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sábado, 11 de junho de 2016

Carta aos covardes

A imprensa internacional precisa tomar um pouco de vergonha na cara, dear fellows 

O New York Times disse que o governo Temer soluça de crise em crise. Será que o jornal americano também está na folha dos companheiros? Estaria o NYT precisando também da mesada que nossos bilionários heróis progressistas pagam aos bravos e incorruptíveis jornalistas de aluguel deste país?

A imprensa internacional precisa tomar um pouco de vergonha na cara. Só um pouco. Sabem por que, dear fellows? Porque o Brasil não tem a menor importância para vocês, e tudo certo que assim seja, mas vocês têm de poder voltar para casa e se olhar no espelho do mesmo jeito, entendem?

A mídia tradicional (“tradicional” não é pejorativo, queridos moderninhos, pode ser ótimo) europeia e americana parece ter comprado a versão do golpe de Estado no Brasil. A maior parte dela andou “denunciando” o fato, ou flertando com a tese vagabunda espalhada pelos parasitas que sugaram o Brasil por 13 anos sem dó nem piedade, e agora são apoiados pela MPB, intelectuais patéticos e artistas lunáticos (ou bem pagos).

Prezados correspondentes internacionais, façam o seu trabalho direito. Isso aqui não é brincadeira, embora pareça. Esses “progressistas” que vocês preguiçosamente adotaram como fonte, reproduzindo o discurso que a inacreditável Dilma Rousseff anda repetindo por aí, como alma penada, são nada menos que delinquentes, caros colegas gringos. Vocês estão dando voz a uma “narrativa” que roubou o Brasil e está desesperada para continuar roubando.
 
Não é bom generalizar, mas as exceções compreenderão. A palhaçada passou do ponto. Ladies and gentlemen, tomem o caminho da roça. Vão à luta. Se mandem para a Venezuela, que tal? Vocês saberão puxar o saco do sanguinário Nicolás Maduro, que destruiu um país com o mesmo chavismo com que a picaretagem petistasuas adoradas fontes – jogou o Brasil em dois anos seguidos de recessão, que se completam agora.


Publiquem aí, seus irresponsáveis: dois anos de recessão no Brasil são culpa de Michel Temer, que não botou mulher no ministério. Vocês são umas crianças patéticas com seu proselitismo politicamente correto. Essa corrente “progressista” nacional, internacional ou sideral – que resolveu se pendurar em dogmas vagabundos para sabotar tudo que não seja o PT no poder é criminosa. Não há outra definição. Vamos explicar às crianças trapalhonas: o governo podre que arrebentou com o Brasil se fazendo de coitado (há algo mais humilhante?) foi deposto por um, apenas e tão somente um, dos crimes que cometeu – e foi uma floresta de crimes, queridos siderais.


Bem antes do petrolão – esquema que vicejou graças a esse mesmíssimo discurso de vítima que agora vocês repetem em defesa de Dilma e Lula, vá entender –, aqui neste mesmo espaço, criticávamos (sem efeito nenhum, é bem verdade) a chamada “contabilidade criativa”. Era outro nome para as pedaladas, que se mostraram um apelido mais eficiente para ensinar ao jardim de infância que o Tesouro Nacional estava sendo roubado pela malandragem fiscal o crime que derrubou Rousseff, queridos heróis da resistência democrática.

Ainda não havia Sergio Moro nem Joaquim Barbosa, portanto Lula, Dirceu e sua camarilha ainda eram santos – e não foram poucas as “sugestões” para este colunista mudar de assunto: “Vai perder a coluna”, alertavam. Este signatário respondia que preferia perder a coluna a perder o juízo. Continua preferindo. Mas isso não é fácil de entender para os que veem a vida como uma vaga no curralzinho VIP da revolução fisiológica. A coreografia de um esganado para não largar seu osso é um espetáculo ornamental.

Prezado Michel Temer, diante deste show avassalador de desonestidade intelectual, charme parasitário e bravura cafajeste
, você só tem uma saída: governar. Essa é a sua missão na Terra. Cumpra-a até o fim, custe o que custar. Você teve a coragem de demitir os suspeitoso que o PT jamais fez, a não ser quando estavam na porta da cadeia e mais que isso: a coragem de trocar os simpáticos pilantras no topo do governo pelos melhores – que aqui da planície achávamos até que não topariam a encrenca. Toparam. E os melhores vão melhorar a vida inclusive dos canastrões que os atacam impiedosamente. Não espere por essa piedade. Ela não vale nada.

Fonte: Coluna do Guilherme Fiuza

 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Malabaristas de esterco



Da oposição em Brasília aos líderes de protestos, nenhum adversário relevante do PT denuncia que o grande problema de Dilma não é gerencial ou administrativo, mas mental.
Em 2003, Jair Bolsonaro concedia entrevista à RedeTV!, no Salão Verde do Congresso. Defendia a redução da maioridade penal e a prisão dos menores Champinha e Pernambuco, que mataram um jovem e estupraram a namorada dele durante mais de três dias, antes de esfaquear e degolar a menina.
Em uma inversão psicótica, que só mesmo um esquerdista seria capaz de fazer, Maria do Rosário, que no plenário defendia um bom tratamento do Estado à dupla Champinha e Pernambuco, aproxima-se de Bolsonaro e da equipe da RedeTV! e começa a dizer que o deputado carioca promovia o estupro. Bolsonaro pede para o cinegrafista filmar a deputada e pergunta:
– Eu sou estuprador agora?
Ao que Maria do Rosário responde:
– É. É.
A réplica de Bolsonaro vem num sarcasmo hiperbólico:
– Eu não ia estuprar você porque você não merece.
A partir daí, Maria do Rosário, após apresentar-se como uma provocadora das mais ralés, dispara sua já conhecidíssima metralhadora de lamúrias e auto vitimização. Desde então, tem-se feito de tudo para colar em Bolsonaro a pecha de apologista do estupro, machista etc. Sabe-se que ele jamais chegou perto de estuprar alguém e que ele disse que não estupraria Maria do Rosário. 
Mas pouco importa o que dizem ou fazem os inimigos da esquerda. Dispondo dos mais potentes veículos de comunicação do país, os histéricos esquerdistas não se constrangem em proceder com malabarismos lingüísticos quando o negócio é detonar um adversário – ou proteger um aliado. Como exemplo desse outro extremo a que vão os malabaristas da esquerda, pensemos nos duplo-twist-carpados de articulistas de Zero Hora, Folha, Estadão, Globo, Globo News, enfim, de toda grande mídia, quando o assunto é amenizar as insanidades ditas por Dilma Rousseff.
* * *
Recentemente, a presidente sugeriu que se estocasse vento, a fim de obter energia elétrica. Imediatamente, o exército da relativização esquerdista tratou de atenuar a besteira dita por Dilma. A mesma trupe que viu todo tipo de intenções escusas e mal-disfarçadas no deboche grosseiro de Bolsonaro enxergou uma profunda compreensão científica e tecnológica na sugestão da ex-guerrilheira. E este é apenas um exemplo; a cada estupidez dílmica, os artistas circenses da insanidade disparam seu arsenal de relativizações.
A trupe tem sugerido que Dilma pode estar certa, pois é possível mesmo reservar energia eólica, ou mesmo gerar energia com ar comprimido estocado... Sim, tudo isso é possível, mas Dilma não faz a menor idéia disso; aliás, Dilma não faz idéia de como se começa e termina uma oração em seu próprio idioma. A fala da presidente deixa claro que ela sugere literalmente a captação de vento para uso posterior; a comparação que ela faz com a energia hidrelétrica acaba com qualquer dúvida

Todavia, assumamos a mesma bondade dos malabaristas lingüísticos (que, não por acaso, são também defensores das maquiagens contábeis, das pedaladas fiscais) e consideremos que Dilma tenha pensado em dizer o que eles explicam: o simples fato de ela articular a proposição com menos habilidade do que um papagaio o faria já é vexame suficiente.
Toda e qualquer argumentação em defesa de Dilma Rousseff esbarra no fato incontestável e aterrador de que ela não sabe falar. Não me refiro a erros gramaticais ou equívocos semânticos. Isso eu, você, o Lula – especialmente o Lula –, enfim, todos nós cometemos. Refiro-me à comunicação mais básica, simples e direta possível. Quando fala, Dilma parece uma mistura do E.T. do filme com um índio em recente contato com a civilização, após abusar do cachimbo da paz.
Se o indivíduo não apresenta nenhuma deficiência fonoaudiológica e, ainda assim, é incapaz de comunicar-se da forma mais elementar possível, resta claro que sua deficiência é mental. Os deficientes mentais devem ser tratados com amor e respeito, mas isso não significa que devemos ceder-lhes cargos por pura compaixão. “Oh, pobrezinha, não sabe comunicar-se... Vamos fazê-la presidente da República, para compensar seu sofrimento mental.” Não!
De burro, ingênuo, cúmplice, quadrilheiro em potencial e sociopata todo esquerdista tem um pouco. Já a deficiência mental meramente neurológica não é tão recorrente. Bem é verdade que a longa e continuada exposição às inversões psicóticas do esquerdismo podem, sim, prejudicar a saúde mental. Contudo, Dilma Rousseff, infelizmente, está em outra categoria. Ela não é apenas o resultado da psicopatia esquerdista, como o são os pretensos heróis José Dirceu e José Genoíno, por exemplo, ou como o é Lula, que se vangloria de ser analfabeto e se compara a Jesus Cristo. Como petista, Dilma abunda em defeitos éticos e morais, mas seu principal problema é cognitivo – e aí não há retórica que defenda.
Sinto até alguma pena de Rousseff. Só não me dôo em comiseração por que ela é descarada o suficiente para achar que pode liderar qualquer coisa. A estupidez pode ser inata, mas abusar dela é uma opção – e Dilma não respeita suas limitações. Mesmo após falir uma lojinha de R$ 1,99 (no auge desses empreendimentos), aceitou candidatar-se ao cargo máximo da nação; e, depois, à reeleição.
Da minha parte, rogo por urgentes medidas sanitárias. Que nossos impostos sirvam para amparar os hipossuficientes e incapazes, como Dilma Rousseff. Falo sério, de coração na mão. Que deficientes mentais sejam tratados devidamente, mas sem exageros, fora do gabinete da presidência da república.
Aliás, basta sabermos que uma pessoa com evidentes deficiências cognitivas acedeu ao cargo máximo da nação e é defendida por um exército tão ou mais insano para diagnosticarmos a insuficiência moral e intelectual do Brasil. Mas aí percebemos que, da oposição em Brasília aos líderes de protestos, nenhum adversário relevante do PT denuncia que o grande problema de Dilma não é gerencial ou administrativo, mas mental. Não denunciam nem por dever (em defesa da nação), nem por simples, óbvia e honesta estratégia político-eleitoral – uma atitude que alia irresponsabilidade, inépcia, estupidez, covardia e subserviência ao politicamente correto esquerdista.

Fonte: Mateus Colombo Mendes -  http://colombomendes.blogspot.com/

domingo, 16 de agosto de 2015

PT: de mais amado a mais odiado

Como o maior partido do país se tornou alvo dos maiores protestos desde o fora-Collor

Em 20 de junho de 2013, a avenida Paulista foi tomada por simpatizantes do Movimento Passe Livre (MPL) que comemoravam a queda do aumento da tarifa de transporte público, uma vitória da onda de protestos que durou 13 dias e se espalhou por todo o país. Atrás da massa, seguia um pequeno grupo de militantes petistas, que até então tinham participado timidamente dos atos, constrangidos pelo aumento decretado, na cidade, por um prefeito do partido.
 Manifestantes queimam bandeira do PT (Foto: Divulgação)
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Ao darem os primeiros passos, os petistas foram cercados por homens que se diziam “antipartido”. Após um bate-boca acalorado, a bandeira vermelha que carregavam foi agarrada e queimada. Em protesto ao gesto, chamado de “antidemocrático”, os simpatizantes do MPL se retiraram com os representantes de outras agremiações e as manifestações brasileiras, que se estenderiam ainda por semanas, passaram a ser protagonizadas, ainda que não somente, por um grupo mais conservador, o mesmo que no hoje exigirá o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A batalha na Paulista foi simbólica. Ela mostrou que o Partido dos Trabalhadores havia perdido seu posto de grande mobilizador popular, adquirido nas décadas de 80 e 90. A vitória do MPL era a primeira conquista de movimentos populares que não contava com a participação ativa dos petistas em décadas. O episódio também deixava claro que o PT tampouco havida sido acolhido pelas camadas mais ricas e conservadoras, apesar de ter implementado, ao longo de sua década de poder, uma série de medidas que beneficiaram essa parcela da população. Criticada por todos os lados, Rousseff mergulharia em uma queda livre de aceitação popular, ao lado de seu partido.

Em março de 2013, três meses antes dos protestos, o PT era o partido preferido de 29% dos entrevistados pelo Instituto Datafolha. A agremiação, que aparecia a frente de todas as demais desde 1989, atingia seu ápice de aceitação. O Governo de Rousseff também nadava em maré favorável: era considerado ótimo ou bom por 65% das pessoas entrevistadas, um índice alavancado pelos programas sociais, como o Bolsa Família, e pelos índices positivos da economia. Neste mês, quando o instituto divulgou sua última pesquisa, apenas 8% dos brasileiros disseram considerar o governo Rousseff bom ou ótimo –uma rejeição recorde desde a redemocratização. E 9% dos brasileiros afirmaram preferir o PT, que ainda aparecia na dianteira, mas colado a PMDB e PSDB, ambos com 6% das preferências. A diferença que é tucanos e peemedebistas exibiam seu patamar histórico e relativamente estável em quase três décadas.

Manifestantes rasgam a bandeira do PT em 20 de junho de 2013. / Joel Silva (Folhapress)

O ódio pelo PT por parte de um segmento mais rico e conservador se tornou evidente e até perigoso— nas ruas. Três prédios ligados ao partido foram alvos de ataques de bombas caseiras e comprar um simples isqueiro vermelho se tornou passível de questionamentos raivosos, como presenciou o EL PAÍS. [esses ataques foram efetuados pela própria corja petralha para comprometer os adversários;
quebraram a cara, até os idiotas dos petistas não acreditaram. Se o ataque fosse para valer seria usado material mais potente.]

Mas a insatisfação com o Governo também atinge suas bases. Dentre os que afirmavam preferir o PT, 40% disseram considerar o Governo atual ruim ou péssimo e 27% afirmaram que ele é regular. A rejeição é um sintoma do paradoxo que começou a afugentar muitos simpatizantes desde a primeira vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002: o partido que durante muitos anos alavancou as lutas populares dos trabalhadores agora era o que aumentava a tarifa de transportes públicos, o que promovia ajustes que afetavam os trabalhadores, e o que adotava uma política econômica similar a do “neoliberal” Fernando Henrique Cardoso (FHC), que na década de 90 era alvo da fúria dos petistas, que marchavam pela mesma Paulista aos gritos de “Fora já, fora já daqui. Fora FHC e o FMI [Fundo Monetário Internacional]”. Desde que chegou ao poder, o partido também teve sua imagem desgastada por se envolver com escândalos de corrupção, como o mensalão e o petrolão.

Outras bandeiras de segmentos históricos da sigla também ficaram em segundo plano. O Governo de Rousseff também foi o que menos demarcou terras indígenas e o que menos promoveu reforma agrária nos últimos 20 anos. “O PT, que surgiu como o partido dos pobres, da ética e das transformações sociais abandonou esse propósito ao chegar ao poder, em 2003”, afirma Frei Betto, um dos fundadores do partido, amigo de Lula, e coordenador no primeiro governo petista do programa Fome Zero, embrião do Bolsa Família. “O PT se afastou das suas bases e adotou uma política de consumismo populista, quando deveria promover seu objetivo de organizar a classe trabalhadora.”

A fórmula funcionou enquanto havia condições favoráveis para financiar esse modelo. O ex-presidente Lula, que governou até 2010, se beneficiou de um cenário internacional positivo, com o auge da China e o boom das matérias primas ao mesmo tempo em que ampliava o crédito popular que multiplicou o consumo dos brasileiros e ajudou a criar quase 20 milhões de empregos. Se vendia uma imagem de prosperidade que parecia não ter fim, inclusive após 2009, quando o mundo entrou em colapso com a crise financeira que começou nos EUA.

Ao suceder Lula, em 2011, Rousseff manteve a mesma política econômica, mas nem tudo funcionou como antes. As despesas públicas aumentaram para que o povo continuasse consumindo e a economia girando, e o cenário externo não voltou aos níveis de antes de 2008. A cobrança desse excesso de otimismo começou este ano, com as desconfianças sobre a capacidade de Rousseff de manipular a economia. A mandatária recorreu, então, a Joaquim Levy, um ministro de Economia de escola ortodoxa, para promover cortes, o ajuste fiscal, um paradoxo para os que defendiam seu Governo e um contraste inclusive com o prometido na campanha da reeleição.

A nova alma de 2002

Depois de alguns anos em que o partido acreditou poder ensaiar uma "nova matriz econômica", de caráter desenvolvimentista, com um pé na exploração do petróleo e corte de juros, o PT voltava à política econômica com a qual havia se comprometido em 2002. Foi nesse ano eleitoral, que antecedeu a primeira vitória de Lula, que o partido divulgou a Carta ao Povo Brasileiro, em que se comprometia com os “sólidos fundamentos econômicos”. O mesmo PT que perdeu a eleição presidencial de 1989 por se negar a fazer aliança com o fisiológico PMDB aliou-se em 2002 a José Sarney, o maior nome peemedebista na época. “Era um verdadeiro mergulho no pragmatismo tradicional brasileiro, cuja recusa fora antes bandeira do partido”, ressaltou o cientista político da USP André Singer, ex-ministro de Lula, em um artigo de 2010 em que analisa tais mudanças.

Com isso, a identidade petista mudou. A classe média, mais conectada à ideologia do partido, se afastou. E as camadas de baixa renda, beneficiadas por programas sociais e pelo crescimento econômico, se aproximou. Em 2010, o Datafolha apontava que a proporção dos apoiadores do PT situados à esquerda teria se reduzido 32%, ao passo que subiu 35% entre os mais à direita, ressalta Singer no artigo. A desconexão crescente com a alma original do partido levou o PT a perder para o PSDB, pela primeira vez, o posto de agremiação com a maior votação na legenda para a Câmara, nas eleições de 2014.

O descontentamento crescente explodiu após a reeleição de Rousseff, quando as investigações da Operação Lava Jato chegaram a nomes de peso do partido, como o tesoureiro João Vaccari Neto. A frente de esquerda que se uniu para assegurar a vitória dela, temendo a eleição de Aécio Neves, também recebeu um balde de água fria. Esperavam que o apoio, que se mostrou crucial na reta final do pleito, faria Rousseff  optar por uma guinada à esquerda em seu novo Governo. Mas ocorreu o oposto. A economia foi dada a Levy, em uma formação ministerial que incluía ainda Kátia Abreu, na Agricultura, uma ruralista contrária à reforma agrária.

Neste primeiro semestre, Rousseff realizou ainda um ajuste fiscal e cortes em direitos trabalhistas. Em meio a um Congresso conservador comandado pelo antipetista Eduardo Cunha, não teve forças, nem uma articulação política hábil, para aprovar a reforma eleitoral pedida pelo partido, que queria o fim do financiamento privado de campanha. 

 Também não conseguiu evitar a aprovação, em primeira votação, da redução da maioridade penal. “A ampla frente de esquerda, democrática, que conquistou a vitória de outubro, se afastou”, resume Paulo Skoromov, de 68 anos, sindicalista que presidiu a assembleia que fundou o partido, em 10 de fevereiro de 1980, no colégio Sion, em São Paulo. “A gente apoia a presidenta, até com a última gota de sangue, contra o golpe do impeachment. Mas é o que dizem: com Levy e Kátia Abreu fica difícil dizer que o Governo é meu.”

Como num último suspiro de confiança e diante do que acreditam ser uma ameaça maior, uma frente de esquerda formada por movimentos sociais e sindicatos promete voltar às ruas no próximo dia 20, quatro dias após a mobilização pró-impeachment. Para evitar o constrangimento de serem acusados de defenderem cegamente o Governo, fazem questão de enfatizar que pedirão respeito à democracia, mas também o fim do ajuste fiscal.

A pedido de Lula, a presidenta recebeu parte desses militantes no último dia 13, em Brasília, em um evento público. Guilherme Boulos, liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), foi convidado a assumir o microfone e, diante de uma Rousseff visivelmente desconfortável, avisou: “A agenda do Brasil é a da distribuição de renda, a de reformas sociais (...) Estaremos firmes e decididos nas ruas para defender essa agenda com unhas e dentes. A saída para o nosso país é com o povo e pela esquerda, presidenta”.

Fonte: El Pais 
 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A pior derrota para Dilma e o PT



Parafraseando Marina Silva, poderíamos dizer que Rousseff “perdeu perdendo” com a vitória de Eduardo Cunha na Câmara
A vitória do conservador Eduardo Cunha, que conquistou a presidência da Câmara de Deputados do Brasil na primeira votação e com folgada maioria, significa a maior das derrotas para o Governo da presidenta Dilma Rousseff e para seu partido, o PT.

Parafraseando a ecologista Marina Silva, que criou a frase de que se pode “ganhar perdendo” e “perder ganhando”, poderíamos dizer que Rousseff, ganhadora das últimas eleições presidenciais, não apenas sofreu sua primeira grande derrota política, mas também “perdeu perdendo”.  Se não tivesse caído na tentação de minar com todas as forças de seu Governo a candidatura do conservador Cunha, que pertence ao maior de seus partidos aliados e não à oposição, no lugar de ter mantido a neutralidade, poderia ter “perdido ganhando”. Teria sido um sinal democrático de que o poder Executivo respeita as decisões soberanas do outro poder independente, o Legislativo.

O Governo preferiu, no entanto, o confronto e lançou contra esta candidatura a do petista. Chinaglia convencido de que acabariam derrotando o candidato rebelde da maioria. Perdeu o Governo e perdeu o PT, revelando-se mais uma vez que os dois se encontram em um dos momentos mais críticos da política dos últimos anos, e que já não possuem no Congresso a força de antes. Uma força que, talvez por ter sido usada esquecendo-se às vezes da independência que deve ter a Câmara que representa a nação, acabou criando ressentimentos e conflitos de poder que desembocaram em traições até dentro dos 10 partidos que oficialmente apoiam o Governo.

A derrota desse “perder perdendo” poderia ser menor se o Governo e o PT soubessem agora aceitá-la como um sinal de alerta, de que a complexa e confusa política brasileira está mudando para o bem ou para o mal, e que os velhos truques, as bajulações e as ameaças não servem mais para continuar ganhando.  O estrondoso aplauso ao resultado da vitória de Cunha que ecoou na Câmara deveria ser um aviso grave ao Governo de que não poderá continuar tratando o Legislativo como se fosse um poder independente, mas ao mesmo tempo, de algum modo, submetido ao Governo.

Preferir ignorá-lo seria a pior das respostas. O Governo e o PT enfrentarão tempos difíceis. O rosário de crise que ataca a economia do país com ameaças de recessão e possíveis racionamentos de energia e água, dois elementos explosivos para toda a população, obrigarão o Governo a tomar medidas que poderiam ser impopulares.  Para isso vai precisar dos votos de um Congresso que sai vitorioso sabendo que o Governo jogou todas suas cartas para derrotar o candidato indesejado.

O Governo viu que a maioria que possui no Congresso, e que foi criada às vezes com o alto preço da corrupção, não é medida somente com os números, já que o anonimato das urnas espreita sempre a tentação da traição. E desta vez ficou evidente para todos que o segundo Governo de Rousseff foi traído quase antes de nascer. 

Fonte: El País – Juan Arias


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

As resoluções políticas do PT e o destino que merecem



Por Paulo Chagas

Caros amigos: A reeleição de Dilma Rousseff foi uma grande vitória do desapego à verdade e da desonestidade do Partido dos Trabalhadores, sobejamente comprovados antes e logo após as eleições.  Foi uma vitória comemorada pelos que odeiam a classe média e a democracia, por uma súcia de aproveitadores e oportunistas que amam apenas o dinheiro e as vantagens que a corrupção pode lhes proporcionar e por uma multidão de escravos cuja dignidade e o voto o PT comprou pelo preço de um prato de comida!

Foi uma vitória largamente comemorada pelos tiranos da América Latina e do Caribenovos e jurássicosque servem de exemplo ao PT e a seus falsos profetas. Foi a vitória de um projeto totalitário, castrador e sectário, planejado e conduzido de fora do Brasil, mas que já foi identificado e rejeitado pela maioria esclarecida dos brasileiros. Foi uma disputa apoiada na mentira, no terrorismo, na utilização indevida dos meios do Estado e, com certeza, nos recursos que os corruptos e corruptores acumularam nos 12 últimos e mais desonestos anos da história política deste país.

Foi uma disputa eleitoral conduzida por um “líder” que não tem vergonha de declarar-se preguiçoso, presunçoso e mentiroso e por uma candidata cuja argumentação, além de falsa, mereceu destaque em quase todas as colunas de humor da mídia nacional e internacional. Uma vergonha para o eleitorado brasileiro!  O desempenho pífio e atabalhoado da Governanta reeleita, em todos os debates, comprovou seu despreparo intelectual e emocional para conduzir os destinos de um país como o Brasil.

A oposição, encabeçada por Aécio Neves, representou a retomada do crescimento, da preservação do ideal liberal da democracia e o fim das práticas políticas que estão levando o Brasil à bancarrota econômica, política, social e moral. O balanço das eleições e as perspectivas de desempenho do governo reeleito apontam para o caos inexorável a curto, médio e longo prazo.

Desconstruir a hegemonia “emburrecedora” imposta à sociedade, derrubar as reformas estruturais que pretendem modelar a política a interesses totalitários e a garantia da liberdade de imprensa são ações urgentes e de importância vital para frustrar os objetivos do PT, o “moderno príncipe” da estratégia de Gramsci.

Para que Dilma Rousseff não consiga destruir de uma vez por todas o Brasil, será necessário desencadear um amplo processo de mobilização e de organização dos partidos de oposição e dos mais de 50 milhões de brasileiros e brasileiras que foram às urnas e saíram às ruas para tirar o PT do poder. A defesa dos direitos humanos das pessoas de bem, da democracia, do bem estar social, do desenvolvimento e da soberania nacionais dependem da neutralização e da frustração deste projeto totalitário.

Os 12 anos de (des) governos petistas e as eleições de 2014 revelaram a realidade de uma ideia que assombra o Brasil desde antes da criação do Foro de São Paulo: a sua transformação em uma grande nação comunista, combinando ação institucional, mobilização social e revolução cultural. O Partido dos Trabalhadores, principal partido da esquerda brasileira, encabeça este hediondo processo de alienação cultural, social e política que visa à destruição dos valores cristãos da sociedade – sua natureza pacífica e seu desenvolvimento –  e, principalmente, ao incremento da luta de classes que, desde a sua criação, vem incentivando sob as mais variadas formas.

O PT organiza-se após esta duvidosa vitória para superar seus problemas atuais e contribuir para que o segundo mandato de Dilma seja o movimento final para a destruição física e moral da Nação.  Conhecedor da incompetência da Governanta, o “moderno príncipe” vai buscar participar ativamente das decisões acerca de todas as decisões do segundo mandato, em particular vai sugerir medidas “claras” no debate sobre a política econômica, sobre a reforma política e sobre a censura aos meios de comunicação, buscando colocar tudo e todos nos melhores moldes da política bolivariana.

Cabe a nós – mais de 50 milhões de brasileiros – e às forças políticas, de segurança e judiciais do País frustrar, de uma vez por todas, as resoluções da Comissão Executiva Nacional do PT e, como já disse e anseio, jogá-las todas, junto com o partido, na lata do lixo da história!

Por: Paulo Chagas, General de Brigada na reserva,  Presidente do Ternuma.