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quarta-feira, 16 de maio de 2018

Contra pneus queimados e pipas em chamas, Israel reage com tiros e é criticado por 'excessos'


Extremamente tecnológicas, as forças armadas de Israel estão sob fortes críticas internacionais por usarem munição letal, matando um grande número de manifestantes palestinos. Do outro lado da fronteira, os moradores de Gaza queimavam pneus, lançavam pipas em chamas contra fazendas israelenses e, em alguns casos, tentavam destruir a cerca na fronteira. O exército israelense defende ferrenhamente suas ações e faz referência ao histórico de violência do Hamas em Gaza. Israel diz que houve ataques com bombas e tiros contra suas forças e que teme uma violação em massa da fronteira. Também alega que, no terreno aberto da fronteira de Gaza, com as tropas facilmente expostas, suas opções militares são limitadas.


Mas com o aumento do número de mortes, e centenas de pessoas desarmadas entre as vítimas, as críticas crescem.


Abaixo dois exemplos do poder de fogo dos civis palestinos:
 





 




O que aconteceu?


Os protestos na fronteira visam romper o bloqueio de uma década imposto por Israel e pelo Egito contra o Hamas. O bloqueio, que Israel diz ser necessário para impedir o Hamas de se armar, dizimou a economia de Gaza. Desde que o protesto liderado pelo Hamas teve início em 30 de março, mais de 110 palestinos foram mortos e mais de 2.500 foram feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino.


Apenas na segunda-feira (14), 59 pessoas foram mortas e mais de 1.200 ficaram feridas, fazendo daquele o dia mais sangrento da violência fronteiriça desde a guerra de 2014 entre o Hamas e Israel. A grande maioria das vítimas é de manifestantes desarmados, segundo as autoridades palestinas. 


Reações furiosas

O derramamento de sangue provocou críticas em todo o mundo, com muitos países, incluindo aliados europeus como a Alemanha e a Bélgica, acusando Israel de uso desproporcional de força e pedindo por investigações independentes. O Conselho de Segurança da ONU realizou uma sessão especial que começou com um momento de silêncio pelos palestinos que foram mortos. Em Genebra, o escritório de direitos humanos da ONU disse que Israel tem violado repetidamente as normas internacionais ao atirar com munição real para repelir os manifestantes. O porta-voz do escritório, Rupert Colville, disse que as regras da lei internacional "foram ignoradas repetidas vezes" e que força letal deveria ser apenas um "último recurso".

"Parece que qualquer um está sujeito a ser morto ou ferido a tiros: mulheres, crianças, pessoal da imprensa, socorristas, espectadores", ele disse. Em Israel, seis grupos de direitos humanos pediram à Suprema Corte que declare ilegal qualquer regulação que permita aos soldados abrirem fogo contra civis desarmados.




0ja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/05/16/contra-pneus-queimados-e-pipas-de-fogo-israel-reage-a-tiros-e-vira-alvo-de-criticas.htm?cmpid=copiaecola
Contra pneus queimados e pipas em chamas, Israel reage com tiros e é criticado por 'excessos'


Extremamente tecnológicas, as forças armadas de Israel estão sob fortes críticas internacionais por usarem munição letal, matando um grande número de manifestantes palestinos. Do outro lado da fronteira, os moradores de Gaza queimavam pneus, lançavam pipas em chamas contra fazendas israelenses e, em alguns casos, tentavam destruir a cerca na fronteira. O exército israelense defende ferrenhamente suas ações e faz referência ao histórico de violência do Hamas em Gaza. Israel diz que houve ataques com bombas e tiros contra suas forças e que teme uma violação em massa da fronteira. Também alega que, no terreno aberto da fronteira de Gaza, com as tropas facilmente expostas, suas opções militares são limitadas.
Mas com o aumento do número de mortes, e centenas de pessoas desarmadas entre as vítimas, as críticas crescem.

O que aconteceu?

Os protestos na fronteira visam romper o bloqueio de uma década imposto por Israel e pelo Egito contra o Hamas. O bloqueio, que Israel diz ser necessário para impedir o Hamas de se armar, dizimou a economia de Gaza. Desde que o protesto liderado pelo Hamas teve início em 30 de março, mais de 110 palestinos foram mortos e mais de 2.500 foram feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Apenas na segunda-feira (14), 59 pessoas foram mortas e mais de 1.200 ficaram feridas, fazendo daquele o dia mais sangrento da violência fronteiriça desde a guerra de 2014 entre o Hamas e Israel. A grande maioria das vítimas é de manifestantes desarmados, segundo as autoridades palestinas.
Reações furiosas
 O derramamento de sangue provocou críticas em todo o mundo, com muitos países, incluindo aliados europeus como a Alemanha e a Bélgica, acusando Israel de uso desproporcional de força e pedindo por investigações independentes. O Conselho de Segurança da ONU realizou uma sessão especial que começou com um momento de silêncio pelos palestinos que foram mortos. Em Genebra, o escritório de direitos humanos da ONU disse que Israel tem violado repetidamente as normas internacionais ao atirar com munição real para repelir os manifestantes. O porta-voz do escritório, Rupert Colville, disse que as regras da lei internacional "foram ignoradas repetidas vezes" e que força letal deveria ser apenas um "último recurso".
"Parece que qualquer um está sujeito a ser morto ou ferido a tiros: mulheres, crianças, pessoal da imprensa, socorristas, espectadores", ele disse. Em Israel, seis grupos de direitos humanos pediram à Suprema Corte que declare ilegal qualquer regulação que permita aos soldados abrirem fogo contra civis desarmados.

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