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sábado, 18 de julho de 2015

Alvo do Leão da Receita e da Lava Jato, Cunha vira oposição, lança CPIs e acelera impedimento de Dilma

Dilma Rousseff já pode fazer a contagem regressiva para deixar a Presidência da República, depois que Eduardo Cunha anunciou seu rompimento com o governo? A resposta parece ser positiva. Revoltado depois que sofreu uma devassa fiscal promovida pelo Núcleo de Inteligência da Receita Federal e injuriado por ter sido denunciado em delações premiadas da Lava Jato, o presidente da Câmara garante ter maioria folgada, de mais de 300 parlamentares, para votar e aprovar um pedido de impeachment de Dilma, por crime de responsabilidade, seja em função das pedaladas fiscais ou por qualquer outro motivo.

[o complicado não é confiar na maioria que Cunha diz ter e acredito tenha; o dificil é acreditar na firmeza oposicionista dele.
afinal, quem seria capaz de imaginar  que o senador Delcídio, líder do PT, tinha no Senado maioria suficiente para impor uma derrota à Dilma por 62 a 0, com senadores petistas votando, incluindo o próprio líder.]

Na onda de "oposicionista", Eduardo Cunha resolveu partir para um confronto final com a petelândia. Mandou criar a CPIs do BNDES - que vai atingir o até agora intocável Luciano Coutinho (presidente do banco e membro do conselho de administração da Petrobras). Em agosto, Cunha já dá como certa outra bomba: a instalação da CPI dos Fundos de Pensão. Cunha avalia que acaba com Dilma e Lula, acendendo a fogueira destas duas comissões parlamentares de inquérito.



O grande perigo do movimento oposicionista, aparentemente sem retorno, de Eduardo Cunha é que o governo ficará definitivamente paralisado. Tal inércia compulsória, combinada com as besteiras que agravaram a maior crise estrutural, política, econômica e moral nunca antes vista em nossa história, tende a parar o Brasil, se não houver uma solução imediata para o impasse institucional que tem tudo para se prolongar.   [o Brasil parando, a solução esperada virá. Será questão de defender o Brasil, missão que é DEVER Constitucional das.... ]



Cunha já avisou ontem que, em 30 dias, terá um parecer sobre 11 pedidos de impedimento da Presidenta apresentados na Câmara. Cunha já soltou seus pit-buls contra Dilma. Mandou ontem um ofício ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), dando um prazo de dez dias para ele justificar o pedido de impeachment feito em 12 de março deste ano. O de Bolsonaro é o único pedido feito e assinado por um parlamentar - o que tem peso jurídico. Militantes do Movimento Brasil Livre também pediram o afastamento de Dilma. Cunha quer esgotar a pauta de pedidos com votação no plenário que ele domina.



A revolta de Eduardo Cunha fará com que a Câmara comece a cumprir uma obrigação: a análise das contas dos governos. Isto nunca foi feito na gestão dos petistas. A última apreciação e aprovação ocorreu em 2002, com Fernando Henrique Cardoso. As contas de todas as administrações de Luiz Inácio Lula da Silva (2003 a 2010) e de Dilma Rousseff (2010 até agora) nunca foram analisadas pelo Congresso Nacional. 
Bolsonaro defende a tese de que Dilma foi beneficiada pelos desvios de dinheiro na Petrobras e cometeu crime contra a administração pública ao não atuar contra os desmandos: "Mais do que despreparo, mostra-se evidente a omissão da denunciada ao deixar de adotar medidas preventivas e repressivas para combater o câncer da corrupção em seu governo, mantendo, perto de si e em funções de alta relevância da administração federal, pessoas com fortes indícios de comprometimento ético e desvios de conduta. Deixou de agir em defesa da sociedade da qual é responsável máxima na administração pública".



Resumindo toda essa opereta da hecatombe tupinuquim: Quem puder menos vai se ferrar mais...
Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão

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