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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Bolsonaro tem mais oficiais no primeiro escalão que presidentes da ditadura

 Com a diplomação efetivada e a equipe ministerial fechada, Jair Bolsonaro se prepara para iniciar o mandato no Palácio do Planalto com o apoio direto de oito oficiais das Forças Armadas. O número é maior do que os indicados pelos cinco principais presidentes do período militar, na década de 1960: Humberto Castelo Branco, Artur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo.

A partir de levantamento no site Biblioteca da Presidência da República, é possível contar os oficiais que estiverem em postos-chaves entre abril de 1964 e março de 1985. Enquanto Castelo Branco (1964-1967) convocou cinco oficiais, Costa e Silva (1967-1969), Médici (1969-1974) e Geisel (1974-1979) tiveram sete — Figueiredo (1979-1985) indicou seis. No governo Bolsonaro, cargos de primeiro escalão são ocupados por nove militares.

Além dos generais Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) e do almirante Bento Costa Lima Leite (Minas e Energia), o primeiro escalão ainda é composto pelos capitães Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e o tenente-coronel Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). Além deles, o general Santa Rosa vai comandar a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), que não tem status de ministério. “É preciso somar ainda o presidente Bolsonaro (capitão) e o vice Hamilton Mourão (general)”, diz o escritor Luiz Cláudio Cunha, que ontem abriu a audiência pública no Senado em homenagem aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 1948. Durante o evento, a forte presença dos militares no futuro governo foi vista como um risco para o regime democrático por palestrantes. Nos governos da ditadura, havia três ministérios militares, um para cada Força, que foram extintos em 1999 por Fernando Henrique Cardoso — ele criou a pasta da Defesa.

Um dos ministros militares integrante de vários governos na ditadura foi Jarbas Passarinho, que chegou ao posto de tenente-coronel, além de governador do Pará, presidente do Senado e ministro da Educação, Previdência Social nas gestões Figueiredo, Médici e Costa e Silva — também foi o titular da Justiça no período Collor de Mello.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Economia, economia. E só” e outras notas de Carlos Brickmann

Na verdade, o importante é a economia. Se o cidadão tiver emprego, puder comprar alimentos, pagar o aluguel e as contas, o governo Bolsonaro terá dado certo

Se o governo de Bolsonaro der certo, a presença maciça de militares, a redução do número de ministérios e a redução das restrições ao porte de armas serão aprovadas com entusiasmo pelos eleitores. Se o governo de Bolsonaro não der certo, os eleitores dirão que os ministérios cortados fizeram falta, que arma deve ser proibida e que lugar de milico é no quartel.

Na verdade, esses itens são secundários: o importante é a economia. Se o cidadão tiver emprego, puder comprar alimentos, pagar o aluguel e as contas, o Governo terá dado certo. Simples assim: se a economia estiver em bom funcionamento, tudo estará bem. Lembre o grande Nelson Rodrigues, para quem o Maracanã vaiava até minuto de silêncio. O ditador Médici, em cujo governo a economia cresceu, foi aplaudido. Motivo? Pleno emprego.

No caso de Bolsonaro, se a economia crescer e se aproximar do pleno emprego, anote: Ônix vira gênio político, Alexandre Frota passa a ser um parlamentar brilhante cuja vocação demorou a ser descoberta, a bancada da Bíblia recebeu uma ordem divina e a cumpriu juntando-se ao predestinado que iria salvar o país. Se a economia não crescer, o restante do Governo pode funcionar com perfeição que será sempre considerado muito ruim. Oto Glória, técnico brasileiro que levou a Seleção portuguesa ao terceiro lugar na Copa de 1966 (eliminando o Brasil de Pelé), dizia que “em futebol é fácil passar de bestial a besta”. Em Portugal, “bestial” significa “ótimo”.

A voz de Lula
Antes que comecem a insultar este colunista, quem disse que Médici era popular entre os trabalhadores e venceria uma eleição direta foi Lula. Lula corretamente atribuía a popularidade de Médici ao pleno emprego.

Bons sinais
Há bons sinais no caminho de Bolsonaro: a inflação está baixa, há sinais de confiança do mercado na recuperação da economia, o desemprego é um horror de alto, mas baixou, neste fim de ano, ao nível da época de Dilma.

Maus sinais
E há maus sinais: parlamentares dispostos a aumentar as despesas se forem contrariados, magistrados que nesta época não se preocupam com o déficit público, coordenação política do bloco governista ainda inexistente. O buraco nas contas é grande e já se fala em retomar investimentos (aliás, necessários) em obras de infraestrutura e até mesmo em Angra 3, parada há dezenas de anos. De onde sairá o dinheiro? Pergunte ao Posto Ipiranga: só o superministro da Economia, Paulo Guedes, para responder onde buscá-lo.

Educação em (bom) debate
Só feras: um debate promovido pelo MIT, Massachusetts Institute of Technology, uma das principais universidades do mundo, sobre Visões sobre o futuro da Educação no Brasil, com apoio da Fundação Lemann. “O Brasil precisa avançar na Educação para poder escapar da armadilha de renda média”, diz o professor Ben Ross Schneider, do MIT, coordenador do debate e autor de pesquisa com análise comparativa das políticas públicas educacionais e reformas na América Latina, com foco no setor privado e nos sindicatos de professores. O debate, com Schneider, Lucas Rocha, da Fundação Lemann, Ari de Sá Neto (MIT Sloan Alumni do Brasil, CEO da Arco Educação) e Samir Iásbeck, da Qranio, ocorre nesta segunda, 3 de dezembro, das 18h30 às 21h. Inscrições até dia 30 (e detalhes) neste link. Gratuito. Vale a pena: todos têm o que dizer e não entram em discussão de bobagem.

Olha o indulto!
O Supremo deve decidir hoje se o indulto de Natal assinado no ano passado por Temer vale ou não integralmente. Em liminar, o ministro Luís Roberto Barroso suspendera trechos do indulto, para excluir do benefício os presos por crimes de colarinho branco. Hoje, se a decisão de Barroso for derrotada, condenados por corrupção ficarão livres após o cumprimento de 20% das penas, e sem pagar as multas que lhes foram impostas. Barroso tinha liberado para o perdão de Temer só os condenados por crimes sem violência, com sentença de até oito anos, que já tivessem cumprido um terço da pena, sem liberação das multas e sem colarinho branco. Conforme a decisão do Supremo, Temer poderá conceder um indulto gigante.

Só?
Mais uma denúncia contra o ex-presidente Lula, esta oferecida pela Operação Lava Jato de São Paulo, sob acusação de lavagem de dinheiro em negócio na Guiné Equatorial, África. Segundo a denúncia (que, entre os papeis apresentados, traz e-mail do ex-presidente ao ditador Teodoro Obiang), Lula ajudou a empresa brasileira ARG a ganhar contrato na Guiné Equatorial, e em troca obteve propina de US$ 1 milhão (ou doação legal para o Instituto Lula). Bem, se houve propina de US$ 1 milhão, quase nada diante dos números que têm circulado, Lula será processado por dumping.


Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

domingo, 15 de julho de 2018

Os sete mortos vivos do Araguaia


Quem são os guerrilheiros que teriam celebrado um acordo de colaboração com o governo militar e passaram a viver com novas identidades

Em 1973, o Brasil vivia o período mais duro da ditadura militar, os chamados Anos de Chumbo, onde a repressão violenta e a tortura se tornaram regras. [estávamos em uma guerra, na qual o inimigo - os guerrilheiros, considerados por muitos como vítimas, era covarde e agia sempre a traição, nas sombras e tinha que ser neutralizado.

Não podemos olvidar que praticamente 100% das versões que circulam defendem os guerrilheiros, são de apoiadores que insistem em apresentar os covardes comunistas como vítimas.

Os livros em sua maioria apresentam os guerrilheiros  como santos, não mencionam as covardias  que praticavam.

Existe os fatos e as versões - e as versões não são apresentados pelos vencedores - os brasileiros do BEM, que combateram os inimigos da Pátria - que na maioria das vezes, sequer são ouvidos. ] Em meio à floresta amazônica, às margens do rio Araguaia, numa região entre os atuais estados do Pará e do Tocantins, um grupo de militantes ligados ao PCdoB introduziu um foco de guerrilha, com o objetivo de criar um território independente a partir do qual pretendia combater e derrubar o regime. Naquele ano, o presidente Emílio Garrastazu Médici deu uma dura [e necessária]  ordem a seu ministro do Exército, general Orlando Geisel: a guerrilha do Araguaia deveria ser derrotada, com a eliminação total dos guerrilheiros. Médici não queria testemunhas.

A ordem de Médici deu início ao que o Exército chama de “Operação Marajoara” e o PCdoB batizou de “Terceira Campanha”. Um sangrento período no qual a ética tradicional da guerra e as regras previstas na Convenção de Genebra foram totalmente abandonadas. Os detalhes da Terceira Campanha são o tema do segundo livro sobre o Araguaia de autoria de Hugo Studart, “Borboletas e Lobisomens”, editado pela Francisco Alves, que será lançado em Brasília no próximo dia 17. ISTOÉ teve acesso com exclusividade aos principais capítulos da obra.

52 mortes
O título do livro remete a uma lenda colhida na região do Araguaia, referente aos dois guerrilheiros mais conhecidos. Sobre Dinalva Conceição Teixeira, codinome Dina, os camponeses da região diziam que se transformava em borboleta para escapar dos soldados. Já Oswaldo Orlando Costa, um negro de quase dois metros de altura conhecido por Oswaldão, viraria lobisomem. Para Studart, são arquétipos do imaginário dos guerrilheiros: borboletas, pelos sonhos de justiça social; lobisomens, pela opção pela violência nas suas ações.

Com detalhes sobre a prisão e execução dos guerrilheiros, o livro de Studart faz um inventário do saldo final da guerrilha do Araguaia. De acordo com ele, 10 militares morreram nas ações, além de 15 camponeses. Mas as maiores vítimas foram os guerrilheiros: 29 morreram em confronto, 22 executados pelos soldados e um “justiçado” pelos próprios guerrilheiros. Um dos dados da conta feita por Studart, no entanto, deverá gerar polêmica: segundo ele, sete guerrilheiros teriam feito acordo de colaboração com o governo militar, integraram o Programa de Proteção a Testemunhas e passaram a viver com novas identidades. São os chamados “Mortos-Vivos” do Araguaia.

Não há documentos que atestem a existência do que consta no livro “Operação Mortos-Vivos”, capitaneada à época pelo tenente-coronel Cyro Etchegoyen, tio do atual ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Sergio Etchegoyen. O trabalho de apuração de Hugo para chegar aos sete nomes é principalmente baseado no cruzamento de depoimentos de militares e camponeses, alguns desses depoimentos fornecidos de forma anônima. Entre os historiadores, há mais consenso com relação ao nome daquele que puxa o capítulo em que Hugo detalha a existência dos “Mortos-Vivos”: Hélio Luiz Navarro de Magalhães. Aos 21 anos, Hélio adotou na guerrilha o codinome Edinho. Hélio era filho de um oficial da Marinha, o capitão de mar e guerra Hélio Gérson de Magalhães, e sobrinho do almirante Gualter Meneses de Magalhães, comandante-em-chefe da Esquadra Brasileira – o segundo nome na hierarquia da Marinha.

Os soldados desceram do helicóptero atirando e atingiram Hélio no ombro. Renê estava desarmado. Os dois se renderam
 
Segundo o livro, seu tio dava seguidamente instruções no sentido de que os militares capturassem seu sobrinho vivo e resguardassem sua vida. Foi preso no Araguaia em fins de fevereiro de 1974. Estava em companhia de outro guerrilheiro, Renê Silveira, codinome Duda. Os soldados desembarcaram de um helicóptero atirando e atingiram Hélio no ombro. Renê estava desarmado. Os dois se renderam. Horas depois, um terceiro guerrilheiro também foi preso: Antônio Pádua, codinome Piauí. Logo repercutiu a notícia da prisão daquele que já era conhecido como “filho do almirante”. Discutia-se o que fazer com ele. A simples libertação de Hélio não seria uma solução. Os militares avaliaram que, nesse caso, ele acabaria eliminado pelo próprio PCdoB

Daí, a operação para criar uma “história de cobertura” (uma falsa eliminação) e lhe dar nova identidade. Segundo a obra, Hélio interferiu pela vida dos outros dois companheiros. Mais tarde, outros quatro guerrilheiros seriam poupados da ordem de Médici de eliminação total. A irmã de Renê, Elizabeth Silveira, do Grupo Tortura Nunca Mais, contesta de forma veemente a versão de que seu irmão viveria com nova identidade. 

O livro informa que, em 2001, Hélio chegou a reaparecer no mundo dos vivos. Teria se tornado executivo de uma rede de supermercados. Apresentou-se no dia 8 de agosto daquele ano em um posto da Receita, com sua verdadeira identidade, para regularizar seu CPF e liberar para sua mãe o inventário de seu pai, morto em 1999. Forneceu à Justiça um documento em que abria mão da herança e novamente desapareceu.

IstoÉ 

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Em dia histórico, país deverá ter hoje três presidentes da República - os três juntos, multiplicados por dez, não valem por um Castelo Branco, um Costa e Silva, um Médici ou um Geisel

Sessão de votação do impeachment da presidente Dilma no Senado começa daqui a pouco. Temer prevê tomar posse logo após a aprovação, mas planeja viajar ainda hoje para a China; o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assume a presidência da República na sua ausência 

Senado decide hoje se Dilma Rousseff vai ser afastada em definitivo da Presidência

Decisão do plenário pode pôr fim a 13 anos da era PT

Foram cerca de 70 horas de acaloradas discussões, lágrimas, discursos pela madrugada e ameaça de uso do “poder de polícia” para conter os ânimos até que chegasse, finalmente, o dia do juízo final para a presidente afastada, Dilma Rousseff, acusada de cometer crime de responsabilidade. Nesta quarta-feira, último dia do mês de agosto, o Senado concluirá o segundo processo de impeachment de um presidente na história democrática.


Ao que tudo indica, o resultado da votação que se iniciará na manhã desta quarta-feira trará para Dilma um resultado quase tão trágico quanto aquele vivido no mesmo mês de agosto por alguns dos antecessores que a petista citou em seu discurso na segunda-feira.

Foi o mês em que Getúlio Vargas tirou a própria vida e que Juscelino Kubitschek morreu. Foi também o mês da renúncia de Jânio Quadros, ato que, anos depois, desembocaria no regime militar, período citado por Dilma em sua fala para comparar a tortura que então sofreu ao momento que vive hoje. Uma vez confirmado o impedimento dela, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deverá assumir interinamente a Presidência da República da noite desta quarta-feira até a próxima terça-feira, já que Michel Temer pretende embarcar para a China logo após ser empossado pelo Congresso Nacional.

Em levantamento do GLOBO, 53 senadores já admitiram votar a favor do impeachment. São necessários 54 votos para que Dilma seja cassada. Mas o clima na noite de terça-feira, consolidado após as longas horas da sessão, era francamente favorável ao impeachment. Os poucos senadores que resistiam em anunciar publicamente seus votos eram contabilizados pelo Palácio do Planalto como favoráveis à cassação da presidente afastada. Confiantes no resultado, auxiliares do presidente interino, Michel Temer, afirmavam que o “centro da meta seriam 60 votos, com margem de até dois a mais, ou dois a menos. Ou seja, um número ainda mais folgado que os 59 votos obtidos há três semanas, quando o Senado levou Dilma a julgamento.

No plenário do Senado, durante a arrastada sessão que teve 65 senadores inscritos para falar, cada um por dez minutos, o senador Fernando Collor (PTC-AL), alvo de impeachment em 1992, fez críticas ao governo petista e negou a tese do golpe, como defende o PT. Sinalizando que pode ser o 54º voto a favor do impeachment, ele comparou sua situação à de Dilma afirmando que, quando foi alvo do impedimento, “forças conjugadas simularam uma crise política de governabilidade”, mas, hoje, o cenário é outro.

Collor disse que Dilma transformou sua gestão em uma “tragédia anunciada” e enfrenta um “desfecho típico de um governo que faz da cegueira econômica o seu calvário, e da surdez política o seu cadafalso”.

Neste último dia antes do julgamento final, houve também choro dos dois lados. Enquanto a autora do pedido de impeachment, Janaína Paschoal, emocionou-se ao dizer que pedia o impedimento da presidente afastada pensando em todos os brasileiros, inclusive nos netos de Dilma, o advogado da petista, José Eduardo Cardozo, chorou durante entrevista ao apontar o que vê como uma “injustiça” contra sua chefe.

No PT, os discursos miravam mais o futuro a médio prazo do que uma tentativa imediata de virar votos. Cientes de que a votação deste último dia de agosto pode enterrar de vez a era de hegemonia petista, os senadores do partido alertavam para a “tragédia” de um governo Temer, voltado para o capital privado e exigindo sacrifícios sociais, numa indicação sobre o tom da oposição que poderá ser liderada pelo PT.

Enquanto o polêmico senador Magno Malta (PR-ES) dizia presenciar o mais triste “velório” pela ausência de mobilização pró-Dilma, o Planalto já se preparava para a posse definitiva de Temer. A cerimônia, prevista para esta tarde, no plenário da Câmara selará o desfecho do impeachment nove meses após o então poderoso presidente da Câmara, o hoje deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter dado início ao processo.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

De Getulio.Vargas@edu para Lula@org

Deixe sua sucessora em paz, uma regência do Instituto Lula é coisa inédita, a destruição dela será também a sua

Senhor presidente:
Faz tempo que eu organizo um churrasco para os presidentes do Brasil que estão por aqui. Depois da carne, jogamos pingue-pongue. Fizemos o último encontro há uma semana, e resolvi escrever-lhe porque falou-se muito do senhor. Vosmicê não é popular entre nós. 

Simpatia, o senhor tem a do Itamar Franco e do Floriano Peixoto. O Médici não pode ouvir seu nome. Eu procuro entender seus pontos de vista, mas sua gabolice dá-me nos nervos.  O tema de nossa conversa foi sua relação com a senhora Rousseff, e estamos todos de acordo: o senhor está jogando uma cartada inédita, ruim para o país e para ambos.

À mesa éramos 25. Em graus variáveis, todos desentenderam-se com seus sucessores. Uns, nunca os toleraram, como Kubitschek com Jânio. Outros, tendo-os ungido, como vosmicê, desencantaram-se e arrependeram-se. Confidencio-lhe que o Ernesto Geisel mal cumprimenta o general Figueiredo. Eu dou-me bem com todos, até com Geisel, que cercou meu palácio em 1945.

Por maiores e até mesmo injustos que tenham sido os desencontros, nenhum de nós tentou sequestrar o governo do seu sucessor. Mesmo quando procuramos interferir, preservamos a discrição. O Itamar lembrou que disse poucas e boas do Fernando Henrique Cardoso, mas sua força extinguira-se. Não é esse o seu caso. A presidente precisa do seu apoio, e a destruição dela será a sua. Intuo que o senhor precisa mais dela do que ela do senhor.

Resta outro argumento, o do recato. O senhor tirou o nome da presidente da sua cartola, como fizeram o Médici com o Geisel e o Geisel com o Figueiredo. Se arrependimento matasse, ambos teriam chegado aqui muito antes. Por recato, diziam horrores dos seus escolhidos, mas mantinham as queixas num círculo fechado. O senhor está rompendo essa etiqueta. Quer mudar a política de sua herdeira, chegando ao ponto de indicar um ministro da Fazenda que, sem ter sido convidado por ela, sugere condições inaceitáveis até mesmo para um síndico de edifício. 

O Washington Luiz, que sabe História, diz que vosmicê quer instalar uma regência no seu Instituto Lula mantendo a titular no Palácio do Planalto. Coisa inédita. Isso só foi tentado uma vez, com um presidente fisicamente incapacitado. O marechal Costa e Silva lembrou que, depois de ter sofrido uma isquemia cerebral, estava mudo e paralítico, mas os generais empossaram uma Junta Militar dizendo que ela era provisória. Esse gauchão sempre repete que deveriam ter empossado o vice-presidente. Foi dele a ideia de não chamar os membros de juntas militares para nossos churrascos.

O senhor diz com frequência que se pode pedir tudo a um governante, menos a própria humilhação. Meu caso foi extremo, mas, quando tomei a decisão de sair da vida, reagia à humilhação que os militares amotinados queriam impor-me. Em 1945, já deposto, recebi dois oficiais, fumei meu charuto e saí de cabeça erguida. Em 1954, armou-se uma situação em que sairia escorraçado. Escorracei-os entrando para a História e escorraçados meus inimigos estão até hoje, obrigados a conviver com suas infâmias.

Do seu patrício,
Getúlio Vargas.


Elio Gaspari é jornalista

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O COMPORTAMENTO HONESTO DOS GENERAIS-PRESIDENTES



Palavras de um repórter que não morre de amores pelos militares
"Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis. Claro que, no reverso da medalha, foi promovida ampla modernização das nossas estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos."
Mas uma evidência salta aos olhos, a honestidade pessoal desses homens de carreira militar ilibada, dignos, honrados e preparados para as missões que lhes foram confiadas, não obstante as campanhas promovidas pelos esquerdistas visando denegrir e achincalhar a imagem desses homens que tanta falta nos fazem nos dias de hoje:

1 - Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.
2 - Costa e Silva, que morreu de derrame cerebral, deixou para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.
3 - Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.
4 - Ernesto Geisel, que além de presidente da República foi presidente da Petrobras, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.
5 - João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado de lamentável conservação.
OBS: João Figueiredo, quando precisou, foi operado no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio.

Os cinco generais-presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios e muito menos em negociatas, não enriqueceram nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos.

Bem diferente dos tempos atuais.
Além disso:
NENHUM DELES usou o hospital Sírio e Libanês.
NENHUM DELES comprou avião de luxo no exterior.
NENHUM DELES enviou nosso dinheiro para "ajudar" outros países na construção de portos, aeroportos e sabe-se lá o que.
NENHUM DELES hospedou parentes no Palácio da Alvorada.
NENHUM DELES saiu de Brasília, ao fim do mandato, acompanhado por 11 caminhões lotados de toda espécie de móveis e objetos roubados dos prédios administrativos da capital do país.
NENHUM DELES se locupletou fazendo uso do cartão de crédito corporativo.

NENHUM DELES se utlilizou de bases militares ou hotéis de trânsito para hospedar familiares e amigos nos finais de semana e feriados prolongados, fazendo uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira
. [o que Lula fazia costumeiramente e essa mulher que ainda é presidente faz em todos os feriados prolongados, levando filha, marido da filha, netos, papagaio, ex-marido e ex-amante na Base Naval de Aratu.]
NENHUM DELES exaltou a ignorância nem humilhou seus subalternos com grosserias e prepotência.
NENHUM DELES falava errado ou se expressava de forma dúbia, confusa e dissimulada.
NENHUM DELES apareceu embriagado em público.
NENHUM DELES passou a apoiar notórios desonestos depois de tê-los acusado publicamente de ladrões.

Ao contrário, defenderam a soberania do país, implantaram as 200 Milhas Náuticas e iniciaram os estudos para a exploração do pré-sal. Dotaram o país de um moderno sistema de comunicação através da Embratel e das empresas de telefonia; construiram e ampliaram rodovias, ampliaram a exploração e produção de petróleo; promoveram o crescimento na produção de energia elétrica através da construção de usinas geradoras e redes de transmissão; criaram o BNH e o maior plano de financiamento habitacional da história do país, também criaram linhas de crédito para pequenos empresários e agricultores; incentivos para a indústria nacional e construção civíl.
 
Nessa época o PIB brasileiro cresceu acima de 7% ao ano, havia pleno emprego e progresso na Educação e na Saúde, havia segurança e bem estar, interrompidos nesses últimos 30 anos de sucateamento e desmandos.

VOCÊ QUE SABE LER E ENTENDE O QUE LEU, COMENTE COM OS QUE NÃO SABEM.

ELES PRECISAM SER INFORMADOS!!

Por: Capistrano de Abreu

Autor: jornalista CARLOS CHAGAS – Site: A Verdade Sufocada