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sábado, 4 de novembro de 2023

Assassinos - Valdemar Munaro

       Os tristes episódios perpetrados em Israel por terroristas do Hamas podem já ser inferidos e contemplados na fundação histórica do Islã. Conforme biografia sobre Maomé, escrita por Barnarby Rogerson, a Arábia no nascente Islamismo do século VII d. C., era habitada também por muitos judeus. Centenas deles que resistiram à nova fé, foram mortos e degolados na presença do próprio Profeta e com sua aprovação.

A terra sagrada de Meca e Medina guarda, portanto, de modo silencioso e sôfrego, o sangue judaico de decapitados. Judeus e muçulmanos, sabemos, são descendentes e herdeiros do mesmo cavaleiro da fé (expressão de Kierkegaard), Abraão, e se tornaram irmãos pela benevolência e graça de Deus, mas, ao longo do tempo, vergaram-se à desgraça de uma fraternidade assassina que rasga os mantos da comunhão enchendo de dor e medo os amantes da paz e da concórdia.

O terrorismo fere o Islã tanto quanto fere qualquer outra expressão religiosa. A vida do Profeta, por sua vez, honestamente falando, não foi cem por cento limpa, nem pura. Ao se casar pela quinta vez, em 626, com Zaynad, sua linda nora, Maomé rompeu com o mandamento que ele mesmo tinha estabelecido para todos os muçulmanos: ter no máximo quatro esposas. Mas Ele resolveu o dilema com uma revelação que veio em benefício de si mesmo: a sura 33 lhe concedeu carta branca para se casar uma quinta vez: "Ó Profeta", diz o versículo 50, "tornamos legais para ti as tuas esposas (...) e qualquer outra mulher crente que se oferecer ao Profeta e que ele quiser desposar: privilégio teu, com exclusão dos demais crentes (...)".
 
O poeta, Ka'b ibn al-Ashraf, descendente de uma tribo judaica em Medina, ironizou um casamento anterior que Maomé tinha contraído com uma outra mulher, Hafsah, viúva de um homem que pereceu numa batalha muçulmana. O poeta comparou o comportamento de Maomé com aquele de Davi que enviou o general e amigo Jônatas à morte, pondo-o à frente de um conflito, para poder ficar depois com Betsabé, sua esposa. 
Ka'b foi oportunamente esfaqueado e morto por ofender e difamar o Profeta. 
Mas se o Alcorão do Profeta e o Profeta do Alcorão chancelam a eliminação de infiéis, o que se pode esperar de seus discípulos radicais?!

O século VII, nas regiões da Arábia, registrava a presença de muitos judeus, muito embora não existisse, naquele então, o estado de Israel. Na ocasião em que o exército muçulmano se aproximou de Medina para conquistá-la um dos seus guerreiros bradou: "Nós enfrentamos duas coisas: ou Deus garantirá a superioridade sobre eles, ou Deus nos destinará o martírio. Eu não me importo sobre qual seja o destino - pois existe o bem em ambos".

Em outras palavras, é este o leitmotiv da cruzada terrorista: no seu reino deve haver uma só cor, uma só cultura, uma só crença, um só livro, um só povo, um só modo de ser e de pensar. Nos seus ideais não deve haver lugar para meios-termos, meias-luas, pardos, mestiços e miscigenados. Deve ser o tudo ou o nada, a raça pura ou a impura, o fiel ou o infiel. "Os revolucionários", diz o historiador polonês Leszek Kolakowski, "não creem no purgatório; creem na via sacra, no inferno e no paraíso, no reino da libertação total e no reino do mal total".

Pode ser paradoxal, mas foi exatamente esse fundamentalismo extremista religioso que se acrescentou à atividade revolucionária marxista, ateia e materialista, temperando com tentações purificadoras as ações radicais que praticam, desdenhando excrescências maniqueístas de limpeza étnica e cultural. Assassinos, terroristas e revolucionários se assemelham em tudo com seus métodos e objetivos: estrangular violentamente as diferenças, abater sem piedade os desconfortos plurais, instalar pela força as hegemonias ideológicas culturais, políticas ou religiosas.

LER NA ÍNTEGRA,AQUI

*       Em Santa Maria, 03/11/2023

**     O autor é professor de Filosofia

 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

A Ucrânia balança o mundo - Revista Oeste

Flavio Morgenstern e Artur Piva

Os alertas sobre o expansionismo russo sempre foram interpretados como uma espécie de teoria da conspiração de radicais da direita 

Tanque de tropas do Exército ucraniano | Foto: Milan Sommer/Shutterstock
Tanque de tropas do Exército ucraniano -  Foto: Milan Sommer/Shutterstock

Quando era candidata a vice-presidente na chapa de John McCain em 2008, uma pouco destacada Sarah Palin foi entrevistada sobre seu conhecimento de geopolítica, já que era vista apenas como a governadora de um Estado pouco relevante como o Alasca. A resposta de Palin virou piada nacional: lembrando que o Alasca faz fronteira com a Rússia, afirmou poder ver de seu Estado natal Putin invadindo a Ucrânia. Até hoje há quem creia que a governadora tenha afirmado que podia ver fisicamente a Rússia de sua casa (home), mas quase ninguém se lembrou de sua declaração quando Putin anexou a Crimeia seis anos depois.

Em um debate com o então presidente, Barack Obama, em 2012, Mitt Romney havia dito que a maior ameaça geopolítica que a América enfrentava era a Rússia. Obama soube ganhar apoio midiático e votos rindo da declaração, gracejando que seu adversário republicano queria uma política externa “dos anos 1980” de volta. Seu vice-presidente era um certo Joe Biden, então pouco conhecido no Brasil.

Quatro anos depois, Donald Trump surpreenderia o mundo com sua campanha de amplo apoio popular e violentíssima reação da mídia — afirmando, já na abertura do seu livro América Debilitada, que Vladimir Putin era um perigo para os Estados Unidos da América e para o mundo livre — e que a política democrata estava enfraquecendo a América e favorecendo os planos expansionistas do novo autocrata russo. Putin foi considerado o homem mais poderoso do mundo durante quase todos os anos da administração Obama, que tinha em Hillary Clinton seu braço internacional e em Joe Biden a conexão e o apoio político com o establishment norte-americano.

Desta vez, além de virar alvo de galhofa da mídia, seguiram-se pelo menos dois anos de uma teoria da conspiração que é tratada até hoje como se tivesse sido provada: que Trump havia ganhado as eleições com ajuda da manipulação russa — logo de Putin, que era alvo do então candidato. Seria pedir muito que a maioria dos jornalistas da grande mídia lesse duas ou três páginas de um livro antes de emitir opiniões tão fanatizadas. Foram apenas alguns exemplos de constantes críticas pela direita norte-americana ao expansionismo russo, enquanto o Partido Democrata, o complexo midiático internacional e as instituições acadêmicas que formam a opinião pública faziam troça de tais acusações — tal como Obama, geralmente afirmando que era uma “retórica de Guerra Fria”.

A Ucrânia, país pobre e debilitado, mas ao mesmo tempo muito importante no projeto geopolítico e cultural russo, era vista como o próximo alvo dos planos de Vladimir Putin, tal como Taiwan é a menina dos olhos da China de Xi Jinping. Mas os alertas constantes sobre o imperialismo russo sempre foram ouvidos pelo estamento como uma espécie de teoria da conspiração de extrema direita ultranacionalista — exatamente a chuva de adjetivos de forte impacto psicológico e nenhuma clareza conceitual que foi esquecida na última semana, tão logo Putin cumpriu suas ameaças. A concretização da geopolítica russa, afinal, é resultado do fracasso constante da política externa democrata — de Obama, Hillary e Biden.

O fracasso da “contenção” tardia
O ex-presidente Donald Trump adotou uma política aplicando conceitos mais próximos da administração do que da geopolítica. Apesar das críticas ao seu desconhecimento em geopolítica, ele cuidou de favorecer os amigos do Ocidente, no que ficou conhecido como a política da América em primeiro lugar (America First). Assumindo quando o Estado Islâmico parecia trazer o fim dos tempos, conseguiu manter-se por quatro anos sem nenhum incidente internacional digno de nota. Conseguiu inclusive trazer Kim Jong-un para a mesa de negociações e colocou fim à guerra civil síria, além de ter levado mais paz ao Oriente Médio com os Acordos de Abraão.

Com a vitória de Biden, não demorou até outras potências e grupos opositores colocarem à prova a força do novo governo. Quando isso ocorreu com o Trump, ele respondeu rapidamente com um bombardeio contra bases sírias. Com Biden, o oposto tomou forma: sua política fracassou no Afeganistão e perdeu uma guerra custosa de 20 anos. O caminho estava aberto para que a China, a Rússia, o Irã e outros países voltassem a avançar contra a estabilidade mundial.

Biden também tem culpa por colocar a ideologia acima dos interesses nacionais norte-americanos. O presidente norte-americano é um dos grandes responsáveis por não ter Índia e Brasil alinhados de modo mais claro à posição norte-americana, já que escolheu esnobar Narendra Modi e Bolsonaro por serem conservadores. Ele também fez o mesmo com os países do Golfo, cancelando vendas de produtos de defesa para a Arábia Saudita e para os Emirados, ambos desafetos do Irã, principal aliado russo no Oriente Médio.

Com o atual expansionismo de Putin na Ucrânia, temos um dos mais fortes erros geopolíticos da história norte-americana (e foram muitos recentes). Putin faz suas mobilizações para provocar, e sempre ganha sem precisar disparar um tiro
A Rússia, que faz fronteira com a Turquia e o Japão, com a Finlândia e a Coreia do Norte, com a Polônia e a China, de certa forma com o Japão e os Estados Unidos, pode realizar constantes mobilizações militares e exercícios fronteiriços. 
Afinal, ainda está em seu próprio território. Assim o fez recentemente com a Bielorrússia e a Geórgia, com o Cazaquistão e a própria Ucrânia.

Para o Ocidente poder mostrar seu poder de fogo de volta, precisa passar pela via burocrática: pedidos da Otan, destacamento caríssimo de tropas, passagem por países —  não raro ditaduras —, culminando em exercícios diminuídos e que nunca poderiam assustar alguém como Putin. Até tal resposta aparecer, os russos já puderam fazer novos exercícios, em outros pontos da fronteira russa que envolvem países diferentes — e todo o processo recomeça do zero, a altíssimo custo, enquanto Putin apenas movimenta tropas alguns quilômetros acima ou abaixo.

O que foi testemunhado nas últimas semanas foram constantes provocações militares, que teriam sido contidas caso houvesse um presidente forte na Casa Branca. Joe Biden, depois de Putin já tomar cidades ucranianas com ataques por terra, mar e ar, afirma que irá impor… sanções econômicas às regiões separatistas da República Popular de Donetsk e da República Popular de Luhansk
Algo para o qual Putin já estava se preparando havia anos — e trata suas tropas na região como “mantenedoras da paz” (sic). O seu ethos é guerreiro, coletivista, não se importa com sacrifícios de indivíduos ou tempo pensando no longo prazo. Não há como comparar uma ameaça de “medidas econômicas severas” com Putin falando em tons militares das “consequências nunca antes vistas” (com armas nunca testadas em campo) do apoio à entrada da Ucrânia na Otan.

Vladimir Putin sonha em criar algo digno dos grandes conquistadores da Antiguidade

Seria preciso que os Estados Unidos tivessem realizado uma política de contenção mais robusta, como as sanções impostas por Trump ao oleoduto Nord Stream 2 Biden simplesmente desistiu das sanções em maio último, o que levantou suspeitas sobre os interesses de seu filho — e também da família Clinton — nos sistemas de energia dos países mais corruptos do Leste Europeu. Putin logo entendeu que podia se preparar para atacar. Medidas como esta, no tempo correto, teriam sido suficientes para evitar o atoleiro no qual Biden se vê: todas as desvantagens de um conflito militar, que agora é quase inevitável, sem nenhuma vantagem da contenção diplomática.

O curioso é que a propaganda de Biden era justamente de que Putin tinha “medo” dele (e não de Trump), porque ele seria “muito duro” com o autocrata russo. Palavras sem espada são apenas tinta no papel. Ou no Twitter. Hoje, tudo o que resta a Biden é prometer sanções econômicas, que poucos dos seus aliados europeus levarão a sério, se são tão dependentes da energia russa.

A Ucrânia no xadrez geopolítico
Vladimir Putin sonha em criar algo digno dos grandes conquistadores da Antiguidade: a recriação da grandeza do antigo Império Russo, mas com a tecnologia moderna e o poder autocrata herdado da União Soviética. Este plano busca recriar o Império original, a grande Rus, o nome original da Rússia. A Ucrânia, ou “Pequena Rússia”, como é chamada pelos russos, é peça-chave para o plano de Putin. Além de muitos ucranianos serem etnicamente russos, e identificarem-se mais com o grande e glorioso país do que com seu decadente e corrupto Estado moderno, o antigo Império tinha em Kiev o seu centro cultural — o que é uma questão séria para Putin.

Sem ter uma ideologia muito precisa que unifique a sociedade a favor do seu projeto de poder como os ditadores comunistas possuíam com o bolchevismo comunista, seu apelo atual é para um “nacionalismo” expansionista, no qual os antigos territórios do Império Russo serão retomados um a um. A hegemonia cultural, militar e econômica do globo deixará de ter na América e na Inglaterra o seu centro irradiador, e a Grande Mãe Rússia ressurgirá como a nação capaz de salvar os pobres e aflitos do planeta. Foi neste contexto que vimos a Ucrânia querer uma aproximação com o Ocidente: cogitando mais um modelo liberal, pró-União Europeia e sendo apoiada até militarmente pelo mundo livre. Cogitou se filiar à Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, o bloco de países que se uniu justamente para frear o expansionismo militar russo durante a Guerra Fria. Para um autocrata com um plano global como Putin, é muito mais do que uma provokatsiya: é praticamente uma declaração de guerra. Afinal, a “Pequena Rússia” é parte da Rússia, segundo pensa Putin.

Memes começaram a aparecer nas redes sociais minutos depois da invasão:

 

A despeito das ideologias, as fronteiras atuais da Ucrânia foram definidas pelos tratados do fim da Guerra Fria. Como os países menores eram controlados por governos “satélites” de Moscou pela União Soviética, o mapa atual da Ucrânia possui fronteiras artificialmente maiores do que seu desenho histórico — o que é martelado dia e noite pela propaganda oficial de Putin. Entre os principais alvos estão Odessa e Sevastopol, importantes portos para a economia russa. Quando a Ucrânia se declarou independente de Moscou de vez, em 2014, essas regiões tornaram-se zonas de extrema tensão e conflito. E é neste ponto em que a política externa de Biden, desastrosa em tudo, se tornou verdadeiramente mortífera.

A política da provokatsiya e da desinformatsiya
Putin, homem forte da KGB e especialista em desinformatsiya, sempre soube fazer intensa propaganda separatista na Ucrânia, sobretudo na fronteira leste, financiando milícias, apoiando grupos rebeldes e prometendo mundos e fundos para quem pretendesse anexar-se à Rússia. Ao mesmo tempo, também destaca como grupos “neonazistas” aparecem no país vizinho, passando a tratar qualquer um que se oponha ao seu projeto de poder como um “nazista” ou um “racista”. Como palavras importam em uma guerra travada antes na mídia do que no campo de batalha, países ocidentais pisam em ovos para apoiar governos legítimos, como o da Ucrânia. Mesmo no Brasil, até sua bandeira já foi acusada de ser um “símbolo neonazista”, exigindo que o embaixador ucraniano no Brasil viesse a público explicar que o símbolo do país não é “neonazista”
Ou seja, a desinformatsiya russa é eficiente e transcontinental. Determina até os termos usados por jornalistas brasileiros. Enquanto isso, Putin constantemente ganha mais espaço de manobra para destruir grupos rivais. Tal como virou moda em republiquetas, acusa seus adversários de nazistas, e então trata-os como se merecessem um eterno Estado de exceção. E políticos como Obama e Biden, em vez de defender o mundo livre, sempre pisam em ovos para lidar com as manobras do expansionismo russo. Para eles, importa muito mais não ser chamados de “apoiadores de nazistas” pelo complexo midiático norte-americano — e, logo, mundial — do que lutar pelo mundo livre. Infelizmente, este modelo de política já foi exportado para o mundo ocidental. [o mais importante é que a consolidação de Putin, controlando a Ucrânia - ou mesmo anexando - reduz em muito o ímpeto do Biden e da sua vice na propagação, quase imposição, do maldito progressismo esquerdista. Putin não discute, nem dá sinais que discutirá o comunismo - que não considera tema importante. 
Para ele o conservadorismo que o domina é bem mais importante. Uma brecada na propagação do maldito progressismo esquerdista, que tem como meta destruir todos os valores do mundo - entre eles, sem limitar: BONS COSTUMES, FAMÍLIA, MORAL, PROPRIEDADE, RELIGIÃO, TRADIÇÃO, LIBERDADE, PATRIOTISMO é importante para que o mundo seja um lugar digno das pessoas de BEM continuarem nele.]
As possíveis consequências para o Brasil
Em um mundo interligado, um conflito na Ucrânia não é mais assunto distante, como a última Guerra da Bósnia. O Brasil está em uma situação bastante peculiar: sua agropecuária alimenta boa parte do mundo, mas é extremamente dependente de fertilizantes russos e 49% das exportações de gado têm como destino a China. Por isso, uma negociação com os russos é necessária e delicada.

Além de uma possível alta no preço dos combustíveis e do gás, em caso de um embargo, como proposto por Biden, a Rússia provavelmente irá triangular com a China para furar o bloqueio. A manobra aumentaria ainda mais o poder de Xi Jinping sobre o comércio internacional. Mais um desastre da atual política norte-americana é forçar sanções nas regiões pró-Rússia em dólar, euro e iene. Em vez de enfraquecer o inimigo, todas essas áreas separatistas passam a recorrer ao iuane chinês, aumentando o poder de barganha de Pequim. O Brasil também sofre com uma China controlando ainda mais territórios com sua moeda.

O cenário tem tudo para ser, no mínimo, péssimo para a economia.

Leia também “A fraqueza ocidental”

Flavio Morgenstern e Artur Piva, Revista - Oeste 
 

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O p... dos f..., a perseguição contra a fé cristã e as eleições

O grupo P... dos F... , voltou a debochar da fé cristã neste fim de ano de 2021. Às vésperas do Natal, o grupo escarneceu da fé cristã mais uma vez, agora retratando Jesus como um adolescente, tendo de se adaptar à vida na escola, consumindo pornografia, sofrendo bullying dos colegas e encontrando Deus, seu pai, em um prostíbulo.

Detalhe de "Cristo Carregando a Cruz", de Hieronymus Bosch.

Detalhe de “Cristo Carregando a Cruz”, de Hieronymus Bosch.| Foto: Wikimedia Commons/Domínio público

O vilipêndio como método
Não é a primeira vez que o p... f...  resolve afrontar a fé cristã de forma direta. Em 2013, um programa de Natal do grupo causou controvérsia e protesto, pois na interpretação do grupo teria havido relações sexuais entre Deus e Maria, o que teria levado à sua gestação e ao nascimento de Jesus, que tentou fazer “negociações” com os soldados que o pregaram na cruz. Em 2014, decidiram que o alvo da zombaria seria o patriarca Abraão, com piadas também sobre Deus. Como um dos integrantes do grupo afirmou, as Escrituras Sagradas seriam uma “fábula [...] um bom mote para o humor. [...] Ótimas para subverter e brincar”. Em 2016, voltaram a ridicularizar os relatos bíblicos sobre Jesus Cristo, retratando-o como “um humano seletivo no seu amor”, e alguém que acha a missa chata, falsa e entediante. E, em 2019, retrataram Jesus Cristo como homossexual, e Maria como adúltera e usuária de drogas.

Governo edita MP que obriga cartórios a adotarem serviços eletrônicos

Como entender o ódio e o desprezo aberto pela fé cristã por parte desse grupo, sobretudo na data em que se celebra tradicionalmente o nascimento do único Salvador, o Messias Jesus, adorado por 81% dos brasileiros como o Deus que assumiu a natureza humana?

[como é recorrente, reiteramos nossa posição de repúdio, desprezo, nojo à esquerda e a outros grupos que representam a imundície que a falange sinistra pretende  impor ao mundo.
Uma das formas de expressar nossa rejeição a tais coisas,  é que sempre ao mencionar em nossas postagens qualquer dessas coisas ou nominar seus líderes, usamos abreviaturas e caracteres em tipo mínimo = uma forma visual de impedir que se tornem alvos de holofotes e também de mostrar o quando são insignificantes.(confiram aqui.).
Ao ensejo, renovamos sugestão a tais coisas que deixem a covardia e em vez de ataques à Religião fundada por NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, ataquem outras religiões que serão implacáveis no revide. Até ilustrações serão suficientes para que vocês recebam o que merecem - a fé cristã não permite o revide, a vingança. 
Mas, outras... agem de forma diferente. 
Antes que nos acusem de neste modesto comentário estarmos estimulando atos criminosos, nada disso = apenas sugerimos a vocês que mudem os alvos dos seus ataques imundos.] 
 
O ódio dos esquerdistas à fé cristã
A explicação mais simples é que esquerdistas tem aversão à fé cristã, por mais que afirmem o contrário. Dennis Prager resumiu algumas das razões do ódio que os adeptos desta ideologia têm do cristianismo, sobretudo da celebração do Natal. De acordo com Prager, em primeiro lugar, “a esquerda vê no cristianismo seu principal inimigo ideológico e político. E está certa nisso. A única oposição organizada e de larga escala contra a esquerda vem da comunidade cristã tradicional – protestantes evangélicos, católicos tradicionais [...] – e de judeus ortodoxos.  O esquerdismo é uma religião secular e considera todas as outras religiões imorais e falsas”. Prager destaca corretamente: A esquerda entende que quanto mais as pessoas acreditam no cristianismo (e no judaísmo), menor a chance de a esquerda ganhar o poder. A esquerda não se preocupa com o Islã, porque o percebe como um aliado em sua guerra contra a civilização ocidental e porque os esquerdistas não têm coragem de enfrentá-lo. Eles sabem que o confronto com os religiosos muçulmanos pode ser fatal, enquanto o confronto com cristão não implica riscos”.

Como entender o ódio e o desprezo aberto pela fé cristã por parte do p... f... , sobretudo na data em que se celebra tradicionalmente o nascimento do único Salvador?

Em segundo lugar, adaptando os argumentos à nossa realidade, “a esquerda considera o cristianismo como parte intrínseca da identidade nacional” brasileira, “uma identidade que desejam erodir em favor de uma identidade de ‘cidadão mundial’”.

E uma terceira razão é que, de acordo com Prager, “a esquerda é triste. Qualquer coisa e quem quer que a esquerda influencie tem menos alegria na vida. Conheci liberais felizes e infelizes e conservadores felizes e infelizes, mas nunca encontrei um esquerdista feliz. E quanto mais à esquerda você for, mais irritadas e infelizes serão as pessoas que encontrará. [...] O Natal é feliz demais para a esquerda. Noite Feliz não é uma canção para ela”.

Voltando ao p ... f ..., o desprezo que o grupo demonstra pela fé cristã é parte da campanha aberta implementada pelas esquerdas contra a fé cristã. Como Jones Rossi comentou, tratando do líder do grupo: “Talvez g. g.,  não planeje os ataques [à fé cristã] de forma tão premeditada – até para isso seria necessário ter uma sólida formação intelectual. Mas, ao fazê-lo, segue à risca o roteiro pré-determinado de parte da esquerda que deseja impor sua agenda [anticristã] sem resistência”.

O que os ideólogos esquerdistas almejam é o Estado laicista, marcado por intolerância religiosa, que almeja eliminar Deus e a fé cristã, atacando fortemente a liberdade religiosa e banindo do meio público qualquer expressão ou símbolo de religioso. E, como afirmou o papa Bento XVI, o Estado laicista intenta implantar a “ditatura do relativismo”, eliminando a verdade e o direito natural. Assim, uma das formas de criar embaraços à prática da fé cristã no Brasil é que numa das frentes são realizados ataques contra o direito à liberdade religiosa por meio da tentativa de aprovação de projetos de lei, ações civis públicas, recomendações administrativas, decretos, decisões judiciais e ataques midiáticos, intentando suprimir a fé do espaço público. Em outra frente, esquerdistas insuflam o deboche vulgar contra a fé cristã, por meio de programas como o p... f... , ou em paródias sobre o Senhor Jesus em blocos carnavalescos.

O testemunho das Escrituras sobre Jesus
O apóstolo João registrou uma fala de Jesus aos judeus, diante do Templo em Jerusalém: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isso ele disse a respeito do Espírito que os que nele cressem haviam de receber” (João 7,38-39). O que o único Messias e Senhor ensinou, em outras palavras, é que somente podemos falar do Salvador a partir do que as Escrituras Sagradas revelam sobre ele. 
Pois as Escrituras Sagradas são a única fonte confiável que temos sobre a vida, feitos e obra do Salvador. 
Décadas depois, o apóstolo João, exilado por causa da fé na ilha de Patmos, afirmou após receber revelação divina que o Messias Jesus é “a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. [...] Que nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai”, digno de receber toda “a glória e o domínio para todo o sempre”. E que também “ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão por causa dele” (Apocalipse 1,5-7). Portanto, como Martinho Lutero escreveu, “da mesma forma como vamos até o berço tão somente para encontrar um bebê, também recorremos às Escrituras apenas para encontrar Cristo”. Somente as Escrituras Sagradas nos revelam quem, de fato, é nosso Salvador.

Assim sendo, recebendo como verdadeiro o testemunho de Jesus revelado na Escritura Sagrada, lembremos do que C. S. Lewis escreveu tempos atrás: “Estou tentando impedir que alguém repita a rematada tolice dita por muitos a respeito de Jesus Cristo: ‘Estou disposto a aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus’. Essa é a única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático – no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido – ou então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prostrar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la”. Portanto, aqueles que recebem como verdadeiro o testemunho das Escrituras Sagradas só têm como opção reconhecer que Jesus é o Senhor, o único Messias, o eterno Filho de Deus, o Deus-homem, o único mediador entre Deus e a humanidade pecadora.

Quanto aos que debocham de Deus, aqueles que são da fé não devem se abalar. As Escrituras Sagradas ensinam que diante dos ataques contra Deus e seu Messias, é o próprio Senhor que ri diante dessa situação

Como celebrado no famoso hino Oh, vinde, fiéis (Adeste Fideles), de 1751, atribuído ao músico católico John Francis Wade, e cantado por todos os cristãos no Natal:

Deus de Deus, Luz de Luz
Carregado no ventre de uma virgem
Deus verdadeiro, gerado, não criado

Oh, vinde, adoremos!
Oh, vinde, adoremos!
Oh, vinde, adoremos a nosso Senhor!

Diante do “Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade”, e que revelou “a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1,14), lembramos da máxima de Inácio de Loyola: “Para aqueles que creem, nenhuma explicação é necessária; para aqueles que não creem, nenhuma explicação é possível”.

Quanto aos que debocham de Deus, do Messias e do que é sagrado aos cristãos, aqueles que são da fé não devem se abalar. As Escrituras Sagradas ensinam que diante dos ataques contra Deus e seu Messias, é o próprio Senhor que ri diante dessa situação. Como aprendemos no antigo livro de orações do povo de Israel: o Deus todo poderosoque habita nos céus dá risada; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo, lhes falará e no seu furor os deixará apavorados”. E Deus diz ao seu eterno Filho, destinado a dominar todo o universo, da oposição que reinos tentam fazer contra ele: “Com uma vara de ferro você as quebrará e as despedaçará como um vaso de oleiro” (Salmos 2,4-5.9). Haverá um tempo de prestação de contas diante do Deus que não se deixa escarnecer!

A serviço de partidos esquerdistas
As limitações à liberdade religiosa vêm crescendo em todo o mundo nos últimos anos. E os cristãos também são os mais perseguidos, sobretudo em países dominados pelo islamismo ou pelo comunismo. Na China, crescem progressivamente as restrições e perseguições à manifestação da fé cristã. Agora, o governo autoriza apenas pregações nas redes sociais de doutrinas religiosas “que conduzam à harmonia social” e que guiem os fiéis chineses “ao patriotismo e ao respeito à lei”. Agora, os esquerdistas no Ocidente não escondem mais seu ódio e desprezo contra o cristianismo.

O grupo p... f ... , é apenas uma pequena parte desse movimento esquerdista que tenta vilipendiar e ridicularizar a fé dos cristãos. O que a esquerda almeja é, como escrevem Thiago Vieira e Jean Regina, a imposição do “Estado Secular, o resultado final do laicismo. Nele o fenômeno religioso praticamente inexiste (pelo menos não de forma pública), e os elementos religiosos permanecem apenas como símbolo cultural. De certa forma, na secularização [...] existe um aculturamento total do fenômeno religioso a ponto de seu elemento transcendental deixar de existir”. E, para fins de boa compreensão, os dois fazem o contraste: “Por outro lado, laicidade implica na preservação dos poderes religioso e político, cada um com total autonomia e independência dentro de sua ordem. E essa autonomia do poder religioso existe exatamente por ter em seu objeto a transcendência, em outras palavras, por ter em si mesmo exatamente o oposto do que a secularização significa e propõe”.

Veja Também:
  • Guilherme de Carvalho: O universo moral pobre do Porta dos Fundos

  •  
    Aliás, o já citado d...  é fervoroso apoiador do deputado federal Marcelo Freixo, agora no PSB – inclusive pedindo dinheiro nas redes sociais em 2014 para financiar suas campanhas. Freixo, que era do PSol, começou recentemente a visitar igrejas evangélicas, para tentar angariar apoio à sua campanha ao governo do estado do Rio de Janeiro. d..., que já declarou voto no ex-presidente Lula nas eleições do ano que vem, também é firme apoiador do PT. Ele tem destaque no site oficial do partido que legou, na percepção popular, o governo mais corrupto da história do Brasil – não custa lembrar que as duas condenações de Lula e outras ações no âmbito da Operação Lava Jato foram anuladas devido a decisões do STF relativas a questões processuais. [lembramos que o STF não conseguiu encontrar elementos que justificassem declarar o ex-presidente petista, o maior ladrão do Brasil, inocente. Apenas o descondenaram por manobras jurídicas.] E Lula foi solto depois de 580 dias preso porque o STF mudou de entendimento quanto à prisão em segunda instância. Mas em 2012 o STF condenou dirigentes do PT sob o argumento de que eles lideraram esquema que desviou dinheiro público para compra de apoio político no Congresso.
Que, nas eleições que ocorrerão em 2022, os cristãos católicos e protestantes se lembrem dessas associações, diante do esforço intencional e deliberado por parte do p... f ..., Porta dos Fundos de ridicularizar a fé cristã. E fica a pergunta: será que ainda há cristãos que conseguem votar no PT, PCdoB e PSol?  
Acólitos destes partidos abertamente atacam a fé cristã e vilipendiam seus símbolos. 
Haverá mesmo cristãos que ainda votarão nesses partidos?
* * *

O colunista deseja boas festas e ótimo ano novo a todos os seus leitores! Os textos dessa coluna retornarão em 1.º de fevereiro de 2022.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

“Dormindo com o inimigo” e outras notas de Carlos Brickmann

A última do ministro da Educação nem o mais esperto dos oposicionistas faria melhor

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Já se sabe por que o presidente Bolsonaro não convidou os mais radicais partidos de oposição para discutir a reforma da Previdência. É que, em seu Governo, ele é situação e também oposição. Não precisa do PT e de seus penduricalhos: o próprio Governo faz o trabalho da oposição, incluindo a parte difícil, de atrapalhar seus próprios projetos e se desgastar sozinho.

A última do ministro da Educação, por exemplo, nem o mais esperto dos oposicionistas faria melhor: em nome do respeito aos símbolos da Pátria, ordenou que professores, funcionários das escolas e alunos, devidamente perfilados em frente à bandeira, cantem o Hino Nacional e leiam um texto, supostamente patriótico, que inclui o lema de campanha de Bolsonaro, o que é ilegal. E tudo seria filmado para exibição pública, sem que os pais fossem ouvidos. Uma advogada pertencente ao próprio partido do presidente, a campeã de votos Janaína Paschoal, sugeriu que o ministro da Educação arranje com urgência um assessor jurídico.

Não foi necessário: rapidamente, o ministro mudou as ordens. Não é mais preciso ler o lema da campanha do presidente, nem as crianças irão aparecer em vídeos sem autorização dos pais. Ah, agir sem pensar!  E para quê? Por que banalizar um símbolo como o Hino Nacional? Já se ouve o hino em jogos de futebol. A torcida nem silêncio faz. Após ouvir a música-símbolo da união nacional, brigam, se machucam, se matam.

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Louvar o Senhor
Perfeito, até o ministro da Educação percebeu que tinha feito besteira. Mas a ideia original, de exigir que o lema da campanha presidencial fosse obrigatoriamente citado, forçava ateus ou seguidores de religiões não monoteístas a prestar homenagem ao Deus dos cultos abrâmicos, com origem em Abraão: judeus, cristãos e muçulmanos. E talvez violasse até um dos Dez Mandamentos, “não usarás o nome de Deus em vão”.

Jogo fácil
E, não fossem os inimigos internos, até que a situação não estaria difícil: a oposição é comandada por Gleisi, algo com que sonha qualquer Governo do mundo. O ministro da Justiça é ídolo popular, o ministro da Economia tem amplo trânsito no mercado, o agronegócio disputa a liderança mundial com os Estados Unidos, o presidente Bolsonaro continua em lua de mel com o público. Diz a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria que ele é bem avaliado por 57,5% da população (43,4% são favoráveis à reforma da Previdência). O Governo é ótimo ou bom para 38,9%; e ruim ou péssimo para 19%. Excelentes índices. Mas o eleitor está atento: 56,8% acham que os filhos estão interferindo nas decisões de Bolsonaro.

O grande risco
O problema é que não dá para combinar com o mar, nem exigir que as águas tenham bom comportamento. Que acontece com o material tóxico em caso de movimentos anormais da água, causados, por exemplo, por tempestades? É isso que a Assembléia estadual quer apurar agora. Porque um vazamento naquela região, dentro do mar, como será contido?

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