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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Dispersão leva à derrota

Depois de Lula, o centro também tenta reaglutinar suas forças políticas

Depois da pulverização desenfreada das candidaturas à Presidência, é hora de começar o movimento inverso, de reaglutinação das forças políticas. O ex-presidente Lula saiu na frente para trazer de volta a tropa unida, mas os articuladores dos demais, particularmente de Geraldo Alckmin e de Joaquim Barbosa, também se mexem. A união faz a força, a dispersão leva à derrota. No seu comício de despedida antes de voar para Curitiba, naquele que teria sido o ato ecumênico para Marisa Letícia e não foi, Lula encheu Guilherme Boulos (PSOL) de elogios, acariciou o ego de Manuela d’Ávila (PCdoB) e convocou a militância para um projeto comum.

A questão é que Lula se esforça para reunir as esquerdas com a mesma intensidade com que as esquerdas se esforçam para se isolar de todo o resto. A invasão do triplex no Guarujá, comandada por Boulos, apavora a classe média. As investidas internacionais do PT, pela voz de sua presidente, Gleisi Hoffmann, margeiam o patológico e sacodem as redes sociais.  Difícil compreender o objetivo da invasão do apartamento, que só atende as alas mais radicais e imprudentes. Mais difícil ainda é entender o que a senadora petista pretende ao manifestar apoio ao regime calamitoso de Nicolás Maduro e fazer uma conclamação ao mundo árabe pró-Lula e contra o Brasil. O que Lula acha disso?

Nos campos adversários, vislumbram-se movimentos para conter o estouro da boiada que soam como gritos de desespero. Os tucanos, que têm as melhores condições objetivas, até aqui não apenas afastam velhos aliados como continuam digladiando entre eles.
Um movimento esperado, até natural, seria a reunião do MDB e do DEM em torno do PSDB, com Henrique Meirelles e Rodrigo Maia desistindo de suas pretensões presidenciais [ambos tem chance ZERO de sequer ficarem entre os dez primeiros - Maia conseguiu pouco mais de 50.000 votos para deputado nas últimas eleições e Meirelles confunde que ser deputado bem votado em Goiás, há quase 20 anos, lhe dá com eleições para presidente da República nos dias de hoje.] e, eventualmente, até disputando a vaga de vice de Geraldo Alckmin, com o patrocínio de Michel Temer. Mas com Alckmin asfixiado regionalmente, sem atingir 10% nas pesquisas?

O PSDB envia emissários para atrair o senador Álvaro Dias, que foi tucano, é candidato a presidente pelo Podemos e abre um flanco preocupante para os tucanos no Sul, contraponto ao Nordeste petista. Assediado, Dias dá de ombros. Além disso, há uma questão estrutural no PSDB: a divisão entre Alckmin, José Serra e Aécio Neves, agravada pela Lava Jato e pela guinada radical de Aécio, que deixou de ser um troféu para ser um peso na campanha. Com esses obstáculos ao PT e ao PSDB, o foco se desvia para Jair Bolsonaro, incapaz até aqui de ampliar seu leque de alianças, Marina Silva, que está na cola de Bolsonaro, mas pilota um teco-teco partidário, o franco-atirador Ciro Gomes, que assusta potenciais parceiros, e Aldo Rebelo, que saiu do PCdoB e concorre pelo Solidariedade. [Bolsonaro não precisa de alianças e sim os outros candidatos é que devem fazer por merecer se aliar ao deputado; 

- Marina Silva dispensa comentários (não vale a pena  gastar 'bytes' falando sobre ela) - é um fracasso recorrente, inclusive, posa de 'santinha' e defende o aborto o que não a favorece nem diante dos evangélicos; 
- Ciro Gomes tenta chamar atenção fazendo o que sabe: dizendo bobagens, sendo bazofeiro (é um Lula com diploma) e até hoje não foi esquecido quando disse que a função da sua mulher na época, atriz Patrícia Pillar, era dormir com ele; 
- Aldo Rebelo, exemplo inesquecível de modernidade, quando propôs que o Serviço Público não se informatizasse para assim gerar mais empregos (defendia, tudo indica não mudou de opinião, o uso de máquinas de escrever manual (as famosas e úteis no século passado) máquinas de datilografia) 
fechando sobre Aldo: aqui no Blog há predominância de católicos (Igreja Católica Apostólica Romana) mas, temos dificuldade de entender a coerência de Aldo Rebelo quando se diz comunista (cujo principio básico em termos de religião é ser ateu) e diz acreditar em Deus.
Essa postura está mais para aquele que não ver inconveniente em servir a DEUS e ao diabo.]

Todos vão manter as candidaturas até o fim? Improvável. E eles agora têm um alvo: Joaquim Barbosa, que veio da pobreza, como Lula e Marina, é apolítico, como o deputado Bolsonaro diz que é, e não deve à Lava Jato, muito pelo contrário. Joaquim, porém, precisa começar a aglutinação em casa, já que o PSB está dividido entre paulistas pró-Alckmin e pernambucanos pró-Lula. E, como Bolsonaro, precisa dizer o que pensa para a economia, num país em que o populismo fiscal gerou 14 milhões de desempregados. [a propósito: como anda aquela firma que Barbosa tinha em Miami e seu endereço no Brasil era o de seu apartamento?  - funcional, de propriedade da União.]

Se passar por esse três testes unidade no PSB, programa consistente e fugir do populismo barato, que sai caro –, Joaquim pode ser o barco salva-vidas de partidos e políticos à deriva e de milhões de eleitores sem candidato. Aliás, numa eleição tão pulverizada, a opção que não for radical e demonstrar capacidade de vitória tende a virar uma atração irresistível ainda mais quando ficar claro quem está dentro e quem está fora. É aí, nesse ponto, que a onda se forma e vira tsunami do segundo turno.


Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo 

domingo, 19 de junho de 2016

Aldo Rebelo embolsava propina de 30% do Minha Casa Minha Vida

PCdoB recebia propina de contratos do Minha Casa Minha Vida, diz delator

Pedro Corrêa diz que corruptos cobravam até 30% de propina por cada casa construída para famílias carentes. 

O ex-ministro Aldo Rebelo embolsava um terço do dinheiro sujo destinado aos comunistas no esquema

A Veja.com trouxe agora à tarde novos detalhes sobre a delação premiada do ex-deputado Pedro Corrêa. E o depoimento complica a situação do PCdoB. Corrêa relata que, durante o segundo governo Lula, a legenda esquerdista comandou a Diretoria de Produção Habitacional do Ministério das Cidades, órgão encabeçado por Daniel Nolasco, filiado ao PCdoB, e que comandava verbas bilionárias do programa ‘Minha Casa Minha Vida’. 

Nolasco, um apadrinhado do ex-ministro Aldo Rebelo, operava recursos destinados a empreiteiras de pequeno porte, que atuavam na construção de casas para a população carente em cidades com menos de 50 mil habitantes. De acordo com o ex-parlamentar, o militante do PCdoB aproveitou sua posição no Ministério para tocar uma agenda criminosa. 

Nessa função, Nolasco cobrava propinas das empreiteiras que iriam construir as moradias populares. A taxa praticada no esquema de corrupção girava em torno de 10 a 30 por cento do valor de cada casa construída. O cérebro de toda a operação, ainda segundo Corrêa, seria Aldo Rebelo.

Há duas semanas, VEJA revelou os detalhes da extensa delação premiada que o ex-deputado Pedro Corrêa, um dos corruptos mais antigos em atividade no país, firmou com a Justiça. Confessando seus crimes com a autoridade de um decano da roubalheira, que começou a receber propinas na década de 70 e só foi parado pela Operação Lava Jato, Corrêa desnudou as engrenagens da corrupção nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, mas fez mais. Além de comprometer figuras de proa da antiga oposição, como Aécio Neves, e da cúpula do PMDB e do governo interino de Michel Temer - como Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves, Eduardo Cunha, Romero Jucá e Renan Calheiros - Corrêa escancara de vez o esquema de corrupção montado por pretensos partidos "éticos" da política, os virtuosos líderes de esquerda do PCdoB. O cérebro do esquema de corrupção comunista, diz o delator, era o ex-ministro Aldo Rebelo.

Segundo relata Pedro Corrêa no anexo 27 de sua delação, durante o segundo governo Lula, o PCdoB comandou a Diretoria de Produção Habitacional do Ministério das Cidades. Pilotado por Daniel Nolasco, filiado ao PCdoB, o órgão comandava bilionárias verbas do programa Minha Casa Minha Vida. Nolasco, apadrinhado no cargo pelo ex-ministro Aldo Rebelo, operava verbas destinadas a empreiteiras de pequeno porte, que atuavam na construção de casas para a população carente em cidades com menos de 50 000 habitantes.

Enquanto cumpria a nobre missão de realizar o sonho da casa própria para famílias humildes, o militante do PCdoB aproveitava para tocar uma agenda clandestina. Nessa função, nada edificante, cobrava propinas das empreiteiras que iriam construir as moradias populares. Segundo Pedro Corrêa, a taxa praticada no esquema de corrupção girava em torno de 10% a 30% do valor de cada casa construída. O golpe era simples: o diretor do órgão, a quem cabia liberar recursos para os empreiteiros e cobrar a propina, tinha uma empresa, a RCA Assessoria. Depois de o ministério fechar o convênio com a empreiteira e repassar o dinheiro para a construção das casas, os empresários corruptos pagavam a propina negociada com o PCdoB para a RCA.

O esquema do PCdoB era dividido com o PT e com o PP e operou cobrando propinas na construção de pelo menos 100 000 casas populares. Segundo Corrêa, apenas uma empreiteira com contratos no Maranhão pagou 400 000 reais aos corruptos. Pedro Corrêa conhece os detalhes da roubalheira porque era um dos seus beneficiários. "A propina arrecadada pela RCA era dividida entre o PT, que tinha a Secretaria Nacional de Habitação, pelo PCdoB, que comandava a Diretoria de Produção Habitacional, e pelo PP, que tinha (indicado) o ministro das Cidades", diz Corrêa.

Ler a íntegra, clique aqui


 
 

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Jaques Wagner despacha no Planalto à espera da vaga de Mercadante


Chioro não é o único serviçal – ops... ministro  - a ser demitido de com humilhação. Cristovam foi escarrado pelo Lula e o Mercadante mandou adaptar um sanitário à cadeira ministerial, por saber que na hora que levantar, o Jaques Vagner senta
Ministro reúne informações necessárias para a mudança de função

Em matéria de Dilma Rousseff, é sempre arriscado antecipar o que ela pretende fazer. Gosta de surpreender. Costuma mudar de opinião até na última hora. E às vezes muda só pelo prazer de contrariar expectativas. Nada a enfurece mais do que ler nos jornais ou saber pela internet de decisões que guardava em segredo.

A saída de Aloizio Mercadante da Casa Civil foi pedida por Lula há mais de três meses, no mínimo. O PT também pediu. Somente ontem, Dilma entregou os pontos. Avisou ao próprio. E chamou Jaques Wagner, ministro da Defesa, para uma conversa no Palácio do Planalto. 

Sacramentou ali a escolha de Wagner para o lugar de Mercadante. Wagner passou o dia no palácio reunindo as informações necessárias para a mudança de função. Foi ajudado pela Secretária-Geral do Ministério da Defesa, Eva Maria Cella Dal Chiavon, ex-chefe da Casa Civil do segundo governo de Wagner na Bahia. [Eva Maria é a segunda em comando no ‘movimento social terrorista – mst’;  é casada com o fantoche  que posa de  vice general do Stédile, mas, que todos sabem é pau mandado da Eva. Foi ela a autora daquele decreto estúpido que pretendia impedir que os  comandantes militares tivesse autonomia até mesmo para promover oficiais subalternos.]

Eva Maria deverá acompanhar Wagner na mudança para a Casa Civil. Para alívio dos comandantes militares, que evitavam despachar com ela. Eva é casada com um dos líderes do MST.  Antes de se definir pela troca de Mercadante por Wagner, Dilma havia pensado no nome de Míriam Belchior para a Casa Civil. Ex-ministra do Planejamento, atual presidente da Caixa Econômica Federal, Míriam estava destinada a ser para Dilma o que Dilma foi para Lula. [Dilma é viúva do ex-prefeito Celso Daniel, estilo sargentona, com vínculos secretos com a petralhada – incluindo os que cuidam do cadáver insepulto do ex-marido.]

 Esta manhã, antes de se reunir com Lula e com Michel Temer para acertar detalhes da reforma, Dilma deverá convidar Aldo Rebelo (PC do B-SP), ministro da Ciência e Tecnologia, para substituir Wagner no Ministério da Defesa. Pelo menos até as 23h10 de ontem, Aldo não fazia a mínima ideia do que o destino lhe reservava. Estava decepcionado com os rumos da reforma. E não escondia isso de amigos. [uma das qualidades  do Aldo no ministério da Defesa é seu ímpeto modernizador. Uma das suas primeiras medidas será decretar a suspensão de todos os projetos de modernização das Forças Armadas – o que inclui a compra dos já quase obsoletos caças Saab Gripen NG da Suécia. 
Aldo Rebelo é tão moderno, tão evoluído tecnologicamente, que quando deputado federal apresentou projeto de lei proibindo “a adoção, por qualquer órgão público da administração direta e indireta, nos níveis municipal, estadual e federal, de qualquer inovação tecnológica que seja poupadora de mão-de-obra, sem prévia comprovação de que os benefícios sociais auferidos com a implantação suplantem o custo social do desemprego gerado”.
 
Aliás, foi por esta característica que Dilma o escolheu ministro da Ciência e Tecnologia. Afinal estamos no governo daquela que na Conferencia do Meio Ambiente, em Copenhaque, declarou: “O meio ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável.]

Fonte: O Globo 


domingo, 7 de junho de 2015

Com Planalto fragilizado, Câmara tem maior ‘ativismo legislativo’ em 20 anos

Sob a bandeira da independência em relação ao Executivo, Eduardo Cunha conduziu 121 votações até maio, número recorde em início de legislatura desde 1995

O ritmo de votações imposto pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é o mais rápido das duas últimas décadas, pelo menos. Nos cinco primeiros meses da atual legislatura, os deputados votaram 121 vezes no plenário - o triplo do que no mesmo período de 2011, no início do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

Segundo análise do Estadão Dados que abrangeu todas as votações no plenário desde 1995, o recorde anterior havia sido registrado em 2007, no início do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e quando Aldo Rebelo (PC do B-SP) estava no comando da Câmara. Na época, foram realizadas 73 votações de janeiro a maio - 40% a menos do que agora.

O ritmo acelerado coincidiu com a perda de influência do Palácio do Planalto na definição das pautas do Legislativo. Eleito sob a bandeira da “independência” em relação ao governo, Cunha tem levado a votação projetos incômodos para a presidente Dilma, como o da elevação da idade limite para a aposentadoria dos ministros do Supremo Tribunal Federal e o que amplia as situações em que as empresas poderão terceirizar mão de obra.

Continuar lendo em .............o Estado de São Paulo

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Comissão da Verdade responsabiliza Lula da Silva e Dilma Rousseff pelo petrolão



Mário César Flores: o ex-ministro da Marinha percebe que argumentos da Comissão Nacional da Verdade servem para “incriminar” a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva no caso da corrupção na Petrobrás

O almirante da reserva Mário César Flores é um dos mais qualificados intelectuais brasileiros vivos. O leitor deve se lembrar dele por ter sido ministro da Marinha no governo Fernando Collor. Foi também ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo Itamar Franco. Flores publicou, que eu saiba, sete livros sobre defesa e poder militar. Talvez tenha escrito outros. Cidadão educadíssimo, além de inteligente e culto, mesmo na re­ser­va não seria dispensado de prestar serviço a nenhum governo, se não existisse enorme preconceito contra os militares. Preconceito que vem desde que Fernando Henrique Car­doso, a esquerda, chegou ao go­verno. É uma pena, pois quem per­de, ao deixá-lo na prateleira, é o Brasil.

Do alto de seus 83 anos, Mário Cesar Flores, dono de uma lucidez invejável, de um raciocínio tão preciso quanto arguto e de muita experiência, seria melhor ministro da Defesa que qualquer um dos que já ocuparam a pasta. Ou do Planeja­men­to, ou de outra meia dúzia de ministérios, hoje nas mãos de nulidades absolutas.

Ninguém na imprensa ou na oposição percebeu, mas não passou batido para Mário César Flo­res: a Comissão Nacional da Ver­da­de responsabilizou integralmente Lula e Dilma por toda a rou­ba­lheira da Petrobrás. Res­pon­sabilidade mes­mo, condizente com as penas da lei. Explico, ou melhor, o almirante Flores explica: a dita Comissão Nacional da Verdade, em seu relatório, responsabilizou os ex-presidentes do regime militar por todos os excessos cometidos pela repressão contra presos políticos. 

Respon­sabilizou também os ministros militares da época, bem como os comandantes dos Exércitos e de unidades militares onde podem ter ocorrido violações de direitos humanos. No entender da tal Comissão essas autoridades são responsáveis por tais crimes, pelo fato de ocuparem postos mais altos na cadeia de comando em que foram cometidos. Ainda no entender dos “brilhantes” membros da Comissão essa posição na hierarquia os faz, irretorquivelmente, culpados. O recurso ao “eu não sabia” é integralmente repelido pela dita Comissão Nacional da Verdade.

A seguir, pois, os critérios da Comissão, Lula e Dilma respondem pela roubalheira da Petro­brás, como presidentes da Re­pública. Há ainda o agravante de Dilma ter ocupado a presidência do conselho de administração da Petrobrás, e ambos, Lula e Dilma, terem como próximos, quase de casa, elementos-chave nos desvios de dinheiro público, como Paulo Roberto Costa. Meta­fo­ri­camente, na interpretação da dita Comissão Nacional da Verdade, a “tortura” a que foi submetida a Petrobrás pela “ditadura” petista instalada no país, tem Lula e Dilma como responsáveis iniludíveis. 

Responsáveis “político-administrativos”, como presidentes. Dilma mais responsável ainda, pois chefiou um dos “centros de tortura” onde foi vitimada a Pe­trobrás: o conselho de ad­mi­nis­tração da empresa. E Lula e Dil­ma conviveram, fraternalmente com os “torturadores” Paulo Ro­berto Costa, José Sergio Gabrielli e Renato Duque, entre outros.

A qualidade de Joaquim Levy é útil para esconder falta de qualidade de ministros
Esvaiu-se muito rapidamente o sentimento de alívio com a escolha de Joaquim Le­vy para o Ministério da Fazenda. A meritocracia na formação do novo ministério virou fumaça com o anúncio dos 13 ministros da segunda leva. O critério é o mesmo dos governos anteriores: loteamento da Esplanada dos Ministérios entre os partidos que dão apoio ao governo, sem a menor preocupação (que poderia facilmente ser exercida) com a identidade e a capacidade dos ministros em relação às pastas que ocuparão.

A presidente Dilma Rous­­seff poderia, sim, exercer seu “governo de coalizão”, mas diminuindo os prejuízos dessa prática fisiológica com a exigência de que os partidos “coligados” apontassem nomes adequados, técnica e eticamente, para as pastas a serem preenchidas. É impossível que não existam esses nomes; apenas não são convenientes para a prática política atual, que acaba redundando em escândalos. Dilma e Lula parecem não aprender nada de bom e nem esquecer nada de mau. Ao que parece, nem a Dilma do segundo mandato aprendeu com a Dilma do primeiro. E lições não faltaram, o que não diz muito de bom sobre a inteligência da aluna.

Tomemos um exemplo de como as coisas pioram no quintal governista: Aldo Rebelo será o novo ministro de Ciência e Tecnologia. Se no ministério anterior um Edison Lobão, por exemplo, nada possuía no curriculum que o ligasse à pasta de Minas e Energia, que ocupou por indicação do PMDB (leia-se José Sarney), no atual, um Aldo Rebelo ostenta sérios predicados que o contraindicam para a pasta de Ciência e Tecnologia, que vai ocupar por indicação do PCdoB.

Uma imprensa livre nos faz lembrar de fatos como esses: Aldo Rebelo, como deputado, foi autor de projeto contra o uso de computadores no serviço público, pois poderiam “eliminar postos de serviço” na burocracia estatal; pretendia “dar cidadania brasileira” à jaqueira, quando se sabe que essa árvore é natural da Índia; pretendia proibir o uso das palavras imperialistas como “computador” e “mouse”, que deveriam, obrigatoriamente dar lugar, respectivamente, a “ordenador” e “rato” em nosso vernáculo; confessa-se “devoto do materialismo dialético como ciência da natureza”, e não acredita que exista influência humana no aquecimento global, vendo nos movimentos de preservação ambiental “um movimento internacional que é uma cabeça de ponte do imperialismo”.

Não pode ser bom da cabeça quem ainda julga Stálin o “condutor genial dos povos”; quem admirou (até sua libertação do atraso comunista) a pobre e subdesenvolvida Albânia como um exemplo de sociedade; quem ainda vê nos dias de hoje uma luta filosófica entre positivismo e comunismo no interpretar a natureza e quem enxerga escondido atrás de cada porta o monstro capitalista-imperialista pronto a saltar sobre o passante. Aldo Rebelo é, segundo os que o conhecem, muito educado, calmo, agradável. Deve ser um bom chefe de família, carinhoso com os animais e um bom colega deputado.

Mas é bom lembrar que assim também eram, quando não tinham o poder burocrático e ideológico, os chefes dos campos de concentração nazistas. Graças à imprensa, sabemos o que esperar do novo ministério, se tomamos Aldo Rebelo como amostra. Se o leitor deseja saber mais, a imprensa desse final de ano é pródiga em apreciações abalizadas sobre essa nomeação.

Veja-se no jornal “O Globo” artigos de Cora Ró­nai e de Merval Pereira. Leia-se na “Folha de S. Paulo” as colunas de Mauricio Tuffani e de Reinaldo José Lopes. E conclua-se, partindo das revelações sobre o “companheiro” Aldo Rebelo, porque existe a verdadeira obsessão, o imorredouro desejo petista de “regular a mídia”, eufemismo puro e simples para a censura à imprensa. Grupos empresariais de informação como “O Globo” e a “Folha de S. Paulo” são, na cartilha petista, exemplos de conglomerados que devem ser esquartejados e assim melhor dominados. Afinal publicam muita coisa, muitas verdades de que o governo petista (e qualquer governo) não gosta. E no ideal imaginário desses militantes, imprensa boa mesmo, só a oficial, como a cubana. Lá o jornal (único, pode-se dizer) é o “Gran­ma”. Se o mesmo vier a acontecer aqui, já se sabe: o jornal único, alimento espiritual da “esquerda revolucionária”, não poderá ter nome mais apropriado do que Grama.
 


Leia também: Aldo Rebelo: o ministro das ideias arcaicas vai dirigir o setor de ciência e tecnologia do governo Dilma Rousseff