Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Minnesota. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Minnesota. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 26 de outubro de 2021

O depoimento de duas médicas transexuais críticas à transição de crianças e adolescentes - Ideias

Ideologia na ciência

O depoimento de duas médicas trans negado pelo New York Times

Com passagem pela Universidade de Washington, pela Universidade do Minnesota e pelo Centro Médico da Suécia, a ginecologista Marci Bowers é reconhecida internacionalmente por sua especialidade em cirurgias de redesignação de gênero. Foi ela a responsável por operar a ativista Jazz Jennings, estrela do reality show americano “A vida de Jazz” e uma das pessoas mais jovens a se identificar como transexual nos Estados Unidos, tendo feito a cirurgia aos 17 anos.

Erica Anderson, por sua vez, atua como psicóloga clínica da Clínica de Gênero Infantil e Adolescente da Universidade de São Francisco na Califórnia e também possui extensa experiência com pacientes com disforia de gênero. Ambas são mulheres transexuais e membros do conselho da Associação Profissional Mundial para Saúde Transgênero (WPATH), a organização que define os padrões mundiais para atendimento médico de pessoas transexuais.

No último mês de setembro, a dupla enviou ao The New York Times um artigo alertando para o fato de que muitos profissionais da área estão, consistentemente, tratando crianças com sintomas de disforia de gênero de forma desleixada. O texto foi rejeitado pelo jornal, por estar “fora das prioridades de cobertura”. Coube à jornalista Abigail Shrier, autora do livro “Irreversible Damage”, que trata o aumento súbito de casos de adolescentes auto-identificadas como transgênero e submetidas a tratamentos hormonais sem o devido diagnóstico, ouvir os depoimentos das duas especialistas. A reportagem foi publicada em inglês, na newsletter da jornalista Bari Weiss, que pediu demissão do Times em 2019 expondo a falta de compromisso do veículo com a tão divulgada pluralidade de opiniões.

Didático e revelador, o artigo de Shrier é calcado na vasta experiência de Anderson e Bowers - esta, com mais de 2 mil cirurgias de vaginoplastia no currículo e eleita para liderar a WPATH a partir do ano que vem. Hoje, a organização recomenda que a supressão hormonal da puberdade comece nos primeiros estágios para muitas crianças disfóricas ou mesmo não-conformes de gênero (meninas com comportamentos vistos como masculinos e vice-versa), insistindo que seus efeitos são “totalmente reversíveis”.

Bowes discorda. “Acho que houve ingenuidade por parte dos endocrinologistas pediátricos que eram proponentes do bloqueio precoce [da puberdade] pensando que apenas essa mágica pode acontecer, que os cirurgiões podem fazer qualquer coisa”. A ginecologista afirmou também que a WPATH não está preocupada em ouvir pontos de vistas diversos sobre o assunto - incluindo médicos genuinamente preocupados com a saúde da população LGBT. “Definitivamente, existem pessoas que estão tentando impedir a entrada de qualquer pessoa que não acredite na opinião geral de que tudo deveria ser afirmativo e que não há espaço para divergências”, disse.

Uma das maiores preocupações da ginecologista, inclusive, é com a futura vida sexual das crianças e adolescentes submetidas a estes processos hormonais. O caso de Jazz Jennings, que ajudou a alçar Bowels ao estrelato, não foi isento de complicações: por ter tomado bloqueadores hormonais desde os 11 anos de idade, aos 17, Jennings possuía o órgão sexual do tamanho do de uma criança pré-púbere. A “construção” do canal vaginal e do clitóris exigiu a retirada de revestimento do estômago. Aos 25 anos, a ativista nunca experimentou prazer sexual - e nunca experimentará.

“Se você nunca teve um orgasmo antes da cirurgia, e sua puberdade foi bloqueada, é muito difícil conseguir isso depois (...) Eu considero isso um grande problema, na verdade. É o tipo de problema do qual nós, em nosso ‘consentimento informado’ de crianças submetidas a bloqueadores da puberdade, esquecemos um pouco”, diz Bowers, que explica que a combinação de bloqueadores precoces com hormônios do sexo oposto desde a tenra idade tende a deixar os pacientes inférteis e sexualmente disfuncionais.

Por conta destes tratamentos movidos à ideologia no lugar da prudência (Shrier recorda que, por décadas, médicos especialistas em gênero recomendaram que crianças e adolescentes com sintomas disfóricos fossem cuidadosamente observados antes de qualquer intervenção), Anderson afirma, na reportagem, que provavelmente haverá um número crescente de arrependimentos entre esta população de adolescentes.

“É minha opinião que devido a alguns dos - como dizer? - vou chamar apenas de tratamentos ‘desleixados’, que teremos mais jovens adultos que se arrependerão de ter passado por esse processo. E isso vai me render muitas críticas de alguns colegas, mas dado o que vejo - e sinto muito, mas é minha experiência real como psicóloga que trata de jovens variantes de gênero - estou preocupada com decisões que mais tarde serão lamentadas por aqueles que os fizeram”.  
Para ela, o erro dos profissionais de saúde está em “apressar as pessoas na medicalização e falhar - terrivelmente - na avaliação do histórico de saúde mental e alguém historicamente nos tempos atuais e em prepará-los para tomar essa decisão de mudança de vida”.
Vale ler, na íntegra, o texto de Abigail Shrier: além das falas destacadas, a jornalista traça um histórico dos protocolos de tratamento para disforia de gênero, caracterizada como um severo desconforto ou inadequação com o sexo de nascença. 
Trata-se de uma condição médica real, prevista no Manual de Diagnósticos da Associação Americana de Psiquiatria (DSM). Precisamente por isto, deve ser avaliada e tratada com o máximo de cuidado, tendo por amparo as melhores práticas científicas construídas através de pesquisas de ponta e diálogo franco, ao invés de bravatas. 
 
Maria Clara Vieira, colunista - Gazeta do Povo - Ideias
 
 

domingo, 7 de junho de 2020

O “ ANTIFAS” pregando moral de cuecas - Sérgio Alves de Oliveira

A maior ironia da história da  humanidade acaba de acontecer com os violentos protestos do  “antifas”, organização pretensamente “antifascista” ,nascida na União Soviética, logo após a Revolução Bolchevique, liderada por Lenin, em 1917,e “renascida”  nos Estados Unidos, em 2011,com a “Occupy Wall Street”,quando esses grupos ocuparam o centro financeiro de Nova York, fazendo diversas exigências, e mais  recentemente, reativada em 25.05.2020, com a morte , por asfixiamento, de um  negro, George Floyd, no Minnesota-USA, por um policial branco, episódio esse usado como pretexto para os revides violentos do “antifas”. 

O líder da “Occupy Wall Street”, em 2011,Mark Bray, acabou sendo considerado o “papa”  “antifa”, escrevendo o livro  “Antifas:O Manual Antifascista”. Poucos dias após  os lamentáveis episódios de Minnesota, a “coisa” acabou repercutindo no Brasil, como acontece com quase tudo  que se passa no mundo e que  não presta. O “antifas” tupiniquim, imitando os acontecimentos dos Estados Unidos, resolveu  também sair às ruas e perturbar a ordem pública, tumultuando mobilizações pacíficas organizadas por apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro, num verdadeiro e violento atentado à democracia.

Mas numa milagrosa “mutação”,o “antifas” atual  em  nada mais lembra os antifascistas que dedicaram as suas vidas para combater o nazismo de Hitler ,e o fascismo de Mussolini,  que acabaram sendo incorporados, ”de corpo e alma”, pelo  atual “antifas”. Somente um estúpido poderia aplaudir  o fascismo, com sua  glorificação do Estado, esmagando as liberdades individuais, com propostas eugenistas e racistas. Mas, paradoxalmente, a que se  propõe o “antifas”de hoje? Apesar  do “antifas” condenar o fascismo como principal objetivo “de vida”, no fundo ambos são “iguais”. Do mesmo modo que o fascismo, o “antifas” glorifica o Estado e prega a supressão das liberdades individuais e da democracia, sendo radicalmente anticapitalista. Na verdade o “antifas” nega a validade da democracia e enxerga a violência como o melhor caminho para se fazer justiça. É por isso que o “antifas” de hoje nada têm a ver com os  heróicos antifascistas que combateram o nazismo e o fascismo nas décadas de 30 e 40. Hoje eles são uma “mistura” ,uma complexa “fusão”, dos fascistas com os  comunistas.

Após o nascimento do “antifas”, na União Soviética,em 1921, seu primeiro objetivo foi  a implantação do comunismo na Alemanha,que  tinha o segundo maior partido comunista do mundo,só atrás da União Soviética. Mas de tudo mesmo o que mais impressiona é a ousadia do “antifas”,de origem comunista, de tripudiar  o fascismo.  Comparado ao comunismo, origem do “antifas”, que assassinou cerca de 100 milhões de pessoas por onde passou, desse total   25 milhões na União Soviética, e 65 milhões na China do  Partido Comunista ,de  Mao-Tsé Tung, e também ao “nazismo” de Hitler, relativamente ao “holocausto” de 6 milhões de judeus, os assassinatos do regime fascista foram  na casa dos “milhares”, e não dos milhões, como na China, na Rússia,e na Alemanha nazista.
Como pode, então, um bandido “maior”, o bandido  comunista, condenar um bandido “menor”, o  bandido   fascista? Que “moral” tem ele?

Sérgio Alves de Oliveira - advogado e sociólogo






sexta-feira, 5 de junho de 2020

“ANTIFAS” é ferramenta comunista - Sérgio Alves de Oliveira


Deve estar bem fresquinho na memória de todo mundo a “bagunça” generalizada provocada pelos protestos e ataques estúpidos dos grupos de “black blocs”,no Brasil de 2013,em plena “Era do PT”, certamente sob sua “coordenação”, onde depredaram  quase tudo que encontravam pela frente, deixando o país, especialmente nos grandes centros urbanos, ”virado de cabeça para baixo”, com enormes prejuízos aos estabelecimentos  industriais e comerciais, espalhando o  terror generalizado pela sociedade civil.  

Passados 7 (sete) anos desses protestos e ataques estúpidos, ninguém ainda conseguiu encontrar uma explicação plausível sobre os motivos desses movimentos predatórios, protagonizados, especialmente ,por gente “desocupada”. E também ninguém foi responsabilizado pelos danos causados  , o que somente  poderia ser admitido  num país que se confunde com a “Casa-da-Mãe-Joana”, onde todos fazem o que querem e ninguém responde por nada.   Mas esses movimentos “black blocs” foram “importados”, ”macaqueados”, próprios  de grupos sem qualquer originalidade ou criatividade. O animal que mais gosta de imitar  o ser humano  , como se sabe,  é  o macaco. Os que já foram ao “Zoológico” podem confirmar. Os grupos “blakc blocs” nasceram na Alemanha, em 1980.   Originalmente eram compostos por anarquistas e autonomistas. Usavam máscaras e roupas pretas para serem facilmente identificados como grupo, mas pessoalmente  eram covardes  escondidos atrás das suas máscaras. Suas principais características residiam em ataques e depredações às propriedades públicas e privadas , indústrias e estabelecimentos comerciais, além de ofensivas antiestablischment, anticorporações, antimultinacionais ,e antiglobalização, bem como a todos os  governos que as apoiam.


Mas agora os “macacos tupiniquins” resolveram imitar outros “personagens”, repetindo a falta de criatividade e originalidade, porém dentro do mesmo espírito que havia motivado  o surgimento dos  “black blocs” locais. Agora é a vez dos “antifas” (antifascismo)militantes de esquerda,anarquistas,comunistas e socialistas, que “explodiram” após o brutal  o episódio de Minnesota-USA, de  25.05.2020, em reação ao assassinato brutal de George Floyd, um negro asfixiado por um policial branco,o que imediatamente se espalhou por 75 cidades americanas. O Presidente Donald Trump atribui os protestos violentos aos anarquistas e “antifas”. E tudo foi “macaqueado” no Brasil pelos “antifas” locais, reclamando “democracia” (na maior cara de pau) ,em protestos durante o domingo,31.05.2020, simultâneos às manifestações favoráveis ao  Presidente Bolsonaro.

Mas a denominação desses grupos como “antifas” (antifascistas) é totalmente falsa. Falsa de “berço”. Nasceram na URSS logo após a Revolução Bolchevique de outubro de 1917. A primeira missão seria implantar uma ditadura comunista na Alemanha,que tinha o segundo maior partido comunista, o “KPD”,que acabou optando,falsamente,por adotar a bandeira antifascista. Rotulavam todos os outros partidos adversários de “fascistas”. Quem não era comunista, era fascista. Os “antifas” nasceram a partir do 3º Congresso Mundial da Internacional Comunista da União Soviética, em 1921.

Mas o “antifascismo” desses  tais  “antifas” na verdade se trata do anticapitalismo. Por isso  “antifas” não se trata de nenhuma ideologia, porém de uma estratégia. Uma estratégia  de luta anticapitalista. Bem sabem esses “cretinos”que poucas palavras  na humanidade oferecem mais repulsa e resistência  quanto  “fascismo”. Por isso eles adotam o “(anti)fascismo”,mas se examinarmos bem  de perto, verificaremos que eles são  os “próprios” ,mais ou menos dentro das palavras de Lenin: “ACUSE OS ADVERSÁRIOS DO QUE VOCÊ FAZ,CHAMEO-OS DO QUE VOCÊ É”.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Os outros males da pandemia e a verdade sobre fake news - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

Outras doenças deixam o coronavírus no chinelo, as pessoas não morrem só em pandemias.|

 Cenário brasileiro




Além da epidemia, neste momento há também um surto de infartos. Pessoas cardíacas estão com medo de ir ao hospital quando sentem dor no peito, ficam em casa e morrem. Essas são informações de cardiologistas; inclusive, quem me disse isso tem milhares de transplantes cardíacos no currículo. É preocupante. Impuseram na cabeça das pessoas um pânico, uma obrigação: fique em casa. A pessoa tem medo de ir ao hospital e se contaminar da Covid-19 e morre do coração.

Os médicos me dizem que o próximo surto é de depressão com todas as suas terríveis consequências. Depressão por estar preso em casa, depressão por não ter dinheiro para pagar a comida dos filhos, as prestações, porque a empresa quebrou, porque perdeu o emprego. Eu digo isso no dia mundial do tabaco, lembrando que o cigarro mata no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 8 milhões de pessoas. Deixa no chinelo o coronavírus. A média diária de brasileiros mortos em consequência do fumo é de 438 vidas por dia, todos os dia, todo ano (não só numa pandemia ou quarentena).

E há um gigantesco prejuízo de hospitais que estão ociosos porque, hoje, as pessoas só vão a hospitais com suspeita da Covid-19. Pessoas que estão com outras doenças - câncer, necessidade de uma cirurgia eletiva - têm medo. Elas têm medo e os hospitais têm prejuízo. Eu soube de uma Santa Casa que fechou abril com R$ 30 milhões de prejuízo e vai fechar a quarentena com R$ 100 milhões de prejuízo.

Inquérito das fake news?
Outra grande discussão: o que é fake news. Quando alguém ameaça tocar fogo no STF, isso não é fake news, é crime de ameaça previsto no Código Penal. 
Quando alguém escreve que a mulher de um juiz está vendendo sentença e não prova, isso é crime de calúnia.
 Quando alguém ofende uma autoridade está cometendo injúria. Nada disso é fake news.

Fake news é, por exemplo, dizer que tinha 150 automóveis na manifestação deste domingo (31), em Brasília, quando eu contei 800. Isso é fake news. Fake news foi, na parada de 7 de setembro de 1980, quando eu contei 60 mil pessoas, todos os demais dizerem que tinha 17 mil pessoas porque não gostavam dos "milicos", segundo me disseram. Isso é fake news: é mentira, é notícia falsa, não devemos confundir.

Aliás, também no domingo houve confronto, grupos com todos os métodos fascistas (inclusive a Camicia Nera [camisa negra], dos seguidores de Mussolini) jogavam pedras na polícia em São Paulo e o jornalismo disse que era uma manifestação antifascista. Era exatamente uma manifestação fascista. Isso é fake news.

No espaço e em Minnesota
Aqui no Brasil a gente fala muito de PPP, parceria público privada, pois: neste fim de semana, pela primeira vez na história houve o lançamento de um foguete da iniciativa privada pondo dois astronautas na Estação Espacial. Feito da SpaceX, do empresário Elon Musk. O presidente Trump, dos EUA, ao saudá-los disse que a primeira mulher na lua será americana e o primeiro humano em Marte será americano.

Eu aproveito para registrar que Trump pediu desculpas a família de George Floyd, que foi morto em Minnesota por um policial que já foi preso e vai responder por homicídio. Bem diferente do que aconteceu em Araraquara, quando uma mulher teria sido morta também se não tivesse mordido o braço do policial. Ela disse que não conseguia respirar e foi jogada no chão. A resposta do prefeito foi dizer que a guarda municipal é tão pacífica que não usa arma, portanto não é violenta. O prefeito confunde arma com violência, arma não é violência, arma é força. Senão, a gente diria que as Forças Armadas são violentas.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


sexta-feira, 21 de junho de 2019

O estranho bilionário que financia os ataques contra Moro

Como um George Soros mais jovem, Pierre Omidyar quer fazer um mundo melhor; para isso banca um império de mídia que inclui o site The Intercept


Pela lógica, Pierre Omidyar, o engenheiro que criou ouro puro ao desenhar o site de leilões eBay, deveria estar do lado de Sergio Moro e de todos os brasileiros engajados no combate ao veneno cruel da corrupção. O bilionário americano nascido em Paris de pais iranianos quer fazer o bem, segundo seus propósitos declarados. E tem 13 bilhões de dólares para bancar seus desejos, aparentemente contraditórios.  Detesta aparecer, mas é um pouquinho vaidoso – usa uma foto de muitos anos atrás no Twitter. E deu o próprio nome a uma das organizações mais importantes que criou, a Omidyar Network.

É ambicioso também. Através da “rede global de inovadores, empreendedores, tecnologistas, militantes, investidores, ativistas e organizações comprometidas em enfrentar os assuntos mais prementes de nosso tempo”, pretende mudar o mundo influenciando em áreas importantes.  Segue quatro “imperativos estratégicos”: reimaginar o capitalismo, melhorar a vida de quem precisa através da “tecnologia benéfica”, identificar assuntos emergentes que moldarão o futuro e expandir a capacidade humana.

Quem fala em “reimaginar” o capitalismo já está fora do debate dos adultos. Exceto, claro, se tiver 13 bilhões de dólares.  A linguagem meio infantilizada das organizações bancadas pelo bilionário é meio new age por um bom motivo: Omidyar, nascido com o nome persa de Parvaz, é da escola californiana de budismo, provavelmente por influência da mulher, Pamela Kerr. Obviamente, não um budista qualquer. Omidyar banca viagens, palestras e outras atividades do Dalai Lama.
O nome foi afrancesado para Pierre porque ele nasceu em Paris, onde os pais foram estudar. O pai seguiu carreira como cirurgião e a mãe como pesquisadora de linguística. Separaram-se depois que se mudaram para os Estados Unidos.

Neoliberal progressista
A influência global de Omidyar tem diferentes ramos. O jornalístico é o que mais interessa aqui. Como George Soros, ele contribui para diversos sites e organizações com profissionais de alto nível , jornalistas, ativistas ou ambos, para disseminar suas ideias. Mas, ao contrário do americano de origem húngara, financiador de causas chamadas progressistas, como a liberação das drogas e a reforma penal em favor de criminosos, sem contar a eleição de políticos simpáticos a elas, Omidyar participa diretamente de projetos jornalísticos próprios.

O alinhamento ideológico também não é tão claro quanto o de Soros. Omidyar já foi acusado de neoliberal, um dos xingamentos máximos na escala esquerdista, e de agir em conluio com a inteligência americana na época das convulsões na Ucrânia.
Também não desfruta de boa reputação nos meios bancados pela Rússia, como a RT (ex-Russian TV) e o site Sputnik. Ambos são bons sinalizadores ideológicos: incentivam todo e qualquer tipo de antiamericanismo, o que de imediato esclarece o posicionamento dos “players”.

Na RT, em fevereiro passado, ele foi descrito como “grande patrocinador da mudança de regime” – expressão que significa interferência política em países que a Rússia quer para sua esfera de influência, desde a Ucrânia até a Síria. A reportagem cita um obscuro site de Minnesota chamado MintPress, financiado pela família palestina de origem jordaniana Muhawesh. Estranhamente, para um órgão que defende a Síria de Bashar Assad e a Venezuela de Nicolás Maduro, a série de reportagens do site sobre Omidyar é boa, uma vez eliminado o viés ideológico.
(...)
 
É nessa reportagem que aparece a “conversão” do dono do eBay. Obamista apaixonado e grande contribuidor da Fundação Clinton, ele mudou de lado. Supostamente, mas a tal ponto que todas as informações roubadas por Snowden, asilado na Rússia para não ser preso e julgado por espionagem nos Estados Unidos, hoje estão sob o guarda-chuva de Omidyar.

Imaginem o poder que um cofre dessas dimensões dá a um único homem, protegido pela fortuna que fez aos 31 anos e movido pela missão de mudar o mundo. Quando foi lançado, o Intercept era essencialmente voltado contra os órgãos de inteligência dos Estados Unidos. Greenwald ficou mais conhecido nos Estados Unidos depois que Donald Trump foi eleito e oposição democrata, espicaçada pela maioria dos órgãos de imprensa, passou a atribuir a sua vitória a algum tipo de conspiração com os russos.

Projeto coral

(...)

Matéria completa em VEJA 



quinta-feira, 14 de março de 2019

Críticas a Israel dividem democratas

Um presidente historicamente impopular seria um presente para a oposição. Mas, dois meses depois da posse do Congresso mais etnicamente diverso da história americana, uma velha rusga ocupou as manchetes políticas na capital. Até onde é possível justificar o apoio incondicional a Israel, o país que mais recebeu ajuda financeira americana no pós-guerra?  Entra em cena um elenco de calouros eleitos para a Câmara, na esteira de reação anti-Trump em novembro de 2018. E uma jovem deputada que não teme perturbar a etiqueta dos veteranos – e não conhece bem o vernáculo histórico do antissemitismo nos Estados Unidos.

Falamos de Ilhan Omar, a somaliana que passou quatro anos num campo de refugiados no Quênia até emigrar para os EUA e construir uma carreira política no estado de Minnesota. Eleita deputada em novembro passado, Omar chegou em Washington sob o halo da renovação. Logo atraiu controvérsias com declarações desastradas sobre a influência de Israel na política externa americana.

O problema, argumentam com frequência Israel não é denunciar a influência real de lobbies pró-Israel e sim recorrer a clichês que remontam a marcos do antissemitismo, especialmente o centrado na Europa. Apesar de Omar ter feito outros comentários críticos tanto sobre Israel como sobre direitos humanos na Arábia Saudita, foi  uma declaração no começo de março que despertou a a ira de colegas da bancada democrata. Ilhan Omar respondia uma pergunta sobre o poderoso grupo de lobby AIPAC (American Israel Public Affairs Committee) uma organização que defende os interesses de Israel e que hoje é politicamente dominada pela direita evangélica americana. A deputada disse ” Eu quero falar sobre a influência política nesta país que tolera a pressão pela lealdade a um país estrangeiro.”

A reação foi imediata e bipartidária, com alguns democratas à esquerda da liderança, como a deputada igualmente caloura Alexandria Ocaso Cortez saindo em defesa da colega. Na quinta-feira, 7, depois de uma semana de turbulência, o Partido Democrata passou uma resolução que não condenou Ilhan Omar nominalmente, mas condenou “antissemitismo e expressões odiosas de intolerância”,  incluindo discriminação contra muçulmanos e qualquer outra minoria.

(...)

O debate sobre Israel ignora com frequência o fato de que a maioria dos judeus americanos não apoia a guinada à direita do estado de Israel sob Benjamin Netanyahu,  um fenômeno acentuado por geração. “Não há duvida de que os americanos mais jovens, entre eles os jovens judeus, têm menos interesse em Israel e dão menos apoio a suas políticas do que os mais velhos,” diz Stephen Walt.

Na eleição presidencial de 2012, 69% dos eleitores judeus votaram em Barack Obama contra 30% que deram o voto ao republicano Mitt Romney. Em 2016, Hillary Clinton recebeu 71% dos votos judeus, Donald Trump ficou com 24%.  No domingo passado, Netanyahu não demonstrou interesse em apaziguar seus críticos americanos com uma declaração explosiva: “Israel é uma nação-estado apenas para os judeus,” disse o primeiro ministro, em resposta a um comentário da atriz israelense Rotem Sela em defesa de igualdade para cidadãos árabes-israelenses. “Acredito que esta declaração revela os verdadeiros sentimentos de Netanyahu e aqueles em sua coalizão de governo,” diz Stephen Walt.Eles consideram os árabes israelenses cidadãos de segunda classe e acreditam que os palestinos vivendo sob seu controle em Gaza e na Cisjordânia não têm direito algum,” conclui.

 MATÉRIA COMPLETA, em VEJA




sábado, 18 de novembro de 2017

Qual a razão de punir alguém por um assédio ocorrido há dezenas de anos?



Juiz candidato em Ohio reclama de debate sobre assédio: 'Dormi com 50 belas mulheres'

Democrata Bill O'Neill se vangloria 'em nome de todos os homens heterossexuais'

[Dois esclarecimentos:
- o  juiz da Suprema Corte e o senador pertencem ao partido democrata - por favor, admitam que desta vez o Trump não pode ser acusado de nada;

- o Blog Prontidão Total é contra qualquer prática de assédio 
(além da nossa posição inarredável que a mulher tem o DIREITO de escolher o homem com quem quer se relacionar, também entendemos que o fato do número de mulheres ser bem superior ao de homens,  e ainda conspirar contra as mulheres a existência de muitos homens que não curtem mulheres,  o que reduz a concorrência, favorecendo os homens) e radicalmente contra o estupro, tanto que defendemos como pena mínima para o estupro além da prisão por alguns anos a castração química por um período não inferior a dez anos; e, no caso de reincidência, mais uma temporada na cadeia e castração física, sem anestesia. 

Mas, somos contrários à "mania" de pretender punir um homem por ter assediado uma mulher há dezenas de anos. Um homicidio,  mais grave que o assédio,  prescreve em vinte anos.]

Cansado do atual debate sobre assédio sexual, um juiz americano causou grande polêmica nesta sexta-feira (17), ao afirmar que, nos últimos 50 anos, "dormiu com 50 mulheres", em uma mensagem escrita no Facebook "em nome de todos os homens heterossexuais".



Nesse texto, divulgado pela imprensa americana, o juiz da Suprema Corte de Ohio Bill O'Neill defende o senador democrata de Minnesota Al Franken, que esta semana se desculpou por ter beijado uma apresentadora à força em 2006.

"Agora que os cães exigem a cabeça de Al Franken, acho que é hora de falar em nome de todos os homens heterossexuais", escreveu Bill O'Neill, candidato à indicação democrata para a eleição de governador em 2018. "Enquanto candidato ao cargo de governador, quero poupar o tempo dos meus adversários de me investigar", afirmou.



"Nos últimos 50 anos, tive relações sexuais íntimas com cerca de 50 mulheres muito belas", admitiu, mencionando "a esplêndida secretária pessoal do senador Bob Taft", seu "primeiro amor", e uma "ruiva de beleza fatal".


O'Neill se declarou "decepcionado com a loucura nacional atual sobre assuntos sexuais que datam de várias décadas atrás" e pediu que se volte para questões políticas que importam.  Em Ohio, a presidente da Suprema Corte local, Maureen O'Connor, afirmou que "este chocante desprezo pelas mulheres mina a confiança do público na integridade da Justiça", de acordo com o site de informações cleveland.com.


O Globo

 

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Mutilação genital feminina e a loucura suicida do multiculturalismo

Os advogados de defesa de dois médicos de Michigan, naturais da Índia e uma de suas esposas, que foram indiciados pelo júri em 22 de abril e acusados de mutilar os órgãos genitais de duas meninas de sete anos, pretendem apresentar o argumento de liberdade religiosa na representação de seus clientes muçulmanos.

Os réus são membros da Dawoodi Bohra, uma seita islâmica de sua terra natal. Na esfera federal, sendo este o primeiro caso desde que a mutilação genital feminina (FGM em inglês) foi proibida em 1996, a defesa afirma que a prática é um ritual religioso e, portanto, deve ser protegido pela lei dos Estados Unidos.

A petição revela involuntariamente as falsas alegações feitas por proeminentes muçulmanos – como o estudioso/apresentador de TV iraniano/americano Reza Aslan e a ativista palestina/americana Linda Sarsour, que insistem que a FGM não é “uma prática islâmica”.

A mutilação genital feminina, também conhecida como circuncisão feminina, é o corte ou a remoção do clitóris e/ou da lábia, como forma de eliminar o desejo e o prazer sexual de uma menina, garantir que ela seja virgem até o casamento e permanecer fiel ao seu marido. De acordo com a Organização Mundial da Saúde:
A FGM não traz benefícios à saúde, além de causar danos às meninas e mulheres de diversas maneiras. A prática significa remover e lesar o saudável e normal tecido genital feminino, interferindo com as funções naturais dos corpos das meninas e das mulheres. De modo geral os riscos aumentam quanto maior for a severidade do procedimento.

Os procedimentos são realizados, na maioria das vezes, em meninas que estão entre a infância e a adolescência, ocasionalmente em mulheres adultas. Estima-se que haja mais de 3 milhões de meninas em risco de sofrerem a FGM por ano. Mais de 200 milhões de meninas e mulheres vivas hoje foram mutiladas em 30 países da África, Oriente Médio e Ásia, onde se concentra a FGM.

O influxo de imigrantes e refugiados dessas regiões do planeta para países ocidentais teve como consequência um aumento dramático e perigoso da FGM na Europa, Grã-Bretanha e Estados Unidos. De acordo com as estatísticas do Serviço Nacional de Saúde, pelo menos uma menina a cada hora está sujeita a este procedimento agonizante somente no Reino Unido – e já faz quase 30 anos que a prática lá é ilegal.

Concomitantemente, um Relatório da Comissão Europeia revelou que cerca de 500 mil mulheres na Europa foram submetidas à FGM, muitas outras correm o risco de serem forçadas a se submeterem a ela. Na Alemanha, por exemplo, foi inaugurada uma clínica em 2013 para fornecer tratamento físico e psicológico às vítimas do procedimento, cerca de 50 mil mulheres passaram pelo procedimento, sendo cerca de 20 mil em Berlim. Chamado de Desert Flower Center, o empreendimento foi encabeçado e financiado pela supermodelo/atriz natural da Somália Waris Dirie, proeminente ativista anti-FGM.

Em 15 de maio, na esteira do caso dos médicos da FGM em Michigan, a Câmara dos Deputados de Minnesota e o Senado de Michigan aprovaram uma legislação que estenderá aos estados as leis federais anti-FGM existentes aos pais de meninas que foram sujeitas ao ritual. Afinal de contas, são as mães e os pais que forçam as filhas a se submeterem ao ritual – como no caso da autora somali, Ayaan Hirsi Ali, foi a sua avó.

Em uma entrevista concedida ao Evening Standard, do Reino Unido em 2013, Hirsi Ali – ex-muçulmana que renegou sua fé e se tornou uma crítica que não faz rodeios quando se trata do Islã e da Lei Islâmica (Sharia), principalmente quando afeta as mulheres – explicou porque tem sido tão difícil processar membros da família envolvidos na FGM:
“Passei por isso aos cinco anos de idade e 10 anos mais tarde, mesmo 20 anos mais tarde, eu não teria testemunhado contra meus pais”, ressaltou ela. “É uma questão psicológica. As pessoas que estão fazendo isso são pais, mães, avós, tias. Nenhuma menininha vai mandá-los para a prisão. Como viver com uma culpa dessas?”

O problema maior, no entanto – que deve ser abordado juntamente com a legislação – abrange o multiculturalismo ocidental que enlouqueceu. Tomemos por exemplo a decisão por parte da editora da coluna Ciência e Saúde, Celia Dugger do New York Times, em abril, de parar de usar o termo “mutilação genital feminina”, alegando que ele está “culturalmente carregado”.
“Há um abismo entre os defensores ocidentais (e alguns africanos) que fazem campanha contra a prática e as pessoas que seguem o rito, eu senti que o linguajar utilizado ampliou ainda mais esse abismo”, salientou ela.

A FGM não é um crime menos estarrecedor do que o estupro ou a escravidão, no entanto as autoproclamadas feministas no Ocidenteincluindo muçulmanas como Linda Sarsour e ativistas não muçulmanas se engajam em uma cruzada contra a “islamofobia” – silenciam quando se trata de práticas bárbaras ou negam sua conexão com o Islã. Será que elas também apoiam a escravidão, outra prática respaldada pelo Islã, ainda praticada hoje na Arábia Saudita, Líbia, Mauritânia e Sudão, bem como pelo Estado Islâmico e pelo Boko Haram?

É por isso que a legislação anti-FGM, por mais crucial que seja, é insuficiente. Chegou a hora de estar vigilante não só contra praticantes e pais, mas também para expor e desacreditar qualquer um que tente proteger essa brutalidade.

Khadija Khan é jornalista e comentarista paquistanesa, atualmente radicada na Alemanha.
Publicado no site do Gatestone Institute https://pt.gatestoneinstitute.org
Tradução: Joseph Skilnik