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quinta-feira, 21 de março de 2019

O Brasil é nosso

Alinhamentos à parte,  o Brasil é nosso - nossos problemas estão bem aqui dentro

 
Antigamente era mais fácil. Tinha, de um lado, Estados Unidos, de outro, União Soviética. E assim seguia: capitalismo x comunismo; OTAN x Pacto de Varsóvia; Ocidente livre x Cortina de Ferro; democracia x ditadura.

Mas havia um desvio, digamos assim, neste último quesito. Considerando-se, no Ocidente, claro, que o comunismo era o inimigo principal, admitia-se que as Forças Armadas assumissem o governo, com ditaduras, para eliminar o inimigo vermelho. E  assim, os Estados Unidos, sob diversos governos, patrocinaram golpes e revoluções pelo mundo afora para, como se dizia, defender o Ocidente livre da sanha comunista. Do lado do Pacto de Varsóvia, que não tinha nenhuma preocupação com isso de democracia e liberdade – o caminho era a ditadura do proletariado – tratava-se de patrocinar golpes e revoluções para derrubar o capitalismo burguês.
Tudo ruiu nos anos 80. Para surpresa de muitos, inclusive dos estrategistas dos dois lados, o mundo caminhou na direção da democracia e da economia de mercado. Ditaduras dois lados deram lugar a regimes democráticos, o comunismo soviético praticamente sumiu.

Parecia que as coisas ficariam mais simples, um mundo mais homogêneo. Durou pouco essa percepção.
Ficou mais complicado. Há um cenário bipolar, com Estados Unidos de um lado e China, de outro. Os EUA procurando manter sua hegemonia e a China se movimentando como a potência emergente. Mas há também um cenário multipolar, no campo da economia e do mercado. No tempo da Guerra Fria, comércio e investimentos ocorriam dentro de cada bloco. O Brasil, por exemplo, de vez em quando conseguia vender café na União Soviética, via Finlândia.

Hoje, pós-globalização, a China tornou-se o principal parceiro do Brasil, lugar que cabia antes aos Estados Unidos. E a própria China tornou-se a maior vendedora no mercado de consumo americano. Na verdade, a China está no mundo todo, comprando, vendendo e investindo.  Por outro lado, todas as grandes as grandes empresas ocidentais, incluindo especialmente as americanas, têm negócios na China, ou produzindo lá (a Apple não faz um celular sequer nos EUA) ou vendendo lá. Isso é bom para o Brasil. Não há mais necessidade de filiar-se a esta ou aquela liderança. Nem se deve. Os Estados Unidos são nosso segundo parceiro comercial e há muito espaço para ampliar os negócios. Mas também os EUA concorrem com o Brasil no mercado chinês de soja, por exemplo. Na verdade, Brasil e EUA concorrem em boa parte do mercado mundial de alimentos.

A China, até aqui pelo menos, não exige que seus fregueses adotem seu regime, que é uma exclusiva combinação de economia de mercado (mais de 60% do PIB do país, e a parte mais dinâmica) com controle do Estado e ditadura do partido único. O governo chinês, cada vez mais confiante, sustenta que seu regime é o mais adequado para o crescimento econômico, sendo isso mais importante que liberdades e direitos individuais. O Estado e o Partido sabem mais.  Mas a China não deixa por isso de fazer negócios com típicas democracias de economia de mercado, como essas (quase todas) que estão na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). E a maior parte delas não quer se envolver na guerra comercial entre Trump e Xi Jin Ping.

Ou seja, escolher entre uma economia de mercado mais aberta ou com mais presença do Estado é um problema nosso, dos brasileiros. Abrir (ou não) a economia é uma decisão exclusivamente nossa. Não pode ser para agradar este ou aquele, mas saber se ajuda ou atrapalha nosso desenvolvimento. Optar por uma ampla democracia também é problema nosso. E mais: não tem ninguém nos ameaçando com nada.  Tudo isso para dizer que alinhamentos automáticos são um enorme equívoco no mundo de hoje. Nossos problemas estão bem aqui dentro e o primeiro deles é arrumar as finanças públicas. E depois, acho, facilitar a vida dos que fazer negócios honestamente no país. E, depois de tudo, tem uma coisa que todo mundo sabe, inclusive os chineses, embora não digam: o capitalismo, o empreendedor privado, é melhor caminho para gerar riquezas.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista


 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

As agruras do senhor Messias [presidente da República Federativa do Brasil, eleito com quase 58.000.000 de votos.]

Cora Ronai:   As agruras do senhor Messias [presidente da República Federativa do Brasil, eleito com quase 58.000.000 de votos.]

Basta olhar para o seu perpétuo ar contrafeito para perceber que não era bem isso que ele tinha em mente quando se lançou a essa aventura

[com o devido respeito a senhora Cora Ronai ao que me parece, salvo engano, que sua área é tecnologia - só que vez ou outra ela é deslocada para opinar em outra área e complica tudo.
 
Caso de agora: foi designada para a operação mais importante do sistema Globo dos dias atuais e fadada ao fracasso - derrubar o presidente eleito JAIR BOLSONARO.
Vamos aos fatos.]
 
O governo ainda não tem um mês e já coleciona histórias mal contadas suficientes para dez legislaturas na Finlândia. A internet não tem sossego — mal absorve um escândalo e lá vem outro. Tenho pena do Queiroz, que anda tão doente: esse tipo de situação não faz bem à saúde. Chego a temer pela vida do rapaz. [já nas  sete primeiras palvras deste parágrafo dona Cora faz a defesa, incontestável, do Governo Bolsonaro;
 
quanto a internet não ter sossego, o desassossego se estende aos jornais da TV e a causa é única = o pessoal daquela emissora se especializou em, diante da falta de notícias novas, requentar as antigas, apenas mudando as manchetes;
 
sendo dona Cora uma pessoa inteligente, capacitada, estudada e um pouco adentrada nos anos, sabe que Queiroz padece de um câncer do intestino em estágio avançado (o Hospital Albert Einstein tem uma reputação a zelar e não iria prestar informações falsas, o mesmo valendo para os médicos que firmaram os atestados de saúde do ex-assessor) e qualquer pessoa com os anteconhecimento intelectuais e os anos vividos da senhora Cora, sabe as implicações de tão grave doença - lamento por lhe faltar sensibilidade para insinuar dúvidas sobre o verdadeiro estado de saúde do senhor Fabricio Queiroz: "Tenho pena do Queiroz, que anda tão doente: esse tipo de situação não faz bem à saúde. Chego a temer pela vida do rapaz.]

Tenho pena também do senhor Messias, que deu um passo maior do que a perna, e que agora se mostra tão pouco à vontade nas suas novas funções. Tudo o que ele queria era fazer churrasco à beira da piscina e passar o fim de semana de sunga; agora é obrigado a trabalhar, a viajar para lugares onde jamais pensaria em pôr os pés se pudesse escolher por si mesmo e a fugir da imprensa, que insiste em fazer perguntas. O senhor Messias não tem mais sossego, e basta olhar para o seu perpétuo ar contrafeito para perceber que não era bem isso que ele tinha em mente quando se lançou a essa aventura.

Aquelas fotos do senhor Messias comendo no bandejão do supermercado, por exemplo. Todas as sumidades reunidas ali ao lado, aproveitando os parcos e preciosos momentos em que se encontram para trocar ideias e fazer negócios, almoçando com um olho na comida e outro no futuro, e o senhor Messias sozinho, com os seguranças, tentando vender como humildade o seu tédio e falta de entrosamento. [é comum pessoas sem atributos, quando veem pessoas com atributos agindo de forma humilde, criticá-las;
 
Bolsonaro é presidente do Brasil e pode ir a qualquer reunião de negócios, se portar de forma civilizada, respeitando os demais e deixar as decisões para encontros privados com seus assessores - o presidente da República deve, vem ou outra, sem exageros, CONCEDER (maiúsculas mesmo)  entrevistas a imprensa e autorizar seus assessores, ou mesmo um porta-voz, a ser mais loquaz, mas, agir de forma diferente, desde que governe o Brasil lhe é permitido e é o que importa.
 
Qualquer um sabe - até Lula em sua prisão - que grande parte da imprensa (felizmente existe exceções) tem um único objetivo: desmoralizar Bolsonaro, detonar Bolsonaro antes que ele comece a detonar as mamatas.
 
Cabe a Bolsonaro dificultar ao máximo, impedindo mesmo, que tais pessoas tenham êxito.]

Nem Temer se viu tão sozinho no mundo. Em 2009, em Copenhague, Dilma, que ainda não era presidenta e, a bem dizer, não era ninguém na fila do pão, ficou mortalmente ofendida com a ideia de comer no bandejão da Conferência do Clima, e despachou uma de suas assessoras para a fila onde Angela Merkel conversava, descontraidamente, com Nicolas Sarkozy. [obrigado, senhora Cora por reconhecer mais um mérito em nosso presidente - NOSSO, já que suponho a senhora reside no Brasil e não vai fazer por onde o AME-ou DEIXE-O se torne uma opção.
Certamente a senhora se lembra quando na mesma Copenhaque, Dilma expeliu, pela boca a seguinte pérola:
'a defesa do meio ambiente ameaça o desenvolvimento sustentável.'.
No mundo dos tubarões, até bandejão tem seu modo de usar. Luís Inácio, aquele, tinha muitos defeitos, mas tinha a manha. Não cometeria um erro bobo desses. Chegava no estrangeiro e, onde quer que fosse, era logo rodeado por gente ansiosa em tirar uma casquinha da sua imbatível popularidade. A elite tem má consciência, e Luís Inácio sabia disso: ele, homem do povo, era um passaporte político e emocional para os poderosos. 
[finalizando: a senhora está certa, Lula, seu ídolo, era manhoso, esperto e outros qualidades mais (que eles e seus admiradores julgavam ser o presidiário ladrão possuidor) tanto que devido sua esperteza, manha, ele está preso há mais de 300 dias, passou uma Noite ede Natal e uma de virade de ano preso.
Sabe porque asseguro com tanta convicção que não vão conseguir derrubar Bolsonaro: pelo simples fato de que ele é honesto;
todo dia o JN dedica mais de 15 minutos a ciscar ao redor do relatório do Coaf, mas, foi encontrado envolvendo Bolsonaro.
Exceto que tem um primo de um tido do Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que possui uma van pirata.
A tresloucada da Gleisi Hoffmann já mandou preparar uma ação pedindo o 'impeachment' de Bolsonaro por esse parentesco do Queiroz.]
(...)

Sim, eu sei que o Luís Inácio está preso; Cid Gomes já me disse. E sim, eu sei que ainda é preciso que o senhor Messias se afaste muito mais da senda tortuosa da virtude para sequer começar a emparelhar com os “malfeitos” do PT.
Afinal, Luís Inácio e os seus tiveram 13 anos de governo para azeitar a sua formidável máquina de pilhagem; o senhor Messias mal começou.
 
(...)
Cora Ronai - O Globo

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Brasil cai para última posição em ranking sobre prestígio do professor



Estudo feito em 35 países revela como a população enxerga a carreira. Apenas 9% dos brasileiros acreditam que os alunos respeitam os docentes e só 1 em cada 5 pais aconselharia profissão aos filhos. Defasagem salarial é outro problema apontado

Percepção de falta de respeito dos alunos, salários insuficientes e uma carreira pouco segura para os jovens. É assim que a maioria da população brasileira enxerga a profissão docente e coloca o País como o que dá menos prestígio aos professores. Esse cenário foi revelado pelo Índice Global de Status de Professores de 2018, divulgado na noite desta quarta-feira, 7, pela Varkey Foundation, organização voltada para a educação. O levantamento avalia como a população de 35 países enxerga a profissão.  

Enquanto há uma tendência global de crescimento no prestígio dado aos professores, o Brasil regrediu nos últimos cinco anos. Em 2013, quando o estudo foi feita pela primeira vez e avaliou 21 nações, o País aparecia na penúltima colocação. Na edição deste ano, com a piora na percepção sobre o respeito dos alunos e com menos pais dispostos a incentivar seus filhos a seguir a profissão, o índice nacional piorou e colocou o País como lanterna do ranking.   

Para chegar ao indicador, foram entrevistadas mil pessoas, de 16 a 64 anos, em cada país e mais de 5,5 mil docentes. No Brasil, apenas 9% acreditam que os alunos respeitam seus professores – na China, o líder, 81% veem esse respeito. O dado aparece em consonância com o fato de que só 20% dos pais brasileiros afirmam que encorajariam seus filhos a seguir a carreira – ante 55% dos pais chineses.

O estudo também indica que o brasileiro subestima a jornada de trabalho da profissão. A sociedade estima uma carga horária semanal média de 39 horas, ante o relato dos professores de uma média de 48 horas. Segundo a pesquisa, essa percepção é forte nos países latino-americanos e se diferencia de países como Finlândia, Canadá e Japão, onde os docentes trabalham menos horas do que a percepção de suas comunidades.  

A mesma tendência é observada em relação aos salários. Enquanto brasileiros consideram que um salário justo para os professores seria de U$ 25 mil (cerca de R$ 93 mil) ao ano, a remuneração real média relatada pelos profissionais é de U$ 15 mil (cerca de R$ 56 mil).  Professor de Geografia, Heleno de Oliveira, de 52 anos, diz ter sentido a desvalorização da profissão nos 35 anos em que atua em sala de aula. “Cada vez são mais comuns os relatos de colegas que foram agredidos ou xingados por alunos, que precisam ter mais de um emprego para se sustentar ou que adoecem por causa da pressão”, diz o docente, que dá aula em escolas da rede pública de São Paulo.

Ele diz ter descoberto a vocação aos 17 anos, como estagiário. Ver os alunos aprendendo e interessados p é o que motiva Oliveira a continuar em sala. “Já pensei algumas vezes em desistir porque saio às 22 horas da escola, preparo minhas aulas até as 2 horas da manhã. E o salário é muito pequeno diante de tanto esforço. O que me segura é a relação com alguns alunos, perceber que posso fazer a diferença na vida de alguns”, diz. 
Luiz Antonio, professor de Língua Portuguesa em duas escolas privadas do centro de São Paulo, diz que sente desrespeito maior dos pais do que dos jovens. “Tem uma interferência muito grande da família, que tira a nossa autonomia. Não gostam quando chamamos atenção do filho, questionam o conteúdo. Não entendem que estudamos e temos formação para ensinar não só a disciplina, mas como conviver dentro da escola”, diz ele, de 44 anos – 20 em sala de aula. 
Para especialistas, a repercussão de projetos como o Escola sem Partido, que defende vetar a “doutrinação ideológica” em classe, pode agravar ainda mais tensão no ambiente escolar.

Desempenho
O estudo também identificou que a valorização docente está ligada ao desempenho dos alunos. Países com melhores notas no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), maior avaliação de estudantes do mundo.
“Mais respeito aos professores significa que estudantes com melhor desempenho serão atraídos para a profissão, que melhores docentes irão permanecer na carreira. São fatores muito importantes para melhorar os resultados educacionais dos países”, explicou ao Estado Vikas Pota, presidente da Varkey Foundation.

Para ele, o poder público precisa investir em ações para apoiar os professores, tanto financeiramente como na melhora de condições de trabalho, para que os índices educacionais do país progridam. Na última edição do Pisa, em 2016, o Brasil apareceu entre os dez últimos do ranking. De 70 nações avaliadas, o País ficou na posição 63.ª em Ciências, 65.ª em Matemática e 59.ª em Leitura. 

3 Perguntas para Silvia  Colello, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP)

A baixa remuneração é um dos principais fatores para a desvalorização da carreira docente? 
Os baixos salários são, ao mesmo tempo, causa e consequência. As pessoas desvalorizam o professor porque ele ganha pouco e ele ganha pouco porque não é valorizado nas políticas públicas. Além disso, os políticos sempre falam genericamente sobre a valorização do docente. Nunca se desenvolve a ideia de que é preciso melhorar a questão salarial, a evolução da carreira, as condições de trabalho e o apoio que ele deve receber da equipe escolar e das famílias.

Os pais também desvalorizam o professor?
Na maioria dos casos, o professor não conta com o apoio da família porque muitas não querem se envolver com o que acontece na escola. Então, não querem saber do mal comportamento ou do baixo desempenho do filho. Preferem culpar o professor por essas situações. Propostas que estão sendo colocadas nesse momento, como o Escola Sem Partido (em tramitação no Congresso Nacional e defendido pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, do PSL), tendem a acirrar essa relação por colocar pais e professores em lados opostos, por incentivar que o docente seja vigiado, controlado, perca a autonomia sobre o quê e como ensinar.

O País está perdendo bons professores pela forma como os trata?
Sim. Os jovens com melhor desempenho vão para as profissões mais valorizadas, com melhores salários. Os cursos de Licenciatura e Pedagogia são vistos como o “que sobrou”, porque ninguém quer seguir a carreira. Cada vez menos temos fatores de recompensa. A médio e longo prazo, isso é um desastre para a educação do Brasil.


terça-feira, 16 de maio de 2017

Anti-inflamatórios podem aumentar risco de ataque cardíaco em até 58%

Pesquisa mostra que probabilidade de problemas no coração aparece já após uma semana de uso

O uso de analgésicos conhecidos como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno, pode aumentar o risco de ataques cardíacos entre 24% e 58% — principalmente no primeiro mês de uso contínuo, segundo uma pesquisa divulgada ontem no periódico “British Medical Journal”. 
 
A equipe de pesquisadores liderada pela epidemiologista Michèle Bally, do Hospital da Universidade de Montreal, no Canadá, revisou estudos realizados com 446.763 pessoas com idade entre 40 e 79 anos em países como Canadá, Finlândia e Reino Unido. Deste grupo, 61.460 indivíduos tiveram ataques cardíacos, tendo sido observados apenas pacientes que receberam prescrição médica, e não aqueles que adquiriram o remédio por conta própria. Os cientistas destacam que outras causas, além do uso de medicamento, podem estar envolvidas nas doenças cardiovasculares.

Pesquisas anteriores já tinham relacionado o consumo de analgésicos a problemas ou sobrecarga no coração, mas este novo estudo mede o risco das doses e o tempo de tratamento, além de classificar os efeitos de cada remédio.

PERIGO MAIOR COM DOSES ALTAS
“Considerando que o risco de infarto agudo do miocárdio é identificado já na primeira semana de uso e parece maior no primeiro mês de tratamento com doses mais elevadas, os prescritores devem considerar a ponderação dos riscos e benefícios dos anti-inflamatórios antes de instituírem o tratamento”, afirmaram os pesquisadores no estudo.

Michèle revela que o aumento absoluto dos riscos é muito pequeno, já que, na maioria das pessoas, as chances de um ataque cardíaco também são ínfimas. Ainda assim, a epidemiologista ressalta que os pacientes devem ser informados sobre detalhes de seus tratamentos: — Quero que as pessoas conversem com seus médicos — diz a pesquisadora. — A maioria dos pacientes não está ciente de seu risco cardiovascular, então é preciso saber se é bom continuar com os AINEs ou se deve considerar outros tratamentos. 

De acordo com o estudo, há mais de 90% de chances de que todos os anti-inflamatórios não esteroides estejam relacionados ao risco de ataque cardíaco. E a probabilidade de problemas cardiovasculares aumenta de acordo com o remédio. O que apresentou menor risco foi o celecoxibe (no Brasil comercializado como Celebra), com 24% de probabilidade de problemas cardiovasculares. Em seguida, aparecem o ibuprofeno (Advil e Motrin), com 48% de risco; o diclofenaco (Voltaren), com 50%; e o naproxeno (Flanax), com 53%. A maior taxa de risco, de 58%, foi verificada no rofecoxib (Vioxx), que foi retirado do mercado em 2014.


Diretor científico do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, José Francisco Kerr Saraiva destaca que os maiores consumidores de anti-inflamatórios, em geral, já têm outros problemas de saúde. Estes medicamentos são mais procurados por pessoas com idade avançada, que sofrem mais de doenças como artrite, bursite e dor na coluna. E os idosos são o grupo com mais casos de hipertensão e doença renal. Portanto, o risco não pode ser ignorado — ressalta. — Existe uma regulamentação sobre o uso de anti-inflamatórios, mas as regras não são colocadas em prática. As autoridades sanitárias precisam ser rigorosas e impor algum tipo de controle.

Saraiva revela que é comum ver consumidores de anti-inflamatórios chegarem à emergência de hospitais com pressão alta.  Antes de recorrer aos medicamentos, as pessoas devem ter mais informações sobre as condições de seus rins e do sistema circulatório — recomenda. — Às vezes o paciente tem um problema cardiovascular e nem sabe.

Pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e membro da Câmara Técnica de Medicamentos, órgão consultivo vinculado à Anvisa, Francisco Paumgartten concorda que a grande preocupação é o fato de que algumas dessas drogas têm venda livre, como o ibuprofeno. O paciente não precisa nem se dirigir ao farmacêutico, o ibuprofeno fica exposto, há liberdade total — critica. — Além disso, é permitida a propaganda de medicamentos de venda livre na televisão, e essa publicidade estimula o consumo.

Paumgartten avalia que, com as evidências disponíveis sobre os riscos do medicamento, a Anvisa já deveria ter tomado alguma atitude para restringir o acesso:


A Anvisa já poderia ter excluído esse medicamento da lista de drogas de venda livre. É um risco alto para fazer um uso banal do remédio, e muitas pessoas os consomem desnecessariamente. No caso de um paciente com doença inflamatória grave, que sinta uma dor insuportável, o benefício pode ser maior que o risco. E o profissional capaz de colocar os prós e contras na balança é o médico.

O levantamento publicado ontem foi visto com ressalvas por parte da comunidade médica. Diretora do Real Colégio Britânico de Clínica Geral, Helen Stokes-Lampard pondera que é perigoso rejeitar imediatamente os analgésicos.  — Estas drogas podem ser eficazes no fornecimento de alívio da dor a curto prazo para alguns pacientes — sublinha. — É importante que qualquer decisão de prescrever seja baseada nas características individuais do paciente, e que os resultados sejam revistos regularmente.

Fonte: Saúde - O Globo
 
 


domingo, 18 de dezembro de 2016

O quadro trágico da educação

Brasil não consegue formar capital humano para passar a níveis mais sofisticados de produção


A educação brasileira voltou a sair-se mal no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, em inglês), um levantamento que vem sendo promovido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) desde 2000, com o objetivo de medir e comparar o quanto e como os países participantes prepararam seus jovens para ingressar no mercado do trabalho e ter uma vida adulta produtiva. Na prova que foi aplicada em 70 países, no ano passado, o País ficou na 63.ª posição em ciências, na 59.ª colocação em leitura e no 66.º lugar em matemática. Na prova de 2012, havia ficado na 55.ª posição em ciências, em 55.ª em leitura e em 58.ª em matemática.

Realizada a cada três anos, a prova apresenta um perfil básico de conhecimentos e habilidades e oferece indicadores de monitoramento dos sistemas de ensino ao longo dos anos. Em cada edição, o Pisa enfatiza uma das três disciplinas. Em 2015, o foco foi em ciências. No Brasil, a prova é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais e foi aplicada a 33 mil alunos, na faixa etária de 15 anos, matriculados no final do ensino fundamental e início do ensino médio.

Nas três disciplinas avaliadas, o país cujos estudantes tiveram o melhor desempenho foi Cingapura. Nas colocações seguintes, destacaram-se os estudantes do Japão, Hong Kong, Taipé chinesa, Finlândia, Canadá e Estônia. Esses estudantes conseguiram ir além das informações apreendidas em sala de aula, usando o conhecimento com criatividade para lidar com problemas cotidianos. O nível considerado básico pela OCDE é o relativo à “aprendizagem e participação na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas num mundo globalizado”.

A maioria dos estudantes brasileiros ficou abaixo desse nível nas três disciplinas. Os resultados da prova mostraram que eles têm dificuldades de interpretar, compreender e analisar o que leem. Em matemática, disciplina em que o Brasil teve a pontuação mais baixa nas últimas cinco edições do Pisa, eles não sabem solucionar problemas com um mínimo de complexidade. E, em ciências, carecem de informações mínimas que lhes permitam resolver as questões mais simples do dia a dia. Ou seja, não sabem explicar fenômenos cientificamente nem planejar e avaliar experiências científicas. Na prática isso revela que, por causa da má qualidade do ensino fundamental e médio brasileiro, as novas gerações não estão aprendendo conhecimentos fundamentais para que possam exercer sua cidadania e realizar seus projetos de vida e o Brasil não está conseguindo formar o capital humano de que precisa para passar a níveis mais sofisticados de produção.

O que vem levando os países asiáticos a liderar o ranking das últimas edições do Pisa é a consistência de suas políticas educacionais. As prioridades são definidas sem enviesamentos ideológicos, as metas são definidas com base em critérios técnicos e não políticos, o desempenho docente e discente é cobrado, os melhores professores são indicados para as salas de aula mais desafiadoras e os diretores mais competentes são enviados para as escolas mais problemáticas. É o oposto do que tem acontecido no Brasil, onde a política educacional dos 13 anos e meio de lulopetismo adotou prioridades equivocadas conjugadas com modismos pedagógicos, interesses eleiçoeiros e concessões corporativas a sindicatos de professores e entidades estudantis, o que travou a modernização do nosso sistema de ensino.

O resultado inexorável é que, enquanto os estudantes asiáticos se destacam nos rankings comparativos e as economias da região aumentam sua capacidade de inovação tecnológica, disputando com os Estados Unidos e a Alemanha a liderança mundial no campo científico, os estudantes brasileiros são estimulados a ocupar escolas e a brincar de democracia direta, agitando bandeiras tão vistosas quanto inconsequentes. Os números da edição de 2015 do Pisa mostram o preço dessa irresponsabilidade.


Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Lei do farol aceso de dia erra ao ignorar luz de circulação diurna (DRL)



Nova lei brasileira obriga o uso do farol baixo de dia, mas ignora uma opção mais moderna, segura e econômica
No último dia 23, o presidente interino Michel Temer sancionou a Lei 13.290, que alterou o Código de Trânsito Brasileiro, passando a exigir a utilização do farol baixo nas rodovias mesmo durante o dia. A lei entra em vigor no começo de julho e quem a descumprir cometerá infração média, com multa de R$ 85,13 e quatro pontos na CNH. O objetivo é aumentar a segurança no trânsito, claro. Mas há controvérsias.

O principal problema da lei é que ela diz que “o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando luz baixa e ignora uma solução mais moderna e eficaz, chamada DRL (Daytime Running Lamp/Light – farol/luz de circulação diurna). 

O que é DRL?
Farol de rodagem diurna, luzes de condução diurna ou, simplesmente, luz diurna.
São lâmpadas que se acendem sempre que o carro está ligado, mesmo que de dia e de farol apagado. Podem ser lâmpadas halógenas fracas (intensidade entre a da luz de posição e a do farol baixo) ou conjuntos de LEDs (na maioria dos casos). Têm função primordialmente de segurança, mas em muitos casos acabam dando oportunidade para interessantes criações dos designers. Hoje as DRLs estão disponíveis em praticamente todos os modelos acima de R$ 100.000, mas também em carros mais acessíveis, como Peugeot 208, Citroën C3 e Hyundai HB20.

A idéia nasceu em 1972 na Finlândia. A DRL era obrigatória no inverno, quando o país sofria com o tempo nublado e uma baixíssima incidência de luz solar mesmo de dia. Para aumentar a visibilidade dos carros, tanto para os demais veículos quanto para ciclistas e pedestres, o país passou a exigir que se usasse um conjunto de luzes auxiliar.

A experiência deu tão certo que dez anos depois o país decidiu adotar a DRL também no verão – e, em 1997, em todas as vias e durante todo o ano. Em 1977, a Suécia criou a mesma lei, depois copiada pela Noruega, (1986). Finalmente em 2011 a Comunidade Europeia fez um acordo para adoção da luz diurna em todos seus países-membros. Os Estados Unidos, por outro lado, não adotaram a obrigatoriedade da DRL. Por quê?

A DRL é mesmo eficaz?
Embora os principais estudos europeus tenha apontado uma redução no total de acidentes de trânsito de algo entre 10 e 20% com o uso da luz diurna, o principal órgão de segurança no trânsito dos Estados Unidos, o NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration) não encontrou resultados tão significativos, e por isso deixou a critério dos fabricantes adotá-la ou não.

Em 2004 o NHTSA fez um estudo que mostrou vantagens da DRL. Mas o próprio órgão voltou ao assunto em 2008, atendendo a um pedido da General Motors para torná-la obrigatória. 
Após novo estudo, o NHTSA concluiu que “não há evidência dos benefícios associados à DRL; embora seja benéficas em certas situações [grifo meu], a agência não encontrou benefícios de maneira geral que justifiquem sua obrigatoriedade. Quando todos os acidentes são considerados, uma insignificante redução de 0,1% é observada, demonstrando que os benefícios da DRL nesse estudo são inconclusivos”. 

Vale observar aqui que esse era o resultado para os acidentes entre dois carros. Na hora em que eram analisados comerciais leves, se chegava a uma redução de 4,7% nos acidentes – e uma diminuição ainda maior (“um significativo impacto”) no caso de acidentes com motos, pedestres e bicicletas (e o estudo de 2004 já havia mostrado reduções de 23% nos acidentes com motocicletas e 12% com ciclistas e bicicletas). Mesmo assim, talvez influenciado por lobistas, o órgão manteve sua recomendação.

Não satisfeito com a decisão, o Estado do Minnesota decidiu fazer seu estudo próprio. Melhor, fez uma análise profunda de 41 estudos diferentes. As conclusões foram positivas:
  • “O uso da DRL reduz o número de acidentes diurnos em 5 a 15%. Todos os estudos apostaram redução nos acidentes, mas ela variava conforme o estudo”.
  • “Os efeitos positivos do uso da DRL são maiores nos casos de acidentes fatais que nos com apenas feridos, e maiores nos acidentes com feridos do que nos com danos apenas materiais”.
  • “O uso da DRL reduz consideravelmente o número de acidentes envolvendo pedestres, ciclistas e motociclistas”.
A conclusão é que, a despeito da “inconclusividade” do estudo norte-americano, podemos sim afirmar que a DRL reduz o número de acidentes. Se essa redução é de 5 ou 20%, não importa. Afinal, cada vida salva é uma grande vitória, não?

Mas a lei fala em DRL ou farol baixo?
Então, esse é o problema. Ignorando a “nova” tecnologia, a lei brasileira fala só no uso de luz baixa (farol baixo). Isso significa que mesmo que você tenha um carro com DRL, terá que acender a luz baixa na estrada. E isso torna a lei especialmente irritante se você tem um carro com acendimento automático dos faróis e se habitou a nem pensar no assunto – de dia a DRL atua automaticamente, de noite ou no túnel os faróis se acendem sozinhos.

A lei deveria obrigar a adoção da DRL por todos os veículos fabricados a partir de 2017. E tornar compulsório o uso do farol baixo apenas por modelos atuais e antigos sem DRL. E isso não apenas para valorizar a DRL já adotadas por muitos carros, mas porque ela é melhor que o farol – por vários motivos.

As vantagens da DRL
1-DRL é mais visível que farol
É uma questão de função. Como é feita exatamente para melhorar a visibilidade durante o dia, obviamente a DRL é mais visível pelos outros motoristas, pedestres, motociclistas e ciclistas que os faróis convencionais, feitos para serem usados de noite. Enquanto a DRL fica apontada para o alto, justamente para ser vista de dia pelos outros, o farol ficas mais para baixo, para não ofuscar os demais à noite (e o farol alto ofusca mesmo de dia). 
2-A luz de freio também fica mais visível
Quando se acende o farol baixo, a lanterna traseira também se acende. Para os demais motoristas, aquela luz vermelha acesa de dia causa estranhamento. Mas o verdadeiro problema é que a diferenciação entre ela e a luz de freio – a mesma luz, só que mais forte – não fica tão clara e imediata quanto de noite. Um estudo europeu já comprovou isso (Elvik, Rune; Peter Christensen; and Svenn Fjeld Olsen. Daytime Running Lights – A Sistematicidade Review of Effects on Road Safety, 2003). A terceira luz de freio (brake-light) atenua o efeito, mas nem sempre o motorista a vê (muitas vezes, como quando há um caminhão no caminho, vemos apenas uma das luzes de freio do carro adiante). Esse problema não acontece nos carros com DRL, pois apenas os LEDs dianteiros (lâmpadas convencionais, em alguns casos) ficam acesos. E não é só isso…

3-Visibilidade da seta é melhor com DRL do que com farol
Outro motivo que torna a DRL mais segura que os faróis de dia é que a visibilidade da seta dianteira nos carros com essas luzes diurnas é bem melhor. Também seguindo orientação de estudos, a DRL se apaga quando a luz de seta se acende (somente a de seu lado). Se isso não acontecesse, a seta ficaria bem menos visível de dia para o motorista à frente (ou um pedestre). É exatamente essa uma das contraindicações do uso da luz baixa durante o dia.

4-Consumo energético menor/durabilidade maior
Andar com os faróis normais também durante o dia reduz a durabilidade das lâmpadas e aumenta o consumo de combustível dos carros  (e consequentemente a poluição). A DRL gasta bem menos e dura mais. Um estudo canadense citado pelo IIHS aponta que seu custo anual – somados gastos extras de combustível e de troca das lâmpadas é quase desprezível: apenas US$ 3 nos carros com luzes diurnas das mais modernas. A CEC (Comissão de energia  da Califórnia) concluiu que o aumento na poluição com seu uso não chega a 1% e, considerando a redução de acidentes, não recomenda sua proibição por razões ambientais.
Já um farol convencional tem consumo até 10 vezes superior, chegando a um custo anual de US$ 40 por carro, considerando o custo do combustível naquele país. Não se trata de um valor desprezível – e o impacto ambiental também deve ser levado e conta. Mais um ponto a favor da DRL. A OSRAM diz que o uso do farol de dia, justamente por ser mais constante, acaba reduzindo sua vida útil. A marca indica, para esse tipo de uso, suas lâmpadas Ultra Life – que diz durar três vezes mais (garantia de três anos).
5-Quando mais carros com DRL,  menos acidentes
Os estudos citados também apontaram que quanto mais carros com DRL na frota de um país, maior a redução total no número de acidentes.
CONCLUSÕES
  • o uso do farol baixo de dia aumenta a visibilidade dos demais veículos e a segurança de modo geral;
  • por outro lado, prejudica a visibilidade de outras importantes luzes do carro – setas e luzes de freio e aumenta o consumo;
  • as luzes de circulação diurna reforçam as características positivas do uso do farol de dia e ainda eliminam as negativas;
  • o benefício do uso de farol baixo de dia ou da luz de circulação diurna acontece tanto nas estradas quanto na cidade – onde a redução de acidentes envolvendo bicicletas e pedestres é até maior;
Assim sendo, a lei é até positiva, mas deveria ser modificada para:
  • aceitar o uso das luzes de circulação diurna (DRL) pelos carros que já a possuem;
  • tornar obrigatória sua adoção por todos os carros novos;
  • tornar obrigatório o uso do farol baixo de dia (no caso dos carros sem DRL) não só nas estradas, mas também na cidade.
Um projeto de lei de 2012, de Jilmar Tatto, deputado federal do PT na época e atual Secretário de Transportes da cidade de São Paulo, já solicitava a adoção da obrigatoriedade para a DRL. Mas acabaram aprovando uma opção pior. 
ATUALIZAÇÃO (2/6/2016, 13h24): Consultado, o Ministério das Cidades diz que a DRL cumprirá a função. Mas não é o que está descrito na lei sancionada pelo presidente interino, o que pode gerar confusão. Se a lei não for modificada antes de entrar em vigor para deixar claro que a luz de posição diurna (ou farol diurno) pode ser usada em vez do farol baixo, dependerá da autoridade de trânsito multar ou não. E aí recomendo usar o farol.
ATUALIZAÇÃO (30/6/2016): Fontes junto ao Denatran dizem que a DRL será aceita, mas os guardas rodoviários com quem tenho conversado em SP dizem que a lei é clara em exigir faróis e multarão quem usar “farolete(foi como chamaram a DRL do Porsche 911) ou luz de posição+faróis de neblina/”milha”. Ou seja, como eu já havia dito, ou você usa o farol ou arrisca a multa pela interpretação do guarda.
Fonte: Motor Show