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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Flamengo: grupo LGBT+ pede indenização milionária por time não usar a camisa 24

[já tentaram e perderam; perderão mais uma vez e quantas tentarem.A pretensão ridícula e extorsiva, perde um pinciio elementar: a numeração de todos os titulares e reservas,em sequência, não passa de 22.]

Militantes acusam clube de 'violação de direitos humanos' e 'homofobia', por ausência da roupa na Copinha 

O grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT+ voltou a acionar a Justiça do Rio de Janeiro contra o Flamengo, por causa da ausência da camisa 24 para uso de jogadores da Copinha. Na ação, protocolada na sexta-feira 10, o ajuntamento acusa o clube de “violação de direitos humanos” e “homofobia”.

A peça cita ainda falas de Ângela Landim Machado, uma diretora do Flamengo, consideradas preconceituosas pelos militantes. “Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passam férias”, disse a mulher na internet, sobre as eleições 2022. “Bora trabalhar, porque se o gado morre, o carrapato passa fome.”

Dessa forma, o Arco-Íris solicitou R$ 1 milhão de indenização.

Não é a primeira ação judicial levantada pelo grupo. Em 2021, os militantes cobraram um posicionamento do Flamengo sobre o clube não usar o número 24 em competições oficiais.“É de ressaltar que o Flamengo é uma entidade privada, que não se encontra obrigada a prestar qualquer esclarecimento à associação civil requerente, que, por sua vez, também não possui legitimidade para exigir tais esclarecimentos, nem tampouco contestar atos e assuntos internos do clube”, rebateu o Flamengo, na ocasião.

Adiante, o clube observou que “não há quaisquer lei, norma ou regulamentação que imponham ao clube ou aos seus atletas o uso do número 24 na camisa de jogo, de forma que a tentativa de imposição por parte da requerente configura manifesta afronta ao princípio da legalidade, que determina que ‘ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa se não em virtude de lei'”.

Leia também: “Quando o movimento LGBT passa a odiar uma trans”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 59 da Revista Oeste


sábado, 29 de outubro de 2022

Em time que está ganhando… - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo


Toda a estratégia petista nessa campanha imunda consiste em demonizar Bolsonaro como “genocida” e resgatar a lembrança de uma fase econômica boa no começo do governo Lula. O contexto pouco importa. Não vem ao caso, por exemplo, que saímos de uma pandemia e logo depois vimos uma guerra entre países produtores de energia. Tampouco cabe lembrar que, no começo da era Lula, a China crescia dois dígitos e puxava o preço das commodities, beneficiando países produtores como o Brasil.

Ocorre que, a despeito da pandemia, da guerra e da tentativa de boicote por parte da oposição, o Brasil de Bolsonaro está se saindo muito bem economicamente falando. E isso não só em relação ao vizinho lulista, já que a inflação argentina passou de 100%. O Brasil vai bem em comparação ao próprio país no passado, mesmo com cenários bem mais favoráveis antes.

É o caso do emprego. A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,7% no trimestre encerrado em setembro, menor valor desde 2015. O número representa uma queda de 0,6 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, terminado em junho (9,3%), e 3,9 pontos percentuais frente ao mesmo período de 2021 (12,6%).

O crescimento é a solução para vários de nossos problemas sociais. O
Brasil vem surpreendendo analistas com um crescimento mais forte e inflação menor, tudo isso graças a um melhor ambiente de negócios obtido com reformas. O país tem sido capaz de atrair investimentos produtivos como resultado de uma agenda liberalizante, tornando-se mais competitivo.

O PT tenta responsabilizar o governo Bolsonaro por tudo de ruim, ignorando esse contexto global adverso. É a primeira vez, por exemplo, que temos uma inflação menor do que a americana! Enquanto isso, todos os indicadores econômicos e sociais pioram rapidamente na vizinhança, com governos de esquerda apoiados por Lula. É o caso até do Chile, que já foi o mais próspero e estável da região, e hoje vive uma escalada de criminalidade. Na Colômbia a coisa vai de mal a pior, assim como no Peru, ambos com presidentes da esquerda radical ligada ao PT.

Isso para nem mencionar a Venezuela, que já mergulhou no absoluto caos com uma ditadura apoiada por Lula. 
É esse o destino que desejamos para o Brasil? 
Nada vamos aprender com a própria experiência ou com a observação do nosso entorno? 
As falácias petistas enganam alguns desavisados, mas quem está atento já sabe: o Brasil está no caminho certo, no rumo da prosperidade. 
E como diz o ditado popular, em time que está ganhando não se mexe...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sábado, 7 de maio de 2022

Pela democracia - Carlos Alberto Sardenberg

Pouco antes da invasão da Ucrânia, mas com o ambiente geopolítico já bastante tenso, setores da esquerda e da direita sustentavam que era tudo culpa dos Estados Unidos. A tese: como líder da OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte, os EUA teriam levado essa aliança militar a avançar sobre o leste europeu, como que ocupando países que haviam estado na órbita soviética. Esse movimento seria uma ameaça à integridade territorial da Rússia, aqui vista como a sucessora da União Soviética.

Lula partilha dessa tese, conforme deixou claro na entrevista à revista Time. Para ele, o presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, também é responsável pela guerra por não ter adiado a discussão sobre a entrada na OTAN. Ou seja, Putin é responsável pela invasão, mas …. e cabe um monte de coisa nessa adversativa, cujo final é jogar a culpa nos EUA, na União Europeia e em Zelensky.

Um festival de equívocos. Começa que a Rússia não é a sucessora da União Soviética. Esta tinha uma doutrina, partilhada por partidos comunistas de muitos países. Deu errado, é verdade, mas o regime funcionou por quase 50 anos.

A Rússia de hoje é o que? Uma ditadura, como na era soviética, mas sem nenhuma doutrina a não ser a reverência a Putin e o assalto ao Estado promovido por ele e seus aliados. Putin fala nos valores da Grande Rússia, em oposição aos “valores decadentes” do Ocidente.

Os valores do Ocidente são a democracia, a liberdade individual, a liberdade de imprensa e o capitalismo com predominância do empreendedor privado. E não estão decadentes, como se viu com a formidável reação ocidental à invasão e às barbaridades praticadas por Putin. [foram proferidos excelentes discursos, repletos de promessas, o ex-comediante que preside a Ucrânia discursou em uns cem parlamentos e ucranianos continuam morrendo, sem perspectivas da guerra cessar -  pelo menos,  enquanto Zelensky presidir a Ucrânia - e a guerra ucraniana tem tudo para se somar a outras que ocorrem pelo mundo  há vários anos e pouco chamam atenção.]

A população da Ucrânia praticou esses valores com a eleição de Zelensky e a decisão, também tomada no voto, de entrar na União Europeia e na OTAN. Exatamente como fizeram outros países do Leste. Não foi a aliança militar que avançou  sobre o Leste. Os países que escaparam da órbita soviética tomaram decisões soberanas de se juntarem ao lado ocidental.

Reparem: a OTAN não deu um tiro sequer quando da queda do muro de Berlim. E não fez qualquer ameaça aos países ex-soviéticos.

Essas nações fizeram aquele movimento por dois motivos principais. Primeiro, partilhar do progresso e do desenvolvimento econômico e social da União Europeia. Segundo, obter a proteção da OTAN justamente contra as ameaças do imperialismo russo.

Como se vê agora, tinham  toda razão. A Ucrânia deu azar. Levou tempo para se livrar de uma ditadura, de modo que o governo democrático de Zelensky não teve prazo para consolidar a aliança com o Ocidente. Putin antecipou a invasão.

Hoje, quem está ao lado de Putin? Ditadores já estabelecidos no poder e aspirantes a ditador, como o presidente Bolsonaro.

E por que a esquerda, se não apoia Putin, é tão tolerante com ele, a ponto de achar que a vítima, a Ucrânia, também é responsável pela guerra? Trata-se de uma posição infantil anti-EUA e anti-Europa ocidental, como se ainda fosse tempo da guerra fria.

Cobram de Zelensky que abra mão da União Europeia e da OTAN – ou seja que derrube decisões tomadas pela população.

Cobram de Zelensky uma abertura às negociações. Mas quem não negocia é Putin, cuja exigência é transformar a Ucrânia em um satélite russo. A resistência das tropas e da população ucranianas mostra bem que essa não é uma opção.

Não se sabe como terminará a guerra. A Rússia limitou suas operações e a Ucrânia, ao contrário, reforçou sua capacidade de resistência com armas recebidas de países da OTAN. Já não se considera impossível que as tropas ucranianas ponham as russas em retirada.[sic]

De todo modo, não se trata de uma disputa entre capitalismo e socialismo. Nem se trata, por exemplo, de uma guerra por petróleo.

São valores que estão em jogo. Ditaduras de um lado, democracias de outro. [resta óbvio que o articulista considera que a Rússia está do lado das ditaduras - por ser, segundo seu entendimento, Putin um ditador; só lamentamos que Biden - certamente na visão do ilustre Sardenberg, um democrata - tenha como único objetivo a instalação de uma ditadura mundial, que terá além da nociva esquerda tudo que não presta no mundo atual e a destruição dos VALORES que os conservadores cultuam há séculos.

Putin, com todos os seus defeitos, é mais conservador que Biden.]

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista 

 Coluna publicada em O Globo - Economia 7 de maio de 2022

 

domingo, 2 de janeiro de 2022

O homem mais odiado – e um dos mais poderosos – dos Estados Unidos - VEJA - Mundialista

Vilma Gryzinski

Tucker Carlson toca o terror na esquerda, fala o que poucos têm coragem e exerce um enorme poder de influência sobre a opinião conservadora

 Com Donald Trump fora das redes, patinando para retomar sua projeção e disputar com Joe Biden em 2024, Tucker Carlson praticamente ocupou o espaço de maior guru da direita nos Estados Unidos.

Mesmo quem não assiste o Tucker Carlson Tonight, o programa campeão da Fox, e passa mal só de pensar na risadinha irônica do apresentador – uma hiena de história em quadrinhos, dizem os inimigos -, acaba indiretamente envolvido nos temas que aborda e na forma pugilística com que enfrenta qualquer assunto.

Tucker Carlson é tão de direita que às vezes parece deslocado na própria Fox, o canal criado sob o brilhante princípio de que faltava um espaço para os conservadores na tevê americana – ideia plenamente recompensada pelo retorno do público: no mundo pós-Trump, a Fox se reergueu e terminou o ano à frente dos competidores, a CNN e a MSNBC.

Enquanto outros caíam, devastados pela ausência avassaladora, em termos de geração de notícias, de Donald Trump – o site Politico perdeu nada menos que 48% dos acessos; o Washington Post teve uma queda de 34% de visitantes únicos -, Tucker, como é universalmente chamado, continuou incólume. Aliás, melhorou, do ponto de vista de seus próprios interesses. 

O apresentador foca mais nas batalhas culturais, o assunto de nossos tempos, de uma forma tão visceral que às vezes parece irreal – ou apenas encenada. Apela ao arco que vai desde os americanos conservadores que se sentem deslocados num ambiente de grandes mudanças sociais até as franjas mais obscuras dos que se identificam com teses

teses dos supremacistas brancos.

Em alguns casos, acaba acertando. Enquanto toda a imprensa convencional invocava as fúrias divinas contra Kyle Rittenhouse, o jovem que matou dois manifestantes em Kenosha, durante a explosão de protestos coordenada pelo Black Lives Matter, Tucker fechou questão no campo oposto. Ganhou o dia quando Rittenhouse foi absolvido, com o júri, orientado por fotos e vídeos, aceitando a tese da legítima defesa.

Ganhou também a primeira entrevista com Rittenhouse – uma sequência constrangedora de perguntas chapa branca.

Tucker Carlson é espertíssimo e tem uma equipe competente, que o escuda com fatos incontestáveis. Por exemplo, os da autópsia de George Floyd, mostrando a presença de drogas perigosíssimas, como o fentanil, e a ausência de sinais de que tenha morrido por asfixia, ao contrário do que parece com as imagens terríveis do policial Derek Chauvin (prisão perpétua) comprimindo-o com o joelho contra o chão.

Mencionar fatos assim virou anátema na imprensa tradicional – mesmo que uma coisa não elimine a outra: ele estava surtando com drogas e foi morto de forma brutal e criminosa. Tucker Carlson aproveita para jogar sozinho no campo.

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Tucker Carlson é tão de direita que às vezes parece deslocado na própria Fox, o canal criado sob o brilhante princípio de que faltava um espaço para os conservadores na tevê americana – ideia plenamente recompensada pelo retorno do público: no mundo pós-Trump, a Fox se reergueu e terminou o ano à frente dos competidores, a CNN e a MSNBC.

Enquanto outros caíam, devastados pela ausência avassaladora, em termos de geração de notícias, de Donald Trump – o site Politico perdeu nada menos que 48% dos acessos; o Washington Post teve uma queda de 34% de visitantes únicos -, Tucker, como é universalmente chamado, continuou incólume. Aliás, melhorou, do ponto de vista de seus próprios interesses. 

O apresentador foca mais nas batalhas culturais, o assunto de nossos tempos, de uma forma tão visceral que às vezes parece irreal – ou apenas encenada. Apela ao arco que vai desde os americanos conservadores que se sentem deslocados num ambiente de grandes mudanças sociais até as franjas mais obscuras dos que se identificam com teses dos supremacistas brancos.

Em alguns casos, acaba acertando. Enquanto toda a imprensa convencional invocava as fúrias divinas contra Kyle Rittenhouse, o jovem que matou dois manifestantes em Kenosha, durante a explosão de protestos coordenada pelo Black Lives Matter, Tucker fechou questão no campo oposto. Ganhou o dia quando Rittenhouse foi absolvido, com o júri, orientado por fotos e vídeos, aceitando a tese da legítima defesa.

Ganhou também a primeira entrevista com Rittenhouse – uma sequência constrangedora de perguntas chapa branca.

Tucker Carlson é espertíssimo e tem uma equipe competente, que o escuda com fatos incontestáveis. Por exemplo, os da autópsia de George Floyd, mostrando a presença de drogas perigosíssimas, como o fentanil, e a ausência de sinais de que tenha morrido por asfixia, ao contrário do que parece com as imagens terríveis do policial Derek Chauvin (prisão perpétua) comprimindo-o com o joelho contra o chão.

Mencionar fatos assim virou anátema na imprensa tradicional – mesmo que uma coisa não elimine a outra: ele estava surtando com drogas e foi morto de forma brutal e criminosa. Tucker Carlson aproveita para jogar sozinho no campo.

Cerca de três milhões de pessoas assistem este jogo toda noite – o maior público da história para um canal a cabo, embora equivalente a apenas menos de 1% da população americana. O que conta é a repercussão. Mesmo a negativa, como as várias campanhas para que anunciantes o boicotem – alguns atenderam, outros continuaram – e até pedidos diretos de sua cabeça feitos por organizações fortes, como a a ADL, a Liga Antidifamação, que nasceu para combater o antissemitismo.

“O estilo polarizador de Carlson deixa os espectadores desesperados para saber qual é a próxima”, anotou o site Mediate, que o escolheu como o nome mais influente da imprensa americana (Suzanne Scott, a CEO da Fox, ficou em terceiro lugar).

A revista Time o incluiu na lista dos mais influentes e conseguiu fotos raras de Tucker Carlson na sua casa de madeira na vastidão gelada do Maine, de onde ele comanda o programa que passa a impressão de ser feito em Washington, com o Capitólio ao fundo.

A casa tem lustre de chifres de veado, bandeira americana na parede e uma oficina de marcenaria onde Tucker relaxa ( fazendo o quê?  Miniaturas de mísseis antiaéreos?), embora as duas palavras – “Tucker” e “relaxa” – pareçam ser excludentes.

“Ame-o ou odeie-o, Tucker Carlson pode ser o conservador mais poderoso da América”, escreveu a Time.

“Se os americanos dão a impressão de não se por de acordo a respeito de nada – inclusive se as vacinas contra a Covid-19 funcionam e se Joe Biden ganhou a eleição para presidente -, isso é parcialmente prova da influência de Tucker Carlson”.

Um marqueteiro republicano, Jeff Roe, disse à Time que “ninguém, ninguém mesmo, pesa mais na política conservadora do que Tucker Carlson”, frisando que o comentarista tem o poder não de influenciar, mas de ditar quais são os assuntos relevantes.

Tucker Carlson ganha 10 milhões de dólares por ano na Fox – ainda bem atrás dos 25 milhões pagos ao comentarista que substituiu no primeiro lugar, Sean Hannity. A tensão entre os dois – o programa de Carlson vem primeiro, depois o de Hannity – faz tremer as estruturas da Fox. O apresentador, que também tem o site Daily Caller, ganha ainda pelo streaming que faz no canal, o que parece, ainda sem provas, ser o futuro do instável e cambiante universo das notícias.

Na Fox, os trumpistas de raiz são Hannity e Laura Ingraham. Tucker tem outro foco e detona a ala mais convencional do Partido Republicano, vestindo um figurino antiestablishment parecido com o que levou Trump à vitória em 2016. Um dos entrevistados mais habituais de seu programa é Glenn Greenwald, geralmente convidado para criticar os organismos de vigilância e espionagem e a grande imprensa. 

Um pela direita, outro pela esquerda, os dois acabam se encontrando em algum ponto – e ambos entendem muito bem o fator performático dos programas jornalísticos de televisão baseados em personalidades fortes.

Blog Mundialista, VEJA- Vilma Gryzinski - MATÉRIA COMPLETA


terça-feira, 30 de novembro de 2021

Surpresa: Bolsonaro lidera enquete popular da revista “Time”

A revista “Time” está com um problemão nas mãos. Como todos os anos, ela está perto de anunciar quem será a “Person of the Year” (“Pessoa do Ano”), como faz desde 1927 – até 1999, era o “Man of the Year”, vale lembrar.

Quem escolhe o vencedor oficial são os editores da revista. Mas a “Time” também faz uma enquete entre os leitores, que indica quem seria a “Pessoa do Ano” na votação popular. Normalmente, os resultados são compatíveis com a linha editorial da revista e complementares entre si: no ano passado, por exemplo, o título oficial foi para a dupla Joe Biden - Kamala Harris, enquanto na enquete popular quem venceu foram os trabalhadores da linha de frente contra a pandemia de Covid-19.

Pois bem, a enquete de 2021 já está no ar há mais de duas semanas e se aproxima do fim. Qualquer pessoa de qualquer país pode votar, no site da revista. O site apresenta 52 candidatos, e cada um aparece com um percentual de aprovação/rejeição com base na pergunta: “Fulano deve ser a Pessoa do Ano de 2021?” O leitor tem duas opções: “Yes” e “No”.

Pois bem, no momento em que escrevo (manhã de domingo, 28/11), o candidato com melhor desempenho na enquete é... Jair Bolsonaro. Ele tem 78% de “Yes” e 22% de “No”. O segundo lugar é... Donald Trump, o fascista reacionário ultradireitista que odeia os pobres e as minorias, que aparece com 39% de aprovação. Alexey Navalny, ativista russo anticorrupção, também se destaca com uma votação razoável.

Já os candidatos da lacração progressista do ódio do bem, do bom-mocismo fake e da falsa virtude de rede social aparecem com menos de 10% – como mostram as imagens abaixo, que acabei de printar:

Joe Biden, o presidente gente boa, tem 7% de “Yes”; Mark Zuckerberg, o todo-poderoso censor do Facebook, tem 3%, mesmo índice do democrático presidente vitalício da China, Xi Jinping; Greta Thunberg, a salvadora do planeta, tem 7%; o casal-lacração Príncipe Harry e Meghan Markle tem 7%; nem o boa-praça Papa Francisco consegue decolar: tem apenas 8% de “Yes”. Celebridades do esporte e do entretenimento que aderiram ao ativismo lacrador/cancelador também têm um desempenho medíocre.

Mas como assim? Bolsonaro não é o político mais detestado do planeta, o ditador fascista genocida heteronormativo reacionário ultradireitista que tem 99% de rejeição do eleitorado brasileiro? Pois é, parece que alguém está mentindo. Para desgosto de bastante gente, o mundo real é muito diferente do feed das redes sociais e do noticiário da grande mídia. Vivemos uma época em que a verdade e a mentira deixaram de importar: o que interessa é impor aos demais a própria narrativa, por bem ou na grosseria mesmo.

Mas há momentos em que a realidade teima em negar as narrativas hegemônicas: a enquete da revista "Time" é um desses momentos. Mesmo que os números da enquete ainda mudem, o resultado provisório é revelador do abismo cada vez mais avassalador que separa a narrativa da grande mídia – aí incluída a própria “Time” – e o mundo real, de pessoas comuns, que não são ideologicamente motivadas.

O problemão da “Time” é: como explicar aos seus leitores que os dois políticos vendidos como os mais impopulares do planeta derrotem de forma acachapante os candidatos “do bem” – um dos quais, seguramente, será a “Person of the Year” do júri oficial?

Mas a verdade é que isso só seria um problema se houvesse boa-fé e honestidade intelectual por parte de quem tenta impor à sociedade as suas próprias "verdades" e convicções. Muito provavelmente, o resultado da enquete popular mal será noticiado, aparecendo, no máximo, como uma inconveniente nota de rodapé.

No Brasil, agências de checagem se apressarão a encontrar uma forma de afirmar que a enquete é fake. E a “galera do bem” rejeitará a enquete como “golpe” e desqualificará qualquer pessoa que, mesmo sem votar em Bolsonaro, ouse citar seu desempenho - já que, evidentemente, os responsáveis por essa votação absurda foram robôs, ou os grupos de WhatsApp conhecidos como as “Tias do Zap”.

Em último caso, em nome da democracia e da liberdade de expressão, vão pedir cancelamento, censura e cadeia para essa gente burra que insiste em pensar e votar de forma diferente da deles. Onde já se viu?

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

A caricatura de Paulo Freire, o 'energúmeno' - Bernardo Mello Franco

O Globo

BOLSONARO ATACA PAULO FREIRE - Energúmeno

“Freire nunca defendeu uma educação partidária. Defendia que os alunos pudessem discutir seus problemas na escola, o que assustava as elites conservadoras da época”, esclarece Haddad. “Agora que estamos vivendo outro momento de intolerância, ele passou a ser usado como bode expiatório para nossos fracassos no setor. Isso faz parte do universo das fake news”.

O dicionário “Houaiss” define “energúmeno” como “pessoa que age com violência, de forma irracional, brutal; desequilibrado, desatinado; indivíduo ignorante, boçal, imbecil”. A palavra não se aplica a quem dedicou a vida à causa da alfabetização. Combina melhor com políticos que desprezam a educação, a cultura e o conhecimento.

Bernardo M. Franco, colunista - O Globo


sábado, 31 de agosto de 2019

Tratado de paz - Veja

Bolsonaro deveria se lembrar que foi eleito porque a maioria do eleitorado viu nele o único homem capaz de derrotar Lula e treze anos de desgraça petista

Se o presidente Jair Bolsonaro tivesse quem bem lhe quisesse, esse alguém lhe diria: “Desiste, essa busca é inútil” — e aí, se ele desistiria ou não, é assunto que ninguém pode resolver em seu lugar. Seria uma coisa muito boa se ele desistisse da ronda que faz dia e noite à procura de problemas inúteis, atritos com quem lhe desagrada, justa ou injustamente, e discussões que lhe rendem pouco lucro, mesmo quando tem a razão a seu lado. Para que isso?

Bolsonaro, quando se verificam as realizações que obteve nos últimos sete meses, está fazendo um bom governo e entregando resultados concretos na maioria das áreas que interessam ao país. Mas os seus atos são muito melhores do que as suas palavras — e do que os seus frequentes arranques de cachorro atropelado, como diria Nelson Rodrigues. É um contrassenso. Conforme acaba de mostrar uma pesquisa de VEJA, publicada na edição anterior, grande parte da população apoia o presidente, mas não gosta do seu jeito de governar. Não está falando mal do que ele faz. Está falando mal do que ele diz.

Bolsonaro tem de assinar o mais rápido possível um tratado de paz consigo mesmo, com o seu próprio governo, com o Brasil e com o resto do mundo. A partir daí, faria um grande favor a todos se largasse essa vida de criador de caso, ou de atirador de gasolina na fogueira dos outros, e passasse a cumprir a sua jornada diária de trabalho como a maioria dos brasileiros cumpre — trabalhando. Seria a maneira mais prática de resolver o paradoxo de um governo cujo principal opositor é o próprio presidente, e não os partidos da oposição, que conseguem valer menos hoje do que valiam em seu desastre eleitoral do ano passado. Se tivesse ficado quieto desde janeiro, só isso, estaria agora numa situação muito mais confortável — e seus inimigos estariam com muito mais dificuldades para falar mal dele.

Mas Bolsonaro acha que para governar bem é essencial ficar brigando com repórter da Folha, e outras mixarias desse tipo. E daí, se ele mostrar que o repórter é um idiota? O que o Brasil ganha com isso? O povo, aliás, está pouco ligando para sua guerrinha — mesmo porque presta cada vez menos atenção no que a mídia diz.  Poucas palhaçadas revelam esse seu “estilo” tão bem quanto a comédia que está escrevendo a quatro mãos com o presidente da França, Emmanuel Macron, em torno da “Amazônia”. Macron, achando que faria cartaz, começou a brigar com Bolsonaro e com o Brasil, já que não pode brigar com Donald Trump ou com a China. Bolsonaro, para se vingar, recusou-se a receber um ministro francês porque estava cortando o cabelo. Macron surtou. Disse que a Amazônia estava “em chamas”, resolveu ilustrar sua denúncia com uma foto tirada por um fotógrafo americano que morreu em 2003 e acabou propondo a “internacionalização” da área.

Nenhum líder mundial, naturalmente, lhe deu a menor atenção — mesmo porque Macron não saberia como “internacionalizar” uma área que pertence a oito países livres e que só no Brasil tem mais de 5 milhões de quilômetros quadrados, onde vivem 20 milhões de pessoas. Bolsonaro, a essa altura, estava ganhando de 3 a 0. Fez, inclusive, um discurso sereno e equilibrado em resposta a essa alucinação. Aí, resolveu aproveitar uma piadinha de internet para rir da idade da senhora Macron. Em um segundo, mandou tudo para o espaço. Mexer com a mulher dos outros é coisa de cafajeste — e não adianta enrolar agora, porque foi isso mesmo que ele fez.

Bolsonaro deveria se lembrar, urgentemente, que não foi eleito por causa de suas virtudes de brigador de rua, mas porque a maioria do eleitorado viu nele o único homem capaz de derrotar Lula e treze anos de desgraça petista. Não deveria esquecer que esses 57 milhões de brasileiros, e muitos outros, querem que faça o que prometeu — não o elegeram para sair no braço com jornalista, com o presidente da França ou com artista de novela. De tudo o que prometeu, enfim, o que os seus eleitores mais cobram é o combate à corrupção, como acabaram de provar mais uma vez com manifestações em massa nas ruas, no último domingo, em defesa da Lava-­Jato e do ministro Sergio Moro. E aí: de que lado Bolsonaro realmente está?

Não dá para ser contra a corrupção e, ao mesmo tempo, ficar de briguinha com Moro e de amiguinho com Antonio Toffoli. Não dá para dizer que “não leu” a lei de promoção à impunidade recém-aprovada na Câmara, ou abandonar o projeto anticrime de Moro, ou aceitar a suspensão de investigações contra a corrupção por órgãos de seu governo.  Nada disso é “questão de estilo”. É questão de dizer qual é, de fato, o seu time.

domingo, 12 de julho de 2015

FORA Cristóvão Borges - o botão da descarga foi acionado - JAYME DE ALMEIDA JÁ !!!

Cristóvão Borges é tão ruim, tão ruim, que está conseguindo deixar o Flamengo com medo de jogar no Maracanã

Pela quarta vez em seis jogos disputados até agora no Maracanã, neste Brasileiro, o treinador rubro-negro teve de explicar um resultado adverso. O que deveria ser uma vantagem — jogar diante da torcida — começa a ser visto com preocupação pelo treinador. Ele só não concorda que pensem que o time do Flamengo já teme o Maracanã.

— Esse negócio de medo não existe, mas temos de controlar a ansiedade. Não tem como não propor o jogo diante da nossa torcida, só que não dá para cometer tantos erros — lamentou.

Contra o Corinthians, o time não contou com Emerson e Guerrero, que retornam quarta-feira, contra o Náutico, fora de casa, pela Copa do Brasil. Ontem, Emerson não foi ao Maracanã, mas Guerrero acompanhou o jogo, ao lado da namorada, no camarote do Flamengo. A volta dos dois é a esperança da torcida e do treinador para fazer o time engrenar na temporada.
— São jogadores experientes, entrosados, e já vimos a contribuição deles para a equipe (na vitória sobre o Inter) — disse o técnico.

Só lamentamos que o botão da descarga não leve a cartolagem idiota do MENGÃO que teve, e ainda tem, a idéia estúpida de manter um traste como o Cristóvão na posição de técnico.
O botão da descarga tem que ser modificado, de modo a que descarregue no esgoto o técnico burro e toda a diretoria do CLUBE DE REGATAS FLAMENGO.