Dois dias depois de Aécio Neves ter cancelado a reunião em que
discutiria o impeachment com líderes da oposição, surgiu na Câmara o
embrião de um movimento suprapartidário pelo afastamento de Dilma
Rousseff. Num jantar iniciado na noite de quarta-feira e esticado até a
madrugada de quinta, 24 deputados de partidos oposicionistas e
governistas unificaram-se em torno de um objetivo: transformar em
energia o vapor que vem das ruas e que leva 66% dos entrevistados do
Datafolha a informarem que desejam ver a presidente pelas costas. [se o impeachment ficar por conta do PSDB, especialmente agora que está sob o comendo do Aécio Neves, não teremos impeachment.
Dilma termina o mandato - governando de outro país, já que o Brasil terá implodido, não tendo mais local nem para sediar o governo - e será capaz de se candidatar a presidente do Brasil virtual e ter o Aécio em seu ministério.
Fazer oposição real, com ação, atos e firmeza, não condiz com o caráter do suposto líder da 'oposição'.
Tudo que Aécio mais quer é, em nome de uma suposta união nacional suprapartidária, um cargo no ministério Dilma.
Votei no Aécio por ser dos males o menor, mas não confio nele para fazer oposição a qualquer governo - o político que nasce com índole de estar sempre ao lado do governo, não consegue fazer oposição.
Ele o FHC trabalham em conjunto para ficar tudo como está. Lembram que em 2005 FHC foi favorável a livrar o Lula do impeachment.
E agora, quando o FHC fala alguma coisa fingindo dureza contra a Dilma, logo vem o Aécio colocar panos quentes.
Acho mais fácil surgir um movimento pró-impeachment com consistência da parte dos aliados da Dilma, do que da tal 'oposição', especialmente do PSDB.
Da 'oposição' quem mais está pronto para enfrentar a Dilma é o DEM, mas, infelizmente está fraco, apesar que o senador Ronaldo Caiado sempre ser a esperança de melhores dias.
Falta ao PSDB um JAIR MESSIAS BOLSONARO.]
O
jantar que teve Dilma como prato principal ocorreu na casa do deputado
Heráclito Fortes (PSB-PI). Dele participaram inclusive quatro
personagens que estariam na reunião cancelada por Aécio: Roberto Freire,
presidente do PPS, e os líderes Mendonça Filho (DEM), Rubens Bueno
(PPS) e Bruno Araújo (PSDB). A diferença é que foram ao repasto como
convidados, não como organizadores. Dessa vez, a iniciativa veio de
baixo. Coube a um deputado do PMDB, o baiano Lúcio Vieira Lima
arrebanhar o grupo.
Além de Lúcio, foram à mesa outros quatro
colegas de partido do vice-presidente Michel Temer: os peemedebistas
Jarbas Vasconcelos (PE), Osmar Terra (RS), Darcísio Perondi (RS) e Lelo
Coimbra (ES). Jarbas sugeriu que o grupo se aproxime de Temer, que, na
hipotética possibilidade de Dilma renunciar ou sofrer impeachment,
herdaria o cargo de presidente. O grupo aprovou os últimos movimentos do
vice-presidente, que se afastou do varejo da articulação política do
Planalto.
Ouviram-se durante o jantar cobranças dirigidas ao
tucanato. Avaliou-se que, além do PMDB, hoje o fiel da balança do
impeachment, também o PSDB, maior partido da oposição, precisa adotar
uma posição uniforme sobre qual a melhor saída para a crise. Havia dois
tucanos na sala: Bruno Araújo (PE), que responde pela liderança da
oposição na Câmara, e Pedro Cunha Lima (PB), filho do líder do partido
no Senado, Cássio Cunha Lima. Coube a Bruno informar que o alto tucanato
está muito próximo de fechar uma posição favorável ao impeachment.
A
um quê de exagero nesse vaticínio. Conforme já noticiado aqui, o
governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, posiciona-se em privado
contra o afastamento de Dilma. Ele prefere que a presidente agonize na
cadeira até 2018, quando estará livre do governo paulista, em plenas
condições de entrar no jogo da sucessão presidencial.[foi por esperar o Lula agonizar em 2005, que tivemos aquela praga reeleita, ainda elegeu e reelegeu a Dilma e se depender do PSDB será eleito em 2018.
Fazer OPOSIÇÃO no Brasil é missão dificil.
Além de enfrentar os filhos de 'belzebu' - Lula, Dilma e a petralhada - ainda temos que apertar a chamada 'oposição' para que faça oposição.]
Enquanto o
tucanato hesita, deputados filiados a partidos do campo governista
começam a se posicionar. Além dos correligionários de Temer, estiveram
no jantar do impeachment Benito Gama (PTB-BA); e Cristiane Brasil (RJ),
presidente do PTB federal e filha do deputado cassado Roberto Jefferson. É
certo que grandes movimentos políticos começam de mansinho. Mas a
infantaria anti-Dilma está muito longe de obter a quantidade mínima de
votos de que necessita. Num colegiado de 513 deputados, são necessários
pelo menos 342 votos para aprovar a abertura de um processo de
afastamento da presidente. Para consumar o impeachment no Senado, teriam
de virar a cara para Dilma 54 dos 81 senadores.
Afora os votos,
falta um motivo. Não há nenhum delator da Lava Jato acusando Dilma de
ter embolsado verbas sujas do petrolão. [o que vai detonar Dilma é a roubalheira realizada em sua campanha eleitoral; apesar do Toffoli, Fux e Lóssio - que querem aliviar para a Dilma - o Gilmar Mendes está firme na apuração dos crimes.
E, no estágio em que estão as investigações, nem Janot nem aqueles ministros podem impedir que Dilma e Temer sejam cassados.] Por ora, chegou-se apenas às
arcas do PT e à caixa registradora da campanha de Dilma. Mas o TSE ainda
não deu um veredicto sobre as propinas “lavadas” pelo PT na Justiça
Eleitoral. Há, de resto, as chamadas “pedaladas fiscais”. Mas tampouco o
TCU emitiu o parecer final a ser remetido ao Congresso.
À espera
da evolução da conjuntura, o grupo planeja manter a “pressão” sobre
Dilma. Um dos participantes do jantar conta que Jarbas Vasconcelos disse
que o ideal seria que Dilma renunciasse. É difícil, mas, em política,
nada é impossível, declarou Jarbas. O país está muito próximo do fundo
do poço, mas ainda não chegamos lá, ele acrescentou.
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