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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Um dos erros do Contra Golpe de 31 de março de 1964: deixar certas coisas vivas

"Tramam um golpe e ele não passará". 


Por Haroldo Lima* ... os que testemunharam o golpe de 1964, como eu, e resistiram à ditadura na clandestinidade, na cadeia e na tortura, os inconformados de hoje procedem irresponsavelmente, como se estivessem fazendo piquenique na cratera de um vulcão. O golpe de 1964 foi rude com a democracia e a Nação... [lamentável apenas que não cortou pela raiz o mal que toda a  maldita esquerda representa.
Deixou muita erva daninha viva.]


A situação política brasileira evolui por caminhos inesperados, tortuosos e preocupantes. Núcleos em posições de Poder confrontam-se com o governo, e planejam desbanca-lo. O afastamento da presidenta da República é objeto de especulação, colunas de jornais tratam do tema abertamente, nomes de políticos são citados para sucedê-la.

Como não há fatos jurídicos para permitir o afastamento da presidenta dentro da lei, procura-se produzir feitos que justifiquem um "impeachment". [a presidente da República deve ser afastada, no mínimo, por ser mentirosa, incompetente e por violação a várias leis, entre elas a Lei de Responsabilidade Fiscal, que custaram mais de R$ 40 BI.

Também ela foi omissa na roubalheira da Petrobras, na compra da Refinaria de Pasadena e outros delitos que representam bem mais que o Fiat Elba que detonou Collor.] É um ardil torpe. É a "direita" na ofensiva.

Esse quadro vem se formando do início do ano para cá, incentivado pela inconformidade dos que perderam a eleição presidencial, pelas dificuldades advindas da crise internacional do capitalismo, pelos erros do Governo e pela gravidade da corrupção descoberta. Não há sombra de dúvida que problemas subsistem. Mas o dramático é pretender enfrenta-los rompendo com a democracia, a duras penas conquistada.

Percebe-se que um golpe vem sendo urdido pacientemente por setores oposicionistas-judiciais-midiáticos, passo a passo, para asfixiar a democracia e varrer a Constituição que chamávamos de "cidadã".  Para os que testemunharam o golpe de 1964, como eu, e resistiram à ditadura na clandestinidade, na cadeia e na tortura, os inconformados de hoje procedem irresponsavelmente, como se estivessem fazendo piquenique na cratera de um vulcão. O golpe de 1964 foi rude com a democracia e a Nação brasileiras, mas tragou também os que o apoiaram de início. [pena que não tragou toda a corja esquerdista e que gerou imundícies do tipo da petralhada, lulistas, dilmistas e outras excrescências.

O Governo Militar foi excessivamente generoso ao permitir que os traidores daquela época hoje ainda possam se manifestar.]

Hoje, não se vê militares na trama que se gesta. Por enquanto. O golpe seria "moderno", no estilo do ocorrido no Paraguai, em 2012: sem canhões, com juízes; sem tropa, com delegados, tribunais de contas, apoio midiático e "representantes do povo", temerariamente dispostos a afastar governo legal com pretextos vis.

... Todo um corpo de ideias atrasadas brota, como ervas daninhas, especialmente na Câmara dos Deputados. Um conservadorismo raivoso ali avança. Estava certo o Departamento Intersindical de Assistência Parlamentar, o Diap, quando disse que "esse Congresso é o mais conservador desde 1964".
[Os conservadores, que representam e são os BRASILEIROS DO BEM, vão vencer. É mera questão de tempo. A maldita esquerda está implodindo.]

Nesse período recente, a Nação teve seu tecido social esgarçado por contínua, longa, unilateral e exacerbada exposição de problemas e defeitos. Tudo era creditado a uma só corrente política e a alguns líderes. Resultou no despertar do rancor, do desrespeito e do ódio. Os preconceitos foram sublimados, sendo deprimente a estupidez com que se tem investido contra a presidenta por ser mulher. Uma vergonha.

O golpe ousadamente tramado não passará. O povo que se levantou no Araguaia, que derrotou a ditadura, que fez as "diretas já" não aceitará golpe algum. O Brasil é muito, mas muito mais complexo que o Paraguai. Todo um corpo de ideias atrasadas brota, como ervas daninhas, especialmente na Câmara dos Deputados. Um conservadorismo raivoso ali avança. Estava certo o Departamento Intersindical de Assistência Parlamentar, o Diap, quando disse que "esse Congresso é o mais conservador desde 1964". [este Congresso vai fazer história eliminando toda a corja petralha que insiste em prejudicar o Brasil e em se locupletar com a 'coisa pública', confundindo descaradamente o público com o privado.]

Embalado em tanto reacionarismo, a Câmara vem impondo à Nação uma agressiva pauta retrógrada, onde estão: a terceirização de atividades-fim; o financiamento empresarial das campanhas eleitorais; uma legislação repressora para a comunidade LGBT; restrições aos direitos dos homossexuais; redução da maioridade penal. De passagem, o Estado laico é desrespeitado, a intolerância religiosa é fomentada. [intolerância religiosa??? não aceitar essas seitas é ser intolerante? então somos, sempre seremos e vamos vencer.

o bom de ler o que esse pessoal esquerdopata escreve é o desespero dele por ver que tudo estavam começando a construir está desmoronando. O ilustre ex-deputado omitiu muitas outras bizarrices que serão eliminadas do nosso ordenamento jurídico.]
A redução da maioridade penal pode desorganizar nossa legislação.
Atualmente, jovens com 16 anos não podem consumir bebida alcoólica, comprar cigarro, dirigir carro ou ônibus, ser submetido a atividades insalubres ou noturnas. Se esses menores já são maiores para efeito da lei penal, como seriam menores para outros fins? Juridicamente isto não se sustenta, já dizem especialistas. A marcha ascensional dos povos não é retilínea, nem irreversível, tem altos e baixos, comporta recuos. Mas o grave, o perigoso, é quando maiorias ocasionais comportam-se como predestinadas e enchem-se da pretensão de moldar a sociedade à sua imagem e semelhança. Aí os recuos vão se repetindo, se generalizando e se consolidando. As posições contrárias vão sendo reprimidas. Na história recente da humanidade isto deu no fascismo.

Protestar é preciso, denunciar os golpistas é imperioso, desmascará-los é vencê-los. O grande dramaturgo alemão Bertolt Brecht, e antes dele o poeta russo Maiakovski, em famosos poemas, mostraram o risco que as sociedades correm quando, ante o avanço do obscurantismo, não protestam desde o início. Quando resolvem protestar, já é tarde.


*Haroldo Lima - Membro do Comitê Central do PCdoB, foi representante da Bahia na Assembleia Nacional Constituinte (1987 a 1988), ex-deputado federal.  

Este texto foi transcrito do site  Brickmann & Associados - www.brickmann.com.br

Postamos para que nossos dois leitores - 'ninguém' e 'todo mundo' - saibam o quanto essa esquerda é nociva.
Aliás, que houve com o Haroldo Lima que é ex-deputado federal? as urnas o expulsaram?

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