Conservador se redime pela roubalheira da esquerda
Uma explicação muito mais completa do que qualquer tratado de política poderia fazer em relação à realidade política brasileira - considerando conservadorismo, direita, esquerda, progressismo, capitalismo, comunismo, esquerdismo, e outros tantos “ismos”- está num pequeno trecho da canção intitulada “Homem com H”,magistralmente interpretada por Nei Matogrosso,que resumidamente bem define a política brasileira. Ei-lo:
“Se correr o bicho pega; se ficar o bicho come”.
Mas as experiência políticas enfrentadas pelos brasileiros
em toda a sua história demonstram claramente que os governos de esquerda
foram muito piores que os de “direita”. Apesar de algumas falhas
“sanáveis”, a direita “perde”, de longe,para a esquerda,tanto no aspecto da
corrupção governamental,quanto na abordagem “desenvolvimentista”.
Na “direita”, enquanto governou, se viu bastante progresso; na
esquerda,somente
atraso,demagogia e corrupção. É só colocar lado a lado os dois “tempos”.
Ora,nessa nefasta alternância de poder que existe no Brasil,através da prática
da sua deturpada democracia,o “normal” deveria ser que os novos fossem sempre
melhores que os “antigos”. Aí sim aconteceria de fato e de direito uma boa
alternância de poder e a verdadeira “evolução” da política ,que seria o
objetivo final. A chamada “alternância do poder” estaria plenamente justificada
e validada.
Por conseguinte,a “alternância” de poder na prática da democracia mediante
eleições centradas em valores “democráticos” pervertidos geralmente não
consiste em qualquer melhoria na política,antes,porém, na manutenção,no
“estacionamento”da mesma situação,embora com atores diferentes,ou até a
“pioria” do “status quo ante”.
O desastre político que se estabeleceu com a tomada [sic] do poder pela esquerda, que
sucedeu o Regime Militar, a partir de 1985, agravando-se consideravelmente no
período de governança do Partido dos Trabalhadores,de 2003 a 2016,com Lula da
Silva, e Dilma Rousseff,demonstra de forma inequívoca a correção da tese de que
a “alternância” do poder nem sempre configura uma mudança para melhor, mas pode
,também, significar uma mudança para “pior”, no que tange à satisfação dos
legítimos interesses do povo, à paz social,à segurança,ao desenvolvimento
econômico,à mais justa distribuição de renda ,e à administração da Justiça.
As experiências esquerdistas que marcaram presença no Brasil ocorreram
principalmente a partir do Governo João Goulart (de 08.09.l961 a
01.04.1964), que era “vice” de Jânio Quadros , que renunciou à Presidência em 25
de agosto de 1961,após poucos meses de governo,e que acabou sendo apeado do
poder pelo movimento cívico-militar de 31 de março de 1964.
Mas a esquerda retornou ao poder, após uma “interrupção” de 21 anos, devido ao
encerramento espontâneo do Regime Militar,em 1985,com a eleição indireta de
Tancredo Neves,que morreu antes da posse,dando lugar ao Vice-Presidente , José
Ribamar Sarney, tendo início aí o império “vermelho” ,cujo apogeu se deu de 2003
a 2016/18,com Lula e Dilma.
Sentindo-se “dona” da situação,no Governo Sarney, a esquerda começou a planejar
a edição de uma nova constituição,que melhor atendesse aos seus interesses e
ideologia. Com efeito,em 1987 instalou-se a respectiva Assembléia Nacional
Constituinte,que aprovou a nova Constituição,que entrou em vigor em
1988,”descaradamente” defendendo princípios de esquerda,com uma infinidade de
“direitos” para quase “nada” de obrigações e deveres,resultando numa
“conta”absolutamente impagável,principalmente nos dispositivos referentes às
“garantias e direitos fundamentais”
E o paradoxo de toda essa situação é que a “tal” constituição de 1988 foi
escrita para acabar com qualquer resquício do Poder Mlitar,ao passo que nos
dias de hoje são justamente os militares que marcham ao lado da “esquerdalha”
para defender essa constituição que foi feita “contra” eles ,e a favor dos
princípios totalitários da esquerda.
Antes do Governo Goulart,nenhum governo mereceu ser tachado de “direita”,ou de
“esquerda”. Também não de “Centro”.
Mas a relativa “neutralidade ideológica” antes de Jango somente acabou com o
surgimento da esquerda,muito prestigiada nesse governo.. A partir desse
marco,todos aqueles que não eram de “esquerda’ passaram a ser tachados de
“direita”,ou de“centro”.
Mas a escancarada derrota da esquerda para a direita não é “coisa” só de
Brasil. Olhe-se o mundo. A conclusão será a mesma. Nenhum país socialista
prosperou mais que os países capitalistas e democráticos, inclusive,e
principalmente,no aspecto social,que é alvo exclusivamente de “discursos” da
esquerda,que mantém os povos mais miseráveis e os governos mais corruptos do
mundo.
Essa é a encruzilhada a ser definida pelo povo brasileiro em outubro de 2022 !!!
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e sociólogo
Nenhum comentário:
Postar um comentário