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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

O Brasil voltou… e o apagão também! - Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

O amor venceu e o Brasil voltou! Junto, trouxe o velho e conhecido apagão. Um "gabinete de crise" foi criado, pois é preciso mostrar que algo está sendo feito. 
Mas a realidade está às claras (ou melhor, no escuro): vários estados ficaram horas sem luz.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que uma ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional interrompeu o fornecimento de 16 mil megawatts (MW) de carga em Estados do Norte e Nordeste do Brasil, afetando também Estados do Sudeste.

Acontece... Se fosse só isso, não haveria motivo para pânico. 
Mas não é só isso. Nem de perto. A economia travou, "pisou no freio" no segundo trimestre, segundo cálculo do Banco Central. O Ibovespa experimentou dez quedas consecutivas, algo que não acontecia desde a década de 1980.  
"Ninguém come Ibovespa", podem voltar a repetir os petistas que até ontem vibravam com a aparente tranquilidade dos mercados.

A Petrobras, que vai voltar a investir em projetos ideológicos e corruptos e não mais priorizar dividendos aos acionistas, anunciou aumento de preço na refinaria. A gasolina terá uma alta de 16,2%.  
No caso do diesel, o preço médio subirá R$ 0,78 por litro, de R$ 3,02 para R$ 3,80, um aumento de 25,8%. Machuca o bolso, claro, mas é com amor...
 
Dava para continuar mostrando indicadores preocupantes da economia por um bom tempo, ou falar do prognóstico nada alvissareiro do que vem por aí. E isso seria "apenas" o lado econômico, aquele que pega no bolso de quem esperava chuva de picanha. 
Pois ainda é preciso falar do autoritarismo, da corrupção, do esgarçamento moral, da bandidolatria, da tarefa hercúlea de criar filhos com bússola moral numa nação em que o crime compensa etc.
 
Quando observamos o que se passa no Brasil é irresistível o sentimento de que essa gente merece o que está por vir. Fato: quem fez o L merece mesmo se ferrar, pois estupidez deveria ter um limite
Ninguém pode fingir que não sabia quem era Lula e o que pretendia o seu PT. Mas dureza é ferrar com o restante do povo junto, com a turma patriota que sabia muito bem o que significava a "volta do ladrão à cena do crime".
 
Não dá para desejar o pior nunca, nem por pragmatismo para prejudicar o desgoverno, nem pelo fator pedagógico dos eleitores idiotas, nem mesmo pelo desejo de vingança para com tucanos abestalhados
O povo não merece tal sofrimento. É por isso que temos sempre de torcer pelo melhor.
 
E o avanço da direita liberal na Argentina pode significar uma luz de esperança em meio a este apagão comunista. 
A esquerda destrói tudo, mas enquanto não for "game over" como em Cuba, na Venezuela ou na Nicarágua, podemos ter a esperança de reverter o quadro.
É verdade que na Argentina o voto é impresso, e que não há um Alejandro de Moraes no comando de todo o processo eleitoral. 
 Não obstante, sonhar não custa nada. 
Se los hermanos poderão dar um ponta pé nos lulistas deles, então os brasileiros também serão capazes de fazer isso em breve. O apagão, moral acima de tudo, há de passar um dia...


Rodrigo Constantino, colunista -  Gazeta do Povo


domingo, 6 de agosto de 2023

Petrobras: o PT volta ao ataque - Revista Oeste

Carlo Cauti

Mais uma vez no poder, PT volta a aplicar a mesma receita na estatal: manutenção de preços artificialmente baixos, planos de investimentos mirabolantes e aparelhamento político


 Ilustração: Shutterstock

"Não aprenderam nada, não esqueceram nada.” Bastaria essa frase para reassumir a gestão da Petrobras no novo governo do PT. Pronunciada pelo político francês Charles Talleyrand depois da restauração da dinastia Bourbon ao trono, a frase se adapta perfeitamente às escolhas da recém-empossada diretoria da estatal petrolífera. Praticamente idênticas às do período de 2003 a 2016: manutenção de preços artificialmente baixos, planos de investimentos mirabolantes, aparelhamento político.
A mesma receita que, no passado recente, levou a maior empresa brasileira ao desastre.

A única diferença são os casos de corrupção descobertos pela Operação Lava Jato. Até o momento, não registrados.

Durante a campanha eleitoral de 2022, a Petrobras foi um dos alvos favoritos do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Qualquer ocasião era válida para atacar a política de paridade de preços internacionais dos combustíveis (PPI), a venda de ativos menos rentáveis e a distribuição de dividendos.

Depois de eleito, Lula escolheu como presidente da Petrobras o ex-senador Jean Paul Prates (RN-PT). Imediatamente, a velha cartilha petista passou a ser aplicada na estatal. A PPI foi arquivada, e a Petrobras voltou a vender combustíveis no mercado brasileiro a um preço mais baixo do que o mercado internacional. Obviamente, amargando prejuízos em seu balanço. 
 
“Da última vez que isso ocorreu, entre 2010 e 2014, a Petrobras acumulou um rombo de cerca de R$ 240 bilhões”, explica Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). 
Na época, a então presidente Dilma Rousseff tentou manter a inflação artificialmente baixa forçando a Petrobras a reduzir o preço dos combustíveis. 
Deu certo até a eleição, e a herdeira de Lula ganhou um novo mandato. Mas as contas da estatal ficaram devastadas. 
 
Quando Dilma entrou no Planalto, a Petrobras era a sétima maior empresa do planeta. No final da presidência, a companhia petrolífera tinha se tornado a mais endividada do mundo.  
As ações despencaram, passando de R$ 40 para R$ 6. 
Uma das mais rápidas e intensas destruições de valor da história econômica do Brasil.[ALERTA: pelo andar da carruagem, até agora estão presentes todos os ingredientes para a tragédia se repetir.]

Segundo Rodrigues, desta vez o resultado negativo vai demorar um pouco mais para aparecer, pois a cotação do barril de petróleo está mais baixa do que na época, assim como o câmbio do dólar. “Mas é algo inevitável”, salienta o diretor do CBIE. “Não tem como fugir da matemática. A Petrobras se tornou a única companhia petrolífera do mundo que torce para que o preço do petróleo não suba. Cada dólar a mais não se torna lucro, como acontece com qualquer outra empresa do setor, mas prejuízo.”

“O diesel deveria aumentar R$ 0,90 por litro para estar alinhado com o resto do mundo”, explica Sergio Araújo, presidente executivo da Abicom. “Caso contrário, são R$ 0,90 de prejuízo por litro que a Petrobras deve aguentar. Multiplicados por bilhões de litros vendidos por ano, se transformam em um rombo gigante. É um ganho razoavelmente pequeno para o bolso do consumidor, mas é um estrago enorme para a Petrobras. E para todo o Brasil.”

(...)

Concorrência predatória
A manutenção artificialmente baixa dos preços também provoca danos colaterais em toda a economia nacional
 Para os concorrentes particulares da estatal, a competição se torna impossível. 
A atuação predatória da Petrobras acaba forçando as empresas privadas de extração e refino a interromper suas produções. Com o risco de desabastecimento para o mercado interno.

(...)

A volta da gastança
Se com a manutenção de preços mais baixos do que o mercado a Petrobras está perdendo bilhões de reais, com a volta dos planos faraônicos de investimentos ela vai gastar outros bilhões. 
O governo quer mais investimentos por parte da estatal, na mesma linha do que foi feito nas passadas gestões petistas. 
Mesmo que isso resulte em menor remuneração para os acionistas.
Entre os quais está o próprio governo, que detém a maioria das ações. Por isso, na semana passada, a Petrobras anunciou uma revisão da política de dividendos, reduzindo a distribuição dos lucros de 60% para 45% do fluxo de caixa livre. 
 
As reivindicações eleitoreiras de Lula foram atendidas
Mas o governo vai perceber em breve que ele era o principal beneficiário dos dividendos da Petrobras, enquanto maior acionista da empresa. 
Foi graças a esse dinheiro que o então ministro da Economia, Paulo Guedes, conseguiu garantir que as contas públicas fechassem no azul durante os anos da pandemia. Mesmo com os gigantescos gastos do auxílio emergencial.
 
(...)

Sem contar os casos de péssimo uso do dinheiro da Petrobras no exterior, emblematicamente representado pela refinaria de Pasadena (Estados Unidos). Um negócio que custou quase R$ 2 bilhões aos cofres da estatal, para a compra de uma planta velha e inútil para a estratégia de produção da empresa.

Foi também por causa dessas decisões insensatas que a Petrobras chegou a acumular uma dívida monstruosa, superior a R$ 492 bilhões. Após seis anos de gestão diametralmente oposta, esse valor diminuiu para R$ 280 bilhões.

“Mesmo que o Brasil precise de fato aumentar sua capacidade de refino para atender ao mercado interno, a Petrobras não tem um bom histórico de gestão de investimentos durante os governos do PT”
, afirma Rodrigues. “Além disso, para a Petrobras não faz sentido investir em uma tecnologia já antiga, como a das refinarias. Ela deveria se concentrar no que sabe fazer melhor, e que garante mais retorno: a extração de petróleo em águas profundas. Nesse setor ela já é líder mundial, e poderia melhorar ainda mais.”


Se a Petrobras voltar a investir em refinarias
, estará violando um acordo assinado em 2019 com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para reduzir sua posição dominante no mercado. A estatal tinha se comprometido a vender 50% da sua capacidade de refino para operadores particulares.

O único lugar onde a Petrobras é forçada a prestar contas de verdade não é sequer no Brasil. É no tribunal de Nova York, nos Estados Unidos. Por causa da voragem nas contas da estatal provocadas pela péssima gestão e pelos escândalos de corrupção, a Petrobras foi obrigada a pagar mais de R$ 3,6 bilhões em multas para encerrar uma investigação criminal. 
 E outros cerca de R$ 15 bilhões para investidores norte-americanos que foram prejudicados. 
Dinheiro dos brasileiros jogado fora por responsabilidade de diretorias nomeadas pelo PT no passado.

Aparelhamento disfarçado
O tripé da gestão petista da Petrobras só poderia ser completo com a volta do aparelhamento.
A própria nomeação do ex-senador Prates no comando da estatal ocorreu em violação à Lei das Estatais e ao estatuto da própria empresa, que veda políticos e dirigentes partidários por 36 meses após o fim do mandato. Prates foi senador até 2023.

Outros três membros do Conselho de Administração da Petrobras foram nomeados mesmo sendo considerados inelegíveis.
São eles: Pietro Mendes, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; Efrain Cruz, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME); e Sergio Rezende, dirigente do PSB.

Todas as instâncias de governança interna da estatal vetaram os nomes. 

(...)

O aparelhamento do Conselho é só a ponta do iceberg. 
Pois o próprio órgão colegiado pediu que a Petrobras avalie a contratação de assessores para cada uma das 11 vagas de conselheiro, com salários de até R$ 90 mil. Cargos e salários seriam escolhidos pelos próprios membros do Conselho. “A Petrobras pode voltar a se tornar um gigantesco cabide de empregos”, diz Rodrigues. “Esse aparelhamento político vai ser difícil de ser desfeito. Terá consequências nos próximos anos.” 
 
De fato, na gestão da Petrobras o PT não esqueceu nada e não aprendeu nada. O mesmo que os Bourbon há dois séculos. 
A família europeia voltou a cometer os mesmos erros, e perdeu o trono em poucos anos. Definitivamente.
No caso da Petrobras, o Brasil vai enfrentar novamente as amargas consequências dos erros de gestão já vistos no passado. 
Resta saber se o desfecho será o mesmo. 

Leia também “O dilema da Shein”

 Revista Oeste - ÍNTEGRA DA MATÉRIA 

Coluna Carlo Cauti, colunista

 

 

 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

LULA E O PT QUEREM ACABAR COM A PETROBRAS! - Gilberto Simões Pires

FALÊNCIA DA PETROBRAS
Quem se dispõe a ler, ouvir e entender -racionalmente- as declarações feitas por Lula sobre a POLÍTICA DE PRECOS DOS COMBUSTIVEIS, certamente chegará à conclusão clara e inequívoca de que o grande e real propósito do candidato petista, endossada pelo PT como um todo, não é manter a PETROBRAS como uma empresa pública, estatal. O GRANDE E ESCANCARADO PROPÓSITO é levar a PETROBRAS À FALÊNCIA. Vale lembrar que este processo estava bem adiantado quando acabou sendo interrompido, em 2016, com o impeachment de Dilma Rousseff.

SOMA TRÁGICA
Já escrevi várias vezes, mas vou repetir: por mais que já esteja totalmente provado e comprovado o quanto a enorme ROUBALHEIRA deixou marcas profundas e de difícil cicatrização nas contas da estatal, pior ainda do que isto foi a maneira DESASTROSA como a Petrobras foi administrada (????). A trágica soma -SAQUES + INEPTOCRACIA-, até para muitos petistas, não deixa dúvida alguma de que a FALÊNCIA DA ESTATAL ERA A GRANDE META. Isto sem levar em conta a escandalosa compra da REFINARIA DE PASADENA, cujo prejuízo ainda está sendo calculado...

CUIDAR DO POVO ????
Ontem, por exemplo, em entrevista que concedeu a Rede de Rádios do Paraná, Lula afirmou que, uma vez eleito presidente, não manterá o PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS VINCULADO AO DÓLAR, como ocorre atualmente com a política de preços praticada pela Petrobras. -“Nós não vamos manter o preço dolarizado. Eu acho que os acionistas de Nova York, os acionistas do Brasil, TÊM DIREITOS DE RECEBER DIVIDENDOS QUANDO A PETROBRAS DER LUCRO, mas é importante que a gente saiba que a Petrobras tem que cuidar do povo brasileiro”.

RACIONAMENTO
Cuidar? Ora, o que mais se viu foi DESCUIDAR E ESFOLAR o povo ao jogar a dívida imensa no colo da população, sem dó nem piedade. Mais: quanto mais a Petrobras for obrigada a praticar preços FORA DO MERCADO, mais as refinarias ficarão impossibilitadas de produzir COMBUSTÍVEIS, ou seja, aí tanto a gasolina quanto o diesel passarão a enfrentar os mais evidentes RACIONAMENTOS, que com a certeira política de preços está fora de questão.

VILÃO
Volto a afirmar, embora muita gente nunca vai entender: NÃO É PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS que preocupa, mas a CARGA TRIBUTÁRIA QUE RECAI SOBRE A CADEIA que faz com que os equivocados brasileiros apontem o dedo acusando a Petrobras como a grande e insensível vilã.

Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires

 

quinta-feira, 14 de março de 2019

“Discutindo bobagens. Ainda bem” e outras notas de Carlos Brickmann

É melhor debater besteira do que ladroeira


Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

A reforma da Previdência, assunto essencial, está no Congresso. Outra reforma com alto potencial de controvérsia está para ser enviada: a que devolve ao Congresso sua missão básica de determinar o Orçamento, dando fim às porcentagens obrigatórias para Educação, Saúde, etc. O Ministério Público desistiu de criar uma fundação para lutar contra a corrupção, com verbas recuperadas após investigações. [alguns membros do MP se empolgaram com a ideia de criar uma fundação - pareceu bem mais fácil do que se tornarem MEMBROS do 'quarto poder' da República;
só que a própria chefe da PGR foi contra e impediu a manobra.]  Um pacote anticrime, proposto por Sergio Moro, está pronto para exame pelos parlamentares. Para o bem ou para o mal, são propostas que modificam muito a estrutura do país.
E estamos discutindo tuites e fake news que, seja a razão de quem for, fazem tanta diferença quanto o resultado de um jogo sub-15. É triste.

Ou não: um leitor desta coluna, advogado e ex-ministro, lembra que, por menos relevantes que sejam esses temas, pelo menos não discutimos hoje alguns bilhões de reais em propinas, nem somos surpreendidos porque um diretor de estatal devolveu R$ 90 milhões ─ que tinha na conta! ─ para se livrar da prisão fechada. As notícias de hoje são sobre indecências no Carnaval ou declarações atribuídas a uma repórter que estaria se esforçando para que suas descobertas derrubem o presidente. Coisa mais micha!

O comportamento é ilegal? Cabe à Justiça decidir. A discussão é boba? É. Mas os temas são menos escandalosos que construir uma refinaria como Hugo Chávez mandou sem ele botar um centavo na obra. Esta coluna quer esquecê-los. Mas admite que é melhor discutir besteira do que ladroeira.

Passagem rápida
Discussões sobre um episódio do Carnaval e uma entrevista a um site francês, que nega ter feito a entrevista, são chatas demais. Não deve ser impossível que governistas defendam o projeto de reforma da Previdência e oposicionistas mostrem suas falhas. É melhor até para ler a notícia!

Os lucros do assassínio
Dois presos são apontados como assassinos de Marielle. Cessa com isso a choradeira de que o Governo não queria esclarecer o crime? Não: para os radicais que dividem o mundo entre nós e eles, o assassínio continua sendo culpa de Bolsonaro ─ embora as prisões tenham ocorrido em seu Governo, embora ele tenha dito que é preciso chegar aos mandantes. Sergio Moro é criticado por não ter dito nada sobre as prisões ─ embora tenha emitido nota oficial sobre o tema. Ô, gente chata! Será que só pensa em lucro político? [não fosse a preventiva decretada contra os dois suspeitos - que é a prisão perpétua à brasileira - os dois acusados seriam liberados na audiência de custódia.

As provas que não foram apresentadas, talvez por  não convencerem nem as procuradoras que conduziram a entrevista,  que não apresentou os suspeitos, apenas informou que haviam sido presos e também não colocou as provas sobre a mesa.

Fato é que devotos da vereadora cometeram um crime hoje em Brasília = descumprindo ORDEM JUDICIAL picharam a Ponte Costa e Silva com o nome da vereadora psolista.]
(...)

Ninguém é de ferro
Indignado, caro leitor? Então, mais uma: o famoso Carnaval baiano, de longa duração, é para os fracos. A Câmara dos Deputados reiniciou ontem o trabalho, após 13 dias de Carnaval, com reuniões de bancadas estaduais. Resta uma dúvida: se o Carnaval de três dias era Tríduo Momesco, como será apelidado o de 13 dias? Teremos de chamá-lo de Trezena Momesca?


Coluna do Carlos Brickmann - Transcrito do Blog do Augusto Nunes - Veja


domingo, 17 de fevereiro de 2019

Roube um índio

Invente uma "política pública" qualquer. Diga que ela é "social". Pronto: é só correr para o abraço


Também na segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da comemoração pelo Dia do Índio na aldeia Maturuca, na Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima.

Publicado na edição impressa de VEJA
Nada como olhar com cuidado cada uma das partes de alguma coisa para se ter uma ideia mais exata do todo. A máquina pública brasileira, como revelam quase todos os dias fatos trazidos à luz do sol, transformou-se durante os treze anos e meio dos governos de Lula e de Dilma Rousseff no maior pesqueiro privado do mundo para o desfrute de ladrões do erário era chegar na beira da água, jogar o anzol e sair com uma refinaria para a Petrobras, uma hidroelétrica no Xingu ou mesmo um Trem Bala, se você fosse uma empreiteira de obras amiga íntima do presidente da República como as Odebrecht, as OAS, as Andrade Gutierrez. Também podiam rolar duas dúzias de ambulâncias, lanchas para o Ministério da Pesca ou o patrocínio de um show de axé no interior do Nordeste.

Roubaram sangue humano dos hospitais, leite das crianças nas escolas e sondas para encontrar petróleo no fundo do mar. Houve quadrilhas operando à toda na venda de livros didáticos para o Ministério da Educação, na entrega de recursos da “reforma agrária” para mais de 30.000 mortos (sem contar 1.000 políticos eleitos), ou na compra, com dinheiro dos fundos de pensão das estatais, de ações de empresas falidas. Pense, em resumo, numa insânia jamais cometida na história mundial da corrupção; haverá precedentes nos governos Lula-Dilma.

Muita gente não tem mais paciência, nem tempo, para ficar olhando de perto cada episódio da roubalheira desesperada dos três governos e meio do PT. Muito justo, até porque a tarefa seria impossível. Mas de tempos em tempos vale a pena ver de novo ─ ou, mais exatamente, vale a pena separar alguma ladroagem especialmente depravada, de todas as milhares que o cardápio Lula-Dilma oferece, e fazer uma espécie de análise clínica mais demorada da patologia que existe ali dentro. Ajuda, como dito no começo, para o melhor entendimento do todo. A esquerda, no comando do arrastão mental que se pratica todo dia no Brasil, tenta passar ao público a alucinação de que o conjunto completo da corrupção no país se resume, no fundo, às sentenças que condenaram Lula (25 anos de cadeia no lombo, pela última conta) por recebimento de propina e lavagem de dinheiro. Como, no seu entender, “não há provas definitivas” da culpa do ex-presidente, não há, realmente, corrupção alguma. Aí dá curto circuito. Quando você olha a rapina parte por parte, e faz a soma de tudo, tem certeza de que está vendo um avestruz. O PT diz que você está vendo uma galinha.

Considere, por exemplo, uma das últimas demonstrações de demência praticadas pelo governo com o seu dinheiro e trazida a público, ainda outro dia, pelo novo ministro da Saúde. Dá para fazer ideia, aí, de onde foram amarrar o nosso burro. Segundo o ministro, o Brasil gasta por ano 1,4 bilhão de reais para cuidar da saúde dos índios. Esqueça se é muito ou pouco; pode até ser uma miséria, e talvez o governo devesse gastar o dobro, ou o triplo, ou quanto quiserem, nesse serviço. O que realmente acaba com qualquer discussão é que 650 milhões desse 1,4 bilhão vão direto para as ONGs a quem as autoridades entregam a tarefa de cuidar da saúde indígena. Cereja do bolo: desses 650, quase 500 ─ isso mesmo, quase 500 ─ vão para uma única ONG. Que tal?

Os outros 700 milhões da verba total são consumidos com as despesas para a existência material do próprio programa: aluguel de helicópteros e carros para transporte de pessoal, gasto com isso, gasto com aquilo. Sabe-se muito bem, em suma, de onde o dinheiro sai: do seu bolso, a cada tostão de imposto que você paga. Sabe-se, também, para onde vai: para o bem estar dos 13.000 agentes das ONGs envolvidas no esquema. Sabe-se definitivamente, enfim, para onde essa montanha de dinheiro não vai: para os índios propriamente ditos. Seus índices de saúde são os piores de toda a população brasileira. Não recebem remédios. Não têm acesso regular a exames clínicos. As taxas de mortalidade infantil entre eles são três vezes superiores à media nacional.


Muito bem: multiplique agora essa calamidade por 1.000, ou por 10.000, ou sabe-se lá por quantas partes mais, e dará para se perceber a dimensão delirante a que chegou o “todo” na transferência de recursos públicos para interesses privados neste país nos últimos anos.  

É a grande lição do manual de instruções que os governos petistas deixaram como herança. Invente umapolítica públicaqualquer. Diga que ela é “social”. Pronto: é só correr para o abraço. Roubaram até remédio de índio, e exigem que o seu líder seja Prêmio Nobel da Paz. É onde estamos.

domingo, 27 de maio de 2018

PT também pega carona na crise; federação de petroleiros, braço do partido, anuncia greve de três dias. Será que Bolsonaro dará o seu apoio?

O bolsonarismo não está sozinho na exploração da crise. Outro que tenta ser sócio do descalabro é o PT. Basta dar uma espiada nas páginas ligadas ao partido e a seus militantes. A exemplo de seu homólogo de extrema-direita, os petistas também acham que é tudo culpa de Michel Temer, tratam o locaute como questão meramente lateral e tentam obter dividendos políticos. Convenham: com seus ataques à direção da Petrobras, Ciro Gomes (PDT), o virtual candidato do PT,  não fez coisa muito diferente.  Não subiu em palanque em defesa do caos, como os bolsonaristas, mas, por óbvio, escolheu o alvo errado. 

[Bolsonaro apoiava o movimento dos caminhoneiros - quando ainda não havia evidências contundentes da participação dos patrões (donos de grandes transportadoras e demais empresários do transporte)  - locaute, crime;

- destaque-se que é a pré candidatura de Bolsonaro que impede que as bandeiras vermelhas do PT, CUT e MST e outras organizações criminosas sejam hasteadas junto aos caminhões que bloqueiam as estradas.]

 E para que não reste a menor dúvida sobre a adesão do petismo ao “quanto pior, melhor”, a FUP (Federação Única dos Petroleiros), um aparelho histórico do petismo, anunciou uma greve de 72 horas a partir de quarta-feira.

A pauta é a seguinte, segundo o seu comunicado:
“Os eixos principais do movimento são a redução dos preços dos combustíveis, a manutenção dos empregos, a retomada da produção das refinarias, o fim das importações de derivados de petróleo, não às privatizações e ao desmonte da Petrobras e pela demissão de Pedro Parente da presidência da empresa”. Como se pode perceber, Jair Bolsonaro poderia assinar a nota da FUP.  Se o abastecimento estiver normalizado até quarta-feira, a greve dos petroleiros não causará grande transtorno. Até porque o combustível existe, desde que o caminhão consiga sair da refinaria. Mas é pouco provável que estudo esteja nos conformes até o dia da greve. [a greve dos petroleiros é política e tem como único objetivo aumentar a situação de caos que o Brasil atravessa; é do interesse do 'pt - perda total'  transformar o caso atual em CAOS CAÓTICO.
Uma pauta de uma greve de trabalhadores que inclui:
- redução do preço do botijão de gás;
- redução dos preços de todos os produtos da Petrobras - nada de beneficiar só os caminhoneiros;
- retirada dos militares das instalações da Petrobras.
E, já está engatilhada a inclusão de mais um item? a União assumir sozinha todo o custo da cobertura do déficit do Petros - Fundo de Pensão da Petrobras que Lula, Dilma e demais bandidos petistas quebraram.]


Quem é um tantinho antigo nessa profissão sabe que greve de petroleiros é algo organizado com bastante antecedência; não é decretada da noite para o dia. É evidente que o PT esta tentando pegar carona na boleia dos ditos caminhoneiros; o partido também quer ser sócio do caos.  Pretende-se ainda enviar uma “mensagem” aos brasileiros: nos tempos de Lula, nada disso acontecia. A confusão é fruto do tal “governo do golpe”. Infelizmente, a própria imprensa tem sido parcimoniosa em lembrar quanto custou à Petrobras a política de Dilma de “estabilidade do preço dos combustíveis”: R$ 70 bilhões. Foi o governo petista que quebrou a empresa. A gestão Temer a recuperou dos escombros.  E por que, apesar dos descalabros, parte considerável da sociedade apoia uma greve de empresários multimilionários que torna ainda mais difícil a vida dos pobres? A resposta e matéria para outro post.

Blog do Reinaldo Azevedo

 

terça-feira, 16 de maio de 2017

José Nêumanne: A “Ruivinha” do Texas

Em vez de vender a prova do crime, Petrobras deveria pedir na Justiça suspensão da compra danosa

Em 19 de março de 2014, O Estado de S. Paulo publicou reportagem de Andreza Matais e Fábio Fabrini, da Sucursal de Brasília dando conta de que documentos até então inéditos revelavam que a presidente Dilma Rousseff decidira, em 2006. A favor da compra de 50% da polêmica refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). A petista era ministra da Casa Civil e comandava o Conselho de Administração da Petrobras. Os repórteres informaram, ainda, que, “ao justificar a decisão ao Estado, ela disse que só apoiou a medida porque recebeu ‘informações incompletas’ de um parecer ‘técnica e juridicamente falho’”.


 Refinaria Pasadena comprada pela Petrobrás no Texas (EUA) (Gilberto Tadday/VEJA)

Essa foi sua primeira manifestação pública sobre o tema e esse “sincericídio” é apontado como tendo sido o ponto de partida para o processo que a levou ao desfecho do impeachment, que a apeou da Presidência da República em 12 de maio de 2017. À época em que a reportagem foi publicada, a aquisição da refinaria já era investigada pela Polícia Federal (PF), pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pelo Ministério Público Federal (MPF) e até pelo Congresso, por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas.

O conselho da Petrobras, que Dilma presidiu de 2003 a 2010, quando era ministra de Minas e Energia e, depois, chefe da Casa Civil, no primeiro desgoverno de seu companheiro, padrinho e antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, apoiou a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões. Posteriormente, por causa de cláusulas do contrato, a estatal foi obrigada a ficar com 100% da unidade, antes compartilhada com uma empresa belga, e acabou tendo que desembolsar US$ 1,18 bilhão – cerca de R$ 2,76 bilhões.

Na resposta dada ao jornal, a ex-presidente, em seu estilo habitualmente pouco inteligente e muito confuso, disse, então, que o material que fundamentara sua decisão em 2006 não trazia justamente a cláusula que obrigaria a Petrobras a ficar com toda a refinaria. Trata-se da cláusula Put Option, que manda uma das partes da sociedade comprar a outra em caso de desacordo entre os sócios. A Petrobras desentendeu-dr sobre investimentos com a belga Astra Oil, sua sócia. E por isso acabou ficando com 100% da refinaria.

O relatório a que ela se referiu na nota em resposta à informação publicada no Estado, foi preparado e apresentado no conselho pelo então diretor internacional da companhia, Nestor Cerveró, que foi preso pela Operação Lava Jato por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Ele confessou e, em troca de delação, passou da prisão fechada à domiciliar, usando tornozeleira. O documento omitia cláusulas do contrato consideradas prejudiciais à estatal.

Em 5 de maio passado, reportagem do correspondente do Estado em Genebra, Jamil Chade, deu conta de que a Suíça apura propina de Pasadena e Abreu e Lima (em Pernambuco). Ou seja, depois de algum tempo relegado ao esquecimento, o assunto voltou à baila. É muito bom que isso aconteça, pois o caso da famigerada “Ruivinha” do Texas não pode ser esquecido. Afinal, trata-se de um tema muito grave e sobre o qual Dilma, que acaba de ser desmascarada pelo marqueteiro João Santana e pela mulher dele, Mônica Moura, não deu explicações convincentes que desmentissem sua incapacidade, como presidente do Conselho de Administração da estatal, de perceber um negócio tão absurdamente ruinoso para a maior empresa do Brasil, a joia da coroa estatal brasileira.

O negócio  causou um prejuízo à Petrobras de US$ 792 milhões. Antes da delação dos marqueteiros, que só foi revelada na sexta-feira 12 de maio, por decisão do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Edson Fachin, o ex-senador Delcídio Amaral, ex-líder do governo Dilma no Senado, também em delação premiada, confessou que só ele recebeu do Cerveró US$ 1 milhão oriundo da propina nessa compra. E que a propina global da “Rusty” atingiu US$ 15 milhões. Até agora, Dilma Rousseff e o então presidente da empresa, Sérgio Gabrielli, não foram investigados nem processados a respeito. Além de Paulo Roberto Costa, o famoso “Paulinho do Lula”, ex-diretor de Abastecimento e pioneiro entre os delatores da Lava Jato, só enfrenta as barras da lei o citado ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró.

Dilma, Gabrielli e Cerveró acusam o Citigroup de ter dado uma fairness opinion, ou seja, aval de especialista para a compra. Guido Mantega, à época ministro da Fazenda, também meteu o bedelho e jogou toda a culpa no aval do Citigroup. Mas esta grande instituição financeira americana tem desmentido sistematicamente todos eles e afirmado que a fairness opinion é apenas um instrumento de apoio e não pode substituir a obrigação e responsabilidade pela tomada de decisão, que recai exclusivamente sobre os corpos diretivos da estatal. Por mais dúvidas que essa posição do banco levante, o certo é que não é possível passar ao largo da culpa dos citados no negócio danoso ao interesse público.

A Operação Lava Jato está apurando os ilícitos que quase quebraram a Petrobras, entre os quais a aquisição da “Ruivinha do Texas”, da qual Dilma,  Gabrielli  e Cerveró participaram e que terão muito a esclarecer sobre o maior tsunami de corrupção da História, o chamado petrolão. O coordenador da força-tarefa, procurador Deltan Dallagnol, refere-se em seu livro A Luta contra a Corrupção, à venda nas livrarias, a esse episódio grotesco, entre os muitos que constituem a corrupção a cargo de sua equipe e de policiais federais responsáveis pela investigação e pela acusação e pelo julgamento dos culpados, a ser dado pelo juiz Sergio Moro, titular da 13.ª Vara Federal de Curitiba.

No começo de maio, coincidindo com a notícia do interesse mostrado no caso pelo Ministério Público suíço, o Estado deu a excelente notícia de que a Petrobras teve lucro de R$ 4,449 bilhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 1,246 bilhão no mesmo período do ano passado. Isso mostra que a empresa segue por um bom caminho.

No noticiário do grande feito, o presidente da estatal, Pedro Parente, afirmou estar satisfeito com esses resultados. Só que, um dia antes dessa boa nova, dada na semana passada, o jornal também noticiou que a empresa incluiu refinaria de Pasadena entre os ativos que vai vender para atingir a meta de US$ 21 bilhões de investimentos até o fim do ano que vem. Acontece que Pasadena custou US$ 1,2 bilhão, pago pela então maior empresa brasileira à antiga proprietária, a belga Astra Oil, que, meses antes, a havia adquirido por US$ 42,5 milhões. Pelas contas do TCU, a estatal perdeu US$ 792 milhões ao fechar o negócio. É simplesmente impossível que a Petrobras reverta esse prejuízo com a venda. Para o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a estatal tem autonomia para vender Pasadena e não se deve prender ao fato de a refinaria ser alvo de investigação por corrupção.

Mas ele está redondamente enganado. O correto seria a Petrobras entrar na Justiça aqui e nos Estados Unidos tentando anular a compra da “Ruivinha” do Texas e pedindo ressarcimento pelo prejuízo de US$ 792 milhões causados à empresa e, portanto, à União, que representa seus acionistas majoritários, os cidadãos brasileiros, por essa aquisição danosa e gravosa. Vender a refinaria de Pasadena é arcar com esse prejuízo, aceitando-o como líquido e certo. A Petrobras tem o dever de ofício de obter reparações e processar o cartel de empreiteiras.

O negócio danoso para a estatal e, em consequência, para o cidadão e contribuinte brasileiro, tem de ser investigado a fundo e, já que não há como recuperar nem parte ínfima dos prejuízos, a Petrobras deve participar ativamente dessas investigações, exigindo reparações na Justiça e punição dos responsáveis por esses danos. Em nome da excelente gestão que Pedro Parente está realizando na empresa, é seu dever não deixar essa bola passar por baixo das pernas.

Transcrito da Coluna do Augusto Nunes - VEJA