamente generoso ao permitir que os traidores daquela época hoje ainda possam se manifestar.]

Hoje, não se vê militares na trama que se gesta. Por enquanto. O golpe seria "moderno", no estilo do ocorrido no Paraguai, em 2012: sem canhões, com juízes; sem tropa, com delegados, tribunais de contas, apoio midiático e "representantes do povo", temerariamente dispostos a afastar governo legal com pretextos vis.

... Todo um corpo de ideias atrasadas brota, como ervas daninhas, especialmente na Câmara dos Deputados. Um conservadorismo raivoso ali avança. Estava certo o Departamento Intersindical de Assistência Parlamentar, o Diap, quando disse que "esse Congresso é o mais conservador desde 1964".
[Os conservadores, que representam e são os BRASILEIROS DO BEM, vão vencer. É mera questão de tempo. A maldita esquerda está implodindo.]

Nesse período recente, a Nação teve seu tecido social esgarçado por contínua, longa, unilateral e exacerbada exposição de problemas e defeitos. Tudo era creditado a uma só corrente política e a alguns líderes. Resultou no despertar do rancor, do desrespeito e do ódio. Os preconceitos foram sublimados, sendo deprimente a estupidez com que se tem investido contra a presidenta por ser mulher. Uma vergonha.

O golpe ousadamente tramado não passará. O povo que se levantou no Araguaia, que derrotou a ditadura, que fez as "diretas já" não aceitará golpe algum. O Brasil é muito, mas muito mais complexo que o Paraguai. Todo um corpo de ideias atrasadas brota, como ervas daninhas, especialmente na Câmara dos Deputados. Um conservadorismo raivoso ali avança. Estava certo o Departamento Intersindical de Assistência Parlamentar, o Diap, quando disse que "esse Congresso é o mais conservador desde 1964". [este Congresso vai fazer história eliminando toda a corja petralha que insiste em prejudicar o Brasil e em se locupletar com a 'coisa pública', confundindo descaradamente o público com o privado.]

Embalado em tanto reacionarismo, a Câmara vem impondo à Nação uma agressiva pauta retrógrada, onde estão: a terceirização de atividades-fim; o financiamento empresarial das campanhas eleitorais; uma legislação repressora para a comunidade LGBT; restrições aos direitos dos homossexuais; redução da maioridade penal. De passagem, o Estado laico é desrespeitado, a intolerância religiosa é fomentada. [intolerância religiosa??? não aceitar essas seitas é ser intolerante? então somos, sempre seremos e vamos vencer.

o bom de ler o que esse pessoal esquerdopata escreve é o desespero dele por ver que tudo estavam começando a construir está desmoronando. O ilustre ex-deputado omitiu muitas outras bizarrices que serão eliminadas do nosso ordenamento jurídico.]
A redução da maioridade penal pode desorganizar nossa legislação.
Atualmente, jovens com 16 anos não podem consumir bebida alcoólica, comprar cigarro, dirigir carro ou ônibus, ser submetido a atividades insalubres ou noturnas. Se esses menores já são maiores para efeito da lei penal, como seriam menores para outros fins? Juridicamente isto não se sustenta, já dizem especialistas. A marcha ascensional dos povos não é retilínea, nem irreversível, tem altos e baixos, comporta recuos. Mas o grave, o perigoso, é quando maiorias ocasionais comportam-se como predestinadas e enchem-se da pretensão de moldar a sociedade à sua imagem e semelhança. Aí os recuos vão se repetindo, se generalizando e se consolidando. As posições contrárias vão sendo reprimidas. Na história recente da humanidade isto deu no fascismo.

Protestar é preciso, denunciar os golpistas é imperioso, desmascará-los é vencê-los. O grande dramaturgo alemão Bertolt Brecht, e antes dele o poeta russo Maiakovski, em famosos poemas, mostraram o risco que as sociedades correm quando, ante o avanço do obscurantismo, não protestam desde o início. Quando resolvem protestar, já é tarde.


*Haroldo Lima - Membro do Comitê Central do PCdoB, foi representante da Bahia na Assembleia Nacional Constituinte (1987 a 1988), ex-deputado federal.  

Este texto foi transcrito do site  Brickmann & Associados - www.brickmann.com.br

Postamos para que nossos dois leitores - 'ninguém' e 'todo mundo' - saibam o quanto essa esquerda é nociva.
Aliás, que houve com o Haroldo Lima que é ex-deputado federal? as urnas o expulsaram?

terça-feira, 9 de junho de 2015

Uma merda ocorrida em São Paulo, na Avenida Paulista, domingo passado, não será comentada por este Blog - aquilo não vale nada e nenhum comentário será feito. Mas, o que um ser repugnante, lá presente, praticou nos motiva a expressar o mais profundo repúdio e lamentar que tal verme não seja entregue aos 'cuidados' do ESTADO ISLÂMICo

Após 'crucificação', deputado apresenta projeto para tornar 'cristofobia' em crime hediondo

O ato praticado pelo verme repugnante já é crime, capitulado no Código Penal, com pena leve, conforme segue:

"CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940


Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.


Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência."

A pena é ridícula mas mesmo assim  era DEVER da autoridade policial prender o verme em flagrante.
Claro que para este tipo de ser repugnante o melhor castigo seria sua entrega aos 'doces cuidados' do ESTADO ISLÂMICO.
Não apoiamos o Estado Islâmico mas na situação em questão só aquele povo daria o tratamento adequado ao verme.
Por respeito a CRUZ não vamos postar a foto - além do DEVER de respeitar a CRUZ não vamos dar holofotes àquele ser repugnante - ele só será postado neste Blog se cair nas mãos do ESTADO ISLÂMICO e receber a punição adequada.

Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade 

Após a encenação de crucificação feita pela transexual .................. na 19ª Parada do Orgulho ........... o líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF), apresentou projeto de lei que transforma em crime hediondo a prática de ultraje a culto. Na justificativa do texto, ele chama as manifestações do tipo de “Cristofobia”.
Atualmente esse tipo de ultraje prevê um mês a um ano de detenção, além de multa. Evangélico, Rosso quer que esse tipo de prática passe a render entre quatro e oito anos de prisão, com manutenção da multa. O fato do crime ser hediondo faz com que não haja liberação nem mediante ao pagamento de fiança.  “A intenção do projeto de lei é proteger a crença e objetos de culto religiosos dos cidadãos brasileiros, pois o que vem ocorrendo nos últimos anos em manifestações, principalmente LGBTs, é o que podemos chamar de ‘Cristofobia’, com prática de atos obscenos e degradantes que externam preconceito contra os católicos e evangélico”, afirma Rosso no projeto de lei.

Apesar da apresentação do projeto de lei ter ocorrido na última segunda-feira (8), não há previsão de quando ele começará a tramitar na Câmara dos Deputados. [os católicos e cristãos contam que o deputado Eduardo Cunha e o senador Renan Calheiros dêem celeridade à tramitação do projeto.
A Dilma mesmo sendo ateia (ou o correto é atoa?) não terá coragem de vetar. Confiamos que no próximo evento o verme de agora, ou outro que o suceder, seja devida e rigorosamente punida.] 

Se aprovado pelos deputados, o projeto ainda irá ao Senado e depois deverá ser sancionado pela atual presidente.