Mercado
vê crescimento de apenas 0,03% da economia em 2015 - Boletim Focus também aponta inflação acima da meta
estabelecida pelo governo
Mal iniciado o segundo mês do ano, o mercado financeiro segue com
uma posição desanimadora em relação ao
crescimento do País em 2015, que vai beirar mais uma vez a estabilidade,
segundo analistas do setor privado.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano,
de acordo com o Relatório de Mercado
Focus, divulgado nesta segunda-feira, 2, pelo Banco Central, a estimativa é de expansão
de 0,03% ante taxa de 0,13% apontada
no levantamento anterior - essa foi a quinta revisão consecutiva desse indicador. Há quatro semanas, a aposta era de uma
alta este ano de 0,50%.
Já para 2016, a expectativa é mais otimista, mas, mesmo assim,
passou por deterioração esta semana. A
projeção de crescimento de 1,54% da semana anterior foi substituída por uma taxa de 1,50%. Quatro semanas atrás, a mediana das
projeções de crescimento do PIB no ano
que vem era de 1,80%.
A
produção industrial segue como setor vital para a confecção das previsões para
o PIB em 2015 e 2016. No boletim Focus,
a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de alta de 0,50% para este ano ante 0,69%
prevista na semana passada e de 1,04% de quatro semanas atrás. Para
2016, as apostas de expansão para a indústria seguem em 2,50%, mesmo patamar da semana anterior, porém mais baixo do que o
de um mês antes, quando estava em 2,68%. Os economistas mantiveram inalteradas
suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do
setor público e o PIB. Para 2015, a mediana das previsões permaneceu em 37,00%,
quatro semanas antes esse número estava em 37,30%. No caso de 2016, as
expectativas caíram de 37,40% para 37% - no boletim divulgado há um mês a taxa
era de 37,90%.
Inflação
em 2015 fica mais longe da meta na pesquisa Focus
O mercado financeiro vê ainda mais distante do que
antes a possibilidade de cumprimento da meta de
inflação de 4,5% em 2015. A piora das expectativas para os indicadores de
preços pode ser constatada em diferentes variáveis para diferentes períodos
levantados pelo Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 2,
pelo Banco Central. De acordo com o documento, a mediana das previsões para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 6,69% para 7,01%. Há um mês, a mediana estava em 6,56%.
Também no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, a mediana segue acima da banda superior da meta, desde a semana passada segue em 6,85. Quatro semanas atrás, estava em 6,40%.
Também no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, a mediana segue acima da banda superior da meta, desde a semana passada segue em 6,85. Quatro semanas atrás, estava em 6,40%.
O
presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, admitiu que o IPCA subiria nos
primeiros meses deste ano, mas avaliou que entraria em um período de declínio
mais para frente e encerraria 2016 no centro da meta de 4,5%. Apesar desse
prognóstico mais positivo para o médio prazo, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem em
nível elevada. Elas, essa semana, no entanto, recuaram de 6,69% para 6,61% permanecendo acima do teto da meta - há um
mês estavam em 6,60%.
As
projeções para o curto prazo também continuam em nível elevado na Focus: a taxa para janeiro
de 2015 segue em 1,20% pela segunda
semana seguida. Um mês antes, essa taxa estava
em 0,97%. Para fevereiro, a mediana das previsões passou de 1,00% para 1,01%, ante 0,72%
de quatro semanas atrás.
Fonte: AE
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