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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Retorno à pobreza: o regresso ao Bolsa Família - Uma ESPERANÇA: novo pobre é jovem, urbano e pode sair rápido da assistência social

Estudo inédito do Banco Mundial aponta que o Brasil pode ter até 20,9 milhões de pessoas vivendo na pobreza até o fim do ano. 

Para o diretor da instituição, Martin Raiser, o país precisa rever suas políticas públicas para estancar o avanço de ao menos 2,5 milhões de brasileiros, que não eram considerados pobres em 2015

Quais as causas do aumento da pobreza?
Mais ou menos três quartos do aumento da pobreza ou da redução da renda nas categorias mais pobres vêm do mercado de trabalho. São pessoas que perderam renda no mercado ou perderam o emprego. Portanto, não tinham necessidade de se registrar no Bolsa Família. Até chegarem ao programa, se registrarem e receberem o benefício, demora um pouco. Por isso é preciso fazer esse esforço para, de um lado, ampliar os programas de assistência social a fim de cobrir os novos pobres, e, de outro lado, focalizar esses mesmos programas para assegurar uma eficiência máxima.

O pente-fino que excluiu milhões de famílias que não atendiam às regras do Bolsa Família é uma boa medida de focalização?

Ler íntegra, clique aqui 


TRAGÉDIA: a situação é pior que a pior imaginada -Brasil terá ao menos 2,5 milhões de ‘novos pobres’ até o fim do ano

Estudo inédito do Banco Mundial comprova que a destruição do Brasil, efetuada por que Lula e Dilma, foi pior que as projetadas nos piores cenários: 2,5 milhões de novos pobres com perfil:   jovem, urbano e escolarizado

Será que o estilo veloz e decidido do Temer conseguirá, pelo menos, reduzir este número? 

[Lula tenta apoio da tal Comissão de Direitos Humanos de Costa Rica para não ser preso pelos seus crimes.

Mas, ele e Dilma devem ser denunciados ao Tribunal Penal Internacional por genocídio.

É a única forma de puni-los pelos crimes de incitar pobres ao endividamento irresponsável, gastança desenfreada e sem um emprego e salário garantidos. Criaram um mundo de ilusões, só que as consequências sobre os que acreditaram neles são CRUÉIS e REAIS. ]

Estudo inédito do Banco Mundial, ao qual o GLOBO teve acesso, aponta que o número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil aumentará entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim deste ano. Denominados de “novos pobres” pela instituição internacional, porque estavam acima da linha da pobreza em 2015 e já caíram ou cairão abaixo dela neste ano, eles são na maioria adultos jovens, de áreas urbanas, com escolaridade média e que foram expulsos do mercado de trabalho formal pelo desemprego. 
 Se quiser estancar o crescimento da pobreza extrema aos níveis de 2015, base mais atual de dados oficiais sobre renda, o governo terá que aumentar o orçamento do Bolsa Família este ano para R$ 30,4 bilhões no cenário econômico mais otimista e para R$ 31 bilhões no quadro mais pessimista, aponta relatório do Banco Mundial. Para 2017, o programa de transferência de renda tem R$ 29,8 bilhões garantidos.

Como o benefício do Bolsa Família varia conforme a composição familiar, número e idade dos dependentes, presença ou não de gestantes, entre outros aspectos, os técnicos da instituição internacional fizeram uma análise complexa para estimar o ajuste necessário no programa. Segundo as projeções, de 810 mil a 1,1 milhão de famílias serão elegíveis para receber o benefício este ano, o que demandará o orçamento adicional calculado.

Por meio de simulações, o relatório projetou a taxa de pobreza extrema no país, calculada em 3,4% em 2015, com e sem o incremento no Bolsa Família. Se o programa não aumentar, aponta o Banco Mundial, a proporção de brasileiros em situação de miséria subirá para 4,2% este ano no cenário otimista e para 4,6% no pessimista. Caso a cobertura seja ampliada, conforme recomendado, a taxa terá um leve crescimento para 3,5% e 3,6%, nos dois quadros econômicos traçados.

A partir dos dados oficiais sobre renda mais recentes, coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, o Banco Mundial estima que 8,7% da população, ou 17,3 milhões de brasileiros, viviam abaixo da linha da pobreza naquele ano, contra 7,4% em 2014.

Foi o primeiro aumento da pobreza após uma década de quedas sucessivas. E as projeções do Banco Mundial apontam que a curva continuou ascendente em 2016 e assim permanecerá neste ano.

PESSIMISMO: 20,9 MILHÕES DE POBRES
Segundo a instituição, o número de pobres deve chegar a 19,8 milhões de pessoas num cenário otimista de crescimento econômico em 2017, dos quais 8,5 milhões estarão na extrema pobreza. Na previsão pessimista, de mais um ciclo de recessão, serão 20,9 milhões de pobres, sendo 9,4 milhões em estado de miséria. 

Com uma metodologia sofisticada de microssimulações, a nota técnica sobre o Brasil traçou os dois cenários considerando variáveis macroeconômicas e demográficas. O mais positivo tem variação anual do PIB de -3,4% (2016) e 0,5 (2017), com taxa de desemprego de 11,2% (2016) e 11,8% (2017). No quadro mais pessimista, o PIB é de -3,7% (2016) e -1% (2017), com desemprego de 11,2% (2016) e 13,3% (2017).

Cerca de nove em cada dez pessoas que deverão se tornar pobres este ano residem em área urbana. A idade média dos chefes das famílias é de 37,9 anos, 38,2% estudaram ao menos até o ensino médio e 33,5% são brancos. Os “novos pobres” estarão mais no Sudeste (39,7%) e Nordeste (35,2%). A maioria (58,8%) trabalhava na área de serviços em 2015.

Celiane da Silva Neves, maranhense de 25 anos, começou na labuta cedo. Trabalhou de doméstica, foi secretária de uma construtora e, nos últimos três anos e meio, era operadora de telemarketing. Mas acabou demitida na redução de pessoal feita pela firma em meados de 2016. Após o fim do seguro-desemprego em novembro, Celiane, que tem o ensino médio completo, ficou sem renda. Entrou no time dos “novos pobres”.


 Celiane da Silva Neves com o filho Hyago, de 1 ano e 3 meses - André Coelho / Agência O Globo

Com o único filho, Hiago, de um ano e três meses, a maranhense conta que hoje vive com R$ 100 dado mensalmente pelo avô paterno do menino, que também cedeu temporariamente uma casa num conjunto habitacional popular de Planaltina de Goiás (GO) para ajudá-la. Ela usa o dinheiro para comprar gás e pagar as contas de água e luz. A alimentação é garantida na base da solidariedade. Celiane limpa a casa e cuida das crianças da vizinha, que, por sua vez, divide com ela a cesta básica, carne, frutas e verduras.

Enquanto distribui currículos e participa de algumas entrevistas de emprego, a jovem apelou para o Bolsa Família. Já foi habilitada para ingressar no programa, com a comprovação de necessidade. Agora, aguarda ser contemplada, o que só ocorre quando surge uma “vaga” no município. A maior preocupação de Celiane é com o bem-estar de Hiago, que passou a tomar leite de caixinha, no lugar do produto em pó, depois que a mãe perdeu o emprego. A substituição levou a uma diarreia.

O perfil dos “novos pobres” é bastante diferenciado dos “estruturalmente pobres”, aqueles que já viviam em condição de pobreza em 2015 e continuam nessa situação, no conceito formulado pelo Banco Mundial. Essa parcela da população, aponta a instituição, é menos escolarizada (17,5% com ensino médio ou mais), mais velha (média de 41 anos do chefe de família) e tem presença importante na área rural (36%), o que a difere dos que estão caindo na pobreza de 2016 para cá. Para o Banco Mundial, os “novos pobres” podem ser mais facilmente alcançados por políticas de geração de renda devido ao perfil.

Fonte: O Globo

 


domingo, 12 de fevereiro de 2017

Não Leve David Coimbra a Sério

A profissão de jornalista pressupõe, em tese, imparcialidade e desapego a paixões ideológicas. Especialmente quando um colunista ou editor resolve abordar temas que exigem, pelo menos, a compreensão da realidade à qual ele se refere são essas as virtudes que procuramos. Infelizmente, essas características vêm sendo cada vez mais esquecidas em todos os nossos veículos de informação. Avançam aos postos mais influentes da imprensa somente aquelas pessoas que possuem um discurso politicamente alinhado e comprometido em difundir um tipo de pensamento que, no caso brasileiro, é o de esquerda. Não que isso seja ruim. Porém, mesmo para dar credibilidade a um artigo de opinião, por exemplo, é necessário entender as causas que levam às consequências. Mas não é isso o que vemos.
 
Dentre tantos "opinadores" que temos na imprensa aqui do sul, um deles se tornou quase que um ídolo pop: David Coimbra. Não sem méritos. Seu estilo de crônica aplicado a assuntos esportivos, ao quotidiano (especialmente à relação homem-mulher) não é ruim. O problema é que quando se entra em assuntos do mundo real, tangível, a coisa muda de figura; principalmente nesses tempos de internet e jornalistas alternativos que dão ao cidadão comum a possibilidade de acessar a informação por outro meio que não aquele viciado pelo filtro ideológico que toda a imprensa e a mídia brasileira aplicam. Para fazer frente a essa nova realidade, o profissional que se aventure em fazer um diagnóstico real de determinada situação precisa ter conhecimento daquilo que está falando e despir-se de preconceitos e reflexos condicionados que lhe foram implantados desde os bancos da faculdade. E, neste ponto, David Coimbra é um fracasso retumbante.
 
Sua última coluna, de 7 de fevereiro de 2017, é dedicada a expressar o seu temor pela admiração que Bolsonaro tem de uma parcela significativa da população. O texto foi motivado pelos diversos xingamento recebido por ele quando falou mal do deputado. Para David, Bolsonaro é ainda pior do que o "troglodita" Trump. E, embora saiba reconhecer os méritos deste, ataca aquele dizendo que "Bolsonaro é apenas grosseiro".
 
Pensar que um é troglodita e o outro, grosseiro, não é nada de mais. É o puro direito de opinião sendo exercido. A falha de David está no diagnóstico do porquê Donald Trump foi eleito presidente dos EUA e do crescimento de Bolsonaro. Para ele, um foi eleito devido ao medo do terrorismo pelos americanos. O outro, cresce pelo medo da escalada da violência urbana.
 
Para quem mora em Boston e não faz outra coisa que não pesquisar e buscar entender o que se passa, é imperdoável que o colunista ignore que a eleição de Trump foi motivada pelo desastre deixado por Obama, e não apenas pelo medo ao terror. Foram estes resultados, e o fato de Trump  ser um outsider que o colocaram na presidência. Eis  uma ínfima parte do que a administração do queridinho da mídia fez com os EUA.
 
Analogamente, não é apenas a violência urbana que faz Bolsonaro crescer, mas todo o status quo que impera no Brasil. A população brasileira e mundial simplesmente se cansaram da agenda da esquerda que não atingiu resultado algum. Pelo contrário! Está promovendo o desmantelamento de toda a herança civilizatória que nos foi legada e aniquilando as soberanias nacionais ao redor do globo. Tudo sintetizado no império do politicamente correto que modifica pensamentos, cultura, costumes e padrões morais. Um verdadeiro processo de engenharia social criando uma sociedade "culturalizada artificialmente". [até na denominação o maldito 'politicamente correto', expressa um erro: se é político, não pode ser correto.]
 
Mas para David Coimbra, criticar a imposição do politicamente correto é um erro. Para ele, se não concordam com ele, basta não segui-lo e fica tudo bem. Essa é uma análise completamente irresponsável e que demonstra toda a falta de conhecimento e capacidade de captar a realidade tangível que o colunista tem. Lamentável. Finalizando o seu artigo, David evoca, de forma velada,  o velho chavão de que Bolsonaro é a favor da violência contra a mulher, discrimina negros e tem preconceito contra homossexuais. Parece ignorar que o deputado quer a castração química de estupradores, a universalização do acesso a uma educação de qualidade para que o pobre e o negro não continuem iludidos com as cotas e que luta contra a imposição da homossexualidade a crianças em idade pré-escolar. Ou seja, total distorção dos fatos. 
 
David Coimbra ainda deixa transparecer que Bolsonaro é contra os direitos humanos, o que é uma falácia sem qualquer fundamentação. O deputado, assim como a grande maioria da população, é contra o fato de que esses direitos sejam aplicados a bandidos, assassinos, estupradores, etc. O parlamentar exige mais rigor contra essas pessoas para que a sociedade não tenha que lhes dar regalias como o inacreditável auxílio-reclusão ou prioridade em atendimento médico quando são feridos em conflitos com a polícia.
[o que o futuro presidente da República, Jair Messias Bolsonaro deseja é que os DIREITOS HUMANOS sejam concedidos, prioritariamente,  aos HUMANOS DIREITOS; pela regra dos esquerdopatas os bandidos, estupradores e assemelhados , devem ter prioridade sobre os CIDADÃOS DE BEM, os TRABALHADORES, em suma: bandidos antes dos seres HUMANOS DIREITOS.
 
Imaginem que um cidadão com pouca instrução escolar rala trinta dias - isto quando encontra emprego - para ganhar pouco mais de R$900,00; já um bandido qualquer, arranja uma família, na maior parte das vezes a 'esposa' é tão bandida quanto ele, e passa a receber um auxílio reclusão de valor superior a um salário mínimo.
Já tivemos oportunidade de ouvir depoimentos de assalariados dizendo que ganhariam bem mais se optassem pela criminalidade - demonstraram por A + B que se estivessem presos a família receberia um auxílio para comprar pelo menos o básico e pagar água e luz e o chefe da família teria três refeições por dia e outras benesses enquanto encarcerado.
 
O pior é que tivemos que concordar.
Infelizmente a política nefasta do auxílio reclusão já  levou desempregados a cometerem crimes para que seus familiares recebessem o famigerado auxílio e o criminoso as benesses da cadeia.
E ainda tem ministros do Supremo - entre eles a atual presidente o ministro Barroso que acham que cadeia é ruim, chegando o citado ministro a defender a soltura de maconheiros e assemelhados para esvaziar as cadeias, tornando-as mais acolhedoras.] 
 
 Ainda, o colunista não enxerga relação entre aumento da violência e fim da "ditadura". De fato, não foi o fim da ditadura que levou ao aumento da violência, mas a Constituição "Cidadã" de 1988 que encheu a população de privilégios e retirou seus deveres. Soma-se a isso, o estatuto do desarmamento (que foi rejeitado pelo povo em consulta popular) que retirou do cidadão o direito de prover sua própria segurança. (alias, David Coimbra compara a "ditadura" militar brasileira com a Venezuela e o Congo, mostrando total incapacidade de entender as diferenças que existem entre elas).
 
Por fim, encerra seu artigo com "chave de ouro" ao dizer que "Bolsonaro não tem nada de inteligente". Como todo o jornalista formado nas cátedras socialistas da academia brasileira, parte para o argumento ad hominem, já que não tem fundamentação para sustentar sua teoria. É evidente que Bolsonaro não é o salvador da pátria brasileira e que seu crescimento não é apenas fruto da violência urbana. Sua ascensão se deve a dois fatores principais: pelo menos até agora,  está imune à onda de corrupção que devasta o país; ele é a voz que os conservadores brasileiros achavam que não tinham, mas tem. E, para desespero dos Davids, a população de nosso país é majoritariamente conservadora.
 
Escrever um artigo de opinião é um veículo do tamanho do jornal Zero Hora deveria requerer honestidade, conhecimento, imparcialidade e responsabilidade. Tudo o que David Coimbra mostrou não possuir neste seu artigo. (Aliás, a própria Zero Hora não tem.)
Não o leve a sério. Ignorância é contagiosa.
 
Fonte: Blog do Lenilton Morato 

No DF o uso do narguilé é livre - Lei Federal proíbe a venda de cigarros a menores de 18 mas os menores usam livremente o narguilé, muitas vezes com o apoio dos pais e a omissão da Polícia



Jovem internado por usar narguilé faz vídeo e reacende debate sobre o uso
Caso aconteceu no interior do Paraná e chamou atenção de usuários essa semana
O vídeo de um adolescente hospitalizado em função do uso do narguilé, uma espécie de cachimbo à base d'água muito utilizado entre jovens e adultos hoje em dia, repercutiu nesta semana na internet e reacende o debate sobre as consequências do seu uso. Nas imagens, o jovem detalha o que sente e faz um alerta a outros jovens.  O vídeo teve mais de 8 milhões de visualizações, e milhares de compartilhamentos e comentários.

O rapaz que aparece no vídeo, deitado na maca de um hospital em Campo Mourão, interior do Paraná, é Henrique Nascimento, 19 anos. Nas imagens, ele aparece frágil e com um dreno ligado a uma região próxima ao pulmão. O objetivo é retirar o excesso de líquido que se armazenou no local.

Ao Correio, ele conta que foi internado no final do mês passado, após sintomas como febre, tontura e falta de ar. "Comecei a me sentir mal e rapidamente piorei. Não conseguia fazer quase nenhum esforço. Foi quando fui ao hospital", detalha. 

O jovem relata que era usuário de narguilé há pouco mais de 1 ano quando se sentiu mal. Nesse período, o adolescente diz que usou o produto todos os dias. Em algumas vezes, a frequência era de três a quatro vezes por dia. "Não usava porque tinha prazer. Usava porque era legal. Para brincar com a fumaça", explica. Ao chegar ao hospital, o jovem foi internado e diagnosticado com excesso de líquido no pulmão. Ele conta que os médicos fizeram uma drenagem. "Fiquei internado uma semana. O pulmão doeu muito. Ainda dói. O dreno também incomodou bastante", detalha.

"Aquele que tá fumando narguilé é bom parar... É o conselho de uma pessoa de 19 anos, que fumava quase todo dia, mas parou" 


Pessoal parem de fumar narguilé
O cirurgião torácico Humberto Oliveira, que trabalha com casos semelhantes ao do adolescente, explica que ele provavelmente contraiu um quadro de pneumonia, que evoluiu para um derrame pleural, que é quando o paciente apresenta excesso do líquido responsável por suavizar o atrito entre as costelas e membranas, conhecido como líquido pleural. 

O especialista explica que, durante o uso do narguilé, o usuário pode inalar substâncias nocivas ao organismo, como fungos, resultando em um quadro infeccioso, que pode evoluir para pneumonia e derrame da pleura, como aconteceu com o paranaense. "A quantidade ideal de líquido pleural no organismo é de 10 ml. Em um paciente de derrame pleural, essa quantidade pode chegar a dois litros", detalha.

De acordo com o especialista, o narguilé é totalmente contra indicado. "Uma sessão de narguilé equivale a fumar 100 cigarros. É extremamente prejudicial a saúde", conta. "Algumas pessoas podem, inclusive, ficar com sequelas, como pontadas na região pulmonar e dores eventuais", acrescenta.

Henrique, que já está em casa com a família há duas semanas, aos poucos volta à rotina. Após o susto, o jovem relata que ainda sente alguns poucos incômodos, como fadiga e dores no pulmão. Sobre usar narguilé, o jovem é contundente: "Não recomendo";


Fonte: Correio Braziliense


A vida sem lei no Espírito Santo

Uma greve ilegal de policiais militares deixa o Espírito Santo à mercê do crime e o caos esmaga a rotina de cidadãos comuns, feitos reféns em casa 

[falta comprovar a existência de uma greve dos policiais militares; existe uma paralisação causada por pessoas não policiais e, até que provem, sem apoio do contingente policial.
A interpretação de um comandante tem grande valor dentro de determinados aspectos referentes à disciplina, mas, quando se torna necessário a tipificação do delito cometido pelo policial, tem que haver uma denúncia,  acompanhadas de provas que a suportem, aceitação da denúncia pelo Poder Judiciário e o devido processo legal.
E até agora nada disso ocorreu - quando muito alguns comandantes mandaram instalar inquéritos,   passo inicial para a coleta de elementos que justifiquem a denúncia, incluindo as provas. Não sendo cumprido os trâmites legais, o assunto sai do 'estado democrático de direito' e tudo se torna possível.
O entendimento, a interpretação de um comandante é uma coisa - provar é outra.]


"Eu me sinto naqueles filmes de zumbi em que as pessoas de repente somem da cidade. Só que, em vez de mortos-vivos, eu temo encontrar bandidos.” Na porta da casa da irmã, Fernando Antonio dos Santos se refere ao silêncio perturbador das ruas desertas na periferia de Vitória, a capital do Espírito Santo. É manhã da quinta-feira, dia 9, e as poucas pessoas que andam por ali se olham com medo umas das outras. Nas cidades mais violentas do Brasil há sempre um risco em cada esquina. A diferença na Grande Vitória nesta semana é que todos os locais se tornaram esquinas imprevisíveis. O medo quase pode ser respirado. Fernando, que veio para uma visita, não pode voltar a Goiás porque não há transporte público. Kátia, sua irmã, estendeu um lençol branco com a palavra “Paz” na fachada do sobrado. É só um gesto de desespero. Em pé no alto da laje, ela observa as ruas de onde a qualquer momento pode surgir uma horda de bandidos armados, dispostos a matar e a saquear. “Nunca tive tanto medo. Parece que a gente está na Guerra da Síria”, diz.

Uma greve ilegal da Polícia Militar que durou uma semana, encerrada na noite desta sexta-feira (10), converteu as cidades capixabas em cenários distópicos, daqueles onde o medo interditou a vida. Com quase todos os 10 mil policiais aquartelados nos batalhões, a população enclausurou-se e os criminosos sentiram-se livres para agir com violência. Agências bancárias não funcionaram, o comércio baixou as portas, os hospitais pararam de atender e as escolas entraram em férias. Em apenas uma semana ocorreram 127 assassinatos, incontáveis roubos e ao menos 300 saques em lojas. A ausência do aparato de segurança pública, um pilar do estado de direito, trouxe não só a violência, como expôs o pior do comportamento humano. Cidadãos comuns, desses que trabalham, reclamam da corrupção dos políticos e não têm ficha policial, foram flagrados saqueando lojas ao lado de bandidos, para obter bens de consumo como fogões, televisões, fornos de micro-ondas e telefones celulares.
 

Para outros cidadãos, amedrontados, prevaleceu o instinto de sobrevivência. Os supermercados ficaram lotados de gente em busca de alimentos e água para trancar-se em casa. Logo que os funcionários abriam as portas, nas primeiras horas da manhã, o enervante trombar de carrinhos nos corredores e a confusão de mãos nas prateleiras para pegar mercadorias tomavam conta do ambiente. Era preciso encher a despensa quanto antes. Felizmente, as farmácias funcionavam como consolo à falta de atendimento nos postos de saúde. Nem os hotéis se salvaram. A comida podia demorar até três horas para chegar ao quarto e o prato vinha incompleto porque parte das guarnições acabava antes, devido à demanda. Por volta de 20 horas, o hóspede espiava pela janela as ruas onde nem carros passavam. O toque de recolher numa metrópole sitiada já fora dado.


O caos começou a se impor sobre a ordem na manhã da sexta-feira, dia 3. Um grupo de mulheres de policiais protestava na porta do quartel da PM da cidade de Serra, região metropolitana de Vitória. Uma das líderes do movimento, a mulher de um capitão, que não se identifica, contou que os maridos reclamam das condições de trabalho. Segundo ela, faltam viaturas e equipamentos de proteção, a carga horária é excessiva e há sete anos os policiais não ganham reajuste salarial na escala que reivindicam. Por meio de grupos nas redes sociais, as mulheres dos policiais espalharam o plano de bloquear a saída dos batalhões. 

Elas argumentavam que nenhum PM teria coragem de furar o cerco, pois ali poderia estar a mulher dele ou de um colega. A manifestação ganhou corpo e atraiu políticos adversários do governador Paulo Hartung, do PMDB, que naquele dia se internara no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para retirar um tumor da bexiga, uma cirurgia sem maiores complicações. Uma das líderes do movimento de mulheres disse que o vereador Cabo Porto, policial militar, mandou entregar lanche e barracas em um acampamento em frente ao quartel. Porto é filiado ao PSB, mesmo partido do ex-governador Renato Casagrande, adversário de Hartung. Casagrande acusa Hartung de sucatear a segurança pública com corte de verbas. Hartung, que governa um estado depauperado pela crise econômica e pelo tombo da Petrobras, diz que gasta com responsabilidade e não dá muita corda para negociação com sindicalistas.

A notícia do sumiço da polícia chegou rápido aos bandidos. Sem demora, e por ironia, eles atacaram primeiro os condomínios da região onde moram policiais em Serra, que já foi uma das cidades mais violentas do país. Atiraram no transformador de energia na rua do edifício Fragata para agir na escuridão. Ainda fardado e sem saber da greve, um soldado da PM deparou com o grupo armado quando chegava em casa. Ele caiu da moto, mas conseguiu sacar a pistola para atirar nos “ratos”, nome que a PM capixaba dá aos traficantes das favelas. Os moradores dos 300 apartamentos entraram em pânico. Na noite seguinte, mais de 20 bandidos com pistolas e facas voltaram a atacar, mas os policiais que moram no prédio se prepararam para confronto. Convocaram os moradores civis para ajudar na segurança e montaram uma barricada na rua. O síndico Waldison Pimentel Junior, de 34 anos, achou que precisava de mais reforço. Contratou quatro seguranças particulares armados ao custo diário de R$ 800. A brigada ganhou fama na região para dissuadir os marginais, mas a onda de saques e homicídios espraiou por toda a região metropolitana de Vitória e pelo interior do estado.

 >> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana

A má formação do professor na crise educacional

É grande a proporção do corpo docente não formada em disciplinas que ensinam nas salas de aula, e este problema requer soluções realistas

A já histórica crise da educação básica brasileira pode ser vista por diversos ângulos. Por ser assunto complexo, multifacetado, analisa-se o problema por incontáveis aspectos: investimentos do Estado mal alocados; feitos e acompanhados de forma deficiente; falhas de currículo; má gestão em geral e assim por diante. O papel do professor é estratégico, não se discute. Isso não significa culpá-lo por todas as mazelas educacionais, expressas em testes como o internacional Pisa, em que os estudantes brasileiros adolescentes costumam aparecer nos últimos lugares no ranking de proficiência.

Uma primeira barreira a ultrapassar, quando se debate o papel do professor, é a contaminação sindical do tema. Se depender dela, tudo será resolvido por meio de generosos aumentos salariais para uma categoria que é mesmo, em muitos casos, sub-remunerada. Mas, por diversas razões, a agenda sindical está longe de abranger a questão educacional. Não há uma fórmula mágica que só países desenvolvidos escandinavos e orientais dominam, para formar de maneira competente alunos do elementar ao nível superior. No Brasil, há muitos casos de sucesso em regiões improváveis, urbanas e no campo — comunidades carentes, cidades do agreste. Nesses bons exemplos, há sempre uma direção e professores dedicados, e proximidade da família do aluno. Mas o país não consegue replicar esses casos de excelência, em que são atingidas médias de países industrializados.

Seja em que medida for, é certo que há um problema de formação dos professores capaz de influenciar a qualidade do ensino. O Todos pela Educação, com base em informações do Censo Escolar de 2015, constatou que dos 766.860 professores dos últimos anos do ensino fundamental, 54,1% não têm formação na totalidade das disciplinas que ensinam.

No ensino médio, onde não se verificam os mesmos avanços do fundamental, 46,2% dos 494.824 docentes estão na mesma situação, segundo reportagem do GLOBO. Existe, ainda, o professor sem formação em qualquer disciplina que leciona: são 41% do corpo docente no fim do ensino fundamental, e 32% no médio, onde há um atraso especialmente sério na educação básica brasileira.


Existem gargalos específicos, como em Física. Relatam-se casos de graduados em Matemática ensinando a disciplina. Os mais conscienciosos procuram algum curso para compensar a falta de formação. Mas não deve ser a regra. Especialistas alertam que o novo ensino médio, dividido em quatro áreas de interesse (Ciência da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Técnico), exigirá professores mais bem preparados em disciplinas específicas.

A agenda sindicalista proporá aumentos salariais generalizados para atrair especialistas de outras profissões. Não é tão simples, até devido a razões fiscais. Trata-se de haver uma política definida e factível, com avanços paulatinos e monitorados, sem se esquecer o prêmio por mérito.

Fonte: O Globo - Editorial 

 

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Estão tentando enganar os policiais do Espírito Santo

Base do governo Temer vetará anistia a policiais do ES, diz Imbassahy

Congresso já aprovou perdão a militares em casos semelhantes no ano passado - 

mas, ministro Antonio Imbassahy garante que desta vez qualquer projeto de anistia será vetado

O Palácio do Planalto mobilizará sua base aliada no Congresso para vetar qualquer projeto de lei para anistiar os policiais militares do Espírito Santo, afirmou neste sábado o ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, responsável pela articulação política do governo. A corregedoria da Polícia Militar do estado já indiciou 703 praças pelo crime de revolta (quando há insubordinação em conjunto e armada) e, caso eles sejam condenados nos tribunais militares, apenas uma lei de anistia aprovada pelo Congresso poderia livrá-los da punição. [valendo sempre ter presente que os indiciamentos feitos pela corregedoria da PM ou qualquer outro órgão precisam ser provados.] 

Aqueles que porventura imaginam que terão qualquer tipo de iniciativa na linha de anistia no Congresso, deixo claro que não haverá a menor possibilidade de apoio da base política do presidente Michel Temer. É importante deixar isso claro, pois há movimentações iludindo pessoas que estão em greve como se fossem escapar de uma penalização — disse Imbassahy, à saída da reunião que discutiu a crise de segurança no estado no Palácio Anchieta, sede do governo capixaba.

Em junho do ano passado, o presidente Michel Temer promulgou a Lei 13.293, aprovada por ampla maioria no Congresso, que anistiava policiais e bombeiros que haviam participado de movimentos grevistas por melhores salários em 19 estados. Desta vez, a orientação do Planalto será vetar qualquer anistia, em razão da gravidade e proporção que tomou a paralisação dos PMs no Espírito Santo.
Os PMs seguem dentro dos quartéis e mantêm a paralisação iniciada há uma semana, no sábado passado, enquanto as mulheres e familiares completam o movimento ocupando as entradas dos batalhões Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Também neste sábado, o ministro da Defesa, informou que as tropas federais ficarão no Espírito Santo pelo tempo que for necessário, até que o policiamento volte a ser restabelecido.


Na tarde deste sábado, Jungmann e Imbassahy participaram de uma reunião no Palácio Anchieta com os governadores em exercício e licenciado do Espírito Santo, César Colnago e Paulo Hartung, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro interino da Justiça, José Levi Amaral e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen.

Janot foi o único a não dar entrevista depois do encontro. Em nota distribuída aos jornalistas, ele afirmou que "estuda a possibilidade de postular" a federalização de crimes como o de motim. Esta ideia surgiu na reunião como forma de apressar as condenações dos policiais e, assim, pressioná-los a desistir do movimento. Se o crime de motim ou revolta (quando o motim é armado, atual caso do Espírito Santos) for federalizado, os PMs indiciados serão julgados pela Justiça Militar da União, que costuma ser mais célere que a Justiça Militar dos estados.

O ministro da Defesa afirmou que os quartéis do Exército no Espírito Santo estarão abertos para dar apoio e segurança aos policiais militares que decidirem voltar às ruas e eventualmente precisarem de lugar para descansar ou abastecer as viaturas. Raul Jungmann voltou a apelar para que os PMs voltem às ruas, dessa vez se dirigindo às mulheres acampadas nas portas dos batalhões.  — Mulheres e mães dos policiais: não levem seus companheiros para uma armadilha. O único caminho é a negociação. O outro caminho é um beco sem saída — afirmou, em referência às punições previstas.


O crime militar de revolta prevê expulsão da corporação e de 8 a 20 anos de detenção.
Os policiais militares do estado estão parados nos quarteis, por uma reivindicação de melhores salários, desde o sábado passado. Na noite da última sexta-feira, o governo do Espírito Santo anunciou que havia chegado a um acordo com entidades de classe de policiais. No entanto, PMs mantiveram a paralisação neste sábado, enquanto as mulheres e familiares completam o movimento ocupando as entradas dos batalhões.


Fonte: O Globo