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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Gilmar Mendes manda investigar pagamento suspeito de R$ 1,6 milhão pela campanha de Dilma – PSDB se acovarda e não apoia impeachment da Dilma



Suspeita é de que a empresa, aberta dois meses antes da eleição, seja fantasma e não teria prestado os serviços
O ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu para o Ministério Público de São Paulo investigar indícios de irregularidades no pagamento de R$ 1,6 milhão pela campanha de Dilma Rousseff a uma empresa que havia sido aberta apenas dois meses antes das eleições presidenciais. A suspeita é de que a empresa seja fantasma e não teria prestado os serviços referentes ao pagamento.

Segundo dados encaminhados pela Secretaria de Fazenda de São Paulo, a pedido do TSE, a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME foi aberta em agosto de 2014 e, em um mês, emitiu notas fiscais eletrônicas no valor de R$ 3,7 milhões, sem o pagamento de impostos. Do total, 1,6 milhão foram emitidos em nome da campanha de Dilma. 

A Secretaria de Fazenda estadual informou que a empresa não foi encontrada no endereço comercial. Foi realizada diligência na residência da proprietária, Angela Maria do Nascimento. Segundo a investigação, ela informou ao órgão que foi orientada a abrir a empresa para funcionar apenas no período eleitoral. Todo o material fornecido à campanha vinha da empresa Embalac Indústria e Comércio Ltda.

O contador da empresa de Angela, Carlos Carmelo Antunes, também contador da Embalac, informou que abriu a nova empresa a pedido dos donos da Embalac, para livrar a empresa principal de custos com impostos. Foram emitidas 29 notas para a campanha referentes ao fornecimento de placas e faixas.

Na mesma decisão, Mendes informa que, a pedido do TSE, a Secretaria de Fazenda de São Paulo apresentou relatório sobre a atividade da empresa Focal Confecção e Comunicação Visual, que o ministro também suspeita ter recebido dinheiro indevido da campanha. O órgão informou que há “conclusões preliminares, pois devido ao grande volume de documentos apresentados faz-se necessário mais tempo para o aprofundamento das investigações e elaboração de relatório final”.

MINISTRO PEDIU QUE PGR INVESTIGUE CONTAS DA CAMPANHA
A providência tomada por Mendes faz parte de uma devassa que ele tem comandado nas contas de campanha de Dilma. Na última sexta-feira, ele informou que detectou indícios de que a campanha da presidente foi abastecida com dinheiro desviado da Petrobras. Ele enviou os documentos ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e à Polícia Federal, recomendando a abertura de investigação criminal.

Na decisão da semana passada, o ministro afirmou que há suspeita de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica e alerta que as práticas ensejariam abertura de ação penal pública. Mendes também determinou o envio das informações à Corregedoria Eleitoral, para que o órgão examine se há o mesmo tipo de ilegalidade na prestação de contas do PT.

As contas da campanha da presidente foram julgadas e aprovadas com ressalvas em dezembro de 2014, logo depois da eleição. Ainda assim, Mendes, que é o relator da prestação de contas, manteve o processo aberto, para averiguar eventuais irregularidades. Na decisão da semana passada, o ministro concluiu que houve, em tese, financiamento indireto de campanha por empresa impedida de doar, já que a Petrobras é uma sociedade de economia mista. Portanto, houve violação à regra da Lei dos Partidos Políticos.

PSDB não vai liderar movimento a favor de impeachment de Dilma, diz Aloysio Nunes
Posição do partido foi comunicada pelo senador tucano a deputados paulistas nesta segunda-feira

A falta de um consenso interno levou o PSDB a decidir que não vai liderar um movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. A posição foi comunicada pelo senador Aloysio Nunes Ferreira a deputados da sigla em São Paulo em uma reunião na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira. Segundo relato de parlamentares, Aloysio explicou que, se um processo for aberto no Congresso para afastar Dilma, o PSDB apoiará. Mas, que não partirá da legenda o pedido de impeachment.

Na semana passada o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu-se com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves em seu apartamento na capital paulista para tentar afinar um discurso único do PSDB sobre o futuro político de Dilma. Um dia depois do encontro, Alckmin e Aécio apareceram em público dizendo que era preciso esperar as investigações contra a presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Tribunal de Contas da União (TCU) para se posicionar sobre um eventual impeachment.

Até então, aliados do governador e do senador estavam adotando posições conflitantes sobre o debate.  O próprio Fernando Henrique divulgou em uma rede social, um dia após os protestos anti-Dilma do último dia 16, mensagem sugerindo a renúncia da presidente. Tucanos dizem hoje que o posicionamento do ex-presidente foi mais um gesto para os manifestantes do que uma linha de ação para o partido.

Na reunião com os parlamentares tucanos ontem, Aloysio disse que o PSDB precisa agir com cautela para manter a imagem de partido “responsável”. Alguns deputados se manifestaram a favor e contra o partido encabeçar em Brasília essa discussão. O senador usou a falta de consenso na bancada estadual para destacar que a mesma situação se repete no partido em nível nacional e que, portanto, não há condições internas para que o PSDB lidere um movimento pró-impeachment de Dilma neste momento.

Aloysio esteve na Assembleia Legislativa paulista para participar, ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de uma reunião com dirigentes dos legislativos estaduais de todo o país sobre a PEC do pacto federativo.

Fonte: O Globo

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