Deputado federal reeleito, filho do futuro presidente afirmou que vai lutar para tipificar como terrorismo as invasões de terra promovidas pelo MST
[deputado Eduardo Bolsonaro, sua proposta de criminalizar o MST é válida e honra cada um dos mais de 1.800.000 votos o eleitorado lhe conferiu - a gang do MST e seu braço Via Campesina são organizações terroristas e precisam ser contidas, neutralizadas, valendo o mesmo para o MTST.]
temos conhecimento de algumas de suas propostas, que são oportunas e válidas, não esquente se o Moro for contra, é só apresentar ao Congresso e após aprovadas são leis, portanto, de cumprimento obrigatório.]
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Eduardo afirmou que “se for necessário prender 100.000 [sem-terra], qual o problema?”. “O que ocorre hoje é que grupos como o MST por vezes utilizam o seu poder criminoso para invadir terras, incendiar tratores para obrigar o fazendeiro a vender suas terras a um preço abaixo do mercado. Eles impõem o terror para ganhar um benefício. É isso que a gente visa a combater. Isso aí é terrorismo”, defendeu o deputado reeleito.
“Se fosse necessário prender 100.000 pessoas, qual o problema nisso? Eu vejo problema em deixar 100.000 pessoas com esse tipo de índole, achando que invasão de terras é normal, livres para cometer seus delitos. Eu quero dificultar a vida dessas pessoas”, concluiu Eduardo Bolsonaro.
Em entrevista coletiva após aceitar o cargo de ministro, Moro disse que a medida proposta pelos Bolsonaro “não é consistente”. “As pessoas têm liberdade de manifestação e expressão, e não é diferente com movimentos sociais. Quando [as manifestações] envolvem lesão de direitos de terceiros, não se pode tratar os movimentos como inimputáveis. Mas qualificá-los como organizações terroristas não é consistente”, afirmou o magistrado.
Ao jornal, o filho de Jair Bolsonaro também defende criminalizar o comunismo. “É uma proposta que eu gostaria que fosse adiante, mas que depende de renovação do Congresso. É seguir o exemplo de países democráticos, como a Polônia, que já sofreu na pele o que é o comunismo. Se você for na Ucrânia também falar de comunismo, o pessoal vai ficar revoltado contigo. Outros países também proibiram, como a Indonésia. Um dos papéis dos parlamentares é conscientizar as pessoas”, explicou.
O deputado também defendeu outro tema polêmico: a aprovação do projeto Escola Sem Partido, que pretende proibir o proselitismo político e ideológico nas salas de aula e impor como punição pena de até seis meses de prisão e afastamento do serviço público. “A lei está sendo desrespeitada com frequência. Eu acredito que o projeto não é inconstitucional, mas nós aceitaríamos conselhos e conversar com reitores e com ministros do STF, sem problema nenhum. O projeto não é inócuo, tanto que está balançando o Brasil”, defendeu Eduardo Bolsonaro.
Na entrevista, o pesselista disse que pretende aproveitar a alta do conservadorismo no país “para dar uma resposta ao Foro de São Paulo”, organização internacional que reúne partidos de esquerda, e contou que vai aos Estados Unidos na semana que vem. “O Steve Bannon [ex-assessor do presidente dos EUA, Donald Trump] tem o Movement, que conta com a participação do Salvini [Matteo Salvini, ministro do interior da Itália]. A gente quer ter uma conexão internacional para a troca de ideias, pensar em medidas que estão sendo feitas de forma pioneira na Itália e que a gente possa fazer aqui. É participar do jogo democrático de forma organizada”, afirmou o filho do presidente eleito.
Eduardo também defendeu uma mudança no corpo de funcionários do Itamaraty – “um dos ministérios onde está arraigada essa ideologia marxista”, em suas palavras -, mas disse que o governo de seu pai não se trata de uma troca de doutrinação da esquerda para a direita. “Negativo. A gente quer expor todas as versões históricas, a gente quer ampliar o debate e não monopolizar em cima de uma teoria”, disse o deputado por São Paulo.
Jair Bolsonaro ainda não definiu quem será o Ministro das Relações Exteriores. Conforme VEJA revelou na semana passada, um dos mais cotados para o posto é José Alfredo Graça Lima, embaixador de carreira do Itamaraty.
Estadão Conteúdo e Veja
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