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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Supremacista, Dylann Roof inaugura pena capital federal por crimes de ódio

O autor de um massacre em 2015 que deixou nove mortos em uma igreja negra da Carolina do Sul foi condenado à pena de morte pelo crime. 
O jovem Dylann Roof, autoproclamado supremacista branco, é o primeiro condenado no sistema federal a sofrer pena capital por crimes de ódio. Ele enfrentava 33 acusações e se representou no tribunal, não demonstrando arrependimento e nem pedindo abrandamento de sentença.
Dylann Roof queima a bandeira dos EUA em uma das fotos do site - Reuters
 
Roof abriu fogo na histórica igreja metodista episcopal africana Madre Emanuel, em Charleston, na Carolina do Sul, na noite de 17 de junho de 2015. Nove pessoas morreram, incluindo o pastor da igreja, na ação que foi considerada um crime de ódio contra negros. O suspeito foi preso no dia seguinte, na Carolina do Norte.
Durante a fase final do julgamento, Roof teve aval para representar a si mesmo como advogado. No encerramento do julgamento, nesta terça-feira, disse que não se arrepende de nada que fez, após ser considerado culpado em dezembro pelas 33 acusações que pesavam sobre ele, entre elas crime de ódio.

— Ninguém me obrigou — afirmou ele.
Em sua defesa, Roof disse que o ódio sentido contra ele pelas famílias das vítimas, pessoas em geral, e pelo procurador é similar ao sentimento que ele teve para com os fiéis. E acrescentou, em um discurso pouco coerente, que sua atitude foi um impulso natural. — Acredito que possamos dizer que ninguém em sã consciência quer ir a uma igreja matar pessoas. O que digo é que ninguém que odeie alguém tem uma boa razão para fazer isso — afirmou. — Tenho o direito de pedir a vocês prisão perpétua, porém não sei de que forma isso serviria. Só um de vocês precisa estar em desacordo com o resto do júri.

Pessoas visitam a igreja metodista de Charleston, na Carolina do Sul, onde nove pessoas foram assassinadas em um massacre - John Moore / AFP / 15/07/2015

TENTATIVA DE JUSTIFICAR RACISMO
O réu disse, em confissão gravada após sua detenção, que o ataque foi uma represália pelos supostos crimes cometidos pelos negros contra os brancos. "Alguém tinha que fazê-lo porque, sabe, os negros estão matando os brancos toda hora na rua e estão violentando as mulheres brancas", disse Roof, calmo e sem demonstrar emoções, ao oficial do FBI que o interrogou.
Três pessoas sobreviveram ao massacre na igreja que era símbolo da luta dos negros contra a escravidão. "Ele os executou porque acreditava que não eram mais que animais", disse o assistente da promotoria, Nathan Williams, em suas alegações finais, esta quinta-feira, em um tribunal federal de Charleston. "Suas ações na igreja são o reflexo da imensidão do seu ódio".
Dylann Storm Roof foi após matar nove pessoas em uma igreja da comunidade negra de Charleston, na Carolina do Sul - REUTERS
O agente do FBI Joseph Hamski testemunhou que Roof tinha visitado meia dúzia de vezes a igreja nos meses que antecederam o ataque, antes de fazer o download de um livro da organização racista Ku Klux Klan. Roof documentou estas viagens com fotos, nas quais posou em locais históricos vinculados à época da escravidão. O jovem publicou muitas imagens em sua página na internet, que continha um manifesto racista contra negros e minorias. "A segregação não era ruim", escreveu. "Era uma medida defensiva. Não só nos protegia de interagir com eles e sermos feridos, mas também nos protegia de cair ao seu nível".
 [a legislação penal dos EUA permite inúmeros recursos e pedidos de clemência dos condenados à pena de morte.
Com tal prática é comum condenados permanecerem por dezenas de anos no 'corredor da morte'.]

Fonte: O Globo
 

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