Por
desconhecerem qualquer tipo de limite, o
PT e seus asseclas não param de expandir as fronteiras do absurdo. É compreensível que tentem
institucionalizar a teoria de que um crime deixa de existir se a denúncia
contra o delinquente for chancelada por uma autoridade com culpa no cartório.
Sejamos claros. Quem cometeu crime de responsabilidade chama-se
Dilma Roussef. É ela a presidente da República. É ela quem deve ser castigada com o
impeachment. O caso de Eduardo Cunha é de outra
categoria. Trata-se de um corrupto — mais um — que terá o mandato
cassado. Ponto.
Os
militontos repetem que o pedido de impeachment não tem validade porque foi
aceito por Eduardo Cunha. Foi aceito não
por uma pessoa física, mas pelo presidente da Câmara,
eleito por vontade de seus pares. Ou os defensores do impeachment deveriam entregar
a petição ao porteiro do Congresso?
Dilma está com o emprego ameaçado
pelos delitos que cometeu. A candidata “fez
o diabo” para reeleger-se. Merece
pagar por isso, seja quem for o presidente da Câmara. A pergunta é simples: se Cunha for
cassado antes do impedimento da Dilma, o processo de impeachment será
interrompido?
Óbvio que não. Então, diz a lógica, não existe
dependência de um ato em relação a outro. As
bandidagens dele nada têm a ver com os crimes dela. Queremos a cassação de
Cunha (e de Renan, além de todos os
envolvidos em falcatruas). E exigimos o impeachment de Dilma pelas delinquências em que
se meteu. Já confessou uma delas com o pagamento das pedaladas ainda
em 2015. Ao tentar fugir do que fez,
delatou-se.
Se nada houve de
errado, por que Dilma resolveu aumentar o rombo de orçamentos e contas em
frangalhos?
O truque que acaba de consumar
equivale a vender a arma do crime para destruir a prova em pleno julgamento.
Usar Eduardo Cunha para escapar
do impeachment só serve para comprovar o desespero dos que se sabem prestes a
perder o poder. Além do mais, Cunha é coisa do PMDB, parceiro do PT.
Almoçou com Dilma no Alvorada quando o abraço de afogados parecia uma boa
ideia. A presidente só atacou Cunha depois do fiasco do acordo entre os fora da
lei.
Qual é o nosso papel nesse
enredo? Simples: queremos
o impeachment e queremos a punição de todos os bandidos, pouco importa o
partido a que pertençam. Não perdoo o ladrão que entrou em minha casa para
roubar. Mesmo que outro integrante do bando tenha me roubado também.
Fonte: Coluna do
Augusto Nunes - REYNALDO ROCHA
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