Renan diz que criar CPMF é ‘tiro no pé’; Cunha
afirma que governo poderá se desgastar
Proposta
também é criticada pela Confederação Nacional da Indústria
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quinta-feira que é contra a
recriação da CPMF e de aumento de impostos. Renan disse que aumentar
tributos neste momento é um "tiro no
pé" e que o Brasil não está preparado para conviver com elevação da
carga tributária.
O presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também
se posicionou contra a proposta que está sendo estudada pelo governo como
uma das alternativas para enfrentar a queda na arrecadação de impostos. — Tenho
muita preocupação com criação de imposto, criação de imposto, criação de
imposto — disse Renan, incisivo: — Não dá mais. Elevar novamente a carga
tributária, mas com a economia em retração não, é um tiro no pé, não é recomendável.
O Brasil não está preparado para voltar a conviver com isso. Estamos numa crise
econômica profunda e qualquer movimento nesta direção pode agravar a crise,
aumentar desemprego e retração da economia. [é muita
estupidez para uma cabeça só – ainda que feminina.
A queda na arrecadação é consequência
direta da redução da atividade econômica e a criação de novos tributos terá um
efeito imediato: acelerar
a queda da atividade econômica.
Nada contra as mulheres, sem elas o
mundo seria bem pior.
Mas, convenhamos o comportamento da
Dilma com a ‘genial ideia’ de aumentar tributos para compensar arrecadação
baixa – causada, repetimos, por redução da atividade econômica - nos deixa assustados e temerosos com aprovação
de uma PEC que está tramitando e pretende inserir na Constituição um percentual
mínimo de cargos eletivos a ser exercido por mulheres.
Certamente a maioria das mulheres é mais inteligente que a
atual presidente, mas, vai que por em uma eleição, por falta de sorte do Brasil, um elevado percentual com mulheres com a
capacidade intelectual de Dilma é eleito.
Além do que, mais um sistema de cotas. Quando serão criadas cotas para favorecer o mérito?]
Renan
disse que é preciso ter "prudência".
O senador reclamou que houve aumento de carga, em
medidas do ajuste fiscal, e o governo agora ainda quer mais tributos. O
presidente do Senado terá hoje um encontro com o ministro da Fazenda, Joaquim
Levy.
Para Cunha, nem
quando o governo tinha uma base mais consistente e a economia mais forte, conseguiu aprovar a medida. O
presidente disse que "problema de
caixa" não se resolve com aumento de impostos,
que acredita que a ideia não terá amparo na Câmara e
avisa que o governo poderá sofrer um desgaste grande
sem colher os frutos. — É um tema negativo para o governo. O governo
terá um desgaste neste debate de tal natureza, sem colher resultados, não sei
se vale a pena para ele. Em 2007, até apoiei (a recriação), mas o Senado
derrubou. Depois, se tentou criar através de lei complementar uma contribuição
semelhante a CPMF, com valor menor, e não se conseguiu ter votos no momento em
que o governo tinha uma base muito forte e a economia estava melhor que hoje —
disse Cunha, acrescentando: — Acho pouco
provável a gente querer resolver o problema de caixa achando que nós temos que
cobrar mais da sociedade em impostos. A solução é a retomada da confiança para
a retomada da economia. Não aumentar a carga tributária do contribuinte.
Cunha afirmou que se o governo
enviar a proposta, ela
tramitará normalmente na Casa. Indagado sobre a possibilidade de governadores
apoiarem a ideia, já que também poderia receber parte dos recursos arrecadados,
Cunha manteve a opinião de que os
deputados dificilmente apoiarão a ideia: — Não vejo que muda nada ( apoio dos governadores à recriação da
CPMF). Temos que ajudar os governadores e
estamos ajudando para que não se tenha mais despesas para eles. Mas o mesmo
princípio que vale para a União, vale para os estados: não é aumentando
impostos que se resolve problemas dos estados e da União. E não sei se os
empresários vão apoiar a recriação da CPMF.
Nos
bastidores, ministros políticos já avisaram à
presidente Dilma Rousseff que ideias
como a volta da CPMF não têm apoio no Congresso e nem dos partidos.
CNI:
TRIBUTO IRÁ DISTORCER COMPETIVIDADE
Um aumento da CPMF, estudado pelo governo para
ajudar a incrementar a receita, irá
distorcer a competitividade da indústria, afirmou o diretor de políticas e estratégia
da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes. Ele
garantiu que a notícia é mal vista pelo setor e avalia que a decisão, nesse
momento, “é um contrassenso”. — (A
notícia) é muito mal vinda. Distorce a competitividade. É um contrassenso na
medida em que, de um lado, estão buscando eliminar a cumulatividade do
Pis/Cofins e de outro recria a CPMF. Isso mostra uma dificuldade enorme do
Brasil de ter um sistema tributário de classe mundial e que a elevação da carga
no Brasil é anticrescimento.
O imposto do cheque, como é
conhecida a CPMF, foi extinto em 2007, mas surge agora como uma alternativa para o
governo cobrir as despesas de 2016. A
volta do tributo não é um consenso ainda e é estudada pela equipe econômica.
Fonte: O Globo
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