Em
entrevista ao DCM, Lula avisou que não admite usar tornozeleira eletrônica.
"Tornozeleira é para bandido ou para pombo correio", ele declarou.
Menos de 24 horas depois da veiculação da conversa, o presidiário petista
tornou-se réu em nova ação penal, aberta nesta quinta-feira em Brasília. Com
isso acrescentou-se mais um elo à corrente que faz do 'Lula Livre' uma utopia
em forma de slogan. Dessa vez, Lula foi enviado ao banco dos réus na luxuosa
companhia do corruptor Marcelo Odebrecht e dos ex-ministros Antonio Palocci e
Paulo Bernardo. De acordo com a acusação, Odebrecht trocou propina de R$ 64
milhões por decisões governamentais que favoreceram sua empresa. Entre elas o
aumento de um empréstimo concedido a Angola pelo BNDES para US$ 1 bilhão.
Dinheiro destinado a uma obra da Odebrecht no país africano.
Trata-se
da sexta ação penal estrelada por Lula. Sem mencionar a sentença sobre o Triplex,
já ratificada em terceira instância e a condenação a 12 anos e 11 meses de
prisão no caso do sítio de Atibaia, que aguarda por uma análise do TRF-4, o
tribunal de segunda instância que julga os processos da Lava Jato de Curitiba.
A menos que o Supremo modifique sua jurisprudência sobre prisão, uma
confirmação dessa segunda sentença manteria ou devolveria Lula ao xilindró.
A
perspectiva de obter uma progressão de regime prisional no caso do Tríplex
animou Lula a reiterar sua aversão por tornozeleiras. Entretanto, a discussão
tornou-se estéril. Com um prontuário tão vasto, o presidiário mais ilustre da
Lava Jato dispensa adereços. Seja qual for sua condição prisional, Lula
arrastará pela eternidade os elos de sua perversão.
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