Juiz disse que desembargador não tem
competência e para soltar ex-presidente e adiou decisão
Surpreendida
pela decisão do juiz Rogério Faveto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4), de soltar o ex-presidente Lula, a Polícia
Federal, por ora, não pretende cumprir a decisão. Segundo O
GLOBO apurou, a PF do Paraná, que costuma
trabalhar em sintonia com o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, pretende
acatar o despacho do magistrado que afirma que Favreto "é
absolutamente incompetente para sobrepor-se à decisão do colegiado da 8a. Turma
do TRF-4".
Com isso,
o plano dos policiais é aguardar a decisão do relator do caso, o desembargador
João Pedro Gebran Neto, como determinou Moro. Assim que soube da
decisão do juiz Favreto, plantonista do TR-4, de soltar o ex-presidente, a
PF foi avisada informalmente que Moro se posicionaria contra a medida. O
juiz e a corporação trabalham alinhados nas ações da operação Lava Jato desde
que ela foi deflagrada, em março de 2014.
Favreto
também ligou para a cúpula da PF do Paraná ordenando a soltura do petista, mas
foi informado que não o fariam devido o despacho de Moro. Em
2017, por exemplo, Moro chegou a mudar a data do primeiro depoimento que Lula
prestaria em Curitiba atendendo a um pedido informal da PF. A polícia
argumentou ao juiz que precisaria de mais tempo para organizar a segurança no
local e que o feriado do dia do Trabalho, 1º de maio, dificultaria ainda mais a
operação. Moro mudou a oitiva de 1º. para 10 de maio.
Lula está
preso há três meses na sede da Polícia Federal em Curitiba.
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