Rosa espeta o capitão - Aula de democracia para um aluno mal comportado
[oportuno
lembrar que a Justiça Eleitoral no modelo da existente no Brasil é única
em todo o mundo;
será que
só o Brasil está certo?
Outro
aspecto importante é que Bolsonaro, com ou sem o aval da ministra Weber e
gostem ou não, é o presidente do Brasil, - eleito e já diplomado,
- e recebeu quase 60.000.000 de votos.
E ele e o
seu vice eram os principais da solenidade de Diplomação.]
Quem diz
o que quer deve estar pronto para ouvir o que não quer. Seguramente, Jair Bolsonaro não
estava preparado para ouvir a longa lição sobre democracia que lhe deu a
ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, no ato de sua
diplomação em Brasília, ontem, como presidente eleito.
Afinal, pouco antes no seu discurso, Bolsonaro fizera longos elogios à justiça que tanto criticou durante a campanha, e reconhecera a eleição como limpa e justa. Evitou repetir que mesmo assim deseja reformá-la, como avisou aos seus devotos da extrema direita reunidos em convescote no último fim de semana. O presidente que se ofereceu para governar todos os brasileiros, e não apenas os que lhe deram seu voto, e que se apropriou de um jargão da esquerda para destacar que o “poder popular” dispensa intermediação, ouviu Rosa responder que numa democracia a voz da minoria é tão importante quanto a voz da maioria.
Afinal, pouco antes no seu discurso, Bolsonaro fizera longos elogios à justiça que tanto criticou durante a campanha, e reconhecera a eleição como limpa e justa. Evitou repetir que mesmo assim deseja reformá-la, como avisou aos seus devotos da extrema direita reunidos em convescote no último fim de semana. O presidente que se ofereceu para governar todos os brasileiros, e não apenas os que lhe deram seu voto, e que se apropriou de um jargão da esquerda para destacar que o “poder popular” dispensa intermediação, ouviu Rosa responder que numa democracia a voz da minoria é tão importante quanto a voz da maioria.
Rosa ensinou: “A democracia é também
exercício constante de diálogo e de tolerância, de mútua compreensão das
diferenças (…) sem que a vontade da maioria, cuja legitimidade não se contesta,
busque suprimir ou abafar a opinião dos grupos minoritários, muito menos tolher
ou comprometer seus os direitos”. E ensinou: “Inquestionável é que o
Estado brasileiro se encontra comprometido com a efetivação dos direitos
humanos. Isso resulta claro não só dos deveres assumidos perante a comunidade
internacional, mas, sobretudo pela Constituição”.
Quer dizer: nada dessa
história de direitos humanos para humanos direitos. Se Bolsonaro não
passou recibo, preferindo rezar depois junto com um pastor evangélico da igreja
de sua mulher, seus fiéis seguidores se apressaram em fazê-lo – é claro, nas
redes sociais. Até o início da madrugada de hoje, pelo menos quatro
deputados federais do PSL usaram o Twitter para reclamar de Rosa e dos seus
espinhos.
Blog do Noblat - Veja
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