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domingo, 6 de junho de 2021

PROGRESSISTAS OU RETRÓGRADOS? - Sérgio Alves de Oliveira

É preciso que se dê um basta nos corruptores dos dicionários de todas as línguas e países, os quais  têm por hábito se apropriar indevidamente de expressões que não só não correspondem à idéia  que tentam transmitir, mas que além disso  acabam significando  exatamente o oposto, o contrário do sentido que ardilosamente tentam impingir à desatenta “platéia”.

A esquerda, de modo especial, numa concepção com abrangência  histórica, tem sido  “doutora” em fazer uso  dessas “ginásticas” linguísticas que distorcem e corrompem completamente o exato sentido das palavras  e expressões  que emprega.

E tudo começa pela expressão “socialismo”,um substantivo “masculino”, que tecnicamente não deveria passar de uma mera referência ao  “social”, mas que na verdade não tem absolutamente nada a ver com o sentido que lhe emprestam os dicionários ,“ideologizados” em todas as línguas, que “incorporaram” nessa expressão, equivocadamente, uma doutrina política e econômica  que prega a coletivização dos meios de produção e distribuição de renda, mediante supressão da propriedade privada e eliminação  das classes sociais.

Mas a corrupção linguística da esquerda assumiu contornos fora de qualquer razoabilidade,   desde o momento em que  colheu dos dicionários a palavra “progressismo” para ser utilizada  como sinônimo de esquerdismo, socialismo,marxismo,comunismo, gramscismo, socialismo fabiano, marxismo cultural, e por aí afora. Isso porque não poderia jamais haver  “atraso” maior do que a modalidade de “progressismo” que eles inventaram.

Qual o “progresso” dos países, ou de um só país, onde a esquerda tenha se adonado do poder político, geralmente através de métodos violentos? Na verdade o único país do mundo que pode ser considerado “rico”,dentre os países com matriz socialista, é a República Popular da China,cuja população total  é de cerca de 1,4 bilhões de habitantes, dominada pelo Partido Comunista Chinês-PCC, que tem cerca de 80 milhões de filiados, e que se constituem nos privilegiados desse país, na sua “Nomenklatura”, a exemplo daquela que privilegiou os burocratas do regime comunista soviético.

É por esse motivo que a China pode ser tomada como o maior exemplo da mentira que os dicionários escrevem sobre a palavra “socialismo”. Que “socialismo”(chinês) seria esse que comporta   80 milhões de pessoas privilegiadas,a sua “Perestroika”,e uma “massa humana” de 1,32 bilhões de pessoas absolutamente miseráveis? E não seria exatamente  essa enorme população de miseráveis  da China,usada como  mão de obra “escrava”, a principal responsável pela enorme “poupança” acumulada pelo PCC, capaz de estar comprando  mais de metade do mundo,”quebrado”, em “liquidação”, depois  que tiveram suas economias praticamente arrasadas,  justamente pelos maldito vírus “made in China”? Essa “coisa” poderia ser considerada “socialismo”? Por que os dicionários mentem tanto?[quanto à origem do coronavírus, sugerimos a leitura atenta de:  O novo coronavírus veio de um laboratório nos EUA, sugere China - Revista Oeste, ou 

O novo coronavírus escapou do laboratório? As evidências que reforçam esta hipótese - Gazeta do Povo - VOZES

Resumidamente,o socialismo jamais conseguiu fazer em qualquer parte do mundo  um país razoavelmente próspero, desenvolvido,nem uma “justiça social”, como sempre prometeu. Na verdade a riqueza que o socialismo pretende usufruir, e gozar, não é exatamente aquela da qual tenha sido protagonista,responsável,”construtor”,mas aquela que foi erguida com o trabalho,com o esforço, dos “outros”, sejam pessoas, empresas,ou países. É por esse motivo que os nossos irmãos dos  Estados Unidos devem ficar atentos, pois correm o risco objetivo  de terem que entregar de “mão-beijada” o grande país que construiram  com muita luta através dos séculos aos ”parasitas” socialistas que recentemente venceram as eleições nesse país. “Eles” não sabem construir. Mas são  “especialistas” em destruir ou usufruir o que é dos outros. Joe Biden já mostrou a que veio. [Biden representa o mal personificado, encarnado; já adotou medidas favoráveis ao aborto, faz ameaças vãs, pretende adotar legislação que favoreça tudo o que não presta, tudo que é anormal, doentio; = Saddam Hussein, certamente o classificaria e, acertadamente, de o GRANDE SATÃ'.]

Mas tem uns “progressistas” por aí que chegaram a constituir um partido político no Brasil, e que antes usavam a sigla ARENA, que sustentou politicamente o Regime Militar,e depois  passou a ser PDS  (Partido Democrático Social),dentre outras denominações. É o  tal (partido) “PROGRESSISTAS”. Só fico na dúvida a que tipo de “progressistas” eles estariam se referindo.

Mas  pelo que enxergo,  não se tratam dos  “progressistas” de esquerda, como entendidos pelos dicionários,nem de “progressistas” verdadeiros, que  estariam voltados para a prosperidade política,social e econômica do país. Por isso mais parecem formar outra sigla qualquer para igualmente enganar o povo brasileiro.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


segunda-feira, 1 de junho de 2020

Apoiar Bolsonaro não é uma opção. É uma necessidade - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

No último final de semana, assisti ao filme Dois Papas, “baseado em fatos reais”.

À direita da tela, é apresentado um alemão desconectado do mundo, sisudo, relutante a mudanças e com um passado ligado ao nazismo. À esquerda, um anjo latino americano, popular, leitor de Marx e de Paulo Freire, empenhado em reformar a igreja, inconformado com a desigualdade social e que – coitadinho − foi obrigado a se distanciar dos movimentos comunistas durante a ditadura militar na Argentina. Durante todo o filme, mensagens socialistas são levadas ao público, culminando na eleição do Papa moderninho que tolera ditadores comunistas, mas não presidentes cristãos, que tentam reconstruir o papel da igreja e da família em seus países.

O filme termina com ele indo visitar o ex-Papa atrasado. Veem juntos a final da Copa no Brasil. A seleção da Argentina perde para a da Alemanha, mas o Papa moderninho dá mais uma lição ao mundo: abraça o representante do país vencedor, demonstrando o quanto os socialistas são tolerantes. Que lindo! A principal mensagem do filme visto por milhões de pessoas: o marxismo é a modernização do cristianismo.

Ah, já ia me esquecendo: o filme foi dirigido por Fernando Meirelles, da família que controla o Itaú, de onde saiu o fundador de um partido que se diz liberal, mas que se mostra cada dia mais alinhado com a esquerda em defesa do maior programa de cerceamento da liberdade econômica da história do Brasil.  Por todo o tempo em que assisti ao filme, fiquei me lembrando das declarações de Jair Bolsonaro na reunião ministerial do último dia 22 de abril, registradas em vídeo. Dei-me conta de que eu havia sido infectado pelo purismo ideológico que tanto favorece a esquerda.

Na ocasião da demissão de Sérgio Moro, publiquei no meu perfil pessoal no Facebook e no site do Instituto Liberal textos registrando minha indignação com Jair Bolsonaro, retirando meu apoio a ele. Por quê? Porque ele tentou interferir na Polícia Federal. Uau! Palmas para o trouxa que vos escreve!  Mencionei o filme apenas para ilustrar o mundo em que vivemos. Um mundo em que praticamente toda a produção cultural, toda a grande imprensa, igreja, universidades, organizações civis, movimentos disso e daquilo, partidos vistos como de “centro” e até grandes empresas promovem o socialismo. Há décadas, a população é bombardeada por uma propaganda extremamente bem-feita, pela qual as pessoas são convencidas a confiar ao estado seu bem-estar.

 As liberdades individuais mais importantes estão sendo destruídas. Neste momento, metade da população brasileira encontra-se quieta em casa, esperando políticos decidirem sobre seu futuro. Uma minoria não concorda, mas não tem meios para reagir. Estamos numa situação muito pior do que nos anos em que o PT estava no poder, porque hoje o inimigo está invisível. Nunca estivemos tão perto de nos tornarmos uma ditadura socialista, porque agora não temos um alvo para apontar. Apenas sentimos uma rede se levantando sobre nossos pés.

Quais armas temos para lutar contra isso?  Meia dúzia de parlamentares sem voz na imprensa, textos na internet e mais nada. Opa! Temos sim! Temos um presidente da república que vem tentando dar mais liberdade para as pessoas trabalharem, criarem seus filhos e se defenderem.

Quando tivemos isso de um presidente da república? Nunca! Não podemos cair nas arapucas da esquerda. A melhor arma que temos contra o avanço do socialismo é Jair Bolsonaro.  Muitos liberais precisam entender que política é uma guerra; e essa guerra está quase sendo vencida definitivamente pelo outro lado. Nós, daqui de baixo, não temos condições de escolher armas e soldados. Temos apenas que apoiar quem está enfrentando nossos inimigos. Precisamos ser pragmáticos, avaliar friamente os acontecimentos.

LEIA TAMBÉM:  Benefício para compensar auxílio-moradia de parlamentares já rendeu R$ 3 bilhões a juízes

O fato é que nossas liberdades fundamentais estão sendo absurdamente reprimidas com apoio da imprensa e de toda a classe política e que Jair Bolsonaro vem há meses lutando contra isso, o que mereceria o apoio de qualquer liberal que se preze. Jair Bolsonaro deve ser avaliado pelas pautas liberais que defende, não pelas que ele deixa de lado. Não são suas frases grosseiras que devem ser consideradas, mas seu esforço em promover avanços em áreas realmente importantes. Como um cidadão comum que destina voluntariamente parte do meu tempo à militância liberal, não me vejo em condição de rejeitá-lo por ele não ser o liberal dos meus sonhos.

No tal vídeo da reunião ministerial, tivemos ainda o prazer de ver Weintraub xingando de vagabundos os membros do STF e Damares dizendo que prefeitos e governadores que estão destruindo a economia deveriam ser presos. Eles manifestaram os sentimentos de milhões de cidadãos comuns. Manifestaram o que eu mesmo gostaria de dizer na TV. As pessoas precisam ouvir coisas assim, para se encorajarem a reagir às agressões que vêm sofrendo.

Portanto, volto à minha posição de meses atrás em apoio a Jair Bolsonaro. Farei as críticas que precisar, mas não me desgastarei com suas imperfeições. Não me pendurarei no muro da covardia, com medo de ser chamado de “bolsonarista”. Enquanto o vir defendendo as liberdades mais fundamentais, relevarei quaisquer outros desvios.

Rodrigo Constantino, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Qual bandeira vermelha?



Nenhum brasileiro minimamente informado acredita que estivemos ou estaremos perto do comunismo


É óbvio que o Brasil nunca esteve perto de um regime socialista radical, tipo eliminação ou restrição extrema da propriedade privada. Mas é óbvio também que os eleitores de Bolsonaro estavam se referindo a outra coisa quando aprovaram o “abaixo o socialismo” do capitão. Estavam manifestando sua oposição ao avanço da cultura e da prática de um tipo de anticapitalismo, assim como do excesso de Estado e governo interferindo e mandando na vida dos cidadãos. Manifestavam também, e muito claramente, a rejeição ao apoio e financiamento dos governos petistas aos regimes socialistas ou bolivarianos de Cuba, Venezuela, Nicarágua e muitos outros na África.
O presidente e seus eleitores chamam isso de ameaça do socialismo no Brasil, já que os mesmos governos petistas tentaram diversas medidas nessa direção, como o “controle social da mídia”, que só caiu pela resistência da própria mídia. Seria apenas uma retórica de campanha ou o presidente acredita mesmo que a bandeira brasileira quase virou vermelha?  Diria que, hoje pelo menos, a coisa é mais retórica. Tirante a minoria radical de direita, acho mesmo que nenhum brasileiro minimamente informado acredita que estivemos ou estaremos perto do comunismo.

Muita gente insiste que há, sim, o medo concreto da ameaça comunista, mas para derivar daí a seguinte conclusão: que Bolsonaro propôs, e o povo votou pelo fascismo, que, aliás, é um regime de intenso controle do Estado sobre a sociedade e os indivíduos. Se colocado nesses termos, o debate está equivocado e não leva a nada.  Não foi uma escolha entre comunismo e fascismo. Quem pensar assim e agir em consequência, dos dois lados, ou vai fazer um governo desastroso ou praticar uma oposição de ruptura.

Consideram, igualmente, a questão das armas. Lá atrás, no referendo sobre o Estatuto do Desarmamento, em 2005, os eleitores votaram contra a proibição total da venda de armas e munições. Sim, a bancada da bala sustentava que o cidadão de bem desejava ter armas para se defender da bandidagem. Mas os eleitores não pensaram assim. E como sabemos disso? Simplesmente porque não foram às lojas comprar suas pistolas. [os eleitores tanto pensavam, e ainda pensam, que votaram contra a proibição e ratificaram aquelke voto elegendo Bolsonaro;

infelizmente, não houve a corrida às lojas para comprar armas, por diversas razões, sendo uma das principais o elevado curto de uma arma - muitos desejam possuir sua arma, mas, não se dispõe a investir na aquisição de uma.

Mesmo sendo do desconhecimento de grande parte da população, julgaram que o Estado, `seguindo o exemplo da Suíça, cuidaria para que cada cidadão possuísse - melhor dizendo, tivesse sob sua guarda, em sua residência - uma arma de propriedade do Estado.]

Votaram contra o veto à liberdade de escolha. E, sobretudo, não compraram a tese de que a notória insegurança tinha como uma das causas a “livre” venda de armas. Aceitaram a tese oposta, que o problema estava no excesso de armas — aliás, de venda proibidanas mãos dos bandidos e na ineficiência da polícia em conter a circulação clandestina de fuzis e metralhadoras e de apanhar as quadrilhas.  Essa questão de novo aí. E assim como no caso do falso debate socialismo/fascismo, está errado quem acha que os brasileiros querem ter sua pistola em casa e que, com os cidadãos assim armados, a segurança aumentará, e a criminalidade diminuirá.

Bolsonaro disse uma vez que o ladrão evitará entrar numa residência sabendo que o proprietário está armado. Pode acontecer. Mas também pode acontecer o contrário: o bandido entrar justamente porque sabe que ali tem uma boa arma a ser roubada.
Também está errado quem acha que flexibilização do porte de armas vai multiplicar exponencialmente o número de brasileiros armados, isso gerando uma explosão de homicídios. Se o comportamento for o mesmo de 2005, e tudo indica que sim, não haverá nada parecido com uma corrida às armas.

Ou seja, se o debate da segurança está no decreto das armas, também não levará a nada.

Convém olhar fatos. Não há relação direta entre posse de armas e número de crimes. Os cidadãos canadenses têm muito menos armas que seus vizinhos americanos e a criminalidade lá no Canadá é menor. Por outro lado, os ingleses demonstraram claramente que a criminalidade é tanto menor quanto maior a eficiência da polícia em desvendar os crimes e apanhar os bandidos. Mesma coisa foi provada em cidades americanas  Ou seja, a variante-chave não é a arma doméstica, digamos assim, mas é, sim, uma polícia eficiente, bem preparada em inteligência e, sim, muito bem armada, necessariamente mais bem armada que as quadrilhas. E com uma legislação de apoio. [polícia bem armada e com apoio legal para combater os bandidos, não é segredo para ninguém,  que está nos planos de Bolsonaro;

uma excrescência no agonizante 'estatuto do desarmamento', é que só maiores de 25 anos possam portar armas, o que impede que um policial com idade inferior, possa portar sua arma quando de folga, - o policial é  policial 24 horas por dia e não apenas durante o serviço.]

 
O voto de outubro contém essa ideia. Assim como contém um voto pela liberdade econômica.




quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Fala de Bolsonaro sobre ‘livrar’ o país do socialismo repercute no mundo

O discurso do presidente Jair Bolsonaro repercutiu nas principais veículos de comunicação europeus nesta quarta-feira, 2. Praticamente todas as publicações enfatizaram a fala do novo líder da maior economia da América Latina em que cita a libertação do Brasil do socialismo.

O jornal britânico The Guardian foi um dos que mencionaram o trecho como destaque. “Suas palavras encantaram uma multidão de mais de 100 mil pessoas – muitas das quais viajaram à capital modernista para o evento, convencidas de que o populista de extrema direita pode resgatar o País conturbado da corrupção virulenta, do aumento do crime e da estagnação econômica”, mencionou o diário. No jornal britânico de economia Financial Times, a posse de Bolsonaro não recebeu qualquer menção na edição impressa desta quarta-feira nem na versão na internet.

Ainda no Reino Unido, a rede de televisão BBC repetiu algumas vezes na noite de ontem uma reportagem sobre a posse de Bolsonaro. Em seu site na internet hoje, o assunto já está fora da página principal do veículo. No material de ontem, a BBC destacou que o presidente usou seu discurso de posse para prometer a construção de uma “sociedade sem discriminação ou divisão”. O enfoque sobre o fim do socialismo no país durante o discurso do novo presidente foi dado pelo francês Le Monde. Saudando “neste dia em que as pessoas começam a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo do Estado e do politicamente correto”, o líder da extrema direita brasileira prometeu livrar o país das “ideologias nocivas” que “destroem nossas famílias”, como as da “teoria do gênero” que abomina, ou “marxismo”, que ele acredita detectar nos livros didáticos.

Garantindo às pessoas “boas” o direito de “legítima defesa”, ele novamente mencionou seu desejo de flexibilizar o mais rápido possível a lei de 2003 que proíbe o porte de armas, mostrando ao mesmo tempo sua benevolência para com os atores da defesa do agronegócio em conflito com o movimento dos sem-terra e dos povos indígenas. [os bandidos disfarçados em 'sem terras' também matam - aliás, estão sempre armados e  prontos para o confronto com os legítimos proprietários dass terras que invadem, impunemente;

os índios também são violentos e agridem - além do absurdo que representa existir reserva indígena com 50.000 hectares para apenas doze índios.]
 O também francês Le Figaro mantém o tema sem muito destaque em sua página na internet. “Jair Bolsonaro assumiu o cargo na terça-feira, abrindo uma era de ruptura com sérias incertezas em relação à mudança para a extrema direita da maior potência da América Latina.”

Já o espanhol El País enfatizou a exibição da aliança de Bolsonaro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitaram a cerimônia para mostrar, via Twitter, sua aliança, que é uma virada ‘copernicana’ da política externa brasileira”, ressaltou o periódico. O veículo também informou que, em seu discurso de posse, o presidente evitou sua habitual crítica ao Partido dos Trabalhadores (PT) para convocar os deputados a se unirem “à missão de reconstruir o País, libertando-o do crime, da corrupção, da submissão ideológica e da irresponsabilidade econômica”.

O português Diário de Notícias, que acompanhou a transmissão do cargo ontem em tempo real, por sua vez, dá destaque à posse e salientou quatro frases do pronunciamento de Bolsonaro consideradas como “a chave” do discurso de posse: 
 1) “Este é o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da invasão de valores, do politicamente correto, do gigantismo estatal; 
2) “Temos o desafio de enfrentar a ideologia que descriminaliza bandidos, pune policiais e destrói famílias, vamos restabelecer a ordem no País”; 
3) “Esta é a nossa bandeira, que jamais será vermelha, só será vermelha se for do nosso sangue derramado para a manter verde e amarela”, e 
4) “Traremos a marca da confiança de que o governo não vai gastar mais do que arrecada, do interesse nacional, do livre mercado e da eficiência, da garantia de que as regras, os contratos e as propriedades serão respeitados.

Revista IstoÉ



O capitão chegou

No palanque de mármore do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro fez o seu último discurso de campanha 

Jair Bolsonaro chegou ao Palácio do Planalto pela vontade da maioria dos eleitores e com a esperança de dois terços da população. Discursos de posse podem querer dizer muito, ou nada.

O de Tancredo Neves, que não foi lido, queria dizer muito, os de Jair Bolsonaro, afora as teatralidades, acrescentaram pouco ao que disse na campanha. Ele propôs genericamente um "pacto nacional entre a sociedade e os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, na busca de novos caminhos para o Brasil" e reafirmou seu "compromisso de construir uma sociedade sem discriminação ou divisão". [o essencial é que o discurso pós posse seja coerente com os da campanha e sejam o Norte da política de governo a ser executada.
Um dos pontos essenciais é a manutenção dos pilares prometidos na campanha, dos quais destacamos: valorização da Segurança Pública, do combate as malditas ideologias e da priorização da meritocracia, com a consequente extinção da política de cotas - ao criticar a política de cotas, acabo de cometer  na ótica dos defensores daquela política ,  grave crime contra o 'politicamente correto.] 
 
Quem saiu da cerimônia e soube que, pouco depois, Bolsonaro anunciou que "o Brasil começa a se libertar do socialismo e do politicamente correto", ficou sem entender nada. Socialismo por cá nunca houve e o "politicamente correto" pode ser muita coisa ou coisa nenhuma. [o maldito 'politicamente correto', tem sido a causa principal do crescimento de aberrações que buscam destruir a FAMÍLIA, a MORAL, os BONS COSTUMES e, mais grave,   quando estavam prestes a ser flagrados em seus atos de rapinagem, os membros da esquerda, usavam e estão ansiosos pela oportunidade de voltar ao uso, o recurso escuso de considerar qualquer crítica como dirigida ao que chamam de politicamente correto.]
Entre o discurso feito no Congresso e o do parlatório parece haver um abismo. No palanque de mármore, Bolsonaro repetiu temas que lhe deram o mandato popular. Fica a dúvida em relação ao "pacto". Ele existe, cheio de remendos, mas chama-se Constituição.

A partir de hoje, discursos de campanha serão inúteis, pois começa o serviço. Ele demanda eficácia e respeito às instituições dentro do pacto existente. A ideia segundo a qual o Brasil precisa se libertar do "politicamente correto" (uma questão de comportamento) ou do "socialismo" (simples fantasia) é uma construção apocalíptica.
O ministro da Economia deverá tomar as medidas necessárias para liberalizar a economia, o da Educação poderá reorganizar os currículos escolares e administrará os recursos da pasta. Já o ministro da Justiça e de Segurança poderá compatibilizar o discurso da lei e da ordem com as leis e a ordem da vida real.

Até agora, como não poderia deixar de ser, tudo são promessas. O único sinal indiscutível, ainda que simbólico, do compromisso de novo governo com a austeridade, esteve no fato de todos os ministros de Bolsonaro terem assinado os termos de posse com uma caneta Bic. (Já houve tempo em que eram populares as Mont Blanc.)  A retórica apocalíptica do discurso no palanque de mármore contradisse a harmonia prometida na fala ao Congresso, mas só o dia a dia do governo poderá revelar o rumo de governo. Do outro lado do balcão, partidos de oposição liderados pelo PT boicotaram a cerimônia republicana da posse do presidente. Péssima ideia, justificada com argumentos da pior qualidade.
A partir de hoje a oposição deverá partilhar o futuro da vida nacional. O pior cenário possível será aquele em que o Brasil terá um governo empenhado em libertar o país do "socialismo", e um pedaço da oposição esteja convencida de que ele vem aí, ou deveria vir.

Um choque de visões milenaristas não tem nada a ver com a vida nacional. O mandato recebido por Bolsonaro teve uma essência mais simples. Os brasileiros querem mais segurança, mais ordem e mais liberdade na economia.  Na expressão dessa vontade, repeliram corruptos e apoiaram propostas radicais, até mesmo demagógicas. Daí, não se pode concluir que uma sociedade politicamente radicalizada precisa da construção de conflitos.

Na primeira metade dos anos 60 a radicalização produziu tamanha intolerância política que um pedaço da sociedade não aceitava a hipótese da eleição de Juscelino Kubitschek para a Presidência. Outro pedaço não aceitava que o eleito fosse Carlos Lacerda. Jamais o país teve dois candidatos mais qualificados e deu no que deu. Ambos foram proscritos pela ditadura.

Elio Gaspari, jornalista - Folha de S. Paulo

 

domingo, 1 de julho de 2018

O pitbull da família Bolsonaro

Filho de Jair Bolsonaro, candidato do PSL ao Planalto, o deputado Eduardo Bolsonaro age como cão raivoso nas redes. Enquanto o presidenciável assopra, para tentar se tornar mais palatável ao eleitor, o rebento não conhece limites: mostra que é mais radical que o radical 

Na liderança até o momento da corrida presidencial, o clã Bolsonaro ensaia uma dobradinha no discurso e nas redes sociais. Enquanto o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, trabalha para amenizar seu discurso, procurando ampliar seu eleitorado, seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, faz o caminho contrário: radicaliza as suas palavras como forma de manter a parcela cativa de extrema direita que os garantiu no jogo da sucessão, pelo menos até aqui. Seguindo as orientações de seus conselheiros, Jair Bolsonaro tem procurado fugir de temas polêmicos. E reserva cada vez mais espaço para seu filho atacar os opositores sem dó e papas na língua.

Parece haver um jogo combinado entre pai e filho, ambos deputados. Ditado pela conveniência de cada um no próximo pleito. Com uma pretensão menor, Eduardo (PSL-SP) se apresenta como herdeiro encarregado de manter o eleitorado cativo de extrema-direita dos Bolsonaro atraído pela promessa de tolerância zero oferecida. Por isso, a postura dele vai se mostrando mais radical à medida que se desenrola a campanha. De acordo com um assessor de um deputado que trabalha vizinho ao seu gabinete, no Anexo 3 da Câmara, Eduardo já entendeu que quem precisa “amadurecer”, leia-se pegar mais leve, é o pai. Não ele, que tentará apenas a reeleição, cuja quantidade de votos necessários é menor que a do pai. “O Jair tem conversado muito com representantes do Exército, que o aconselham a ser menos radical”, revelou esse assessor.

Estratégia de guerra
Ciente da sua missão, Eduardo não nega fogo. Na quarta-feira 6 de junho, enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), destacava o bicentenário de Karl Marx e sua influência no mundo, Eduardo Bolsonaro tentou desqualificar o filósofo. Com um livro de Olavo de Carvalho na mão, ele fez referência a um trecho da obra, dizendo que “o socialismo matou mais de 100 milhões de dissidentes”. Em seguida, alfinetou o próprio Rodrigo Maia, conterrâneo do seu pai: “Estamos em uma sessão que homenageia o maior genocida do planeta Terra”. [é um crime que se desperdice tempo homenageando o autor de uma ideologia que matou mais de 100.000.000 de pessoas.
Tais pessoas foram mortas por discordarem do comunismo - e todas as ideias comunistas executadas pelos governos comunistas, foram fruto da criação do tal Marx.
Não há como inocentá-lo.
Eduardo Bolsonaro falou apenas a verdade, nada mais que a verdade.]    Karl Marx foi o ideólogo do comunismo, mas não foi responsável por nenhum governo socialista. Ele morreu em 1883, 34 anos antes da revolução comunista na Rússia.

Eduardo Bolsonaro (PSC) não é só um político que fala para as galerias. Adepto da liberação de porte de armas para todos os brasileiros, ele apareceu armado numa manifestação na Avenida Paulista de apoio ao impeachment de Dilma Rousseff. Depois justificou o porte por ser da Polícia Federal. O filho de Jair Bolsonaro é escrivão da PF.
O principal exemplo da dobradinha Jair/Eduardo Bolsonaro deu-se após o assassinato no Rio de Janeiro da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Jair Bolsonaro evitou tecer comentários. Refugiou-se no silêncio não só no calor dos acontecimentos, como, até agora, não se posicionou. Já Eduardo Bolsonaro não teve qualquer pudor. Atacou Marielle e seu partido: “Se você morrer, seus assassinos serão tratados por suspeitos, salvo se você for do PSOL: aí você coloca a culpa em quem você quiser, inclusive na PM”. [alguém aponte o erro do deputado Eduardo Bolsonaro no seu comentário.
O aparato utilizado para investigar o assassinato da vereadora, foi centenas de vezes superior ao esforço para investigar quem matou o garoto Marcos - no caso do garoto apenas decretaram que foi a polícia e assunto encerrado.
E a vida humana tem o mesmo valor, independente de quem seja o morto.]
Na verdade, no momento em que Jair Bolsonaro se recolhe, Eduardo Bolsonaro segue a estratégia que ao longo da carreira de deputado botou seu pai em evidência: apostar na polêmica. No meio policial, é conhecida em interrogatórios a estratégia do “tira bom e tira mau”. Jair e Eduardo Bolsonaro parecem ter levado o lema para o campo da política: inventaram o “político bom e o político mau”.

IstoÉ
 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A reforma ministerial



O socialismo assim permanecerá como ameaça permanente contra os brasileiros, a cada momento camuflado em uma sigla.
A reforma ministerial empreendida pela presidente Dilma Rousseff foi a esperada. Entregou sete pastas ao PMDB e a Casa Civil a alguém de confiança do ex-presidente Lula. Pouco sobrou da composição do seu ministério original, pois quando ganhou o segundo turno das eleições achou que finalmente estava livre de Lula e que poderia diminuir o poderio do PMDB. Tudo deu errado e ela realisticamente agora fez prevalecer a verdade política dentro do seu ministério.  É um ministério de transição, o de agora, prova cabal de que a presidente está enfraquecida e pode ser removida do poder. Ela só procedeu às mudanças porque a alternativa seria renunciar. O movimento em pinça feito pelo PMDB e pelo PT de Lula esvaziaram de vez o que restava de sua liderança. Na melhor das hipóteses terá um final de governo bisonho; na pior, será removida do poder pelo impeachment. O PMDB provou que tem poder para tal.

Já o PT está se esvaziando com a fuga dos seus quadros para outras agremiações, principalmente para o PSB e o Rede. Estamos assistindo ao raro fenômeno da morte de uma marca partidária de peso, igualmente como vimos acontecer com a velha marca PCB. As investigações da Justiça sobre a corrupção sistêmica implantada pelo partido na condução dos negócios do Estado, bem como as respectivas condenações, desmascararam seu modo de governar e o descredenciaram diante da opinião pública. A pesquisa do Ibope divulgada hoje, de que o governo de Dilma Rousseff é considerado bom por apenas 10% dos brasileiros, revela o estado terminal de sua popularidade. Está na antessala da sua cassação.

O problema que se apresenta é que o PSDB tem tido como aliado preferencial o PSB, agora reforçado pelos quadros fugidos do PT. A se manter essa aliança nas eleições presidenciais veremos o eixo de poder se deslocar em direção à esquerda. Durante o governo de FHC o PFL fazia o contraponto à direita do governo socialdemocrata.  O PMDB tem feito contraponto ao PT. Uma eventual vitória de uma aliança assim deslocará o eixo político perigosamente. A pergunta importante é saber se tal aliança poderá sair vitoriosa nas eleições, uma questão em aberto, em face do grande lapso de tempo até o pleito.

Estamos vendo o ocaso político e eleitoral do PT, que deverá se tornar um partido nanico e sem ter condições de voltar ao poder por longo tempo. O fato é que suas ideias políticas, contudo, continuarão em outras legendas e o socialismo assim permanecerá como ameaça permanente contra os brasileiros, a cada momento camuflado em uma sigla. É como no filme Homens de Preto: a esquerda parece ter uma maquininha capaz de apagar a memória das pessoas e, pior, de inocular nelas a falsa memória de que os tempos de governo da esquerda foram os melhores.

Quem viver verá.