“Embora tenha participação acionária no Canal Brasil, a Globo não interfere na gestão e nos conteúdos do canal”, informa.
Em nota, o Canal Brasil diz que não teve conhecimento prévio da cena que causou a polêmica e que não interferiu na obra. “Ainda não assistimos a nenhum trecho do longa-metragem, que não foi finalizado por seus realizadores”, diz o texto.
A produção do filme A Fúria diz que as imagens foram captadas sem autorização “de uma filmagem à qual atribui-se suposto, e infundado, discurso de ódio”. Segundo a produção, o cineasta Ruy Guerra “filmou um longa-metragem de ficção que será lançado no final de 2023, portanto não há qualquer relação com o processo eleitoral e, muito menos, forjar fake news simulando um fato real”.
“O fato ilegal neste caso é a divulgação de uma cena retirada do contexto da história que será contada”, diz o comunicado. “Esclarecidos estes fatos, o diretor Ruy Guerra avisa que só fala de seu filme quando estiver pronto, como ele sempre faz.”
Um vídeo compartilhado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, questiona qual produtora “cometeu esse crime”.”Quantas horas Alexandre de Moraes dará para os produtores se manifestarem sobre discurso de ódio? Ou será que isso pode?”, questionou o parlamentar no Twitter.
Na sexta-feira, 15, o magistrado deu dois dias para que o chefe do Executivo se manifeste em ação sobre supostos discursos de ódio e incitação à violência. “Tentaram matar Bolsonaro uma vez e não conseguiram. Agora, até ensinam como fazer”, tuitou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ele ainda disse que os brasileiros não iriam ver os produtores nos tribunais. “Contra Bolsonaro pode tudo.”
A deputada Bia Kicis (PL-DF) também usou as redes sociais para provocar Alexandre de Moraes. “Seria isso liberdade artística, liberdade de expressão ou um ato criminoso e estímulo à agressão contra sua pessoa. Não seria ataque à democracia? Com a palavra, xandão!”, publicou, em referência pejorativa ao magistrado.
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