O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu, nesta
terça-feira, 6, uma “prensa” no Congresso Nacional para que os
parlamentares votem ainda este ano a proposta de reforma da Previdência
apresentada pelo presidente Michel Temer. A declaração foi mal recebida
entre os congressistas, que recomendaram aos assessores de Jair
Bolsonaro “cuidado com as palavras”.
Questionado na terça-feira, em Brasília, sobre a estratégia para a
aprovação do texto em 2018, o futuro ministro jogou a responsabilidade
para o Parlamento. “Classe política, nos ajude a aprovar a reforma. A
bola esta com o Congresso: prensa neles!”, disse ao chegar ao Ministério
da Fazenda para uma reunião com o ministro Eduardo Guardia, que durou
mais de quatro horas e teve entre os principais temas a reforma. O episódio se soma ao mal-estar que existe entre algumas lideranças
do Congresso pelo fato de o futuro articulador político de Bolsonaro, o
ministro da transição Onyx Lorenzoni, ter integrado a oposição à reforma
da Previdência durante sua tramitação na comissão especial na Câmara.
Agora, ele será o responsável por negociar o apoio dos parlamentares à
proposta.
A aprovação da Previdência ainda no período de transição ajudaria o
novo governo a “limpar” a pauta do Congresso, abrindo caminho para
outras reformas que precisam ser feitas pela próxima equipe em 2019,
aproveitando o capital político do início de governo.
Se não for possível, Guedes já adiantou que pretende encaminhar um
texto, novo e mais amplo, em 2019. Nesse caso, a proposta teria de
repetir todo o trâmite já enfrentado na gestão Temer, passando por duas
comissões. A proposta em tramitação prevê a fixação de idades mínimas de
aposentadora em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, de uma
regra de transição, além de equiparar os regimes de aposentadoria de
servidores públicos e de trabalhadores da iniciativa privada. O texto
precisa ser aprovado em dois turnos nas duas Casas.
O presidente eleito indicou a possibilidade de adotar uma proposta
menos ambiciosa do que o desejado inicialmente por sua equipe para
acelerar a resolução dessa pauta, que é considerada impopular. “(A
reforma da Previdência) Não é a que queremos, mas é a que podemos
aprovar”, disse, em sua primeira visita a Brasília. Mais tarde, ele
admitiu inclusive alterar as idades mínimas previstas na versão atual,
para 62 anos. Caso o Congresso aprove agora a reforma de Temer, Guedes explicou que
poderia ser enviada no futuro uma nova proposta para introduzir o
regime de capitalização, pelo qual os segurados contribuem para uma
conta individual e recebem o benefício com base nos pagamentos feitos ao
longo da vida.
Reação
Os parlamentares reagiram às declarações de Guedes para pressionar o
Congresso. Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos no Senado,
Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que o déficit na Previdência é um
assunto urgente, mas que é preciso debate. “O Congresso é soberano,
independente e não tem prensa por aqui. A primeira coisa que esse
governo vai ter de aprender é a ter mais cuidado com as palavras.”
Um dos principais aliados do presidente eleito, o deputado Alberto
Fraga (DEM-DF) disse que hoje não há votos suficientes para aprovar a
reforma. “O ministro Paulo Guedes precisa entender que aqui, para votar,
tem de ter voto. E hoje não tem. Quem tem de ficar com esse ônus é o
novo governo.” O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que detém o
controle sobre a pauta na Casa, defendeu que Bolsonaro encaminhe sua
própria proposta de reforma da Previdência e evitou dar garantias de que
o texto será votado este ano.
IstoÉ
[será que o futuro ministro sobrevive a sua própria língua e toma posse em 1º de janeiro?
em uma análise generosa e clemente de sua frase, podemos considerar ser mais algo tipo uma brincadeira, estilo entre amigos, ... vamos dar uma prensa nele ... só que o que o Congresso mais deseja é um pretexto para postergar a reforma da Previdência e com seus comentários o 'posto Ipiranga' fornece o que os parlamentares desejam.]
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
quarta-feira, 7 de novembro de 2018
Guedes defende ‘prensa’ no Congresso por Previdência e provoca mal-estar
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