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sábado, 15 de julho de 2023

‘Lista de barrados’ em voos pode servir para intimidar passageiros, alerta instituto - Malu Gaspar

Aeroporto Santos Dumont está operado no limite
Aeroporto Santos Dumont está operado no limite Ana Branco/Agência O Globo

Não é só a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon) que tem resistência à criação de uma “lista de barrados” para vetar a entrada em voos comerciais de “passageiros indisciplinados”

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) também vê com ressalvas a proposta, que tem sido debatida internamente por integrantes do governo Lula e é defendida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelas companhias aéreas.

A Anac e as áreas defendem a criação de uma “no fly list” como resposta ao número crescente de tumultos que têm ocorrido não apenas dentro das aeronaves, mas também nas filas de embarque e nos balcões das companhias, no momento do check-in. “Consumidores agressores, abusadores ou criminosos precisam ser punidos conforme a lei, mas o Idec não pode aceitar que as empresas aéreas e a Anac se unam para criar qualquer tipo de regra punitiva a consumidores para que sejam depois usadas para coagir, calar ou cercear direitos de quem está de boa-fé e pacificamente reclamando por seus direitos”, disse à equipe da coluna o diretor de relações institucionais do Idec, Igor Britto.

“Por fim, é sempre desagradável ver um setor empresarial propor regras para uma agência reguladora punir consumidores sem que seus representantes saibam disso. O Idec aguardará o andamento desse processo regulatório e o convite da Anac para participarmos das discussões.”

A Anac define como passageiro indisciplinado aquele que “não respeita as normas de conduta em um aeroporto ou a bordo de uma aeronave ou que não respeita as instruções do pessoal de aeroporto ou dos membros da tripulação e, por conseguinte, perturba a ordem e a disciplina no aeroporto ou a bordo da aeronave”.

ÍNTEGRA DA MATÉRIA - Malu Gaspar, jornalista - Blog em O Globo

 


terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Barroso é confrontado por passageiros em aeroporto de Miami

Vídeo registra o momento em que o ministro é hostilizado 

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi hostilizado no Aeroporto Internacional de Miami, enquanto estava no balcão de embarque, na noite da segunda-feira 2. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra passageiros que também embarcariam no mesmo voo para Brasília engrossando o coro contra o juiz do STF. “Sai do voo”, disseram. Também é possível ouvir vaias e xingamentos, como “vagabundo” e “lixo”.

Ministro Luís Roberto Barroso, ao deixar o balcão de embarque | Foto: Reprodução/Twitter

 Ministro Luís Roberto Barroso, ao deixar o balcão de embarque | Foto: Reprodução/Twitter

Ainda não há informações se o ministro deixou de embarcar depois do constrangimento.

Em 15 de novembro, Barroso também foi alvo de brasileiros, porém, em Nova Iorque, onde participou, com outros quatro ministros do STF, de uma conferência organizada pelo grupo empresarial do ex-governador de São Paulo João Doria.

Naquela ocasião, disse a um brasileiro que o questionou sobre a liberação dos códigos-fontes das urnas eletrônicas: “Perdeu, mané. Não amola”.

Ainda em Nova Iorque, Barroso foi a um restaurante com Cristiano Zanin, advogado de Lula, cotado para assumir uma vaga no STF. Lula poderá escolher duas pessoas para a Corte, durante seu mandato.

[situação causada pelo "excesso de admiração"  se complica para o ministro - no Brasil ele outros colegas se consideram sob ameaças e só andam com segurança; no exterior,  são vaiados e até polícia foi chamada para um deles. É comum que os tiranos se tornem, por medo, tão prisioneiros das suas 'fortalezas' quanto as vítimas das suas injustiças.

RECOMENDAMOS LER: Tiranias têm medo. - Percival Puggina]

Redação - Revista Oeste


segunda-feira, 8 de julho de 2019

Por que você odeia pagar pela bagagem?

Não é apenas pelo valor. A sensação de perder algo que sempre foi de graça faz você rejeitar a cobrança, mesmo se estiver ganhando

O veto recente do presidente Jair Bolsonaro à franquia, nos voos domésticos, de bagagem de até 23 quilos certamente desagrada a muitos passageiros. Ninguém gosta de jogar dinheiro fora. Mas a bagagem não era e nem nunca foi gratuita. Sem a cobrança, todas as pessoas, que usavam ou não, eram obrigadas a pagar pelo serviço, com o custo repassado às passagens.

Ninguém vai a um restaurante esperando ser cobrado pelo vinho, beba ou não. Por que com a bagagem os passageiros pensam diferente? Existe uma razão comportamental. Por muito tempo as pessoas pagavam mais caro pela passagem, com direito a refeição, mais espaço entre as poltronas etc. Com todos esses confortos incluídos em um valor único, não havia tanta reclamação. Mas quando algo que parecia de graça passou a ser cobrado, as pessoas sentiram que houve uma perda.

Somos mais sensíveis a perder R$ 50 do que ganhar R$ 50, explica a Teoria da Perspectiva, de Daniel Kahneman, ganhador do Nobel de Economia, e o colega Amos Tverski. Não houve reclamações quando as companhias passaram a vender pacotes de Wi-Fi a bordo, pois era um serviço novo. Ninguém contesta também que viajar com mais conforto na primeira classe custe mais. Se esses luxos se tornassem gratuitos de repente, certamente ficaríamos felizes.

Mas a dor de ficar sem algo que tínhamos provoca reações mais intensas do que ganhar, explicam os dois psicólogos em artigo de 1979. Rejeitamos mais a mudança se achamos que perdemos. A venda de passagens, além disso, nos força a decidir cada aquisição. Mais espaço para as pernas? Lanche a bordo? Sentar perto da janela? Cada escolha ativa a sensação de estar gastando. Para o economista Scott Shane, as empresas aéreas também colaboram com esse sentimento quando anunciam que passarão a cobrar por algo que era de graça. Em um post em seu site pessoal, Shane, que também é professor na Universidade Case Western Reserve, diz que uma opção mais inteligente teria sido manter uma passagem mais cara com todos os serviços, mas oferecer a opção de desistir de alguns gastos.

Ao abrir mão de pagar pela comida em um voo de curta duração, do despacho da bagagem ou outro serviço, a tendência é se sentir mais economizando do que perdendo, explica Shane. Mas as empresas aéreas também defenderiam melhor os seus interesses, e com uma imagem mais simpática, se mostrassem aos passageiros que não apenas estão pagando a mais: a cobrança permite, por exemplo, embarcar e voar mais rápido.

Existe um ganho de tempo para todo mundo na cobrança do despacho de bagagens, indica um estudo de 2016. Quando as grandes empresas americanas começaram a cobrança, a Southwest resistiu, mantendo o despacho gratuito. Isso permitiu a Mariana Nicolae, Mazhar Arıkan, Vinayak Deshpande e Mark Ferguson, quatro professores da Universidade do Kansas, comparar como a tarifa influenciou o comportamento dos passageiros.  Em nove milhões de voos analisados, de 2007 a 2009, as pessoas passaram a carregar menos bagagem para não pagar os US$ 20 cobrados, em média, pelas empresas. Com menos volumes a embarcar, os aviões decolaram entre três e quatro minutos mais cedo. Todo mundo chegou mais rápido ao destino.

Dependendo do destino, o brasileiro paga muito pela passagem de avião. É natural que novas cobranças levem a reclamações. Mas nossa reação, muitas vezes, é irracional. A solução não virá impedindo as empresas de buscarem a saúde financeira, mas de mais competição. Se tivéssemos um mercado com muitas empresas, haveria mais ganhos nas tarifas para os passageiros. E em algumas a passagens.


Samy Dana - O Globo
 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Entidades de magistrados repudiam episódio com Lewandowski em avião

'Liberdade de expressão não autoriza o desrespeito às instituições e a perturbação de voos', diz nota 

[criticar o Supremo, em função da INSEGURANÇA JURÍDICA e  do DESRESPEITO as competência de cada um dos 3 Poderes da República, é direito de qualquer cidadão

Lewandowski é um dos passíveis de inúmeras críticas.

Inaceitáveis são as atitudes cabíveis de ser interpretadas como 'agressão pessoal' - situação que ocorreu com Lewandowsky.]

As principais entidades representativas da magistratura brasileira divulgaram nesta quarta-feira (5) uma nota repudiando o episódio em que um advogado criticou o STF ao ministro da corte Ricardo Lewandowski em um voo no qual eles eram passageiros, na terça (4).

O documento também critica a “afronta feita pelo MBL” ao prédio do tribunal, em Brasília –o grupo projetou a mensagem “Vergonha STF” na fachada sede da instituição. Antes de o avião decolar, o advogado Cristiano Caiado de Acioli afirmou a Lewandowski que “o Supremo é uma vergonha, viu?”. O ministro responde e pede que chamem a PF para prender Acioli.
“A ninguém é dado o direito de perturbar a tranquilidade de passageiros em voos comerciais, tendo as autoridades constituídas não só o direito como o dever do exercício do poder de polícia para coibir a prática de comportamentos impróprios, que possam desaguar em desinteligências ou perturbações aptas a comprometer a própria condução da aeronave”, diz a nota.

O texto ainda afirma que “a liberdade de expressão é um direito fundamental, propicia o debate democrático e o exercício da crítica, mas não autoriza a prática de agressões pessoais, a invasão da privacidade ou o desrespeito às instituições e a perturbação de voos. Trata-se de reconhecer as mais comezinhas regras de civilidade e convivência, que vêm em socorro de qualquer cidadão, como também da coletividade”.

Assinam a nota a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a Associação dos Magistrados do Distrito Federal (Amagis-DF) e a Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM).

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Lei absurda, desnecessária e que mostra o quanto o seu autor, deputado distrital Cristiano Araújo, é incompetente e demagogo

Resumo do governo Rollemberg: 

primeiro ano - não tem dinheiro;

segundo ano - não tem aumento de salário;

terceiro ano - não tem água;

quarto ano - não tem voto.

[prezados leitores: lembrem-se que a mesma inútil Câmara Legislativa do DF que aprovou esta lei e o governador que a sancionou  também expeliram uma lei que foi vetada por inconstitucionalidade e que proibia que os ônibus urbanos do DF transportassem passageiros em pé - o autor dessa lei foi o fantástico  e fenomenal 'bispo' Renato.]

Lei que torna todos os assentos de coletivos preferenciais passa a valer

A norma foi publicada no Diário Oficial do DF em setembro deste ano e entrou em vigor nesta quarta-feira (8/11)

A partir desta quarta-feira (8/11), passa a valer a nova legislação que torna preferenciais todos os assentos no metrô e nos ônibus do Distrito Federal. Isso significa que passageiros idosos (a partir de 60 anos), gestantes e passageiros com crianças de colo, ou com deficiência e mobilidade reduzida têm prioridade para ocupar os bancos nos coletivos. A norma foi publicada no Diário Oficial do DF em setembro deste ano

A Companhia Metropolitana do Distrito Federal (Metrô-DF) explica que vai passar a informar os usuários sobre a mudança por meio de sistemas de som nas estações e nos trens. Em nota, a companhia também disse que os televisores localizados no interior dos vagões também trarão a mensagem. Além disso, adesivos serão fixados em todos assentos. A instalação já começa nesta semana. 

O Transporte Urbano do DF (DFTrans) explicou que a informação está sendo veiculada nos totens da Rodoviária do Plano Piloto e nos televisores que estão dentro dos ônibus. Além disso, adesivos colados nos veículos também alertam os usuários sobre o início da vigência da medida. 

Conscientização dos passageiros
 Segundo o deputado Cristiano Araújo (PSD), autor do texto, o projeto partiu de uma demanda da sociedade e visa contribuir no processo educacional da população. "Quem utiliza o transporte público muitas vezes se depara com uma pessoa mais jovem ocupando um assento e, por não ter mais nenhum preferencial disponível, um idoso ou uma gestante ficam em pé. Em outros locais, já é cultural se dar preferência nesses casos", disse. [em outros locais, os passageiros podem viajar nos coletivos usando seus celulares sem risco de assalto;
aqui no DF, os únicos locais onde alguém pode portar um celular são:
- dentro de casa com as portas fechadas: 
- dentro dos shoppings, tendo em conta que lá os bandidos preferem assaltar as lojas de celulares - sempre conseguem fugir e levam aparelhos zerados, ainda na embalagem.]

As informações são do Correio Braziliense, sendo que o resumo do governo Rollemberg foi enviado por e-mail
 
 

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

DF, desrespeito total: 220 linhas de ônibus têm número de ônibus reduzido - Transporte pirata toma conta, devido omissão do GDF, do Distrito Federal

No período de férias, 220 linhas de ônibus têm alteração nas escalas

E sobram queixas entre os passageiros, que passam a enfrentar mais superlotação nos coletivos, principalmente nos horários de pico

[Rollemberg consegue o incrível: ser pior que o petista Agnelo.
Por omissão - tudo indica que a fiscalização do transporte público (que tem a responsabilidade de reprimir o transporte pirata) está proibida de trabalhar. 
O transporte pirata atua impunemente em todo o Distrito Federal - Brasília é a capital do país - disputando passageiros com os ônibus, cujo número é insuficiente, até mesmo no centro de Brasília.] 

Com a justificativa de diminuição do número de usuários, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) reduzirá a escala de mais de 220 linhas de ônibus. A medida começou a valer ontem e deverá se estender, de acordo com estimativas do órgão, até 12 de fevereiro, data em que se espera aumento de passageiros com o retorno das aulas e do funcionamento de alguns órgãos públicos. Quem depende de transporte público reclama que hoje determinados percursos sofrem com horários escassos, o que gera superlotação, principalmente, em horários de pico.

A moradora de Samambaia Raquel Souza, 25 anos, usa as linhas 391 (Samambaia Norte-W3 Sul e Norte) ou a 380 (Samambaia Norte-Rodoviária do Plano Piloto) para trabalhar na Asa Norte. Ela pega o ônibus por volta das 5h30 e, se perder o horário, perde 30 minutos de espera. "São poucos ônibus, mesmo sendo em um horário tão cedo, eles demoram e vêm já lotados", reclama. Para ela, a redução da escala poderá significar mais demora. "Não dá para diminuir o que já é escasso. O DFTrans deveria considerar também que somente as escolas entram em férias. O trabalhador diário continua a pegar coletivos", argumenta Raquel.

Lotação
O técnico de eletrotécnica Patrick Almeida, 23, morador da Ceilândia Sul, prefere pegar o metrô, justamente por causa dos horários limitados dos ônibus. "As linhas são sempre cheias, não vejo motivo para essa redução de horários. Eu costumo pegar ônibus para a Esplanada, e sempre estão lotados. Reconheço que tivemos melhora, pois, antigamente, os carros quebravam muito, mas agora eles (o DFTrans) têm de resolver essas questões das escalas", queixa-se.
Fonte: Correio Braziliense