Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

terça-feira, 31 de maio de 2016

Por que Dilma não pode voltar

A presidente Dilma Rousseff parece acreditar que, ao se manifestar sobre seu governo e seu afastamento, angaria simpatia e, assim, afasta a hipótese altamente provável de seu impeachment. Sempre que a petista abre a boca, porém, fica claro para o País que, se seu governo já foi desastroso, seu eventual retorno à Presidência seria um cataclismo, pois a administração seria devolvida a quem se divorciou completamente da realidade. No mundo em que vive, Dilma se confunde com Poliana: não cometeu nenhum erro, não é responsável pela pior crise econômica da história brasileira e só foi afastada em razão de um complô neoliberal operado pelo deputado Eduardo Cunha, e não porque a maioria absoluta dos brasileiros exige seu impeachment.

“Temos que defender o nosso legado”, disse à Folha de S.Paulo a presidente responsável por recessão econômica, desemprego crescente, inflação acima da meta e contração da atividade, do consumo e do investimento, além de um rombo obsceno nas contas públicas. Foi essa herança, maldita em todos os sentidos, que criou o consenso político em torno do qual o Congresso faz avançar o impeachment. Assim, quando fala em seu “legado”, não é à dura realidade que Dilma está se referindo, mas sim à farsa segundo a qual seu governo beneficiou os mais pobres – justamente aqueles que mais sofrem com a crise que ela criou.

Na entrevista, Dilma sugere que seu “legado” é a manutenção de programas sociais, o que estaria sob risco no governo de Michel Temer, instituído como parte de uma conspiração para instalar no Brasil uma “política ultraliberal em economia e conservadora em todo o resto”. A desmontagem da rede de proteção aos mais pobres seria, segundo ela, o objetivo dos “golpistas”. Dilma atribui aos adversários a intenção de fazer o que ela própria já estava realizando na prática: todos os principais programas sociais de seu governo sofreram cortes nos últimos anos, em razão da falta de dinheiro.

Especialista em destruir os fundamentos da economia, Dilma achou-se autorizada a comentar as possíveis medidas do governo Temer para tentar recuperar um pouco da racionalidade econômica que ela abandonou. Dilma disse ser “um absurdo” a possibilidade de que a imposição de um teto para os gastos públicos atinja áreas como educação. Para ela, “abrir mão de investimento nessa área, sob qualquer circunstância, é colocar o Brasil de volta no passado”. Foi esse tipo de pensamento, segundo o qual há gastos que devem ser mantidos “sob qualquer circunstância”, que condenou o Brasil a um déficit público superior a R$ 170 bilhões.
Ainda em seu universo paralelo, Dilma disse que em 2014 ninguém notou que o País já passava por uma crise, embora o descalabro estivesse claro para quem procurou se informar. “Quando é que o pessoal percebeu que tinha uma crise no Brasil, hein? A coisa mais difícil foi descobrir que tinha uma crise no Brasil”, disse ela, desafiando a inteligência alheia de forma grosseira até para seus padrões. Bastaria ler os documentos de análise da economia produzidos regularmente pelo Banco Central para constatar o desastre desde sua formação até o seu fiasco final com o episódio Joaquim Levy. Ela prefere imputar as mazelas da economia em seu governo à desaceleração da China, à queda do preço do petróleo, à seca no Sudeste e a um complô da oposição e de Eduardo Cunha, que, segundo suas palavras, é “a pessoa central do governo Temer. Ou seja: para Dilma, se Cunha por acaso não existisse, ela ainda estaria na Presidência, e a crise, superada.

“A crise econômica é inevitável”, ensinou Dilma na entrevista. “O que não é inevitável é a combinação danosa entre crise econômica e crise política. O que aconteceu comigo? Houve uma combinação da crise econômica com uma ação política deletéria.” Segundo a petista, o Congresso, dominado por forças malignas que tinham a intenção de criar um “ambiente de impasse propício ao impeachment”, sabotou todas as “reformas” que ela queria aprovar. Ou seja, Dilma teima em não reconhecer que o clima hostil que ela enfrentou no Congresso foi resultado de sua incrível incompetência administrativa, potencializada por descomunal inabilidade política e avassaladora arrogância. Prefere denunciar a ação de “inimigos do povo” contra seu governo.

Finalmente, convidada a dizer quais erros acha que cometeu, Dilma respondeu: “Ah, sei lá”.


Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo

Filho de Lula recebeu cerca de R$ 10 milhões, diz jornal

Até agora, se sabia que Luís Cláudio tinha embolsado R$ 2,5 milhões da Marcondes & Mautoni

 O filho do ex-presidente Lula, Luis Claudio Lula da Silva - Helvio Romero / 09-03-2010 / Arquivo O Globo - especialista em consultoria utilizado material colhido na internet
 
Dados do sigilo bancário de Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, obtidos pela Operação Zelotes, indicam que ele e sua empresa, a LFT Marketing Esportivo, receberam quase R$ 10 milhões, revela nesta terça-feira o jornal "Estado de S. Paulo". 

Até então, se sabia que Luís Cláudio tinha embolsado R$ 2,5 milhões da Marcondes & Mautoni, acusada de comprar medidas provisórias. Na realidade, foram cerca de R$ 4 milhões. O restante é proveniente de “outras fontes suspeitas”. Os investigadores querem saber qual trabalho foi prestado para resultar no recebimento dos demais valores.

A quebra dos sigilos de Luís Cláudio e da empresa dele abrange o período de 2009 a 2015. Uma das linhas da investigação é saber se Lula indicou empresas para contratar a firma do filho. Segundo o jornal, a empresa de Luís Cláudio não tem funcionários registrados, apesar dos valores milionários que recebeu, nem ele expertise em consultoria. O trabalho para a Marcondes & Mautoni foi copiado da internet.

Fonte: O Globo
 

A vitória da toga sobre o colarinho branco

Um dos muitos sentidos do substantivo “constituição” é este: modo peculiar de ser das coisas. Modo único de ser de tudo o que existe, pois o fato é que nada é igual a nada. Tudo é absolutamente insimilar, aqui, neste planeta, e alhures. Daí que, já em sentido jurídico e grafada com a inicial maiúscula, Constituição signifique o modo juridicamente peculiar de ser de um povo soberano. Modo juridicamente estruturante de ser, entenda-se. Isso por veicular, ela, a Constituição, as linhas de montagem tanto do Estado quanto da sociedade, no âmbito territorial em que tal povo exerce a sua soberania.

Outro dado a considerar:
essa espécie de Constituição (a originária) é habitualmente designada por sinônimos. Ora é chamada de Lei das Leis, ora de Lex Máxima, ora de Magna Carta, ora de Código Político. Explico. Lei das Leis, por ser a única lei que o Estado não faz, e no entanto se faz de todas as leis que o Estado faz. Lex Máxima, pela sua hierarquia superior às demais leis do Estado, aqui inseridas as próprias emendas a ela, Constituição. Magna Carta ou mesmo Lei Fundamental, por consubstanciar os princípios e regras que fundamentam ou cimentam ou elementarizam a personalidade humana. 

Finalmente, Código Político, pela referida característica de estruturar com inicialidade o Estado e a própria sociedade. Perceptível que estruturar com inicialidade o Estado é fazê-lo com todos os órgãos elementares dele. Tanto o bloco daqueles órgãos concebidos para governar (Poder Legislativo e Poder Executivo) quanto o bloco daqueles que não governam, mas impedem o desgoverno (Polícia Judiciária, Ministério Público, Tribunais de Contas e Poder Judiciário, em especial).

Um outro sinônimo, todavia, ouso propor como dotado de préstimo instrumental para o melhor entendimento da Constituição. É a locução “Carta Mãe”. Isso porque toda Constituição originária é matriz de um Estado e de um Ordenamento Jurídico, ambos novinhos em folha. Mãe que jamais nasce sozinha, entretanto. O seu partejamento se faz acompanhar do partejamento da Ordem Jurídica em sentido objetivo e do Estado em sentido subjetivo. É como dizer: a Constituição parteja a si mesma e dá à luz, simultaneamente, Ordem Jurídica de um povo soberano. Dois nascimentos a um só tempo. Como sucede com toda mulher que se faz mãe pela primeira vez. Mulher que traz à vida cá de fora o seu bebê e ainda nasce enquanto mãe mesma. E nasce enquanto mãe mesma porque até então o que havia era tão somente a figura da mulher. Não propriamente a figura da mãe. Dando-se que a Ordem Jurídica é o rebento objetivo da Constituição, tanto quanto o Estado é esse mesmo rebento, mas numa acepção subjetiva.

Sucede, porém, que a Constituição é um tipo de mãe que jamais emancipa de todo o seu rebento. Este lhe deve obediência o tempo todo. Seja enquanto Ordem Jurídica, seja enquanto Estado. Noutros termos, a Constituição é mãe que nasce para conviver por cima, o tempo inteiro, com o seu filho. Compondo com ele um só Sistema de Direito Positivo ou, simplesmente, Sistema Jurídico. É o que se chama de princípio da supremacia da Constituição, para cuja irrestrita obediência ela concebe e monta um Sistema de Justiça, principalmente. Um Sistema de Justiça que, em dimensão federal, incorpora a Advocacia-Geral da União, os advogados privados, a Defensoria Pública e o Ministério Público da mesma União, tudo afunilando para o Poder Judiciário e, no âmbito deste, para o Supremo Tribunal Federal (STF). A Lei Suprema a ser definitivamente guardada por um Tribunal Supremo como penhor de segurança jurídica máxima.

É agora que vem o necessário link normativo:
o Sistema de Justiça brasileiro não tem “fagocitado” (Wellington Lima e Silva) ou por qualquer forma traído o Sistema Jurídico igualmente brasileiro. Não tem resvalado para esse pântano da mais ignominiosa teratologia funcional e jamais poderia fazê-lo, pois sua legitimidade provém do sistema que o antecede. Uma coisa a se seguir a outra, necessariamente, numa típica relação de causa e efeito. O Sistema Jurídico enquanto causa, o Sistema de Justiça enquanto efeito. Mas um Sistema Jurídico de que faz parte a Constituição mesma, torno a dizer, na singularíssima posição de fonte, ímã e bússola do Direito Positivo que a ela se segue ou que nela se fundamenta.

Concluo. Tenho o domínio dessas elementares noções como imperioso para o entendimento do juízo de que os passos da chamada Operação Lava Jato não têm no Sistema de Justiça brasileiro um súbito e intransponível muro. Ao contrário, tal Sistema de Justiça operou como sua chave de ignição e, depois, passou a operar como segura ponte para decisões que devem ser tão objetivas quanto não partidárias. Não seletivas em face de ninguém nem de partidos ou blocos políticos, porque assim é que determina o Sistema Jurídico igualmente brasileiro. 

Sistema tão jurídico quanto serviente do princípio republicano de que “todos são iguais perante a lei”, nos termos da parte inicial da cabeça do art. 5.º da Constituição. Por isso que a regular continuidade dela, Operação Lava Jato, ganhou vida própria. Tornou-se um imperativo natural. Emancipou-se de quem quer que seja e se vacinou contra qualquer tentativa de obstrução ou estrangulamento. Venha de quem vier, individual ou coletivamente. Tudo porque essa regular continuidade ganhou status de depurado senso de justiça material do povo brasileiro. Questão de honra nacional. Símbolo de uma luminosa era que, deitando raízes no julgamento da Ação Penal 470 (prosaicamente conhecida por “mensalão”), acena com a perspectiva do definitivo triunfo da toga sobre o colarinho branco dos mais renitentes e enquadrilhados bandidos. Afinal, como oracularmente sentenciou Einstein, “quando a mente humana se abre para uma nova ideia, impossível retornar ao seu tamanho primitivo”.

Fonte: Carlos Ayres Britto

 

 

 

CARLOS AYRES BRITTO

O Estado de S. Paulo - 29/05

PELÁ ESTAVA CERTO - a eleição de um Romário, de um Lula, uma Dilma comprovam que Pelé estava certo quando decretou: O POVO BRASILEIRO NÃO SABE VOTAR

Dois senadores já admitem rever voto pelo impeachment

Mudança de posição de Romário e Gurgacz poderia alterar julgamento definitivo de Dilma

Em meio à crise política que atinge o governo interino de Michel Temer, que, em 19 dias desde a posse, já teve que afastar dois ministros flagrados em grampos telefônicos tentando barrar a operação Lava-Jato, os senadores Romário (PSB-RJ) e Acir Gurgacz (PDT-RO), que votaram pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, admitem agora a possibilidade de rever seus votos no julgamento final, que deve ocorrer até setembro. A virada desses dois votos, caso se concretize e os demais votos se mantivessem, seria suficiente para evitar a cassação definitiva da petista. O Senado abriu o processo de impeachment com o apoio de 55 senadores e, para confirmar essa decisão no julgamento de mérito, são necessários 54 votos.

 Romário não descarta que os novos acontecimentos políticos provocados pelos grampos do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, mudem seu voto. O senador do PSB votou pelo afastamento de Dilma, mas diz que “novos fatos” podem influenciar seu voto no julgamento definitivo. — Meu voto foi pela admissibilidade do impeachment, ou seja, pela continuidade da investigação para que pudéssemos saber se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade. Porém, assim como questões políticas influenciaram muitos votos na primeira votação, todos esses novos fatos políticos irão influenciar também. Meu voto final estará amparado em questões técnicas e no que for melhor para o país — disse Romário ao GLOBO ontem.

No PSB de Romário, no Senado, cresce a tese em defesa da realização de novas eleições. Esse argumento, de nem Temer nem Dilma, pode ser usado para reverter votos contra Dilma na Casa. Entre os líderes dos partidos aliados de Michel Temer, há uma preocupação com os erros sucessivos e que as crises políticas afetem a votação do impeachment.

O PT vai usar, na defesa de Dilma na comissão do impeachment, a conversa de Machado com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), em que o então ministro do Planejamento diz que a aprovação do impeachment de Dilma poderia “estancar a sangria”. A interpretação é que o objetivo do impeachment era interromper as investigações da Lava-Jato, que atinge vários integrantes da cúpula do PMDB.

Já Acir Gurgacz assegurou a seu partido, segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, que mudará sua posição e votará contra o impeachment desta vez. Por conta disso, o Diretório Nacional do PDT adiou ontem decisão sobre uma punição disciplinar aos senadores do partido. Ainda de acordo com Lupi, o senador Lasier Martins (PDT-RS) pretende manter seu voto favorável ao afastamento de Dilma. — O Acir vai votar contra (o impeachment), ele mandou por escrito — disse Lupi.

Procurado, Gurgacz afirmou que ainda não tem posição fechada: — O que eu coloquei é que a admissibilidade (do impeachment) era uma necessidade, porque a população estava cobrando a discussão. O mérito é outro momento, estamos avaliando. Entendo que não há crime de responsabilidade fiscal por causa das pedaladas (fiscais), mas a questão é mais pela governabilidade, pelo interesse nacional.

O Diretório Nacional do PDT expulsou ontem o deputado Giovani Cherini (RS) por ter votado a favor da abertura do processo. Apesar de também terem apoiado o afastamento de Dilma, outros cinco deputados receberam uma punição praticamente simbólica, a suspensão por 40 dias.


Parecer da Comissão de Ética do PDT apontou como agravantes do caso Cherini o fato de ele ter supostamente feito campanha contra a orientação partidária, ter tentado virar outros votos no partido, e ter dado declarações a favor do impeachment. Foram suspensos os deputados Sérgio Vidigal (ES), Flávia Morais (GO), Mário Heringer (MG), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM).
— O fechamento de questão é uma coisa, a decisão sobre quem não cumpriu é outra. É legítima qualquer decisão (do diretório)— disse Lupi, irritado, ao rebater crítica de um integrante do partido, que defendia a expulsão dos seis deputados, já que o PDT havia fechado questão contra o impeachment.


Fonte: O Globo


As mal-ajambradas explicações de Dilma

Em entrevista, Dilma repete a visão delirante do ‘golpe’ e ainda defende a ideia risível de que em 2014 era muito difícil perceber que o Brasil estava em crise. Não lia jornais

Antes de ser afastada da Presidência, no início da manhã de 12 de abril, Dilma Rousseff, entrincheirada no Planalto, cumpriu uma intensa agenda de comícios indoor, em que, inflamada, repetiu a tese ilusória de que estava sendo vítima de um “golpe”.
 
Não adiantou. O Senado acolheu o pedido de impeachment por crimes de responsabilidade, devido a infrações graves contra o princípio da responsabilidade fiscal e a lei orçamentária, passando a correr o prazo de até 180 dias para seu efetivo julgamento pela Casa, sob a presidência do ministro responsável pelo STF, Ricardo Lewandowski.

A presidente afastada guardou algum silêncio até este domingo, com a publicação de uma entrevista à “Folha de S.Paulo”, em que aproveitou para desdobrar a tese esperta do “golpe” comprada internamente por militantes, e, no exterior, por aliados, simpatizantes e desavisados —, colocando-se, mais uma vez, como vítima do deputado, também afastado, Eduardo Cunha. Convém apresentar-se como alvo de uma unanimidade nacional — negativa.

Dilma bate na tecla, também nada verossímil, de que o impeachment visa a desmontar a Lava-Jato, como se ela, Lula e o PT não houvessem tramado contra a Operação. O mais lógico, e menos custoso, seria eles reforçarem a aliança com certas parcelas do PMDB em torno deste objetivo comum. Outro falseamento da realidade — já explorado por Dilma — é culpar a oposição por criar obstáculos a tentativas de o governo enviar reformas ao Congresso. Ora, os governos do PT se notabilizaram por evitar e sabotar reformas. Com a exceção de mudanças no sistema previdenciário do servidor público, iniciadas no primeiro mandato de Lula e completadas apenas em fins de 2015, já no segundo mandato de Dilma. Demorou muito.


Mais dessintonizada ainda da realidade foi a resposta da presidente afastada quando questionada sobre o fato de ter defendido um programa de governo na campanha à reeleição e aplicado outro, um caso irretocável de estelionato eleitoral.  Na visão edulcorada de Dilma, o governo e nem ninguém perceberam que o Brasil havia entrado em crise. Ora, ora. 

No ano da campanha, 2014, o PIB já desacelerava, o emprego rateava. Numa interpretação benévola com Dilma, ela deixou de ler a imprensa profissional a partir de 2012/13, desde quando veículos como O GLOBO começaram a alertar para os erros de política econômica e os consequentes sinais, cada vez mais fortes, de que viria uma explosão fiscal. Se a presidente no aguardo do impeachment, assessores e seguidores esperavam melhorar de situação, com a entrevista, frustraram-se. Dilma continua a viver em um mundo próprio, em que a vida real se subordina à vontade política. Engano fatal, por certo.

Fonte: Opinião - O Globo


segunda-feira, 30 de maio de 2016

Polícia caça suspeitos de estupro coletivo no Rio

Justiça decretou a prisão de seis homens que teriam participado do ataque e da divulgação de um video na internet

Agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) estão nas ruas tentando cumprir seis mandados de prisão expedidos pela Justiça contra suspeitos de terem participado e divulgado imagens do estupro coletivo de uma menina de 16 anos, em uma favela da Zona Oeste da cidade, no último dia 20. A unidade especializada neste tipo de crime assumiu o caso ontem e pediu as prisões durante a noite. Até o momento, ninguém foi preso.

Foram decretadas as prisões de: Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, e Michel Brazil da Silva, de 20 anos, suspeitos de divulgarem as imagens da vítima na internet. Raphael Duarte Belo, de 41 anos, que aparece em uma foto fazendo selfie com a jovem estirada na cama ao fundo; o gerente-geral do tráfico do Morro da Barão, Sérgio Luiz da Silva Junior, o Da Rússia, além de Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20, e Raí de Souza, de 18. A polícia faz buscas em endereços na Cidade de Deus, Recreio dos Bandeirantes, Favela do Rola, em Santa Cruz, na Taquara e no Morro da Barão, na Praça Seca.

Na última sexta-feira, os dois últimos estiveram prestando depoimento na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Lucas, que é jogador do Boavista (clube da primeira divisão do futebol carioca), é apontado pela adolescente C. B. como um ex-namorado, pra casa de quem ela teria ido naquela madrugada. Já Raí, que chegou à delegacia debochando, rindo e fazendo caretas para fotógrafos e cinegrafistas, admitiu ter tido um relacionamento sexual com a menor e seu advogado disse que foi ele quem filmou e divulgou a imagem através de um grupo de WhatsApp.

Na manhã de hoje, policiais foram aos endereços fornecidos por ambos na última sexta-feira e ambos estavam errados. Os policiais ainda conseguiram localizar a casa onde Raí está vivendo com a mãe, mas desde o dia de seu depoimento ele não apareceu mais.

Leia mais em: um soco no útero

Fonte: Revista VEJA

Polícia faz operação para prender seis envolvidos em estupro coletivo

Um dos alvos é o chefe do tráfico dos morros da região da Praça Seca

A Polícia Civil faz uma operação desde a madrugada desta segunda-feira para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra seis envolvidos no estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos no Morro do Barão, na Praça Seca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. A ação é coordenada pela delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), e Ronaldo de Oliveira, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE). 
Procurados pela polícia: (da esquerda para a direita): Sérgio Luiz da Silva Junior, Marcelo Miranda da Cruz Correa, Raphael Assis Duarte Belo, Michel Brasil da Silva, Lucas Perdomo Duarte Santos e Raí de Souza - Divulgação
Os agentes, com apoio de outras unidades da Polícia Civil, estiveram em comunidades como a Cidade de Deus e Rola, além dos bairros do Recreio dos Bandeirantes, Taquara e Praça Seca. Os procurados são Sérgio Luiz da Silva Júnior, conhecido como Da Russa; Marcelo Miranda da Cruz Correa; Raphael Assis Duarte Belo; Michel Brasil da Silva; Lucas Perdomo Duarte Santos; e Raí de Souza. Da Russa é o chefe do tráfico do Morro do Barão, na Praça Seca.

No domingo, o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, disse que o laudo do exame de corpo de delito, que será divulgado nesta segunda-feira, poderá surpreender. Não há vestígio de sangue nenhum que se possa perceber pelas imagens que foram registradas (um rapaz filmou a jovem nua, desacordada). Eles (peritos) já estão antecipando, alinhando algumas conclusões quanto ao emprego de violência, quanto à coleta de espermatozoides, quanto a práticas sexuais que possam ter sido praticadas com ela ou não. Então, o laudo vai trazer algumas respostas que, de certa forma, vão contrariar o senso comum que vem sendo formado por pessoas que sequer assistiram ao vídeo — disse Veloso.

Na noite deste domingo, a advogada Eloísa Samy informou que não está mais atendendo a adolescente vítima de estupro. [essa advogada é uma baderneira, esteve inclusive envolvida com os bandidos 'black blocs' durante as passeadas, tendo sido até presa por vandalismo.] Eloísa orientava a jovem desde o início do caso. Ela informou que a avó da jovem agradeceu o trabalho e disse que a menina entraria para o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM).

TROCA DE DELEGACIA
Após críticas envolvendo a investigação sobre o estupro da adolescente, a Polícia informou neste domingo que a delegada Cristiana Bento, da Dcav, assumiu a coordenação do inquérito, que estava, até então, nas mãos do delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

A Polícia disse, em nota, que “a medida visa a evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho”. A nota acrescenta ainda que a delegada Cristiana está analisando as provas colhidas até o momento no inquérito policial, incluindo depoimentos e outras diligências já realizadas, para definir os próximos passos da investigação.

Ler mais, clique aqui

Fonte: O Globo

O legado e a farsa



Novo presidente mostrou a sua força no Congresso com a aprovação com maioria esmagadora das novas medidas


O novo governo Temer começou, definitivamente, sob o signo do rompimento com a sua predecessora em duas áreas importantes: a econômica e a de Relações Exteriores. O embuste no qual vivia o país foi revelado mediante medidas corajosas que sinalizam um novo rumo para o país.

A nova equipe econômica, sob a batuta do ministro Henrique Meirelles, partiu do reconhecimento do rombo deixado pelo governo anterior, calculando, agora, um déficit de R$ 170,5 bilhões. A veracidade no tratamento das contas públicas e a transparência dos cálculos são condições de toda sociedade moderna.  Já não era mais possível seguir convivendo com a “contabilidade criativa” e a ficção de números sem cessar revistos e de pouca credibilidade. Estávamos nos tornando, neste aspecto, a Argentina dos Kirchner. Felizmente, também lá o novo presidente Macri rompeu com essa aberração.

O novo presidente mostrou a sua força no Congresso com a aprovação esmagadora das novas medidas, sinalizando com condições de governabilidade inexistentes sob o governo anterior. Estabeleceu-se uma relação de coordenação e harmonia entre os Poderes, e não de confronto.  É bem verdade que não se trata de um mar de rosas, pois as relações fisiológicas continuam imperando, mas se trata agora, neste primeiro momento, de um dado da realidade. Não se muda um país da noite para o dia e as prioridades são as reformas fiscal, previdenciária e trabalhista. Cada uma no seu momento. O Brasil precisa urgentemente se modernizar. Disto depende o seu futuro.

Não é pouca coisa o reconhecimento do rombo deixado pelo governo Dilma. A solução de problemas passa necessariamente por um diagnóstico correto. Não se cura uma doença se não se sabe o que aflige o paciente. A ex-presidente vivia no mundo dela, tão mais dissociado da realidade que a propaganda eleitoral em seu último pleito trazia números e “realidades” nos quais nem o seu partido veio a acreditar.  E, mesmo depois disto, foi incapaz de reconhecer os seus erros e pedir perdão à nação. Perseverou em seus equívocos e foi obrigada a se retirar. Note-se, ainda, que as ditas pedaladas fiscais não deixam de ser amostras do mundo ficcional no qual habitava, procurando, nele, manipular a realidade.

Outra saída da ficção dilmista/lulista/petista foi o estabelecimento de um teto para os gastos públicos, criando condições para uma desvinculação orçamentária que atingirá áreas como Saúde, Educação e Previdência. Não é mais possível continuar com a irresponsabilidade no tratamento da coisa pública, aumentando desenfreadamente gastos sem as correspondentes receitas. Trata-se de receita certa para o desastre, o que terminou acontecendo.

Os representantes da ficção, contudo, já estão alardeando que se trata de medidas “liberais” que atentam contra os “direitos sociais”, como se não fossem eles que tivessem produzido 12 milhões de desempregados, o número podendo logo atingir 14 milhões, arruinado a saúde e piorado significativamente a educação, com o pendor, inclusive, de ideologizá-la.

As Relações Exteriores, sob a liderança do novo ministro José Serra, sofreram uma guinada logo nos primeiros dias. O Itamaraty tinha se alinhado à escória latino-americana e africana. Os laços privilegiados com a África, em nome da “solidariedade”, privilegiaram ditadores sanguinários que se perpetuam há décadas no poder. Dívidas foram perdoadas em nome dos seus povos, quando, na verdade, equivaleram simplesmente a uma transferência maior de recursos roubados para as contas desses tiranos na França, Suíça e Reino Unido. Lula e o PT se regozijaram; os povos desses países continuaram na opressão.

Os laços “especiais” com os países bolivarianos são outra herança maldita dos governos petistas, que o novo ministro teve o cuidado inicial de romper. Os governos anteriores foram coniventes com diferentes atentados à democracia perpetuados nesses países. A Venezuela é um exemplo de até onde foram os liberticidas, reduzindo seus povos à miséria, em nome, precisamente dos “pobres” e dos “direitos sociais”. Pisotearam as liberdades, produtos básicos escasseiam nas prateleiras de supermercados, a inflação corrói os salários e, pasmem!, são saudados pela esquerda brasileira. Em bom momento, o ministro Serra deu um basta a isto, não mais atrelando o país a esses que são atualmente desesperados!

Cabe, por último, uma observação relativa à distinção entre esquerda e direita. Na verdade, ser de direita significa saber fazer contas, não gastar mais do que ganha. Uma pessoa de “direita” sabe calcular a relação entre receita e despesa, devendo, necessariamente, responsabilizar-se por tudo o que faz. Neste sentido, pode-se dizer que à ideia de direita correspondem o cálculo entre receita e despesa e a responsabilidade correspondente. Nada muito diferente do que faz um(a) chefe de família quando contabiliza o que pode gastar cada mês em função dos seus proventos. No trato da família, toda pessoa, saiba ou não, é de direita. Se não o fizer, pode produzir um desastre familiar.

Consequentemente, ser de esquerda, e isto o PT mostrou com clareza meridiana no exercício do poder, significa não saber fazer cálculo, achando que o melhor dos mundos pode se produzir com gastos sem limites, como se orçamentos realistas fossem uma coisa de “liberais”. Algo que poderia ser simplesmente menosprezado. Ser de esquerda significa, então, ser irresponsável no tratamento da coisa pública. Pior ainda, os que assumem tais posições, quando confrontados ao seu inevitável fracasso, transferem essa responsabilidade aos outros, os “liberais”, a “direita”, como se não tivessem nada a ver com os resultados de suas ações.

Entende-se, assim, melhor os que se intitulam “progressistas”, pois isto significa, para eles, conservarem o que há de mais nefasto no tratamento irresponsável da coisa pública. Almejam que a roda da história ande para trás. Vivem em uma ficção ideológica que é nada mais do que uma farsa.


Fonte: Dennis Lerrer  Rosenfield - professor de Filosofia da Unniversidade Federal do Rio Grande do Sul - O Globo

Não à tortura de cães na China! Vamos participar da campanha



Caros amigos,

Para abastecer o festival de carne canina de Yulin, alguns cães são roubados de seus donos. Durante o evento, eles são espancados até a morte ou acabam morrendo por hemorragia. Depois, são pendurados de cabeça para baixo em ganchos, quando cada animal sofre um corte a partir do ânus e tem a pele arrancada: com isso, a carne já pode ser vendida para o consumo.

Deve ser um sofrimento insuportável. Segundo uma pesquisa recente, em termos de emoções, o cérebro canino é muito parecido com o humano, algo que os donos e amantes de cachorros sabem muito bem. Quando consideramos os cães como seres vivos com pensamentos e sentimentos, as torturas que sofrem em um “festival” como este são inimagináveis.

Milhares de cidadãos chineses já se manifestaram contra o festival, mas as autoridades não vão fazer nada até que percebam que o evento está prejudicando a imagem internacional da China, com a qual eles se importam muito e lutam para melhorar. É aí que entramos. Vamos mostrar ao governo chinês que o mundo se importa e quer um fim imediato a esta matança de cachorros!

Quando houver uma quantidade suficiente de assinaturas, a Avaaz vai fazer propaganda, trabalhar com celebridades, conduzir a primeira pesquisa nacional independente sobre o consumo de carne canina na China e colocar o assunto nas manchetes de jornais do mundo inteiro, até que as autoridades chinesas tomem uma atitude. Acrescente seu nome na petição – basta apenas um clique no link abaixo – e ajude a divulgá-la:

https://secure.avaaz.org/po/stop_the_puppy_slaughter_loc/?bdHeKab&v=76874&cl=10056049265

Ao presidente chinês, Xi Jinping, ao governador da província de Guangxi, Sr. Chen Wu, e aos membros do Governo Central Chinês:
"Como cidadãos globais, estamos profundamente perturbados com o sofrimento de animais para o consumo de carne canina no festival de Yulin, e pedimos veementemente que o evento seja proibido de imediato. Milhões de cidadãos chineses apoiam mudanças na legislação para deter a indústria de carne canina; nós acrescentamos nossas vozes neste pedido para acabar com este comércio cruel."
https://secure.avaaz.org/po/stop_the_puppy_slaughter_loc/?bdHeKab&v=76874&cl=10056049265


Graças a corajosos ativistas chineses, o festival tem encolhido com o passar dos anos. As autoridades de Yulin já deixaram de patrocinar o festival e passaram a proibir a participação de seus funcionários. A hora está chegando. Se milhões de pessoas se pronunciarem agora, podemos livrar milhares de cachorros de uma tortura horrível.

O festival de Yulin não é uma tradição milenar: ele só teve início em 2010! E muitos argumentam que o evento foi criado justamente para impulsionar as vendas da indústria de carne.

O tempo está se esgotando: o festival está marcado para acontecer dentro de semanas. Assine a petição com apenas um clique no link abaixo e, em seguida, encaminhe esse e-mail para amigos e parentes. Vamos fazer uma petição gigante!

https://secure.avaaz.org/po/stop_the_puppy_slaughter_loc/?bdHeKab&v=76874&cl=10056049265
Nossa comunidade já fez campanhas contra a crueldade em um rodeio da Espanha, contra o descarte e a matança de pintinhos na Alemanha e contra as terríveis condições de fazendas pecuárias na Espanha e na França.  

Agora é hora de ajudar o melhor amigo do homem e deter a matança de cachorros de uma vez por todas.

Com esperança,

Rewan, Danny, Luis, Patricia, Jooyea, Mike, Ricken e toda a equipe da Avaaz 
Uns são espancados, outros sangram até a morte antes de serem comidos. É assim que são tratados os cachorros no festival de carne canina de Yulin. Milhares de chineses já protestaram contra o evento, mas as autoridades não irão fazer nada a menos que a China sinta que sua reputação esteja sendo prejudicada. É aí que entramos. Com apenas um clique, adicione seu nome à petição abaixo e ajude a parar o massacre de cachorrinhos. Em seguida, divulgue a petição para todo mundo:


Assine com um clique



Mais informações:

China prepara festival que mata 10 mil cães e gatos anualmente (Tribuna Hoje)
http://www.tribunahoje.com/noticia/175287/mundo/2016/04/08/china-prepara-festival-que-mata-10-mil-ces-e-gatos-anualmente.html

Yulin Dog Meat Festival 2016: Aparecem novas fotos das condições de “pesadelo” para animais envolvidos no evento chinês
(The Independent) (em inglês)
http://www.independent.co.uk/news/world/asia/yulin-dog-meat-festival-2016-new-pictures-emerge-of-nightmare-conditions-for-animals-involved-in-a6973021.html#gallery

Público chinês exige que governo reprima indústria de carne canina (Channel NewsAsia) (em inglês)
http://www.channelnewsasia.com/news/asiapacific/chinese-public-urges/2665086.html

A China precisa acabar com o terrível festival de carne canina neste ano (Observer) (em inglês)
http://observer.com/2016/04/this-year-china-needs-to-end-its-horrific-dog-meat-festival/

Ativistas de direitos dos animais de olho no festival de carne canina da China (VOA) (em inglês)
http://www.voanews.com/content/animal-rights-activists-target-china-dog-meat-festival/3283551.html