Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
SEM FALSA NEUTRALIDADE, EU NESTE DOMINGO APOIEI BOLSONARO
Por JAVIER BONILLA-ENFOQUES
Com
uma série de débeis mentais sadomasoquistas governando além dos Andes
e mergulhando seus países em crises quase terminais, com cleptocracia e
miséria mafiosas vagando abertamente pela outrora próspera Argentina,
com astutos ineptos como López Obrador no México, o quase eterno, cruel e
corrupto grupamento de ditaduras em Cuba, Nicarágua e Venezuela, um
Equador lutando contra os falsos movimentos indigenistas estimulados de
fora, um Uruguai dividido em metades cada vez menos conciliáveis e um
governo que, agora hackeado por mafiosos russos, nem sequer ousa
terminar com as brigas pelo passado recente, nem para se livrar dos
lobbies globalistas, o que o povo brasileiro votar dirá para onde nossa
América latrina está inclinada hoje.....
Se, e espero que
não, o ladrão barbudo ex-presidiário retornar ao Palácio do Planalto,[ele não retornará e nossa bandeira jamais será vermelha; tentaram em 35 perderam, em 64 também, em 2018 idem, perderão em 2022 e quantas vezes tentem.] junto com sua infinidade de neomarxistas vingativos e corruptos, a
América do Sul definitivamente terá entrado no clube dos derrotados, no
partido dos lobbies antiocidentais, o crime organizado (e pior ainda, o
desorganizado...), assim como na parte mais condenável do nosso
caráter.
Haverá exceções, provavelmente entre o norte do
Rio Grande do Sul e o interior de São Paulo, passando por Santa
Catarina, Paraná e até boa parte de Minas Gerais (tudo isso até o
Primeiro Comando da Capital, o Comando Vermelho e seus perversos
asseclas locais permitirem....) Agora... o resto do Brasil, aquele que
começava a se olhar no espelho do progresso e da dignidade, terá sido
derrotado... Meia América terá sido derrotada!
No entanto,
acreditamos que prevalecerá o resultado do incontável legado de obras
do governo Bolsonaro: da ressurreição do trem recém-morto à água que
chega ao Nordeste, passando pelas inúmeras estradas rurais, pontes e
vias alargadas ou abertas com a ajuda das Forças Armadas, a constante
inauguração de escolas, hospitais, ginásios, a proteção ambiental
através do uso de satélites, bem como o aumento de recursos e a presença
militar na Amazônia e no Pantanal (algo de que a imprensa europeia e
sul-americana, não só não fala, como nega e mente violentamente sobre
isso), apoio aos policiais honestos, bem como a mão estendida aos
perseguidos no continente, especialmente os venezuelanos.
Não
menos importante tem sido o combate à corrupção e à burocracia,
facilitando muito a vida dos mais humildes, que gastam menos e perdem
menos tempo com procedimentos desnecessários e as vezes objetivando mera
cobrança (como o abuso de ter que renovar certidões de nascimento a
cada seis meses ou atestados de vida, para alimentar a voracidade fiscal
sem motivo), assim como o pequeno empresário rural ou urbano,ficou
livre da morosidade e dos procedimentos incríveis e improdutivos.
Tão
importante quanto 70 leis a favor das mulheres ou privilegiando títulos
de propriedade à figura feminina das quase 430.000 famílias que
receberam mais terras nesses quase 4 anos do que nos 30 anteriores. Ou a
tentativa de vencer uma geografia desafiadora para digitalizar as
comunicações....
Tão importante quanto as
vitórias materiais é ter lutado para separar jovens e crianças
brasileiras dos vícios e dos traficantes de drogas, lobbies LGBTI ou
feministas radicais que dividem nossas sociedades ou dos grupos
amplamente tolerantes às drogas e ao álcool, que fizeram e estão fazendo
tanto mal no Cone Sul, hoje quase e infelizmente irreconhecível com o
que foi o Rio da Prata há um quarto de século, um lugar onde agora se
privilegia a vitimização, o slogan, a palavra de ordem da moda.
Todas
essas virtudes custaram a Bolsonaro, como a Giorgia Meloni, como a
Orban, o apelido frívolo e bobo de "extrema direita" pela imprensa
social-democrata ou "moderada" da Europa, dos Estados Unidos e da
imprensa ainda mais burra do Cone Sul , que não só evita ser informada e
informar, como também o enoja ao admitir o erro.
A
mesma imprensa e os mesmos artistas e intelectuais subsidiados que
nunca chamarão Boric, Castillo, Maduro, ou os imorais espanhóis do
Podemos de "ultraesquerdistas". Os mesmos que se reúnem onde quer que
haja eleições - de Leonardo Di Caprio, Ricky Martin a Jorge Drexler,
passando por Caetano Veloso ou Daniela Mercury - para recomendar votar
no esquerdista do dia, mesmo que este seja o atual psicopata chileno.
[o último sucesso daquela cantora foi na década de 90.]...Os mesmos idiotas que acreditam que Cristina Kirchner foi sofrer um
ataque e repetem isso.....Os mesmos papagaios que repetem o argumento
dúbio do Macron como válido por nunca ter assinado nenhum acordo com o
Mercosul, falando de uma Amazônia que nem sequer sabem onde fica, sem
dizer nada sobre as constantes fraudes, trabalho escravo infantil ou
abate implacável das selvas africanas onde a França ainda pesa muito,
rendida ao silêncio dos falsos humanitários e as ONGs.
Imprensa
que também parece aprovar os abusos e ilegalidades cometidosquase
diariamente pelo tendencioso Supremo Tribunal Federal e Supremo Tribunal
Eleitoral, que até proíbem o uso de cores nacionais, liderados pela
figura diabólica, uma espécie de Drácula tropical, de Alexandre de
Moraes ...
Contra todo o cinismo globalista nacional e
internacional que o governo brasileiro teve que se enfrentar nos últimos
anos, com mais acertos do que erros, e não se saiu mal! Portanto, neste domingo, não sou neutro!
Aposto em Bolsonaro e nos outros candidatos regionais não marxistas,
bolsonaristas ou nem tanto, para neutralizar a macabra trupe do PT e
seus aliados. locais, regionais e internacionais...
Seus efeitos negativos sobre a democracia, a economia e a
política destroem a maioria das forças responsáveis pela cooperação
social e pela estabilidade institucional.
Ilustração: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Quando levamos uma xícara de café quente à boca, a precaução, ativada pela lembrança de alguma queimadura pretérita na língua, nos ensina a começar por um pequeno sorvo, para sentirmos se continuamos a beber ou esperamos um pouco. Antes de entrarmos em uma piscina, é sempre aconselhável checarmos a temperatura da água, para evitarmos sensações desagradáveis. Da mesma forma, a prudência nos recomenda colocarmos agasalhos na mala que vamos levar em uma viagem para a Serra Gaúcha.
Esse comportamento defensivo, quase sempre intuitivo, está presente na maior parte dos atos econômicos e manifesta-se tão mais fortemente quanto maior for a sua importância. Não precisamos de nenhuma cautela quando compramos um pãozinho, mas temos de tomar algum cuidado quando encomendamos uma adega pela internet, e necessitamos ter muita atenção antes de uma transação imobiliária. Todas as decisões relevantes, portanto, exigem cuidados em busca de menos incerteza e mais segurança.
À vista disso, riscos fazem parte da rotina das escolhas econômicas, e a teoria nos ensina que há três tipos de reações diante do perigo que representam, a saber: aversão, apego e neutralidade. Sabemos que a maioria dos indivíduos se enquadra na tipificação de avessos ao risco, o que significa que, para uma pessoa-padrão, buscar um mínimo de segurança para evitar ou minimizar riscos é um hábito tido como aconselhável.
A economia funciona pelas ações contínuas de bilhões de indivíduos tentando atingir objetivos específicos. Contudo, o fato de cada pessoa almejar fins exclusivamente seus e, portanto, diferentes daqueles perseguidos pelas demais não impede a existência de um núcleo de propósitos comuns, pois, se não fosse assim, viver em sociedade não faria muito sentido. O que caracteriza uma sociedade livre, aberta, virtuosa e próspera é, em muitos aspectos, a garantia dessa coexistência entre os objetivos de cada indivíduo e os fins comuns. Teoricamente, o que pode assegurar esse sincronismo é a lei, que existe para garantir regras fixas para o jogo e a segurança, com vistas a minimizar os riscos.
Cooperação social Economia e Direitosão, portanto, indissociáveis, e não podemos nos esquecer de que uma das finalidades da lei é precisamente amparar as transações econômicas, especialmente decisões de investimento, que são escolhas de longo prazo e de grande relevância para o crescimento sustentado. Quando não há lei, ou quando sua função é pervertida, as atividades econômicas transformam-se em jogos de soma zero — ou seja, caracterizados por conflitos — e termina prevalecendo o caos social, ou, em linguagem menos rebuscada, a lei de Murici, aquela que manda a cooperação para a “cucuia” e ordena que cada um cuide apenas de si.
Infelizmente, temos assistido, no Brasil e em todo o mundo, a um fenômeno que até poucos anos atrás escapava à percepção da população, mas que atualmente é parte obrigatória em nossas conversas do dia a dia. Trata-se de uma ocorrência com repercussões importantes sobre o ordenamento social — vale dizer, econômico, político, jurídico e, em última instância, ético e moral — que, infelizmente, tem sido propositalmente omitida pelo grande “consórcio da desinformação” em que se transformou a imprensa tradicional.É a politização do Judiciário, de efeitos negativos sobre a democracia, a economia, a política e, portanto, a própria sociedade, porque, entre outras consequências maléficas, destrói a maioria das forças responsáveis pela cooperação social e pela estabilidade institucional.
A causa desse processo de politização é o relativismo moral niilista, que lançou uma deliberada nuvem cinzenta sobre a fronteira ética demarcatória entre o certo e o errado e que se espraiou a partir da segunda metade do século 19, durante o século 20 e continua bastante presente em todos os campos da ação humana. Do Direito à Economia, da Política à Sociologia, da Psicologia à Antropologia, das Artes à Cultura, fazendo emergir o fatal conceit, aquela pretensão fatal tão bem apontada por Hayek: a crença cega de que “soluções políticas” são superiores às geradas de forma espontânea em cada um dos subsistemas que compõem as sociedades. É uma crendice perigosíssima, haja vista que gerou práticas e instituições que levaram aos grandes males do século passado, como o nazismo, o socialismo, o fascismo e o comunismo.
Os males do ativismo jurídico No campo jurídico, o relativismo de adornos marxistas armou-se com o escudo da Doutrina do Direito Alternativo ou Relativo ou Paralelo e com a espada perigosíssima do ativismo judicial. A pedra angular desses princípios é que, como a lei não esgota o Direito, os juízes devem assumir posturas “críticas” diante dela, o que os autoriza a deixarem de aplicá-la, caso considerem-na “injusta”. De fato, como nem todas as normas são justas, a lei não esgota o Direito,mas isso não é argumento para que juízes assumam as funções de deuses de togas e se postem acima delas, por mais nobres que possam ser as suas intenções. Na verdade, tal silogismo nada mais é do que um embuste ideológico disfarçado.
Não é por acaso que a politização do Judiciário pode ser encontrada tanto na Alemanha de Hitler quanto na antiga União Soviética e, ainda hoje, em todos os países que optaram por sistemas totalitários, como o socialismo. Uma rápida olhada para a América Latina atual dirime qualquer dúvida. O Brasil precisa neutralizar esse mal, pelo aperfeiçoamento das instituições, antes que seja tarde. É a nossa liberdade que está em jogo.
A política econômica do governo já garantiu, apenas com as privatizações, R$ 200 bilhões, bem como mais de R$ 800 bilhões de investimentos privados nos próximos anos
É assustador quando uma doutrina sustenta que um juiz está acima da lei e que pode submetê-la a suas preferências ideológicas ou partidárias, ou mesmo a seus instintos tirânicos.O principal pretexto é que seria dever do Direito realizar “transformações sociais”,uma vez que a lei seria produzida pelos que estão no poder e, portanto, refletiria os interesses de uma classe dominante, em detrimento dos “marginalizados”.
Essa aberração repudia os princípios consagrados de neutralidade da lei e de imparcialidade do juiz:
- a lei não seria neutra porque se originaria do poder dominante, e o juiz não deveria ser imparcial, porque seria seu dever julgar os fatos subjetivamente e posicionar-se tendo em vista os objetivos “sociais” — entenda-se, “revolucionários”.
Isso lhe aumenta os poderes e lhe permite questionar e até mesmo repelir o conjunto de normas legais vigentes.
O magistrado entra dessa forma diretamente na “luta de classes”, abandonando a postura de imparcialidade, que o “aprisionaria” dentro do estrito cumprimento da lei. Não é, portanto, de estranhar quando um magistrado alinhado a essa corrente atribui a si, com extrema arrogância, o papel de corretor de erros “históricos”, para justificar decisões que frequentemente agridem princípios morais elementares.[se considerando imbuído do supremo dever de empurrar a história e classificando como inimigo os que possam criar obstáculos a sua missão 'sagrada'.]
Direito supralegal O ativismo judicial manifesta uma visão política e ideológica do Direito, supralegal e inteiramente comprometida com o socialismo e com tendências tirânicas, incompatível com a garantia das liberdades individuais e da verdadeira democracia.Primeiro, porque, ao abraçar o conceito marxista de “lutas de classes”, retira do Direito o seu atributo de ciência normativa. Segundo, porque o juiz não pode substituir o legislador e nem o presidente.Terceiro, porque se uma determinada lei é “injusta”, o correto é que o Legislativo a revogue e não que um juiz a modifique a bel-prazer [ou a suspenda.].Quarto, porque nada justifica a defesa de que juízes não precisam ser imparciais. Quinto, porque lhes confere poderes exorbitantes, dotando-os de um livre-arbítrio que pode ser despótico e calamitoso.Sexto, porque, como cada cabeça é uma sentença, abre as portas para jurisprudências contraditórias, ou seja, para aumentar a insegurança jurídica.Sétimo,porque agride o princípio do devido processo legal, ou seja, a garantia de que ninguém pode ser atingido em seus bens e direitos sem o competente processo que respeite princípios constitucionais diretivos, como o da legalidade, o da isonomia e o do contraditório.
É uma doutrina moldada para justificar a idiossincrasia da esquerda, tão bem identificada pelo filósofo Roger Scruton, que é julgar o sucesso de alguns pelo fracasso de outros, o que fornece sempre uma vítima a ser “resgatada”. Assim foi, no século 19, com o proletariado; nos anos 1960, com a juventude; depois, com as mulheres; e, sucessivamente, com os negros, os homossexuais, os índios, os animais, o planeta.
Qual será o próximo refém a ser salvo por esses justiceiros sociais, sem que precisem atender a ditames processuais, prazos e normas, tudo em nome de uma aludida e sempre nebulosa “justiça social”?
Consequências econômicas do ativismo judicial O ativismo exacerbado que podemos observar em várias decisões do STF, cuja missão — sempre é de bom alvitre lembrar — é zelar pela Constituição, diminui o espaço de atuação institucional dos demais Poderes. Também subverte a Suprema Corte, transformando-a inaceitavelmente na depositária única de todas as demandas da sociedade e, o que ainda é pior, na formuladora de todas as soluções. Adicionalmente, a formação técnica dos magistrados está muito longe de capacitá-los a exarar decisões econômicas, administrativas e políticas.
Há algum tempo o Brasil vem assistindo — atônito — a magistrados sem conhecimentos de economia e de gestão, sem a representatividade política que só o voto lhes poderia conferir e livres de responsabilidade no que concerne às alocações de recursos estabelecidas nos orçamentos, tomando decisões que competem constitucionalmente ao Legislativo e ao Executivo.
Essa prática de intromissão nos demais Poderes, cada vez mais recorrente, tisna o papel insubstituível de bastião último da democracia, que só o Judiciário pode cumprir.
Os efeitos do ativismo judicial sobre a economia são desastrosos. E não se trata apenas de interferir indevidamente em privatizações, preços, alíquotas de impostos e outras atribuições de competência exclusiva do Ministério da Economia.
Não se trata somente de aumentar o risco inerente às decisões econômicas importantes, como as de investimentos.
Trata-se de espalhar insegurança jurídica generalizada e, portanto, maximizar riscos.
Chamam a atenção muitos fatos que vêm se tornando corriqueiros, estranhos às verdadeiras práticas democráticas, aparentemente sem conexão com a economia, mas que podem produzir efeitos devastadores, comprometendo boa parte do enorme esforço que a equipe econômica vem fazendo para colocar o país no caminho da prosperidade.
Apenas para dar um exemplo, a política econômica do governo já garantiu até hoje, apenas com as privatizações, R$ 200 bilhões (sendo R$ 78 bilhões apenas neste ano), bem como mais de R$ 800 bilhões de investimentos privados nos próximos anos.
Agora, suponha que você reside no exterior, que resolveu investir R$ 100 bilhões no Brasil em cinco anos e que já ingressou com 10% desse montante, ou seja, por analogia, deu uma bicadinha na xícara, colocou a mão embaixo do chuveiro e reservou hotel em Bento Gonçalves.
Então, um iluminado de toga decide investigar, instigado por um senador que — pasmem — está no comando da campanha do principal opositor do governo, as conversas privadas de empresários importantes.
O que isso sinaliza para todos?
Não é óbvio que está abertamente impondo riscos maiores, indicando que o café está “pelando”, ou que a piscina está fria demais ou que é melhor adiar sua viagem?
Ora, por prudência, não é melhor então esperar para colocar os seus R$ 90 bilhões restantes no país?
O mesmo raciocínio vale para residentes no Brasil.
E os investimentos, e os empregos, e a economia, como ficam?
Há, ainda, um risco adicional, representado pelas eleições: dependendo de quem será o próximo presidente, nada garante que não vão roubar a sua xícara, o café, a água, a mala com os seus agasalhos e até os ladrilhos da piscina.
O povo deu o seu recado no dia 7 de Setembro, ao manifestar-se contra o absurdo ativismo judicial vigente. Que seja ouvido.
Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor e escritor. Instagram: @ubiratanjorgeiorio Twitter: @biraiorio
A iniciativa de “reduzir drasticamente” as tropas em torno de Kiev equivaleria a um reconhecimento de enorme derrota
Cuidado, avisou Boris Johnson, Putin ainda pode “virar a faca”. Não existe uma pessoa na face da Terra, inclusive entre as que continuam a admirar Vladimir Putin, que discorde do primeiro-ministro britânico.
É por isso que a declaração do vice-ministro da Defesa, Alexander Formin, foi vasculhada sob todos os ângulos possíveis. Relembrado-a, com toda sua linguagem enrolada: “Devido ao fato de que as negociações sobre um acordo sobre a neutralidade e o status não-nuclear da Ucrânia e garantias de segurança (para a Ucrânia) estão avançando para uma fase prática, e levando em consideração os princípios discutidos durante a reunião de hoje, o Ministério da Defesa da Federação Russa tomou a decisão de reduzir drasticamente as operações de combate nas áreas de Kiev e Chernihiv a fim de incentivar a confiança mútua e criar as condições necessárias para novas negociações e a assinatura do acordo acima mencionado”.
Note-se que os termos “desmilitarização” e “desnazificação”, as absurdas
condições originais, não aparecem. E que o “status não-nuclear” da Ucrânia nunca foi colocado em dúvida, fora do campo das especulações mais fora de propósito. Também vale lembrar que as negociações na Turquia, num prédio da era otomana às margens do Bósforo, transcorreram num clima de filme de suspense face à acusação de que dois integrantes da delegação ucraniana e o oligarca russoRoman Abramovich haviam sofrido uma tentativa de envenenamento no começo do mês.
Abramovich, segundo a denúncia do site Belliingcat, chegou a perder a visão por algumas horas e sofreu descamação na pele do rosto e das mãos. Foi internado numa clínica em Istambul, uma das poucas metrópoles internacionais que ainda pode frequentar por estar na lista de sanções da maioria dos países do Primeiro Mundo.
Fontes da inteligência americana negaram o suposto uso de agentes químicos contra o bilionário, mas o Bellingcattem um histórico de investigações rigorosas, inclusive sobre os infames envenenamentos com Novichok do ex-agente russo Sergei Skripal e do oposicionista preso Alexei Navalny.
E a participação de Abramovich nas negociações entre Ucrânia e Rússia nunca tinha sido informada com tantos detalhes. O bilionário ontem apareceu abertamente nas negociações em Istambul. O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, confirmou a participação do embargado dono do Chelsea, também em termos enviesados: “Ele não é membro oficial da delegação, mas está presente em Istambul do nosso lado. Para promover contatos entre as duas partes é preciso ter a aprovação das duas partes e, no caso de Abramovich, esta aprovação foi feita pelas duas partes”.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, interveio junto ao governo americano para tirar Abramovich da lista de sancionados pelo Departamento do Tesouro, argumentando justamente que ele estava mediando negociações.
Por que os russos tentariam envenenar um negociador do lado deles? Segundo Christo Grozev, do Bellingcat, site que foi fundado por um jornalista britânico – e talvez com um certo incentivo da inteligência britânica -, pode ter sido um “aviso” da linha dura do regime russo. Grozev acha que foi usada uma dosagem baixa de cloropicrina ou do próprio Novichok.
Outra ameaça foi feita pelo próprio Putin. Segundo o Times de Londres, Abramovich viajou no seu jato particular de Istambul para Moscou na quarta-feira passada, levando uma proposta de paz escrita a mão por Zelensky. “Diga a ele que vou esmagá-lo”, avisou Putin.
É por motivos assim que a redução “drástica” de forças russas em torno de Kiev, algo que só pode ser interpretado, pelo valor de face, como um recuo histórico,deve ser vista com muito cuidado. Os fiascos protagonizados pelos invasores russos correram o mundo, mas a Rússia hoje ocupa mas da metade das regiões fronteiriças da Ucrânia, do Mar de Azov à Belarus.[no relato da mídia progressista esquerdista a Rússia está perdendo a guerra, nos fatos ela ganha territórios na Ucrânia. Tem caroço nesse angu; frear o avanço, estacionar tropas e fustigar o inimigo com fogo de artilharia e misseis, abate o moral do inimigo, destrói as defesas e infraestrutura do inimigo e facilita futuro avanço.]
Putin pode dizer“missão cumprida” e apresentar um meio fiasco como uma vitória inteira?Vamos ficar sabendo nos próximos dias.
Se Kiev for salva e Abramovich tiver alguma participação, merecerá até ter o Chelsea de volta.
Num país onde intelectuais, artistas e partidos de esquerda querem entregar a Amazônia para a administração da ONU, de militantes ambientais ou do Rei da Noruega, nossas possibilidades, nessa comparação com Zelenski, são bem escassas
A invasão da Ucrânia por tropas da Rússia, com todos os seus desdobramentos em matéria de destruição, violência extrema e martírio da população civil, permite uma comparação muito interessante com o Brasil neste ano eleitoral de 2022. É simples: separe, um por um, todos os candidatos à Presidência da República, e veja se algum deles, qualquer deles, seria capaz de se comportar como o presidenteVolodmir Zelenskiestá se comportando na guerra
contra o seu país. Zelenski não fugiu. Não se rendeu. Não renunciou. Não
está de quatro em busca de um acordo com os russos. Ficou no seu cargo,
assumiu as suas responsabilidades e colocou um colete à prova de bala
para enfrentar o inimigo. Corre risco de vida, mas até agora teve a
coragem de cumprir suas obrigações. [Um comentário: tudo bem! Zelenski não praticou nenhum ato que possa ser interpretado como covardia; só que também não praticou nenhum ato que possa ser classificado como de coragem.
O presidente ucraniano não fugiu, mas também não se expõe, ainda que em uma breve demonstração de ação, leva a maior parte do tempo em discurseira vazia, incitando seus presididos ao combate, cobrando dos 'aliados' coisas que ele sabe não serão fornecidas e levando o povo ucraniano a por pura ingenuidade ou excesso de confiança a uma batalha em que já entram perdendo.]
Os ataques russos à Ucrânia
começaram na madrugada do dia 25 de fevereiro. Zelenski não fugiu.
Assumiu suas responsabilidades para enfrentar o inimigo. Corre risco de
vida, mas até agora teve a coragem de cumprir suas obrigações. Qual dos
candidatos presidenciais brasileiros faria a mesma coisa?
Qual dos candidatos
presidenciais brasileiros, honestamente, você vê fazendo a mesma coisa?
Num país onde as classes intelectuais, os artistas e os partidos de
esquerda querem entregar a Amazôniapara a administração da ONU, de
militantes ambientais ou do Rei da Noruega, as nossas possibilidades,
nessa comparação com o presidente da Ucrânia, parecem bem escassas.
Pense em cada candidato; veja, com serenidade, quem é capaz de fazer o
que o presidente Zelenski está fazendo. O Brasil, por sorte, não foi
invadido pela Rússia, nem por ninguém, e não vai ser. É realmente um
alívio.
Aqui um grupo de candidatos
soltou uma valente exigência, a 15.000 km de distância dos combates,
para que o Brasil assuma uma posição “mais rigorosa” contra a Rússia,
além da declaração em favor da paz que já fez na ONU; vamos ver o que
faria cada um deles quando a primeira bomba explodisse a um quilômetro
do Palácio do Planalto.
O PT, por sua vez, conseguiu o feito de lançar
duas notas oficiais sobre o mesmo assunto, uma depois da outra e com a
segunda desmentindo a primeira. A nota inicial condenava o “imperialismo
americano”.A que veio em seguida assumiu uma neutralidade vazia, tola e
pusilânime. O companheiro Maduro, na Venezuela, hoje a estrela-guia de
Lula, foi mais honesto – disse logo que é a favor da invasão e pronto.
O Brasil de hoje é o país da
“engenharia política”, dos acordos Lula-Alckmin, do “Centrão” e por aí
afora. Aqui um ministro do STF tem medo do barulho dos aviões da FAB
que, segundo ele, “quebram os vidros” do seu palácio, mesmo que ninguém
tenha visto até hoje nem um pedaço desses vidros quebrados. O presidente
Zelenski, realmente, parece viver em outro planeta.
Bolsonaro está fazendo, obviamente, porque é adulto, o contrário do que sugerem seus adversários. Ou melhor, do que exigem seus adversários, que querem, claro, que ele cometa erros.
Bolsonaro está conseguindo administrar bem uma neutralidade, sem deixar de registrar também a amizade entre ele e Putin.
Eu lembro que quando eu cobria a guerra no Atlântico Sul, a Guerra das Malvinas,eu vi que o Brasil estava ajudando a Foça Aérea argentina com munição, com especialistas e equipamento. Quando eu voltei para descansar em Brasília por dois ou três dias, eu fui procurar o presidente Figueiredo. Eu disse a ele: “O senhor está apoiando o agressor?”. E ele me disse: “Estou”. E eu insisti: “Mas o Galtiere – o presidente argentino na época - é um bêbado, a Argentina é que a agressora!”. Aí o Figueiredo me respondeu: “É, mas eu sou amigo dele e a Argentina, olha aqui no mapa, é nossa vizinha, sempre vai ser nossa vizinha. A Inglaterra está a 10 mil quilômetros de distância, mas a Argentina é nossa vizinha e vai nos dever favores”.
E ele tinha toda razão.O chefe de Estado deve pensar no país, o interesse do país está em primeiro lugar. Várias nações da OTAN dizem que a Amazônia tem que ser do planeta, que ela não é do Brasil. Mas Putin disse “não, a Amazônia é do Brasil, sim”. Essas coisas têm de ser consideradas. Bolsonaro e Putin, quando se reuniram, falaram de multipluralidade, ou seja, que não querem um mundo entre os Estados Unidos e a China. Queremos ter a nossa posição de brasileiros.
Mas, além disso, Bolsonaro resgatou os brasileiros da Ucrânia,essa primeira obrigação do governo brasileiro. Tirou da zona de guerra, está levando para a vizinha Romênia, e, de lá, eles embarcam para o Brasil. Tal como foi rápida e eficaz aquela operação quando explodiu o coronavírus lá na China. Resgatamos todo mundo que estava pelo caminho, e vieram para a quarentena na Base Aérea de Anápolis.
Há outra lição disso tudo. Como se sabe, o presidente da Ucrânia era um comediante. Aqui no Brasil nós tivemos um animador de auditório candidato à Presidência da República, que acabou desistindo.
Temos de pensar que voto não é uma brincadeira, é uma coisa séria.
Hoje vemos tantos líderes infantis ou infantilizados, como esse Trudeau, do Canadá; o Macron da França. Saudades da Merkel, da senhora Thatcher, que tinham presença tal como a do Putin.
O ocidente se enfraquece com as bobagens que estão por aí,e os líderes fortes vão tomar conta do mundo.
Fizeram ações de apoio à Ucrânia, coloriram monumentos de Berlim e de Paris, cantaram Imagine em frente da embaixada russa em Bucareste. Teve apoio à Ucrânia dos Simpsons, do Sean Penn. A Anitta dizendo que o Putin é burro... Meu Deus! É a mesma coisa que dizer que tem girafa na Amazônia. Putin é um jogador de xadrez, um estrategista, inteligente, frio, culto, planejador. [Já a Anita ...]
Sanções
Todas essas sanções econômicas que estão fazendo contra a Rússia não vão dar em nada.A Rússia está com 680 bilhões em reserva, tem dívida de só 21% do PI – a nossa é de 88% do PIB.
Se tirar o Swift, da Rússia, a capacidade de transacionar entre os bancos, quem vai perder são bancos.
A Rússia é o segundo em maior movimento financeiro e se ficar de fora do Swift, vai fazer as transações com a China.
Mais da metade da Rússia é na Ásia; a Rússia vai do Báltico até o Pacífico.
Essas coisas precisam ser pensadas com maturidade. E a gente não deve brincar com voto como os ucranianos brincaram – é só olhar o que aconteceu. É bom lembrar que a Ucrânia assinou um pacto, em 2014 se não me engano, de desarmamento para que ela se mantivesse neutra. Agora, se ela chamar a OTAN, a OTAN vai enviar armas.
A OTAN é um pacto militar comandado pelos Estados Unidos. Tem base dentro de Portugal, nas Ilhas de Açores. Sobre esse equilíbrio de forças no mundo, não é cantando que ele acontece, são os arsenais que continuam pesando no equilíbrio de forças do mundo. E também a força econômica.
Vejam, por exemplo, a Alemanha, que parou com as usinas nucleares e agora está dependendo do gás da Rússia.A França também está retomando as usinas nucleares, construindo 12 novas usinas. Não adiante ficar cantando; É preciso pensar de forma madura e ter líderes maduros. Eleger líderes com maturidade
Em
seu discurso no plenário do Congresso, Jair Bolsonaro prometeu que "o
Brasil voltará a ser um país livre de amarras ideológicas". Não foi uma
menção aleatória. Presente desde a campanha eleitoral, a tal batalha
contra as ideologias agora ocupa parte substancial das preocupações do
novo governo. As ideologias tornaram-se o grande inimigo a ser vencido.
Em
primeiro lugar, chama a atenção o tratamento impreciso do termo
ideologia. O presidente Jair Bolsonaro e seus adeptos usam a palavra
ideologia para se referir a todo pensamento alheio que difere do seu.
Ideologia seria toda ideia que eles acham equivocada. No parlatório do
Palácio do Planalto, Bolsonaro prometeu, por exemplo, "acabar com a
ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais". Também se
referiu ao "grande desafio de enfrentar (...) a ideologização de nossas
crianças". Não se sabe bem a que se referia.
O emprego abusivo do
termo ideologia remete à ideia de que o novo governo seria isento
ideologicamente. Os adversários é que teriam ideologia, isto é,
manifestariam uma visão enviesada e corrompida da realidade. O governo
Bolsonaro atuaria noutra dimensão, não ideológica. No entanto, o que se
vê no bolsonarismo, a despeito desse discurso de aparente neutralidade, é
uma atuação acentuadamente ideológica. É claro que toda ação política
está ancorada num determinado conjunto de ideias, valores, opiniões e
crenças a respeito do Estado, da sociedade e das pessoas. São justamente
essas características que o bolsonarismo evita definir quando se refere
às suas qualidades. Mas quando a ideologia é a do adversário, ela é
definida como socialismo, esquerdismo, etc., como se essas variedades da
política fossem irremediavelmente incompatíveis com o exercício
democrático. [o presidente Bolsonaro não pode ser responsabilizado pelo fato dos seus adversários defenderem o que está errado; afinal é um Governo para todos os brasileiros - aceitem ou não, o fato é que Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil, com grande maioria de votos e É o presidente - tendo o DEVER de buscar o melhor para os brasileiros.] Esse viés demanda atenção e cuidados, uma vez que ele
conduz, por definição, à prática autoritária.
E
a tal "ideologia" do bolsonarismo acaba sendo o elemento definidor de
tudo o que na administração da coisa pública acaba sendo nocivo. Na
escolha de vários ministros, por exemplo, mais do que a experiência ou a
capacidade técnica, o que importou foi o compartilhamento de ideias e
opiniões - a tal "ideologia". [o compartilhamento é essencial - imagine, um presidente honesto, escolhendo Lula da Silva, um ladrão, para ser seu ministro; não daria certo.]
Caso esdrúxulo ocorreu na Casa
Civil. Sem apresentar nenhuma razão técnica, o ministro Onyx Lorenzoni
exonerou todos os 320 funcionários com cargos comissionados de sua
pasta. Disse que estava fazendo a "despetização" do governo, admitindo,
portanto, que agia com critérios ideológicos. A "despetização" do
governo é tão nefasta quanto a "petização", pois a administração pública
não deve se pautar por questões ideológicas, e sim por critérios de
ordem técnica e ética.[despetizar baseado em critérios técnicos e éticos é tarefa fácil - para demiti, de forma justa e correta, um petista, basta exigir que ele apresente, comprove, ter ética e competência técnica - com raríssimas exceções, ficará provado que o individuo é aético e incompetente.]
A ideologia também serviu de critério
prioritário em algumas manifestações do novo governo sobre política
internacional. Por razões ideológicas, alguns países foram excluídos do
convite para a cerimônia de posse do presidente Bolsonaro. Já em outros
casos, a ideologia foi motivo de atitudes que claramente contrariam o
interesse nacional, como o anúncio de uma possível mudança da embaixada
brasileira em Israel.
Essa extremada ideologização do governo
Bolsonaro contraria parte significativa das propostas feitas pelo
próprio governo na área econômica, jurídica e administrativa. Se o
presidente Jair Bolsonaro não atalhar o quanto antes essa atuação
baseada em critérios ideológicos, muito rapidamente haverá conflito
entre as áreas do governo. Por exemplo, as reformas econômicas demandam
critérios técnicos em sua aprovação e implantação. Não há eficiência
administrativa que resista à conferência de carteirinha partidária. Ou
não se faz a abertura comercial do País se a principal preocupação na
área internacional for atender a demandas de ordem religiosa de
apoiadores do governo.
O governo Bolsonaro não precisa ter
vergonha de ser de direita. Mas deve evitar a todo custo a
radicalização. É esse o traço marcante que desvia o conservadorismo - e
também o progressismo - para os caminhos tortuosos e sombrios do
arbítrio e da supressão das liberdades. Lembre-se o presidente Jair
Bolsonaro que, no dia de sua posse, assumiu o compromisso de "construir
uma sociedade sem discriminação ou divisão".
Titular
da 13ª Vara diz a seus partidários que a mobilização, no dia do
depoimento de Lula, pode resultar em confusão, com pessoas machucadas
[Meritissimo juiz Sérgio Moro, pedimos vênia para expressar a Vossa Excelência o entendimento que o vídeo abaixo representa estar a 13ª Vara Federal de Curitiba, por seu titular, dando a Lula um valor indevido.
Lula é apenas réu em vários processos que estão na Vara sob a chefia de Vossa Excelência e deve ser tratado exatamente da mesma forma que outros réus o são.
Aliás, não seria exagero da parte de Vossa Excelência considerando a abundância de crimes cometidos por Lula - que serão provados, situação que o torna umréu condenado = réu bandido e é nesta condição que ele deve ser tratado.
É nobre a intenção do senhor, mas, bandidos devem ser tratados como bandidos, qualquer concessão, pode ser mal interpretada e levar tais bandidos a se considerarem merecedores de benesses.]
O juiz Sergio Moro houve por bem publicar um vídeo noFacebook em que
pede a seus partidários que evitem manifestações na próxima
quarta-feira, quando o ex-presidente Lula presta depoimento à 13ª Vara
Federal de Curitiba. Segue abaixo.
Pois é…
Ainda que Moro esteja pedindo a seus
seguidores que NÃO SE MANIFESTEM,o comportamento é certamente indevido a
um juiz. Fazer o quê? Ou os integrantes do Poder Judiciário seguem as
regras corriqueiras numa democracia, ou as coisas se degeneram.
É evidente que não cabe a um juiz passar
orientações a manifestantes, ainda que esteja falando aos seus. Se o
faz, admite a existência de uma liderança que nada tem a ver com o poder
que lhe confere a toga. Ou que decorre impropriamente do poder que lhe
confere a toga. Transcrevo um trecho:
“Eu tenho ouvido que muita gente
que apoia a Operação Lava Jato pretende vir a Curitiba manifestar esse
apoio, ou pessoas mesmo de Curitiba querem vir aqui manifestar esse
apoio. Eu diria o seguinte: esse apoio sempre foi importante, mas, nessa
data, ele não é necessário. Tudo o que se quer evitar nessa data é
alguma espécie de confusão e conflito e, acima de tudo, não quero que
ninguém se machuque em eventual discussão ou conflito nessa data. Por
isso, a minha sugestão é: não venha, não precisa, deixa a Justiça fazer o
seu trabalho. Tudo vai ocorrer com normalidade, e eu espero que todos
compreendam”.
As palavras fazem sentido, não? Vamos ver.
Como Sergio Moro tem a obrigação da
neutralidade, a sua mensagem deveria ser dirigida tanto aos que vão a
Curitiba para vituperar contra Lula como aos que se organizam para
defendê-lo. “Ah, Reinaldo, Moro vai pedir para petista não ir?” Bem,
então se admite que ele virou uma liderança do antipetismo? Ora, é
descabido!
Observem que o juiz nem mesmo se refere
aos apoiadores de Lula, a não ser de maneira encoberta, quando diz a
seus seguidores que evitem confusão e conflito para que ninguém “se
machuque”. E, suponho, para que “não se machuque ninguém”, não é? O
lugar desse “se” na frase faz uma brutal diferença. Afinal, numa
confusão e num conflito, os dois lados batem e apanham, certo?
Sim, eu endosso — mas eu posso, já que
não julgo ninguém — as palavras de Moro. Acho que lulistas e
antilulistas deveriam se ater às regras normais do estado democrático,
deixando, como diz o juiz, “que a Justiça faça seu trabalho”.E mais: Moro deveria ter atuado antes.
Infinitas páginas nas redes sociais que convocam atos de solidariedade à
Lava Jato e contra Lula trazem a imagem do magistrado. Quando menos,
ele deveria ter feito um anúncio público pedindo que fossem apagadas.
De resto, quantas foram as vezes em que
vimos e ouvimos membros da Lava Jato a dizer que só o“povo na rua”assegura a independência da operação? Ainda há dias, procuradores da
República, liderados por Deltan Dallagnol, pregavam resistência a um ato
do Senado assentados nesta premissa:sem mobilização, a operação se
fragiliza. E isso é falso.
Sim, lulistas e antilulistas deveriam
evitar a pantomima de rua, como se um simples depoimento de um réu —
mesmo sendo Lula — fosse definir os rumos da história do Brasil. Não
será a gritaria dos “companheiros” a intimidar Moro. Nem será a gritaria
dos lava-jatistas, suponho, a estimulá-lo. Juiz não orienta torcida. No máximo, a
sua atuação pública, que tem de se pautar pela isenção e pela retidão.