Em
retaliação à morte do piloto Moutah al-Kasaesbeh, queimado pelo EI, governo
ordenou o enforcamento da militante e de outro membro da al-Qaeda
A Jordânia executou por enforcamento a jihadista
iraquiana Sajida al-Rishawi, nas primeiras horas desta quarta-feira. A execução da militante veio
como resposta à morte do piloto jordaniano Muath al-Kasaesbeh, queimado vivo
pelo grupo extremista Estado Islâmico na terça-feira.
Sajida al-Rishawi, de 44 anos,
foi condenada à morte em setembro de 2006 por participação em um atentado terrorista em Amã,
em 2005. Outro terrorista, Ziyad
Karboli, da al-Qaeda, também foi executado.
Segundo fontes do governo jordaniano, a iraquiana seria trocada por
al-Kasaesbeh. Com a morte do piloto, o
Exército da Jordânia prometeu vingança contra o grupo jihadista.
O rei
jordaniano Abdullah II considerou como covarde a morte do piloto e pediu que
todos os cidadãos do país se unissem. — Este foi um ato terrorista covarde de um
grupo de criminosos sem relação com o Islã. Todos os cidadãos jordanianos devem
permanecer unidos — disse Abdullah II, antes de encontrar com o presidente
americano Barack Obama, na Casa Branca.
Em
Washington, Obama comentou a morte de al-Kassasbeh, e criticou a violência do
grupo extremista. — A dedicação, o valor
e o serviço do tenente Al-Kassasbeh a seu país e sua família representam
valores humanos universais que ressaltam por contraste a covardia e depravação
do Estado Islâmico, que foram rechaçadas ao redor do mundo. Teremos que
redobrar a vigilância para ter certeza de que eles sejam derrotados —
afirmou o presidente americano. — Foi
mais uma demonstração da crueldade e da barbárie deste grupo, interessado
apenas em morte e destruição.
Obama se
reuniu no início desta noite com o rei jordaniano Abdullah II, que conversou
com o vice-presidente americano Joe Biden e o secretário americano de Estado,
John Kerry, durante a tarde. — Hoje
estamos ao lado do povo da Jordânia no lamento pela morte de um de seus
cidadãos — afirmou o presidente, reafirmando sua intenção de oferecer US$ 3
bilhões em apoio à segurança do país. —
Nesse momento de dor mútua, devemos nos manter unidos em respeito a seu
sacrifício para combater essa ameaça.
O
secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, condenou o assassinato do
piloto, afirmando que o Estado islâmico é “uma
organização terrorista sem respeito pela vida humana”, e pedindo a governos
que “amplifiquem seus esforços para
combater o flagelo do terrorismo e do extremismo religioso”.
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