Apesar do aumento das dívidas, alavancagem da estatal ficou menor
O balanço divulgado pela Petrobras nesta sexta-feira
mostrou que o nível de endividamento líquido da companhia subiu,
alcançando R$ 332,457 bilhões no primeiro trimestre. A empresa havia
fechado o ano passado com dívida líquida de R$ 282 bilhões ou US$ 106
bilhões. Apesar do endividamento ter subido, como a geração de caixa
também aumentou, a relação dívida líquida/geração de caixa saiu de 4,77
vezes para 3,86 vezes, o que é bem visto pelo mercado.
Esse indicador mostra a capacidade de pagamento de uma
empresa. Analistas consideram que o limite para uma situação confortável
para uma companhia é um número em torno de 3,5. — A alavancagem sofreu redução por conta do aumento do
Ebitda (geração de caixa operacional). Temos uma preocupação em buscar
uma redução. Isso vai depender de iniciativas, e a mais importante delas
é a discussão do plano de negócios. Há uma tendência de redução desse
indicador e só teremos uma ideia disso com o novo plano de negócios —
disse Ivan Monteiro, diretor financeiro da Petrobras.
Questionado sobre o impacto dos empréstimos realizados com o
banco chinês China Development Bank (CDB), de US$ 3,5 bilhões, o
diretor frisou que os recursos só serão desembolsados ao longo do
segundo trimestre deste ano. Por isso, dizem analistas, o nível de
alavancagem sofreu redução. Ivan ressaltou ainda que a companhia vai
continuar com sua política de preços. — A companhia praticará preços competitivos de mercado o tempo inteiro — enfatizou Ivan Monteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário