“Mas, então, Reinaldo, a gestão da Petrobras não poderá obedecer ao chamado mercado?”
Acho que sim! Mas seria necessário que ela própria fosse, então, uma empresa de… mercado! Ou estaremos no pior dos mundos. E, creiam, o fato de ser empresa mista torna, então, a equação pior ainda.
Explico.
Tivéssemos uma multiplicidade de empresas de refino no país, ao fazer
seu preço, cada uma delas desenharia as suas próprias estratégias para
ganhar mercado — desde que não formassem cartel. Não seria a primeira
vez que uma empresa privada absorveria um custo, diminuindo seu lucro ou
mesmo arcando com prejuízo temporário, para ganhar consumidores.
Mas, ora
vejam, inexiste essa liberdade. E, na prática, quando a Petrobras faz o
seu preço, ela não o faz, ela o impõe, porque o consumidor não tem
alternativa, não é mesmo? Ou tem? Não faz
sentido que, em nome do capitalismo, da livre concorrência e dos valores
do mercado, a gente defenda que uma empresa monopolista defina o preço
de um produto que, em caso de curto-circuito econômico-social, pode
conduzir o país ao caos.
Blog do Reinaldo Azevedo
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