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quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Top 10 das fake news que elegeram Lula - Revista Oeste

Flavio Morgenstern

O PT inovou nas mentiras, do fim do salário mínimo ao canibalismo. Enquanto isso, o TSE proibiu verdades do outro lado

De acordo com o excelentíssimo ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Sua Excelência Alexandre de Moraes, “notícias fraudulentas divulgadas por redes sociais que influenciem o eleitor acarretarão a cassação do registro daquele que a veiculou”. No último dia de maio, o então vice-presidente do TSE afirmou que a Justiça Eleitoral está preparada para combater as milícias digitais”, e que os eleitos com notícias falsas “podem “ter o registro de suas candidaturas cassado, ou mesmo perder o mandato”.

 Foto: Shutterstock

Foto: Shutterstock 

Para ajudar a Justiça Eleitoral em tão gloriosa missão pelo Estado Democrático de Direito e contra as assim chamadas “milícias digitais”, elencamos um Top 10 das (muitas) mentiras que foram importantíssimas para eleger Luiz Inácio Lula da Silva.

1. Bolsonaro prometeu “entregar o Brasil a Satanás” na maçonaria
Percebendo o fiasco que era o voto de Lula entre cristãos, e que questões morais (trocadilho proposital) seriam a tônica no segundo turno, logo no primeiro dia de campanha pulularam fotos retiradas de uma reunião de Bolsonaro em uma loja maçônica. Algumas eram manipuladas e traziam a imagem do demônio Baphomet. Uma das mais divulgadas dizia que Bolsonaro havia prometido entregar o Brasil a Satanás caso fosse eleito.
Foto: Reprodução

Enquanto pessoas como o deputado André Janones apareciam o tempo todo dizendo-se cristãs, perfis de Twitter fingiam-se de evangélicos do dia para a noite para dizer que “eram cristãos, mas, agora que descobriram isso, vão votar no Lula”. Nenhum deles se preocupou em disfarçar os posts pró-Lula, ou com imagens pouco cristãs, de dois dias antes.

2. Bolsonaro é “canibal”
Uma das acusações mais grotescas já feitas em qualquer campanha eleitoral foi a de que Bolsonaro seria um “canibal”. Tudo graças a uma entrevista de 2016 em que o então deputado federal comentou sobre um ritual indígena que envolvia o consumo de carne humana. Para ser visto, o ritual exigia participação. Bolsonaro disse não ver problema no “preço”. O PT recortou a fala para espalhar que Bolsonaro “confessava” canibalismo. O mesmo PT que critica qualquer proibição de rituais indígenas alegando “multiculturalismo”. De tão bizarra, a veiculação do vídeo foi proibida por unanimidade pelo TSE. Foi talvez no único caso em que a Corte decidiu favorecendo o presidente. Mesmo assim, o UOL defendeu a veiculação.
 
3. Bolsonaro promete acabar com o feriado de 12 de outubro

As fake news do PT são claramente de nicho. Uma delas mirou o coração do catolicismo brasileiro: o Feriado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil — embora tratado meramente como “Dia das Crianças” no imaginário popular. Após bispos esquerdistas tentarem impedir um discurso do presidente em Aparecida, perfis como o do influencer Bruno Sartori, divulgaram um post falso de Bolsonaro no qual o candidato teria afirmado que “nenhum padre ou bispo devem dizer onde posso ou não fazer campanha”.

Na mesma toada, apareciam posts como o do sociólogo Emir Sader afirmando que Bolsonaro tinha uma “demanda” para retirar o caráter de “santa” de Aparecida. Ou seja, da própria Nossa Senhora, que, apesar de não ser venerada por evangélicos, não tem sua santidade negada por 99% das igrejas. Afirmava também que Bolsonaro já estava pronto para rever o feriado do dia 12 de outubro.

Menção honrosa: o mesmo Bruno Sartori é famoso pela técnica de “deep fake” (sic), na qual se usa o vídeo de uma pessoa, sobreposto a um outro som. Nomen est omen. O influenciador perguntou se deveria criar vídeos de pessoas mortas pela covid pedindo voto no Lula com o macete. A proposta, de tão macabra, foi rechaçada pelos seus próprios seguidores.

4. Collor volta e vai confiscar as aposentadorias
As mentiras do PT têm um método maçante de tão repetitivo: retirar uma fala de contexto de um vídeo. Em um lance metalinguístico, usaram um vídeo em que Bolsonaro reclama justamente das fake news criadas contra ele, inventando de tudo, até de que Fernando Collor de Mello seria ministro e que “iria confiscar a aposentadoria dos aposentados”. Exatamente este trecho foi, então, recortado e colocado em destaque por André Janones (sempre ele). Para fingir que não estava espalhando “desinformação”, Janones só dizia “chequem antes de baixar e repassar”, o que foi, claramente, entendido como senha para baixar e repassar.

5. BOMBA! O celular de Bebianno
A baixeza de Janones atingia um novo patamar subterrâneo a cada segundo
. Nos dias de véspera do segundo turno, o deputado anunciava incansavelmente que “os mortos não falam, mas seus celulares sim” (sic). Dizendo possuir o celular de Gustavo Bebianno, que rompeu com Bolsonaro logo no começo do governo ao não ser indicado para nenhum ministério importante, o deputado anunciava o tempo todo que “algo” viria. Alguns eleitores de Lula que caíram na desinformação juravam até que seria durante o debate na Rede Globo. Janones, em linguagem histérica, marcava toda a família Bolsonaro, berrando: “Eu vou destruir vocês!!!!” Na verdade, tudo o que Janones possuía era uma declaração de Bebianno no Roda Viva, em que ele afirmava, sem nenhuma prova, que havia alertado Carlos Bolsonaro de que pegaria mal fazer fake news do Palácio do Planalto. Bebianno nunca demonstrou prova nenhuma da existência da conversa ou de qual notícia falsa havia sido criada (provavelmente por ele próprio). O clima de suspeita foi suficiente para abolir direitos como o de imprensa, de liberdade de expressão e de privacidade para criar um “Estado de exceção não oficial” no Brasil, no qual todos eram investigados por serem partes de uma “milícia digital” (seja lá o que for isso).

Janones publicou um vídeo com uma imagem de um celular qualquer e o áudio do Roda Viva por cima. Como os eleitores de Lula acreditavam na “bomba”, a manipulação eleitoral lograva êxito: dava-se a impressão de ser uma mensagem privada e “secreta” de Bebianno, e não um áudio público muito posterior, de quando já estava rompido. O empresário Paulo Marinho requentava as histórias. Nada da época de Bebianno como aliado nunca veio à tona.

Menção honrosa: este é o tipo de tuíte que o coordenador pouco oficial do PT postava sobre Bolsonaro. Um único do tipo vindo de qualquer apoiador de Bolsonaro a Lula seria provavelmente considerado motivo para impugnação da chapa.


6. Almoço com Guilherme de Pádua, amigo de Flordelis e goleiro Bruno como secretário
Enquanto dizia que seria “implacável” contra as notícias falsas, o TSE não parece ter se importado muito com notícias repetidas muitas vezes em uníssono pelo consórcio da mídia. Como a de que Bolsonaro havia “almoçado” com o assassino Guilherme de Pádua. O jornalista Valmir Moratelli, da Veja, noticiou “O encontro de Bolsonaro e Michelle com Guilherme de Pádua”. Logo depois, “Bolsonaro se pronuncia sobre encontro com Guilherme de Pádua”. Pelo título, o jornalista nem se preocupa em corrigir que não houve encontro nenhum (a informação só está na linha fina, após o clique). O jornalista nem se dignou a corrigir o primeiro texto, afirmando que não houvera encontro nenhum e que tudo não passou de uma notícia falsa.

Constantemente, e sem nenhum reparo do consórcio da mídia, Bolsonaro também era acusado de ser amigo de Flordelis, envolvida no assassinato do próprio marido. Flordelis era do PSD, um dos principais rivais de Bolsonaro.

Menção honrosa: no mesmo ritmo, até o ex-governador de São Paulo Márcio França (por ser vice de Alckmin) afirmou que o goleiro Bruno ganharia uma pasta na Secretaria de Esporte de São Paulo, caso o aliado de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, ganhasse a eleição.

7. Os 107 imóveis em “dinheiro vivo”
Uma das notícias mais repisadas no consórcio da mídia e que enganou um porcentual enorme de eleitores do Lula foi que a família Bolsonaro havia negociado 107 imóveis em “dinheiro vivo”. Na verdade, tratava-se de dinheiro em espécie, a forma como toda transação bancária normal ocorre: na moeda do país. Nem seria possível rastrear o dinheiro se ele tivesse sido em espécie, como eram os dólares na cueca, os envelopes de dinheiro embolsados por mensaleiros e apaniguados do PT. É como a escritura de todo imóvel registra. Bastou descrever com outras palavras para dar a impressão manipulada de que os imóveis tinham dinheiro sem passar pelos bancos — quando toda a “descoberta” foi feita, justamente, pelos bancos. Até um livro foi escrito sobre a desinformação manipuladora.

Na verdade, foram 107 transações por mais de três décadas. Envolveram até ex-esposas, ex-cunhados etc. Só um dos ex-cunhados é dono de uma rede de lojas de imóveis e compra e vende pontos comerciais. É separado da irmã do presidente há mais de 20 anos. Tudo foi catalogado — e, mesmo que tenha sido confirmado pelos tribunais, jornalistas até hoje insistem na maciota. É irônico que o imaginário de malas de dinheiro de Bolsonaro seja inspirado nas célebres malas de dinheiro do PT, como no Mensalão, escândalo dos aloprados, casa do Geddel etc.

8. Bolsonaro iria acabar com o SUS, o salário mínimo e o Auxílio Brasil
Ao contrário do que se pensa, o Nordeste votou muito mais em Bolsonaro do que em qualquer adversário do PT. Era preciso fazer algo para conter o avanço. A propaganda do PT mirou os nordestinos, principalmente nas últimas semanas. Sem nenhuma base na realidade, simplesmente macetavam no rádio, dia e noite, que Bolsonaro “iria acabar com o SUS”. Nenhum pedido da campanha do presidente para evitar a mentira foi aceito — enquanto toda fala ou foto real de Lula eram proibidos de ser veiculados pela campanha de Bolsonaro.

O que a esquerda hoje chama de “intelectuais” divulgavam a fake news sem nenhuma preocupação com a lei.

Fizeram o mesmo com o salário mínimo. Não importou que Paulo Guedes viesse a público explicar que isso nunca fora aventado, apresentar planos, inclusive mostrar a proposta de salário mínimo a R$ 1,4 mil no último debate: a propaganda petista repetia a desinformação, livre, leve e solta — e sem ter sido cassada pelo TSE.

9. Bolsonaro “confessa” pedofilia
Uma das últimas cartadas desesperadas da campanha petista, e mais uma vez seguindo o modus operandi de retirar falas de contexto, foi acusar Bolsonaro de “pedofilia”. Tudo pela sua mania de usar a expressão “pintar um clima” como metáfora para qualquer coisa. 
Em entrevista ao podcast Paparazzo Rubro-Negro, Bolsonaro denunciava justamente a situação degradante de venezuelanas que fugiam do regime socialista de Maduro, um dos aliados de Lula. Sendo muito novas e “bonitinhas”, arrumavam-se cedo, o que lhe levantou suspeita. Usando a expressão “pintou um clima” (que usou em outro contexto nada sexual na mesma entrevista, tal como falando sobre Tarcísio), disse que seria uma boa oportunidade de filmar a situação delas.

A filmagem foi feita com a equipe da CNN Brasil. Os vídeos mostrando como Bolsonaro entrou em suas casas com equipe já estavam nas redes no mesmo momento. As filmagens foram ignoradas pelo consórcio da mídia e pela militância, que dificilmente não teve acesso a elas: apenas preferiram manipular o resultado eleitoral e a democracia.

Até capas de revista foram feitas apenas com a frase. Como se Bolsonaro fosse “confessar” ser um pedófilo para todos verem. E como se o vídeo da filmagem não existisse – e não demonstrasse apenas um político preocupado com refugiadas venezuelanas. O que não parece ser muito bem o caso de Lula.

10. O “Orçamento secreto”, que é “pior do que o Petrolão”
É difícil contar a quantidade de vezes em que Lula e outros petistas foram refutados com a patacoada do dito “Orçamento secreto”. Que não é exatamente secreto, não foi criado por Bolsonaro, retirou poderes do Executivo sobre o Orçamento e é usado por pelo menos 11 petistas. Entre eles, os senadores Humberto Costa (PT-PE), Rogério Carvalho (PT-SE) e Fabiano Contarato (PT-ES), atuantes na CPI do Circo, além do líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG).

“Orçamento secreto” foi como a mídia chamou as emendas de relator, que tiram o Orçamento das mãos do Executivo e transferem aos caciques do Legislativo sem muita transparência. Logo que Lula venceu a eleição com tantas fake news, o consórcio da mídia, sem corar, já passou a chamá-lo de “emendas de relator”.

Curiosamente, o próprio André Janones dizia não existir “Orçamento secreto”, além de garantir que “no governo Lula era uma roubalheira, e só a bandidagem do PT que tinha isso”. Janones disse ainda que não se vende “para a quadrilha do PT” antes de notar como poderia manipular o Estado Democrático de Direito e a democracia com a logorreia… e trabalhar para a citada “quadrilha do PT”, que teria “aparelhado a máquina pública por 16 anos” para se manter no poder.

Menção honrosa final
E não poderíamos deixar de citar um tuíte muito “civilizado” da Barbara Gancia, que só não é “fake news” por não ser “news”. Nele, a jornalista afirma que, quando a filha de Bolsonaro se arruma, ela parece uma… Bem, é melhor conferir a classe do seu post:

Isto, é claro, noves fora a censura ao outro lado, com canais de rádio e TV sendo censurados, proibidos de usar as palavras “ladrão, ex-presidiário, descondenado e amigo de ditadores”. Sendo obrigadas a soltar a fake news de que Lula seria “inocente”. Sendo proibido de mostrar as ligações de Lula com o ditador Ortega, e de mostrar que Lula se declarou a favor do aborto ainda em 2022, de mostrar imagens da ONU, de mostrar imagens no funeral da rainha Elizabeth II.

Também foi proibido de mostrar a fala do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (!) e do Tribunal Superior Eleitoral (!!) Marco Aurélio Mello sobre Lula nunca ter sido inocentado. E houve a censura prévia ao documentário Quem Mandou Matar Bolsonaro?, da Brasil Paralelo. (Censura prévia só não é inédita porque era praticada durante a ditadura militar). Proibido de mostrar a fala de Lula agradecendo a natureza por ter criado a covid. Proibido de mostrar fotos (!!!) de Lula com o boné CPX enquanto agências de checagem afirmam erroneamente que CPX não significa “cupincha”.

boné CPX de lula
O ex-presidente Lula, durante caminhada no Complexo do Alemão, 
com boné polêmico que teria relação com o trafico – 12/10/2022 - 
 Foto: Carlos Elias Junior/FotoArena/Estadão Conteúdo

Foi proibido também de dizer que o PT foi contra o Auxílio Brasil. Proibido de dizer que Lula foi campeão de votos em presídios. Proibido de exibir o áudio de Marcola sugerindo voto no Lula. Proibido até de adesivar carros ou fazer desconto de 22%…

Ah, claro, e teve o senador Randolfe Rodrigues mandando a militância desrespeitar ordem do TSE. O que, pelos termos atuais, é crime contra a democracia, ato antidemocrático e enseja prisão, busca e apreensão, quebras de sigilo e, claro, cassação da chapa e impugnação da candidatura. Lembrando que nunca foi feito pelo outro lado, que obedeceu a lei.

Leia também “A origem da ilegalidade”

Flavio Morgenstern, colunista - Revista Oeste

 


quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Eleições 2022: O que é a maçonaria e qual sua relação com a política? O Estado de S. Paulo

Vídeo de Bolsonaro em templo maçom traz associação aos holofotes novamente; a maçonaria se define como instituição religiosa - não como religião - e declara não  ser uma ‘sociedade secreta’, mas afirma ter segredos [Bolsonaro não participou de um ritual maçônico; participou, assim pode ser considerado, de um evento social, não ritualístico, um rito profano.Ops ... antes que considerem ser o termo profano indicativo da ocorrência de atos de profanação, significa apenas que pode ser assistido por não iniciados. Com certeza a maçonaria não é uma religião.]

Os “mistérios” e “segredos” da maçonaria costumam intrigar e tomar as manchetes de jornais ou estamparem posts virais. A campanha do 2º turno das eleições já começou com ataques mentirosos vinculados a religiões. Entre eles está a associação do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) à “sociedade secreta”. Mas, afinal, o que é a maçonaria e qual sua relação com a política?

A maçonaria é uma instituição “essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista”, segundo o Grande Oriente do Brasil (GOP), que se define como a “mais antiga Potência Maçônica brasileira”. Ela tem como objetivo “a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes”, além de “unir os homens entre si”.

Embora exija o reconhecimento da existência do “Grande Arquiteto do Universo”, não é considerada uma religião, mas, sim, uma associação religiosa. Inclusive, não é preciso renunciar de sua religião para ser maçom, conforme a GOP.

A Grande Loja Unida da Inglaterra explica que questões como quando, como, por que e onde a maçonaria surgiu seguem sendo “objeto de intensa especulação”. Segundo o corpo governante da maçonaria britânica, a versão amplamente aceita é de que teria raízes nas tradições dos pedreiros medievais. Inclusive, usa de analogias à construção para “ensinar os membros a levar uma vida produtiva que beneficie as comunidades em que vivem”.

O órgão britânico explica que a maçonaria se organiza em unidades menores, chamadas de Lojas, onde são realizadas reuniões. Conforme o portal britânico BBC, homens e mulheres são segregados em lojas distintas.

Maçonaria é uma sociedade secreta?
Não é incomum que postagens sobre maçonaria viralizem ou que o tema marque presença nas manchetes de jornal. Conforme o portal britânico BBC, o interesse tem raízes na antiguidade da sociedade, na tradicional discrição dela e também na relevância de alguns de seus membros, como Winston Churchill e o Príncipe Philip, por exemplo.

No entanto, as lideranças da maçonaria vêm reclamando da estigmatização dos membros há alguns anos. Em 2018, após matéria do jornal britânico The Guardian sobre supostas lojas secretas maçônicas para parlamentares e jornalistas, David Staples, executivo-chefe da Grande Loja Unida da Inglaterra, reclamou da “imerecida estigmatização” e se comprometeu a fazer uma série de sessões abertas para provar que a sociedade não é secreta.

“Fico feliz que vocês tenham questionamentos sobre quem somos e o que fazemos, mas por que não fazê-los a quem entende?”, escreveu, em nota.  Em seu site, a GOP destaca que a maçonaria não é uma sociedade secreta, pois “sua existência é amplamente conhecida” e “seus fins são amplamente difundidos em dicionários, enciclopédias, livros de história": O único segredo que existe e não se conhece senão por meio do ingresso na instituição, são os meios para se reconhecer os maçons entre si, em qualquer parte do mundo e o modo de interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos”.

Qual a relação com a política?
Após o resultado do primeiro turno, um vídeo de Bolsonaro discursando em um templo maçom viralizou. Na gravação, que parece ter sido feita antes da campanha eleitoral de 2018, ele fala sobre pautas de costumes e combate à corrupção.
 
Em 2019, conforme noticiou a Agência Senado, durante homenagem ao Dia do Maçom Brasileiro, no Congresso, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, destacou que a maçonaria atuou na construção de uma moderna sociedade política, que assegura a liberdade, privilegia o diálogo e se conduz pelo direito. “A maior homenagem que podemos fazer é resgatar a memória de sua luta pela liberdade, conhecimento e fraternidade. A contribuição do maçom à vida pública, política e social vem de longa data e distintas geografias”, afirmou.

No início de setembro deste ano, a Ordem Maçônica no Paraná (GOB-PR) divulgou um posicionamento reforçando que a maçonaria é apartidária. “Isso significa que nossa organização se mantém afastada das cores partidárias, das pessoalidades ou personificações. Estamos, porém, sempre próximos das questões políticas amplas, que são tão importantes e necessárias para a construção dessa Obra Social que falamos anteriormente”, escreveu a entidade, em nota.

“É nesse sentido que abrimos nossas portas para recebermos candidatos. Ouvimos suas propostas, interagimos, e agora deixamos que cada um, de forma livre, avalie e construa suas opiniões sobre elas”, completou.

 Política - O Estado de S. Paulo

terça-feira, 2 de junho de 2020

Mourão já pregou intervenção militar 'constitucional' - Blog do Josias


UOL

O vídeo abaixo, gravado durante o governo de Michel Temer, em 15 de setembro de 2017, expõe uma palestra do então Secretário de Economia e Finanças do Exército, general Hamilton Mourão. Nela, o agora vice-presidente da República declarou que seus "companheiros do Alto Comando do Exército" avaliam que uma "intervenção militar" pode ocorrer se o Judiciário "não solucionar o problema político". Referia-se à corrupção.

Secretário de economia e finanças do Exército, general Antonio Hamilton Martins Mourão, dá declarações favoráveis a uma intervenção militar durante palestra promovida pela maçonaria em Brasília. - YouTube - UOL

Vale a pena atrasar o relógio para ouvir Mourão. "Quando nós olhamos com temor e com tristeza os fatos que estão nos cercando, a gente diz: 'Pô, por que que não vamos derrubar esse troço todo?'", ele perguntou numa palestra para maçons, em Brasília. Na sequência, informou qual era a sua "visão" da conjuntura: "...Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso."

Hoje, na condição de potencial beneficiário de um eventual impeachment de Bolsonaro, Mourão acompanha em silêncio o debate sobre o artigo 142 da Constituição. Intérpretes extravagantes do texto sustentam que ele credenciaria as Forças Armadas para atuar como Poder moderador em caso de crise institucional. O Mourão de 2017, ainda um general da ativa, soava categórico. Dizia que poderia chegar um momento em que os militares teriam que "impor" uma intervenção. Àquela altura, segundo Mourão, os integrantes do Alto Comando do Exército avaliaram que ainda não era hora de entrar em ação. Algo que poderia ocorrer depois de "aproximações sucessivas".

"Até chegar o momento em que ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso.", disse Mourão. "Então, se tiver que haver, haverá. Mas hoje nós consideramos que as aproximações sucessivas terão que ser feitas". Sob Bolsonaro, Mourão ajusta seu repertório verbal para falar de outro tipo de aproximação. "Temos de buscar uma coalizão programática", disse o general dias atrás, numa videoconferência com um banco. "É óbvio que cargos, emendas e essas coisas fazem parte da negociação entre Executivo e Legislativo. Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Acho que está mais ou menos sendo conduzido dessa forma."

Blog do Josias - Josias de Souza - Uol



sexta-feira, 7 de setembro de 2018

O ataque de que Bolsonaro foi vítima pôs para circular bobagens conspiratórias para todos os gostos; também o bom sendo acabou agredido

É evidente que o ataque a Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora, em Minas, é lamentável.  

Não há ângulo possível que minimize a gravidade da coisa. Quais serão as consequências? Vamos ver. Um de seus filhos, o deputado estadual Flávio Bolsonaro, já anuncia a vitória no primeiro turno do candidato do PSL à Presidência. Não é a melhor coisa que um filho pode dizer diante de um pai gravemente ferido. Mas é a mais oportuna que um candidato ao Senado pode dizer sobre um presidenciável. Lamento o ataque. Lamento a exploração política do fato.
 Momento em que Bolsonaro leva uma facada em Juiz de Fora, em Minas
Já comentei e lastimei no rádio e na TV as teorias conspiratórias que circularam nas redes sociais ao longo desta quinta-feira. Antes que ficasse evidente a gravidade do ferimento, esquerdistas expressavam a certeza de uma ação à moda “Odorico Paraguaçu”, de “O Bem-Amado”, o prefeito de Sucupira que praticava atos de sabotagem contra a própria gestão para pôr a culpa da oposição. Não havia nenhum indicio disso a não ser o puro desejo de maldizer um adversário.

A extrema-direita, representada com muita propriedade pelos admiradores e partidários de Bolsonaro, faziam o contrário: o ataque seria, na verdade, uma urdidura de esquerdistas para impedir a vitória certa do mito. Tudo ficou pior quando veio à luz a, vamos dizer, “ficha partidária” de Adelio Bispo de Oliveira, o agressor. Fora filiado ao PSOL de Uberaba de 2007 a 2014. Assim, fechava-se o círculo da falsa evidência.

As duas hipóteses são ridículas. Uma agressão cometida naquelas circunstâncias, em meio a uma multidão, não tem como ser “controlada”. Ainda que a intenção fosse “machucar pouco”, o risco seria, por si, gigantesco. As imagens que vieram a público desautorizam qualquer possibilidade de uma tramóia.  Tivesse havido, certamente não teria contado com a anuência do agredido.

Da mesma sorte, descarta-se a “tramóia das esquerdas”. [no descarte da hipótese de uma tramóia das esquerdas, surge o espaço para o famoso:'há controvérsias'.
uma das principais características das esquerdas, deste Stalin ao presidiário de Curitiba, sempre vale: 'os fins justificam os meios'.]  Ora, atacar ou matar Bolsonaro por quê? Antes do ato tresloucado de Oliveira, o candidato do PSL era o adversário dos sonhos de todos os seus principais oponentes. A pesquisa Ibope informa que ele perderia a disputa num eventual segundo turno para Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede). Empataria tecnicamente até com o ainda desconhecido nacionalmente Fernando Haddad (PT): 37% a 36%. [pequeno registro: considerando um segundo turno - que não ocorrerá - entre o poste lulopetista e o covardemente esfaqueado Jair Bolsonaro.
O principal não é destacado: Bolsonaro ganhar no primeiro turno - opção que diante da covarde agressão sofrida pelo capitão (sabe-se lá com qual objetivo e no interesse de quem???) se torna real. ] Que interesse objetivo teriam as esquerdas na sua morte? Era o melhor adversário para ser derrotado.
Adelio Bispo Oliveira: ele não parece fazer parte de uma conspiração [esse cara tem muito o que contgar; é só questão de saber perguntar.]
 
Mais: note-se que a sua maior exposição ao público — fora da bolha da Internet, em que pululam fanáticos de todos os matizes — trouxe-lhe bem poucos votos: em duas semanas, ele oscilou de 20% para 22%, dentro da margem de erro. Mas a sua rejeição aumentou bastante: de 37% para 44%, que dizem não votar nele de jeito nenhum. Em segundo lugar no ranking negativo vem Marina Silva, mas muito abaixo: 28%.

Logo, tirar Bolsonaro no jogo por quê? Ao contrário! O melhor era que permanecesse. Sua crescente presença nos embates, fora da área de proteção da Internet, estava contando como massa negativa. Passou a ser um acréscimo que diminuía. Assim, as levianas teorias conspiratórias não fazem o menor sentido. Mas, claro!, têm muito apelo entre os incautos. Há mais.

Adélio Bispo de Oliveira, o agressor de Bolsonaro, que alguns querem ver como um perigoso esquerdista, está mais para um sujeito confuso. [tudo pode ser simulado - até mesmo: até mesmo ser um servente de pedreiro,  com curso superior.] Segundo testemunhos de familiares, sua sanidade mental deve ser investigada. Um membro de sua família afirmou à Folha que ela já chegou a ter um episódio de surto, sem dizer coisa com coisa.  Sim, Oliveira já foi filiado ao PSOL e recita mantras de esquerda, como a crítica à desnacionalização das empresas. Também já associou Bolsonaro a um asno. Desinformado, afirma que “a aprovação de Bolsonaro é maior entre os menos estudados, ou seja, só analfabetos e semianalfabetos votam em Bolsonaro”. É o contrário: a maior fatia do eleitorado do candidato do PSL está entre as pessoas com curso superior e mais endinheiradas. É justamente entre os pobres e os de escolaridade mais baixa que obtém seus piores índices.

Ele também enxerga uma conspiração da maçonaria, que controlaria empresas no Brasil. Esse viés paranóico já é bem típico da extrema-direita mais alucinada.  Há laivos evidentes, ora vejam, de bolsonarismo nas postagens de Oliveira. Ele é contra o Estado laico; quer que o Brasil seja declarado oficialmente cristão e publica textos e imagens hostis aos homossexuais, em especial contra a Parada Gay.  Assim, como se vê, a caricatura do agressor “esquerdista” não combina com as informações disponíveis sobre as suas perorações nas redes sociais. Nada sugere que tenha havido uma tramóia da extrema-esquerda para matar o deputado.

Todos os candidatos, por óbvio, lamentaram o episódio e repudiaram a violência e a intolerância. Bem, é o mínimo que se espera.  Dados os procedimentos adotados, é improvável que Bolsonaro consiga retomar a campanha de rua. Até onde se sabe, terá de ser submetido a uma nova cirurgia. A informação inicial, de que havia sido submetido a uma laparoscopia, estava errada. Ele passou por uma laparotomia exploradora, que consiste na abertura do abdômen. O procedimento foi necessário em razão da natureza das lesões: uma no intestino grosso e três no intestino delgado. Foi preciso recorrer ainda uma colostomia temporária, que é um coletor de fezes, que fica depositada numa bolsa.

A campanha de Bolsonaro nasceu e cresceu na Internet. Seu “agitprop” nas redes estará mais ativo do que nunca. E, como ficou evidente nesta quinta-feira mesmo, nem a UTI foi impedimento para que falasse a seu público: um vídeo seu, em que se mostra extremamente frágil, com voz fraca, virou objeto de culto entre seus fãs.
Mais “mito” do que nunca.

Blog do Reinaldo Azevedo


 

 

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Maçonaria, sim! Mafionaria, estamos fora!

Um manjado leitor anônimo, insistente postador na área de comentários deste Alerta Total, comete o vício conceitual de relacionar o que chama de “Maçonaria” com o “Judiciário”, pregando que ambas são máfias que atuam em conjunto. O leitor erra feio no atacado, porém quase acerta no varejo. É realmente alto o risco de se confundir a Maçonaria com a Mafionaria.

No Brasil, as instituições foram rompidas, contaminadas e aparelhadas pela ignorância, pela corrupção e pelas facções político-criminosas. Executivo, Legislativo, Judiciário, nos âmbitos nacional, estadual e municipal, enfrentam os mesmos problemas de diversas associações privadas. Tudo parece dominado pela incompetência ou pelo crime. O problema é estrutural – e não conjuntural. A situação da “Maçonaria” merece uma análise.

No contexto de caos e desorganização, não parece justo, muito menos perfeito, confundir Maçonaria com Mafionaria, mesmo que alguns falsos maçons (travestidos como profanos de aventais) atuam como mafiosos promotores da mais alta corrupção (principalmente a dos valores morais). A confusão acontece porque o inconsistente raciocínio simplista prefere confundir a Maçonaria (conceito e doutrina) com as Potências Maçônicas (instituições que reúnem as lojas maçônicas, consideradas regulares ou irregulares – o que rende outra novela). É o mesmo que confundir Justiça com Judiciário (outra falha de análise muito comum em Bruzundanga – terra da injustiça e da impunidade).

Conceito correto: Maçonaria é uma escola iniciática, focada no ensino, aprimoramento e progresso do indivíduo, sob os pontos de vista moral, intelectual e espiritual. É definida como uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista. O Maçom é reconhecido se cumprir sua Obrigação para com Deus, seus irmãos, sua família, sua Loja, sua Pátria e a Humanidade. Maçonaria não é seita, nem pratica adoração a demônios – conforme sugere a idiota propaganda antimaçônica. Tudo que a Maçonaria pratica é em nome de Deus – chamado de “Grande Arquiteto do Universo”.

A Maçonaria é composta por seres humanos que se reúnem em Lojas Maçônicas – geralmente filiadas a Potências Maçônicas (conhecidas como Grandes Lojas ou Grandes Orientes). Aí reside a grande questão. Os indivíduos falham e cometem pecados, maculando as instituições. E se as instituições (no caso, as maçônicas) também estão contaminadas pelo excesso de erros, injustiças, tiranias e toda espécie de corrupção moral e conceitual, a situação fica ainda mais complicada. A “mafionaria” ganha corpo e envergonha a Maçonaria.

As potências maçônicas se estruturam seguindo o modelo da Nação. Organizam-se na divisão dos poderes: Executivo, Judiciário e Legislativo. No caso brasileiro, copiar o modelo é o grande risco... Na gestão da administração maçônica, costumam-se repetir os mesmos erros e vícios da chamada “realidade profana”. Os piores e mais flagrantes vícios são: o abuso de poder, o tráfico de influência e a falta de transparência de gestão. Tudo agravado pela omissão ou conivência dos membros da associação. Assim, a “Maçonaria” aparente se transforma em um microretrato do Brasil Capimunista, rentista e corrupto. Neste contexto, a Mafionaria supera e conspurca a Maçonaria... 

Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão

 

sábado, 22 de agosto de 2015

Guerra do fim dos Imundos: Renan será denunciado por negócios com fundos de pensão, e Cunha resiste

Está sendo providencialmente censurado (não se sabe até quando e a que preço) mais um fato gravíssimo no chamada "guerra do fim dos imundos", como vem sendo apelidada, nos bastidores dos poderes, a batalha de todos contra todos em Brasília. Mas ontem à noite vazou que Renan Calheiros, poderoso presidente do Senado, será investigado por ter sido beneficiado em negócios com fundos de pensão.  

Como Renan é o "sustentáculo" político do Palácio do Planalto, a casa desaba para todos... [até mesmo para a desejada recondução de Rodrigo Janot - além da influencia que Renan possui sobre muitos senadores, ele tem o poder de determinar o dia da sabatina e votação do nome do Janot.
Não ocorendo a sabatina não ocorre a votação e com isso Janot fica indefinida - indicado por Dilma mas não aprovado pelo Senado e nem rejeitado;
essa condição fará com que no dia do término do mandato de Janot, um procurador interino assuma a procuradoria-geral.]
O aliado-inimigo número 1 do desgoverno Dilma voltou a avisar ontem que vai resistir aos ataques do PT e às investigações abertas contra ele por Rodrigo Janot - Procurador Geral da República. O deputado federal Eduardo Cunha, peemedebista que preside a Câmara Federal, até conseguiu ontem uma façanha que deve ter deixado a petelândia mais pt da vida ainda. Em um encontro com sindicalistas da Força Sindical, em São Paulo, Cunha foi celebrado pela plateia como "Cunha, Guerreiro do Povo Brasileiro". Até tempos passados, tal designação pertencia a José Dirceu - condenado no Mensalão e agora preso no Petrolão... [com todo respeito, sugerimos que 'celebrado' seja substituído por ofendido.
Ser chamado de 'guerreiro do povo brasileiro' é um termo tão ofensivo, tão nojento, tão repugnante que conspurca até a 'medalha do pacificador', comenda recebida por bandidos como Zé Dirceu e Genoíno e que ainda não foi cassada pelo Comando do Exército que insiste em descumprir a Lei que normatiza a concessão de medalhas. ]

Animado com o título distintivo de "Guerreiro", Eduardo Cunha partiu para o ataque aos inimigos, avisando: "Renúncia não faz parte do meu vocabulário e nunca fará. Assim como a covardia. Não há a menor possibilidade de eu não continuar à frente da Câmara dos Deputados. Não há uma única prova contra mim em todas as páginas da denúncia. Sem fazer qualquer juízo de valor, o presidente do Senado também sofreu uma denúncia. Ela (a admissibilidade pelo Supremo Tribunal Federal) nem foi julgada ainda. Isso tem dois anos e ninguém diz que ele não tem condição de comandar a Casa. Claro que ele tem condição. Graças a Deus a gente não tem pena de morte neste país porque senão tinham proposto a minha pena de morte".
O tempo fecha... O relator dos inquéritos da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, determinou ontem que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha e o senador Fernando Collor (PTB-AL), sejam notificados para apresentar, em 15 dias, a defesa às denúncias por corrupção e lavagem de dinheiro. Teori Zavascki prometeu "ser rápido" para elaborar seu voto e submeter o caso aos demais colegas do STF, para votação. Se a denúncia for aceita pelo STF, serão abertas ações penais e os investigados passarão à condição de réus. A votação da denúncia de Cunha será no plenário do tribunal, por ele ser presidente da Câmara. Collor terá suas acusações analisadas pela Segunda Turma, formada por apenas cinco dos onze integrantes do tribunal.

Enquanto a guerra do fim dos imundos se aprofunda, o Brasil afunda na mais grave crise econômica de todos os tempos. Nem que a vaca tussa novamente, como último suspiro antes da morte por insuficiência total de credibilidade e governabilidade, Dilma conseguirá sobreviver no trono do Palácio do Planalto. O mais grave é que ela não deseja renunciar. Mas sabe que pode ser vitimada por impeachment em função das pedaladas fiscais fora da lei. Também corre risco de se ferrar no Tribunal Superior Eleitoral. Sua reeleição pode ser impugnada, por evidências de que a campanha foi financiada pelo ouro sujo do Petrolão.

Na briga de todos contra todos, a trairagem é a regra do jogo. Depois de uma séria discussão esta semana entre ambos, Michel Temer resolveu que vai abandonar a tal "coordenação política do governo" que Dilma lhe terceirizou. Temer, que já abandonou a Maçonaria recentemente, fará o mesmo com Dilma, sonhando em tomar o lugar dela. O problema é que a petelândia já avisou que vai retaliá-lo (ou retalhá-lo, na linguagem deles). Ontem, Temer conversou com Eduardo Cunha, em São Paulo. Alguns tucanos, sobretudo José Serra, estariam com Temer. Mas já temem a maldição do provérbio reescrito: "Tucano que dorme com morcego acaba também acordando de cabeça para baixo".

A guerra do fim dos imundos ainda vai jogar muita sujeira para dentro ou para fora do poluído ambiente da politicagem brasileira. Tudo se encaminha para um agravamento do impasse institucional que tem tudo para redundar em ruptura. Neste instante, a única salvação possível será uma Intervenção [Militar]  Constitucional. Só o poder instituinte da sociedade brasileira tem condições de consertar tanta coisa errada que a falida estrutura capimunista brasileira ajudou a produzir ao longo da História. As Forças Patrióticas vão agir na hora certa.


Transcrito do Blog Alerta Total - Jorge Serrão