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quarta-feira, 10 de maio de 2023

Visita de Alberto Fernández - Lula quer ajudar a falida Argentina às custas do sacrifício do povo brasileiro

Gazeta do Povo - VOZES

Leonardo Coutinho

Brasil, América Latina, mundo (não necessariamente nesta ordem)

Alberto Fernández e Lula se cumprimentam, durante a visita do argentino a Brasília esta semana| Foto: EFE/André Borges

O presidente argentino Alberto Fernández esteve em Brasília para uma missão de vida ou morte. A Argentina quebrou. Quebrou mesmo. A Argentina, aliás, sempre flerta com a bancarrota. Mas com Fernández, a economia se esfarelou de vez. As reservas do país estão sob sangria e já atingiram o nível mais baixo dos últimos sete anos. 
Com uma inflação que já supera a 100% por ano (e não para de subir) e uma seca histórica que reduziu drasticamente a produção do agronegócio – a principal fonte de dólares para o país. 
Ele voltou para casa com uma promessa de seu homólogo brasileiro de que fará “todo e qualquer sacrifício para ajudar a Argentina”.
 
Lula pode dizer isso, pois foi eleito para representar o povo brasileiro. 
Mas quando Lula o diz, ignora o fato de que o sacrifício não será feito por ele, mas pelo povo que o elegeu. [cabe a famosa pergunta aos que votaram no apedeuta petista: "quem mandou fazer o L?agora, aguentem que vai doer".]
Em seu terceiro mandato, Lula reproduz o vício de governar o Brasil como se o país fosse seu. Como se o Brasil fosse o PT.
 
A Argentina está na iminência de não ter dólares para pagar importações. Alguns economistas estimam que as reservas líquidas do Banco Central da República Argentina estejam por volta de US$ 2 bilhões. 
Para um país, isso não é nada. Em termos objetivos, é o mesmo que estar no cheque especial.

Como em um tango, não é de hoje que a economia e a política da Argentina dão um passo para a frente, um para o lado e dois para trás. Depois de cada suspiro, o país dá uma estagnada e depois piora ainda mais. Nessa dança infinita, que imita os passos de um dos símbolos nacionais, os argentinos colecionam dívidas monumentais e calotes.

Quando Lula fala em “sacrifício para ajudar”, ele está prevendo que os contribuintes brasileiros terão que assumir a conta que certamente jamais será quitada pelos vizinhos do sul. Em seu pronunciamento, Lula citou os Brics cujo banco de desenvolvimento é presidido por Dilma Rousseff – e o indefectível BNDES, que durante o petismo foi a peça-chave para o envio de bilhões para ditaduras amigas na África, América Latina e Caribe
Dinheiro que não só financiou obras, como serviu para alimentar o maior caso de suborno internacional da história.

O governo Lula desenha uma linha de crédito para Argentina poder usar para importação de bens brasileiros. O plano é dar um cartão pré-pago, cujo limite pode ser bilionário, para Fernández comprar no Brasil o que a Argentina está na iminência de não mais poder pagar aos fornecedores que já acumulam boletos não pagos por Fernández.

A China já fez isso durante os governos de Cristina Kirchner, Mauricio Macri e no de Fernández. 
A dinheirama virou fumaça no irremediável populismo argentino. 
As contas impagáveis transformaram a Argentina em uma escrava da dívida.

O “sacrifício” brasileiro é líquido e certo. A ideia de conceder crédito para um país importar produtos brasileiros é boa. Estimula a indústria e o agro locais, gerando empregos e riqueza no Brasil. Mas na prática, quando esses recursos são entregues a caloteiros, o resultado é uma tragédia na qual os benefícios obtidos pelas operações são anulados pelo prejuízo que recai sobre o Tesouro e consequentemente sobre os mais necessitados.

O emprego do BNDES para a concessão de crédito para os argentinos é ainda mais esdrúxulo considerando que, em março, o BNDES anunciou que planeja contrair empréstimos com a China que somam R$ 6,5 bilhões. Ou seja, o mesmo BNDES que está se encalacrando com a China será a fonte de um empréstimo que possivelmente jamais será pago pelos argentinos.

O sacrifício vai ser grande. E saiba de uma coisa: é apenas o começo
.

Leonardo Coutinho, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 8 de maio de 2023

Para lembrar e relembrar - Gilberto Simões Pires

EXÉRCITO VERMELHO

Como bem narra o pensador Roberto Rachewsky, no seu imperdível livro - O GREGO, O FRADE E A HEROÍNA-, ao discorrer sobre a vida da filósofa Ayn Rand, em 1917, com a vitória do -EXÉRCITO VERMELHO- foi implantado o REGIME DOS SOVIETES e, sob a liderança de Lenin, o COMUNISMO DE INSPIRAÇÃO MARXISTA começou a ser implantado na Rússia, e se expandiu após a criação da URSS -União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-, uma enorme nação que existiu entre 1922 e 1991. 

106 LONGOS ANOS

Mais do que sabido, ao final da década de 1970, atingido por uma forte crise econômica, a -URSS-, símbolo mundial do SOCIALISMO, começou a se fragmentar por conta de profunda RECESSÃO. Esta encrenca, por sua vez, deu início a uma intensa CRISE POLÍTICA que levou ao fim, em 9 de novembro de 1989, do BLOCO COMUNISTA, com a histórica QUEDA DO MURO DE BERLIM. Como se vê, foram 106 LONGOS ANOS de pesadelo para os povos dominados pelos sanguinários do leste e centro europeu.

CUBA

No lado de cá do mundo, mais precisamente numa Ilha do Caribe que leva o nome -CUBA-, em 1º de janeiro de 1959, sob a liderança de Fidel Castro e Ernesto Che Guevara,[um dos heróis comunistas também chamado de 'o mijão'.] se transformou no PRIMEIRO PAÍS COMUNISTA DA AMÉRICA. Como tal já se passaram 63 ANOS de muita miséria e pouca esperança daquele sofrido povo dominado por mãos de ferro pela DITADURA, por vários anos sustentada, sob medida, pela velha URSS.

URSAL

Vale lembrar que de 1º a 4 de julho de 1980, no extinto Hotel Danúbio, na cidade de São Paulo sob o comando de Lula e Fidel Castro, nasceu o FORO DE SÃO PAULO, uma organização COMUNISTA voltada para a criação da URSAL -UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS DA AMÉRICA LATINA-, usando CUBA como benchmark ou referência a ser seguida na implantação do COMUNISMO LATINO. 

SEM LIBERDADE

Estas lembranças acima descritas se fazem necessárias principalmente para aqueles que acreditam que o COMUNISMO BRASILEIRO que está sendo imposto aos poucos por Lula & Cia, não vai prosperar por muito tempo. Pois, para esses brasileiros vale lembrar que:  
1- a DITADURA DA URSS DUROU LONGOS 72 ANOS; 
2- a DITADURA CUBANA já completou 64 ANOS; 3- 
e a DITADURA DA VENEZUELA, iniciada em 2002, já tem 21 ANOS. Mais: pela forma como os DITADORES desses países agem e reagem às manifestações, deixando seus cidadãos encurralados e sem ação, tudo leva a crer que ficaremos SEM LIBERDADE por muito tempo. 

Ponto Critico - Gilberto Simões Pires

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

NUCLEAR – A perigosa amizade do Brasil com o regime iraniano

O Irã anunciou que dois de seus navios de guerra atracariam no Porto do Rio de Janeiro. Mas os navios nunca chegaram. A visita, que não aconteceu, causou barulho
O regime dos aiatolás aproveitou o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder para usar o Brasil como trampolim para uma jornada, que oficialmente, é de provocação aos Estados Unidos. O que pode ter acontecido no caminho?
 
O jornal Folha de S.Paulo publicou uma parte da história. O Irã, que havia pedido autorização para seus navios de guerra atracarem no Brasil entre os dias 23 e 30 de janeiro, teria mudado de ideia e propositalmente postergado o desembarque para que coincidisse com a visita do presidente Lula aos Estados Unidos.  
O Brasil, segundo a mesma notícia, não aceitou ser sócio na provocação. Uma nova data prevista é de 26 de fevereiro a 3 de março – mais de um mês de atraso em relação ao cronograma original. A história parece esclarecida. Mas só que não.

O que fez o Irã mudar de planos? Ou quais seriam os planos do Irã? Seria mesmo apenas provocação?

Os navios que o Irã mantém neste momento, em algum lugar do Atlântico Sul, próximo às águas territoriais de Argentina, Uruguai e Brasil, são a fragata e um ex-petroleiro adaptado como um porta-helicópteros e que vem a ser a maior embarcação da marinha iraniana. Este segundo é um autêntico posto de combustível flutuante.

Capaz de transportar em seus tanques milhões de litros de combustível (originalmente 11 milhões), o navio tem autonomia para navegar meses (os iranianos juram que por dois anos) sem a necessidade de recorrer a fonte externa de abastecimento. Além de autossuficiência, seus tanques são a fonte de combustível para outras embarcações. Assim, os dois navios estão dando a primeira volta ao mundo e incluindo o Brasil no mapa da confusão.

O regime iraniano é especialista em dissimulações. Mas a constante busca por desestabilização por meio do jogo que une propaganda, ameaças e segundas intenções pode não explicar completamente o esforço dos aiatolás e sobretudo o atraso no plano de provocar o Grande Satã.

A resposta pode estar em um par de voos realizados pela Força Aérea dos Estados Unidos apenas uma semana antes da previsão original de chegada dos navios ao Brasil. No dia 16 de janeiro, os americanos enviaram para América do Sul um avião cuja capacidade é identificar na atmosfera atividade nuclear.

O avião WC-135R Constant Phoenix 64-14836,
também apelidado de “farejador nuclear”, partiu de Porto Rico, passando pela borda das águas territoriais da Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e parte do Brasil, mais precisamente até as proximidades do Estado do Espírito Santo. Por sinal, o mesmíssimo caminho que as embarcações iranianas planejam fazer para alcançar o canal do Panamá. (ver matéria – BR-US –  Aeronave de inteligência USAF WC-135, especializado em pesquisas atmosféricas realizou voo ao longo da costa brasileira)

O mesmo avião contornou a América do Sul no sentido oposto ao anterior. Coletou dados do Mar do Caribe, da porção norte da costa da Venezuela e das águas da Colômbia, Equador e Peru. Nessa rota, sobrevoou o canal do Panamá, o “ponto alto” da viagem da flotilha iraniana.

O registro da baseline da radiação na América do Sul pode ter se transformado em um problema para os aiatolás. Não é de hoje que eles perseguem o poder de ter uma bomba atômica. Também não é de hoje que o regime chavista e seus xerimbabos regionais dão suporte para os planos nucleares de Teerã.

As medições prévias dos níveis de radiação da Venezuela e da rota sul-americana dos navios iranianos não podem ser tratadas como se fossem um capricho imperialista americano. Assim como não se deve ignorar que o esforço do Irã para ser capaz de colocar seus navios “em qualquer oceano” não deve ser ignorado como parte de suas trapaças visando uma bomba atômica.

O registro dos níveis naturais de radiação de parte da América do Sul pode ser a razão de os iranianos terem mudado o calendário e secretamente ajustado os seus planos. Caso os seus navios estivessem transportando material radioativo ou armas para testes offshore (possivelmente na Venezuela), os Estados Unidos poderiam identificar as anomalias na atmosfera em comparação com o padrão medido na região de forma preventiva.

Nem tudo que o regime iraniano faz é, de fato, o que parece ser. A confusão é uma de suas armas mais eficientes. Mas, nesse caso, potencialmente nuclear, eles estariam diante de um dilema. Se depois de anos de movimentos nas trevas eles conseguiram desenvolver um aparato nuclear que está pronto para os testes, com o uso da Venezuela (ou qualquer outro lugar na América do Sul e no Caribe) como base offshore para uma explosão nuclear, os vestígios da bomba poderão ser “farejados”.

O falecido Hugo Chávez moveu mundos e fundos para desorganizar o mundo. Ajudar o Irã a se tornar uma potência nuclear era um de seus objetivos. Chávez morreu em 2013 e deixou o caminho pavimentado para muitos de seus projetos em curso. Seu sucessor, Nicolás Maduro, apesar de menos capaz que seu criador já falecido, tem se saído muito bem no trabalho de dar sequência ao plano.

É, evidentemente, muito fácil tratar tudo isso como teoria da conspiração, pelo aspecto absurdo e quase fantástico que envolve as ações dos bolivarianos e seus patronos extrarregionais. Mas é justamente isso que eles querem que as pessoas pensem sobre os seus planos. Foi assim que Chávez, por exemplo, chegou aonde chegou e fez o que fez. Visto como excêntrico e palhaço, ele marchou adiante e com ele muita gente que está no poder. Seja na Venezuela, seja fora dela.

A política externa petista nutre amizade e um perigoso nível de cumplicidade “Sul-Sul” com regimes e governos que, sob o pretexto da multipolaridade, não medem muitos os esforços para tocar fogo em algumas partes do mundo. Portanto, a tolerância do Brasil ou o apoio, embora aparentemente o governo Lula tenha pedido ao Irã para ter um pouquinho de compostura – à militarização da região por parte de potências que estão do outro lado do mundo não tem como ter um resultado positivo nem para o Brasil, nem para o seu entorno.

A tal altivez da “diplomacia Sul-Sul” na busca cega pela alternativa aos Estados Unidos pode fazer com que o Brasil se torne um comparsa de ações ilegais, clandestinas e potencialmente explosivas.

DefesaNet - Leonardo Coutinho (@lcoutinho) Nuclear - Notícias

 

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

O crime compensa no Brasil? Gilmar Mendes responde - Revista Oeste

Loriane Comeli

Gilmar Mendes responde com suas ações à pergunta feita a ele por uma brasileira em Nova Iorque

Ministro do STF Gilmar Mendes, durante sessão de julgamento sobre a constitucionalidade da execução provisória de condenações | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil 

Ministro do STF Gilmar Mendes, durante sessão de julgamento sobre a constitucionalidade da execução provisória de condenações | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil  

Dia 15 de novembro, em Nova Iorque, uma mulher conseguiu se aproximar do ministro Gilmar Mendes, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF). “O crime compensa no Brasil?”, perguntou, em português, depois de se apresentar falando espanhol, de forma amistosa.

Visivelmente constrangido, o ministro respondeu com a candura que não lhe é peculiar: “Eu não sei”. Mendes foi um dos quatro ministros do STF que participaram da primeira edição da Lide Brazil Conference, organizada e patrocinada pelo ex-governador paulista João Doria. 

Logo depois do episódio, ao voltar ao Brasil, o ministro que não soube responder se o crime compensa no país, mandou suspender uma operação da Polícia Federal deflagrada em 17 de novembro contra a Fundação Getulio Vargas (FGV). A Operação Sofisma apurava um esquema de corrupção, fraudes a licitações e evasão de divisas para paraísos fiscais. A instituição era usada “para fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos, que resultaram em pagamento de propinas”, segundo a Polícia Federal.

Esses pareceres por serem de instituição com renome e credibilidade permitiam que agentes públicos justificassem esquemas de desvio de dinheiro com aparência de legalidade, sob a chancela da FGV. Em vez de analisar um contrato à luz da legislação e apontar as ilegalidades, os pareceres “camuflavam a corrupção dos agentes públicos”, afirmou a PF, em nota. A instituição também informou que o esquema “inclui empresas de fachada no Brasil e contas em paraísos fiscais do Caribe, como Bahamas e Ilhas Virgens”.

Um dia depois, porém, em 29 páginas, Gilmar suspendeu monocraticamente a decisão da 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, que havia autorizado buscas e apreensões em endereços em São Paulo e no Rio, onde está a sede da fundação. Os suspeitos incluíam dirigentes de alto escalão da FGV, como Ricardo Simonsen, Maria Inês Norbert Simonsen e Rafael Norbert Simonsen. A família Simonsen fundou a FGV, em 1944.

Gilmar mandou suspender o inquérito e todos os processos relacionados à investigação, em trâmite na Justiça Criminal Federal do Rio de Janeiro, como medidas cautelares de quebra de sigilo, por exemplo. O ministro concluiu que a Justiça Federal não tinha competência para investigar pessoas, atos e instituições sem relação com a União, como ocorre com a FGV. E que, por essa razão, a operação “constitui flagrante ilegalidade”.

Por isso, o ministro mandou notificar as corregedorias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), para apurar eventual falha na conduta de procuradores e juízes. O argumento era o “reiterado descumprimento de decisões” do STF sobre a competência da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro por juízes e procuradores.

O vizinho de Lisboa
Em sua defesa, a FGV disse que a operação da Polícia Federal estava reiterando, “na esfera federal, temas já sepultados perante a Justiça estadual, que, agora requentados, maculam gravemente a imagem de uma entidade”. O Ministério Público Federal e a Justiça Federal do Rio de Janeiro não se pronunciaram.

Desde que a operação foi deflagrada, colunistas apostavam que ela não prosperaria, porque poderia chegar a nomes da alta cúpula do Judiciário, já que dirigentes da FGV teriam “laços estreitos há tempo com magistrado de Cortes Superiores”. A operação, como disse Rodrigo Rangel, do site Metrópoles, tem “potencial para criar embaraços imensos para ministros de Tribunais Superiores de Brasília, como o Superior Tribunal de Justiça e até mesmo o Supremo Tribunal Federal”.

Não há provas dessas ligações comprometedoras. Sabe-se apenas da proximidade de alguns integrantes da Corte com a FGV, como o próprio Gilmar Mendes. Quando era presidente do STF e, consequentemente, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), contratou a fundação, em outubro de 2009, por R$ 1,9 milhão, para implementar um “modelo de gestão estratégica para o Poder Judiciário nacional”. Em dezembro daquele ano, um novo contrato entre o CNJ e a FGV, de R$ 337 mil, foi assinado, para fazer uma pesquisa sobre as causas de aumento das demandas judiciais cíveis.

O que talvez muitos não lembrem é que, antes de se tornar o alento dos investigados por corrupção, Gilmar condenou os desmandos do Partido dos Trabalhadores, classificando o governo como uma cleptocracia ou uma república de ladrões

Gilmar é vizinho, em Portugal, de um dos diretores da FGV, Sidnei Gonzalez. Ambos têm apartamento em Príncipe Real, em Lisboa. A informação não é nova.  
Foi publicada pelo site Antagonista, em 2018, e jamais desmentida por nenhum dos envolvidos. Pelo contrário, à época Gonzalez considerou uma coincidência Mendes ter apartamento no mesmo edifício. “Só cruzei com ele aqui em Lisboa uma vez. Foi uma grande coincidência ele comprar no mesmo edifício, pois eu tenho o apartamento há cinco anos”, declarou Gonzalez ao Antagonista, em 2018. Sidnei Gonzales é responsável por organizar diversos eventos em parceria com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), faculdade em Brasília de propriedade do ministro.

Pitta, Nahas, Dantas, Valério, Abdelmassih…
O trancamento de investigações e a libertação de investigados não são novidade no currículo do ministro Gilmar Mendes, 66 anos.  
Ele chegou ao cargo em 2002, indicado pelo então presidente, Fernando Henrique Cardoso. 
Seus primeiros casos que ganharam notoriedade ocorreram em 2008, quando Gilmar era presidente do STF. 
Em julho, colocou em liberdade o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, o investidor Naji Nahas e outras oito pessoas também presas durante a Operação Satiagraha, que investigava um megaesquema de crimes financeiros, desvio de verbas públicas e corrupção.

No mês seguinte, o banqueiro Daniel Dantas conheceria o beneplácito de Gilmar. Dantas conseguiu, em 48 horas, dois habeas corpus do então presidente do STF. O dono do Banco Opportunity era investigado na Operação Satiagraha e foi preso por oferecer propina à Polícia Federal, para não ser investigado. Toda a operação acabou anulada em 2011 pelo Superior Tribunal de Justiça.

Ainda presidente do STF, em abril de 2009, Gilmar mandou soltar o publicitário Marcos Valério, já envolvido no esquema do Mensalão, e que havia sido preso pela Operação Avalanche. Valério era suspeito de ter intermediado uma negociação para corromper policiais federais e favorecer uma cervejaria. Ele e outros cinco investigados, incluindo os policiais, conseguiram liberdade, porque a prisão não estava suficientemente fundamentada — no entendimento do ministro.

Em dezembro do mesmo ano, Gilmar foi extremamente criticado por ter revogado a prisão preventiva do médico Roger Abdelmassih, acusado por 56 crimes sexuais. Gilmar concedeu habeas corpus ao médico, que permaneceu foragido até 2014, quando as vítimas conseguiram localizá-lo, no Paraguai.

(...)

Em fevereiro de 2018, Gilmar mandou soltar Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro na gestão de Cabral. Côrtes era acusado de fraudes milionárias em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e para a Secretaria de Saúde do Estado.

Três meses depois, Gilmar colocou em liberdade Hudson Braga, ex-secretário de Obras de Cabral, preso na Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio, que investigou o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo de Cabral. 

No mesmo mês, Gilmar determinou a soltura de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da empresa paulista de infraestrutura rodoviária Dersa, preso numa investigação sobre desvios de recursos públicos em obras do governo estadual, entre os anos de 2009 e 2011.

Em 2019, o casal Anthony Garotinho e Rosinha Matheus conseguiram liberdade por decisão de Gilmar. O ex-governador do Rio e sua mulher foram presos durante a investigação de crimes de corrupção, organização criminosa e fraudes na prestação de contas eleitorais.

O ex-secretário de Transportes de São Paulo Alexandre Baldy, preso numa investigação sobre fraudes em contratos da área de saúde e suspeito de receber pelo menos R$ 1,4 milhão em propina, e outros dois investigados conseguiram liberdade em agosto de 2020, pelas mãos de Gilmar. [sob Gilmar, é praticamente impossíve que um bandido fique preso.]

A república dos ladrões

(...)

A declaração foi dada em 2015, no auge da discussão sobre o financiamento público de campanha. Segundo ele, o PT teria recebido, ilicitamente da Petrobras, mais de R$ 2 bilhões e, como teria dinheiro para fazer campanha até 2038, seria contra o financiamento público. Mas, sentenciou o ministro, “a Lava Jato estragou tudo. Evidente que a Lava Jato não estava nos planos, porque o plano era perfeito, mas não combinaram com os russos”, declarou, depois de um evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

(...)

Alguns anos depois de identificar o governo do PT como uma cleptocracia, Gilmar Mendes votou pela anulação da Operação Lava Jato. Votou também pela anulação das condenações, em três instâncias, do líder máximo da “república dos ladrões”

Gilmar Mendes nem precisava responder à incômoda pergunta feita a ele em Nova Iorque. Suas ações responderam por ele.

Leia também “Transição ao passado”

 Loriane Comeli, colunista - Revista Oeste


segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

A Facada continua- Alexandre Garcia

Efeitos da facada
E o presidente
 Bolsonaro está no Vila Nova Star. Ele sentiu problemas intestinais, uma obstrução ou semi-obstrução. Foi internado às pressas, às 3 da madrugada de segunda. Deve ter ido de helicóptero ao Aeroporto de Navegantes, e de lá, com um avião presidencial, para São Paulo. O doutor Luiz Antonio Macedo, que fez as outras cirurgias nele, disse que - mais uma vez, todo mundo sabe que a clínica é soberana - não vai ser tomografia nem PCR que apura infecção, ou hemograma.  


Vai ser a clínica, o exame clínico que vai decidir se vai ter uma cirurgia ou não.
Minha mulher é cirurgiã e ela me disse que ele deve estar com muita aderência na cavidade intestinal por causa dessas constantes cirurgias
motivadas pela facada.
Um médico amigo dela, que é cirurgião geral, disse que ele não pode ficar comendo coisa que provoca fermentação ou gases, que é problema. Como esse pastel em qualquer lugar, pizza, refrigerante. Não pode, tem que parar com isso. Porque o intestino dele está delicado depois da facada. Eu fico pensando naquela decisão, naquela tese do ministro Alexandre de Moraes sobre o flagrante continuado do deputado Daniel Silveira - ele botou algo na internet, e enquanto estiver girando na internet é flagrante, por isso foi preso em casa às 23h, o que a Constituição proíbe, assim como proíbe prender deputado. Deputado é civil e criminalmente inimputável pelas suas palavras. Quaisquer palavras, diz a Constituição.

O Adélio Bispo, que deu a facada, continua a facada. Continuam as consequências da facada
O Adélio Bispo e o mandante dele, se é que existe; mas quem o estimulou, esse existe. Quem autorizou a entrada dele na Câmara, fictícia, para formar um álibi. Mas registrou como se estivesse presente na Câmara. 
Se ele não tivesse sido pego em Juiz de Fora, ele teria esse álibi. 
E foi o gabinete de algum deputado que autorizou. Será que não se descobriu isso até hoje? Será que não fica um mínimo registro? 
Fica registro de tudo… enfim, tudo isso faz a gente lembrar desse flagrante continuado. A facada continua.

Navios em dificuldades
Três navios que estavam com todo mundo vacinado, todo mundo feito teste na costa brasileira, cheios de brasileiros, já estão nos portos. Muita gente reclamando porque famílias foram separadas. Sai o pai, ficam os filhos, isolados no navio.
E a Anvisa agora diz que não pode ter cruzeiro; nesse momento, não. Eu não sei se a Anvisa vai dizer alguma coisa sobre o carnaval. Porque a Bahia não vai ter carnaval; mas em Rio de Janeiro, Recife, São Paulo, está todo mundo, os governantes e prefeitos, animados para o carnaval.

Por falar em carnaval, um navio com esse nome, Carnival Freedom, teve esse problema, num cruzeiro no Caribe. Saiu de Miami no Natal - era para passar por Aruba, por Bonaire, e nenhum porto recebeu. Porque teve um surto de Covid-19 à bordo. Ninguém diz quantos. Voltou para Miami e está todo mundo reclamando, pelo que vi em um jornal de lá. Os tripulantes reclamando do tratamento e dizendo que cumpriram todas as exigências de declaração de vacina, de exame prévio, etc.

Vacinas e consequências
Eu duvido que o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não tenha sido vacinado na vacinação completa. Mas ele está com Covid-19. Ele está de plantão, o ministro Humberto Martins, porque o tribunal está em recesso. Ele é um dos 33 juízes do STJ. Está fazendo plantão em casa, diz a nota do tribunal. Ele testou positivo para Covid-19 e está "devidamente medicado". É assim que diz a nota. Fico curiosíssimo. Ele é pessoa pública, bem que poderia dizer: medicado com o quê? Está passando muito bem.

Já não sei como está o apresentador da TV Alterosa, que estava apresentando ontem de manhã ao vivo, o Rafael Silva, e caiu. Teve cinco paradas cardíacas. De uma hora para outra. Assim como a campeã brasileira de muay thai, 32 aninhos. Estava em casa, descansando em Santa Catarina, a Monique Piske, e morreu. Assim, de repente. É o que eu digo: a Anvisa, o Ministério da Saúde, estão precisando dar uma satisfação para a população brasileira desses casos que todo mundo fica sabendo. Tem que deixar essas coisas muito claras.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

domingo, 13 de junho de 2021

O lobby da vacina quer cassar a sua cidadania - VOZES - Gazeta do Povo

Guilherme Fiuza

Vários projetos de "passaportes de vacina", preveem diversas restrições a quem não se vacinar.

O Senado Federal aprovou a cidadania de segunda classe no Brasil. Por unanimidade (entre os presentes – 72 votos) os senadores aprovaram o projeto do “Certificado de Imunização e Segurança Sanitária”. É uma espécie de passaporte para estabelecer áreas e atividades que só poderão ser acessadas por quem tenha sido vacinado contra Covid-19. Isto é um escândalo – e pode vir a se configurar como crime contra a saúde pública.

O projeto vai a votação na Câmara dos Deputados. Se prevalecer lá o mesmo nível de irresponsabilidade dos senadores, poderá virar lei – dependendo de sanção presidencial.

Apesar da pressão, China não deve cooperar com investigação independente sobre origem da Covid

Todas as vacinas em aplicação no mundo são EXPERIMENTAIS. Níveis de eficácia e segurança alegados inicialmente decorrem de ciclos de estudos de desenvolvimento que giram em torno de seis meses de duração. Isso nunca aconteceu na história das vacinas – e não há qualquer explicação científica até o momento para tal condensação do tempo de verificação dos efeitos no ser humano, em termos do estudo necessário para aplicação segura e eficaz em larga escala. É um EXPERIMENTO.

Nenhuma das vacinas contra Covid-19 que estão no mercado tem aprovação definitiva das autoridades sanitárias. Para se ter uma ideia, a mais “conceituada” delas – aquela que já provoca até turismo vacinal – tem compromisso para confirmação efetiva de eficácia e segurança na União Europeia apenas em dezembro de 2023.

Os grupos restritos de voluntários para o desenvolvimento laboratorial de imunizantes foram “substituídos”, na etapa atual de estudos, pela totalidade da população – ou quase totalidade, mas as proposições para que se vacine até os bebês já estão aí. E agora? Teremos “voluntários obrigatórios”? 
Quem tiver efeitos adversos graves ainda não relatados reclama com quem? 
Com o Papa? 
Quem vai pagar por essa inconsequência?

Quem vai pagar pela morte de Thais Possati de Souza e seu bebê de 5 meses ainda em gestação? Na noite de 10 de maio de 2021, dia da morte por AVC hemorrágico de Thais (uma promotora de Justiça saudável de 36 anos), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária emitiu nota técnica vetando a aplicação da vacina tomada por Thais em gestantes. Tarde demais para Thais. Ela foi levada por essa desinformação criminosa que se disseminou inclusive por veículos tradicionais de comunicação, propagando, de forma grosseira, que era melhor tomar vacina do que correr o risco de pegar Covid. Desinformação que envolve também autoridades – tanto que a Anvisa considerou necessário emitir uma nota técnica com o veto.

A combinação de perda de empregos, aumento da pobreza e fechamento de escolas é uma tempestade perfeita para a proliferação do trabalho infantil, declarou o diretor regional da OIT para a América Latina e o Caribe, Vinícius Pinheiro.

Quantas outras grávidas estão desinformadas?  
Quantos pacientes de outros grupos populacionais podem estar sofrendo reações importantes por conta dos efeitos coagulantes que provavelmente levaram Thais e seu bebê à morte?  
[parecer não científico, sem usar termos técnicos,  mas sensato: a covid-19 mata mais em função de uma hiperinflamação e de trombose. Os anticoagulantes evitam, ou reduzem, a ocorrência de trombose. O que é um ponto positivo da vacina tomada pela Thaís. Porém, é um complicador para pessoas que tem aneurisma, dificuldades de coagulação.
Um inconveniente sério, que deve ser levado em conta no caso de pessoas que sabidamente são portadoras de aneurisma ou dificuldades na coagulação sanguínea.
Ao que sabemos o número de pessoas com as comorbidades relevante, com a ressalva que é inferior em muito ao das não portadoras. ]

Você não sabe – e não saberá. Pelo simples fato de que os relatos espontâneos de efeitos adversos e casos de infecção após a vacina são historicamente muito baixos. A diferença é que dessa vez a real aferição dos imunizantes depende dos relatos espontâneos, porque o mundo resolveu compactuar com essa aventura de vacinação em massa com vacinas experimentais – abrindo mão dos anos de estudos que precederam a liberação de todos os imunizantes que a humanidade já conheceu.

Você acha que tem o direito de não ser cobaia? Pois o Senado brasileiro quer te obrigar a ser.  [concordamos em quase tudo com a ampla, consistente e sólida  argumentação Fiuza - boa base nos argumentos é uma característica sempre presente no articulista.
Ocorre que,   em nossa modesta e leiga opinião, o Senado Federal desta vez age corretamente - o que serve para reparar em parte os danos causados pelos ilustres senadores ao apoiarem a criação da CPI Covidão - uma vergonha para o Senado da República.
As vacinas contra o coronavírus possuem todos os inconvenientes das vacinas tradicionais, acrescidos da rapidez com que foram  criadas (a pesar de maioria delas usar tecnologia presente em vacinas que existem desde o milênio passado - temos restrições ao uso de tecnologias novas, não testadas,entre elas, sem limitar, a do RNA mensageiro)  do importante fato que não se sabe a o período de validade do efeito imunizante -  as primeiras começaram a ser utilizadas em dezembro 2020, assim, o cálculo da validade é contar daquela data até hoje, e sobre o resultado se acrescentar um dia a cada dia sem que ocorra o fim da validade.
 
Não pode ser olvidado que o cidadão que se recusar a tomar o imunizando não está cometendo nenhum crime - ainda que contraia o vírus e morra - indo ao limite não se pune o suicídio.
Só que ao recusar o imunizante o cidadão está facilitando a propagação do vírus, portanto, colocando em risco a vida de milhares de pessoas - o que sabidamente é um crime e precisa ser coibido.
 
Para finalizar, lembramos que milhões e milhões de pessoas estão gozando de perfeita saúde, entre elas este escriba, graças as vacinas contra poliomielite, varíola, e dezenas de outras moléstias, que recebemos, na maioria no século passado.
Na nossa opinião a vacinação  deve ser compulsória - exceto em situações especiais,  fundamentadas na medicina  e que a juízo de um médico justifiquem o adiamento.] Exagero? Então veja: a vacina que Thais Possati tomou, vindo a falecer em seguida e motivando o veto da Anvisa, tem compromisso de confirmação de sua segurança e eficácia perante a União Europeia em março de 2024. Repetindo: MARÇO DE 2024. Entendeu por que é EXPERIMENTAL? Agora leia esse trecho do documento que Thais teve de assinar antes de se vacinar: "Ainda não foram feitos estudos em gestantes/lactantes que assegurem seu uso, ou seja, não foi verificada evidência científica de segurança e eficácia para sua administração”.

Como você se sente ao ler isso, sabendo que Thais Possati morreu depois de duas semanas de sofrimento atroz? Se estiver se sentindo num cassino macabro ninguém poderá te culpar por isso. Por todos os lados você vê gente gritando vacina ou morte. Aí você vê vacina e morte. Tenta se esconder debaixo da mesa de apostas, mas vem uma blitzkrieg do Senado Federal te arrancar de lá para te botar em cima da mesa. Vai ter que apostar também – se não quiser sumir do mapa.

Beleza. Vamos perguntar aos doutores senadores brasileiros em seus jalecos cinzentos: - como estão os estudos sobre ocorrência de miocardite em vacinados com a tecnologia do RNA mensageiro? Não sabem?! 
Não é possível. Para obrigar a população inteira a se vacinar, suas excelências devem saber todas as conclusões sobre o número expressivo de casos de inflamação cardíaca pós-vacina relatados ao VAERS – Vaccine Adverse Event Reporting System dos EUA. 
Lá eles ainda não sabem, mas em Brasília os estudos devem estar concluídos.
Não estão? 
Esperem aí: então isso é cassino mesmo?  
Cala a boca, toma vacina e se tiver problema cardiovascular agora ou no futuro deu azar? Como se diz num subdialeto da língua de Shakespeare: que porra é essa?

Foi mais ou menos o que disse – com mais classe – o astro Eric Clapton ao perder os movimentos das mãos após se vacinar contra Covid. Você pode imaginar como se sentiu um dos maiores guitarristas da história ao sentir seus dedos ardendo, depois dormentes, depois imóveis – levando-o ao desespero por duas semanas até começar a recuperar parcialmente os movimentos. “Fui um rebelde a minha vida inteira contra tiranias e é isso o que temos agora”, desabafou Eric após a reação “desastrosa” (palavra dele) à vacina, referindo-se ao que virou essa suposta política de saúde na Inglaterra e no mundo.

Você ouviu a denúncia de Eric Clapton? Possivelmente não. Esse tipo de informação, nos dias de hoje, some. Entendeu por que o genial Eric fala em tirania? Entendeu o que está se passando no Brasil com a ação diligente fantasiada de empatia dos vassalos do lobby?  Você já notou que não estamos citando aqui os nomes das vacinas. Naturalmente, não é para não desagradar os vassalos do lobby. É só para ficar claro que não existe AQUELA cuja segurança e eficácia estão consolidadas. Vamos repetir: TODAS são EXPERIMENTAIS. No Brasil está sendo aplicada tanto aquela que a União Europeia e os EUA não deixam entrar, quanto aquela que Thais Possati e Eric Clapton tomaram, quanto aquela que chegou depois, “de primeiro mundo”, à qual estão associados os relatos de miocardite ainda em avaliação.

Essa vacina traz a tecnologia inovadora do RNA mensageiro – que ensejou controvérsias nos meios médicos sobre a falta de estudos por tempo suficiente em humanos. Prêmio Nobel de Medicina, o virologista francês Luc Montagnier declarou sua preocupação com a vacinação em massa durante uma pandemia, especialmente pelo potencial de efeitos adversos desconhecidos dessa técnica a longo prazo. No curtíssimo prazo, está sendo avaliada a presença de nanopartículas lipídicas, provenientes da introdução do mRNA, disseminada pelos órgãos vitais de vacinados – mas não há conclusões sobre isso.

Como se vê, há muitas dúvidas sobre as vacinas – e estamos aqui exercendo a responsabilidade de aponta-las. Menos no Senado brasileiro – que aparentemente resolveu mimetizar iniciativas fascistoides do mesmo tipo em outros países.  A ocorrência de miocardite é encontrada entre jovens vacinados numa proporção e com grau de nocividade que o CDC – o centro de controle de doenças dos EUA – ainda terá que dimensionar. Que tipo de efeitos adversos no sistema cardiovascular em cada faixa etária as vacinas contra covid poderão acarretar? Só o tempo e os estudos dirão. Mas o folclórico Dr. Fauci – cujos e-mails divulgados transbordam contradições inclusive quanto à eficácia das vacinas – usa seu cargo de assessor de saúde da Casa Branca para advogar a vacinação de crianças.

Onde está a ciência nesse tipo de proposição? Pode procurar à vontade que não vai achar. Com quase um ano e meio de pandemia não há um único estudo indicando que a ocorrência de Covid-19 em crianças tanto em número de casos, quanto em gravidade e em potencial transmissor – indique a necessidade de vacinação dessa faixa etária. Você não acha que isso se parece um pouco com a premissa obscura da criação de uma cidadania de vacinados, aprovada pelos senadores brasileiros?  Com a quantidade de dúvidas contidas nessas substâncias EXPERIMENTAIS, esse passaporte carnavalesco fantasiado de segurança sanitária não criará cidadania alguma – ao contrário, cassará a cidadania dos indivíduos livres e saudáveis. A não ser que você se levante daí e lute pela sua dignidade.

Vacinas incipientes são a porta de saída segura da pandemia? Estranho. Então o que está acontecendo no Chile? Era um dos países com melhores resultados no enfrentamento do novo coronavírus. Começou a vacinar em massa e hoje é o mais vacinado do continente, com cerca de 45% da população tendo recebido as duas dosese está fechando tudo por conta da explosão de casos de Covid-19. O que aconteceu na Índia? País com elevada taxa de população vacinada – sendo inclusive produtor de vacina – mergulhou no seu pior momento em toda a pandemia no auge da vacinação. A taxa média de óbitos em maio de 2021 na Índia chegou a ser três vezes superior à do pico da primeira onda. Por que o mesmo fenômeno aconteceu no Uruguai, um dos países com maior percentual de população vacinada na América do Sul? Aliás, por que os primeiros seis meses de vacinação no mundo coincidem com um agravamento dramático e generalizado da pandemia?

Ninguém sabe ao certo. Mas quem pode afirmar, no contexto acima descrito, que vacinas são a salvação certeira contra a pandemia – a ponto de se criar OBRIGATORIEDADE de vacinação (fantasiada de “passaporte”, “certificado” e outras espertezas do lobby)? Vamos repetir: estamos diante de um ESCÂNDALO ÉTICO.

A autoridade sanitária brasileira, aquela que emitiu a nota tardia sobre o perigo LETAL da vacina que Thais Possati tomou, é considerada pelos vassalos do lobby como um entrave. Ameaças vieram de todos os lados – inclusive do Congresso e do STF – arbitrando prazos exíguos para a Anvisa liberar vacinas, sob pena da decretação de “autorização tácita”, isto é, da revogação da autoridade sanitária. Isso é muito grave – e não foi papo de “esquerda” ou “direita”. Veio de todos os lados, inclusive de um líder do governo na Câmara, que disparou publicamente contra a agência em linguajar de campo de várzea – “estão pensando que a gente é trouxa” e coisas assim.

O nome desse vassalo do lobby não está sendo citado aqui só para não emporcalhar o texto – mas se for o caso poderemos citá-lo tranquilamente, assim como ao senador que elaborou o projeto mais absurdo de atropelo da autoridade sanitária (esse tem linguajar bem educado), o ministro do STF que tentou constranger a Anvisa de forma mais acintosa e por aí vai. De todo modo, são facilmente reconhecíveis – assim como são os nomes dos 72 senadores que perpetraram esse atentado à sua saúde abrindo caminho legal para que te obriguem, na prática, a inocular no seu corpo uma substância cujas ações e consequências completas só serão conhecidas daqui a vários anos.

Mesmo sendo considerada um entrave pelos abutres da Covid S.A. a Anvisa sentiu a pressão e tomou decisões no mínimo controversas. As vacinas aprovadas em caráter emergencial no Brasil foram liberadas com estudos faltantes, como consta do laudo de liberação – onde se lê que para grupos de idosos os estudos não foram suficientes para comprovar a eficácia, nem mesmo a segurança dessas vacinas. Considerando-se que idosos são o grupo populacional mais vulnerável à Covid-19, constata-se a liberação emergencial de vacinas impróprias para a maioria dos que estão em situação de emergência. Paradoxal? Pois saiba que isso sequer foi objeto de contestação. Saíram vacinando e fim de papo.

Mas o papo não acabou – embora o lobby queira que ele acabe, perseguindo os que querem discutir o assunto fora do cassino. E a continuação desse papo leva a mais uma pergunta bem simples: quantas pessoas você conhece que atravessaram bem um ano de pandemia e adoeceram ou faleceram depois de se vacinar? 
Todos conhecemos muitas. O que furou na suposta proteção imunizante? Qual a probabilidade infecciosa dos vírus supostamente inativados? 
Qual o inventário das reações adversas? 
A propensão à geração de coágulos e trombose afetou quantos vacinados e com que gravidade? Essas estatísticas estão sendo apresentadas a você?


Claro que não. Elas nem existem. Só poderiam ser feitas com o rigor necessário dentro de grupos controlados no processo de desenvolvimento das vacinas pelos laboratórios, conforme ocorreu com TODOS os imunizantes produzidos até hoje. Mas dessa vez a ciência ganhou uma licença poética – e vacina virou questão de fé. “Levo fé na Sputnik”, “não levo fé na Sputnik”, etc. Contando ninguém acredita.

A aplicação em massa de vacinas incipientes no transcorrer de uma pandemia pode favorecer o surgimento de variantes mais infecciosas? 
O efeito do “escape imunológico”, conforme alerta de virologistas experientes, pode estar acontecendo? 
Não sabemos. O que sabemos é que a vacinação em massa coincidiu com o surgimento de variantes mais infecciosas. Onde está a refutação científica da hipótese de que isso estaria sendo provocado pela própria vacinação?

Você não viu refutação científica alguma. Esse negócio de ciência já era. O que você vê são manchetes com “especialistas” dizendo que está tudo bem, porque “vacinas aumentam a imunidade”. Dizer que vacinas aumentam imunidade é tão cientificamente certeiro como dizer que senadores defendem o povo.

Vamos ver agora os deputados. E depois o presidente da República.
Quem assinar embaixo desse “Certificado de Imunização” que não certifica nada e amarra o cidadão numa coleira tão lucrativa quanto hedionda, está emitindo o seu próprio atestado: ou é um irresponsável, ou é um vendido. Pelo menos você fica sabendo quem é quem nessa guerra dissimulada, cheia de chupa-sangues dizendo querer o seu bem.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Lula em Cuba custou R$ 163 mil aos pagadores de impostos - Revista Oeste

Foi a viagem mais cara de um ex-presidente da República em 2020

A ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cuba entre o fim de 2020 e o começo deste ano pesou para os cofres públicos — ou seja: dinheiro dos brasileiros pagadores de impostos. De acordo com reportagem desta semana do jornal Gazeta do Povo, o passeio do petista pela ilha comunista custou R$ 163 mil.

Dessa forma, Lula foi responsável pela viagem mais cara feita por um ex-presidente no decorrer do ano passado. Ele foi para Cuba com a alegação de que participaria de um documentário sobre a América Latina a ser dirigido pelo cineasta norte-americano Oliver Stone. O ex-presidente embarcou para o Caribe em 19 de dezembro, acompanhado de assessores que, assim com ele, tiveram passagens e diárias pagas com dinheiro público. O petista e assessores voltaram para o Brasil em 21 de janeiro, sem gravar o filme, pois o ex-presidente foi diagnosticado com covid-19 dias após chegar em Cuba.

Além de Cuba: mais viagens
O passeio por Cuba não foi o único gasto de Lula com viagens em 2020. De acordo com a mesma reportagem do jornal Gazeta do Povo, o ex-presidente foi à Europa e passou por cidades como Berlim, Genebra, Paris e Roma. No consolidado do ano, com viagens nacionais e internacionais, o petista custou R$ 423 mil à União. 

Regalias de ex-presidentes
Meses antes da viagem de Lula a Cuba, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) reclamou justamente do custo com benefícios concedidos a ex-presidentes. Em março de 2020, ele foi à tribuna do Senado Federal para explicar alguns dos gastos que, em suma, são bancados pelos brasileiros em geral.  “Tudo isso é pago pela presidência da República, com o dinheiro suado e sofrido do contribuinte brasileiro, que é massacrado por uma das maiores cargas tributárias do mundo” 

[o pior dos piores, o absurdo dos absurdos, é que mesmo quando um presidente é escarrado, opa... impedido, ......caso da 'engarrafadora de vento' continua tendo tais direitos. 
O condenado petista chegou ao ponto de - supõe-se para debochar,  ridicularizar os brasileiros miseráveis, catadores de alimentos no lixo - exigir segurança pessoal quando estava 'cumprindo pena' na PF de Curitiba.
O STF silencia ignora - ações de ofício são reservadas para combater os apoiadores do presidente Bolsonaro - a PGR se omite, os partidecos de aluguel fingem que não está ocorrendo, o TCU tem que cuidar das vacinas, as ONGs dizem que é legal,   - mesmo sendo legal, a legalidade não favorece os excessos, que são muitos e uma lei 'ilegal',por acobertar ilegalidades,  sempre pode ser 'legalizada' - via interpretação criativa ou mesmo sua exclusão do ordenamento jurídico brasileiro.] 

 “Todo ex-presidente da República tem assegurado, pela lei, o direito vitalício de ter oito assessores. Vocês sabiam disso? São quatro seguranças e dois motoristas, com salários de até R$ 13 mil. Tem também o direito de requisitar passagens e diárias para cobrir despesas com hospedagem e alimentação”, reclamou Girão há quase um ano. “Além disso, ainda recebem dois automóveis com a cobertura de todos os gastos, incluindo o do combustível. E tudo isso é pago pela Presidência da República, com o dinheiro suado e sofrido do contribuinte brasileiro, que é massacrado por uma das maiores cargas tributárias do mundo”, explicou o indignado senador. 

Revista Oeste 

Leia também: “A EBC e sua milionária ‘TV traço’”, matéria do editor-executivo Silvio Navarro publicada na Edição 49 da Revista Oeste

terça-feira, 30 de junho de 2020

Governo tem que encontrar desvios no auxílio emergencial e puni-los - Míriam Leitão

A concessão indevida do auxílio emergencial mostra como foi falho o programa. O GLOBO e o “Fantástico” divulgaram matérias sobre beneficiários ricos que receberam os R$ 600 destinados aos mais vulneráveis. O programa foi feito de forma emergencial, era previsível que alguma imperfeição haveria. Mas esse tipo de desvio pode levar a perda de R$ 1 bilhão. O governo tem sido descuidado, bastaria confrontar as informações. Os jornalistas estão conseguindo encontrar os desvios, com cruzamento de dados do próprio governo. O descaramento precisa ser punido de maneira exemplar.

A matéria da TV foi produzida pela “RBS”, que chegou a ser proibida de veicular a apuração. Os jornalistas que descobriram a falha tiveram que enfrentar a Justiça, que havia atendido a um pedido da comerciante Ana Paula Brocco. Ela recebeu o benefício e não queria a divulgação da matéria. Ana Paula tem um casamento marcado no Caribe. Nas suas redes sociais, há sinais de afluência. Ela aparece também em manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro. A “RBS” recorreu à segunda instância, que confirmou a decisão contra a veiculação da matéria. O recurso seguinte foi ao STJ, e aí a juíza da segunda instância cassou a própria liminar. Ela caiu em si sobre o absurdo da censura prévia e de proibir a divulgação de uma notícia dessa gravidade.

No GLOBO, os repórteres Pedro Capetti e Alice Cravo cruzaram dados do Ministério da Cidadania e do TSE. A apuração encontrou 136 casos de beneficiários com patrimônio superior a R$ 1 milhão e que tinham sido candidatos nas duas últimas eleições. O ministro do TCU, Bruno Dantas, havia contado que milhões de filhos da classe média estavam recebendo o benefício. Há casos de fraudes, pedidos feitos com os dados de outras pessoas. Mas há sim beneficiários ricos que pediram e receberam os R$ 600.    

Há o caso também de Rosângela de Freire Melo, que recebeu o auxílio e foi flagrada debochando da situação com a filha, Lorraine Freire Marques, moradora de uma cobertura e que também foi beneficiada.
São 620 mil pessoas ricas que receberam indevidamente o auxílio. Há dono de vinícola, um dos 235 mil empresários que ganharam sem se enquadrar nos critérios. Cerca de 134 mil servidores foram atendidos pelo programa; 7 mil envolvidos em crimes receberam o benefício. Márcia, a mulher de Fabrício Queiroz que está foragida, também foi atendida pelo auxílio emergencial. A esposa de um vereador, cuja família é dona de uma financeira, também recebeu. Ela ainda foi defendida pelo marido. Para ele, deve receber quem está sem renda, e não só quem precisa.  

O pior é que há muitas pessoas que de fato precisam e foram barradas. Às vezes, a falta do CPF de um filho impedia a liberação. [o pior dos piores é que não existe interesse - por ser informatizado, se torna fácil (havendo interesse, que não há)  se resolveria em alguns dias.
Ir a Caixa não resolve, já que ela se limita a pagar o que a Dataprev libera.
E esta só aceita a contestação à primeira análise.
O caminho é a Defensoria Pública que pode até resolver, mas sua capacidade de processamento é mil pedidos por dia = 30.000/mês = 36.000/ano.
São mais de 40.000.000 de pedidos pendentes = 1.300 anos.
Tem que se encontrar uma forma mais rápida - não pode ser no ritmo da Justiça, que só é rápida para criminalizar movimentos pró Bolsonaro.
Os dois repórteres, certamente não levaram nem um dia para destrinchar mais de cem casos.] A burocracia cria obstáculos burros e não usa as ferramentas que têm para fiscalizar a destinação do suado dinheiro público. O descaramento dos aproveitadores é revoltante e tem que ser punido. É impossível não enxergar tantos erros.  

Míriam Leitão, jornalista - O Globo



domingo, 12 de abril de 2020

O bêbado e a borboleta - Nas entrelinhas

“Desafiar o novo coronavírus se tornou uma espécie de obsessão para o presidente da República, que se comporta como quem adquiriu imunidade contra a doença

No livro O revólver que sempre dispara (Casa Amarela), Emanuel Ferraz Vespucci analisa as causas, os comportamentos e as consequências para a saúde de diversas dependências químicas, inclusive o alcoolismo e o tabagismo. É um livro despido de preconceito e, do ponto de vista clínico, como não poderia deixar de ser, serve de referência para os que lidam com o problema: usuários em busca de tratamento, seus familiares e terapeutas. O livro explica de maneira clara como as diversas drogas causam dependência física e psicológica, os problemas que acarretam e as maneiras de enfrentá-los, sem moralismo. A perda de controle sobre o álcool, a cocaína, o crack, a maconha, morfina, calmantes, inibidores de apetite e outros psicotrópicos é um problema muito mais amplo do que se imagina.

A dependência funciona como uma roleta russa. Em algum momento a bala que está no cilindro do revólver será disparada, na medida em que o sujeito arrisca mais uma vez. Ou seja, o acaso tem um limite, quanto maior a frequência, maior a probalidade de ocorrência. Por causa da dependência, algo grave acontecerá na vida da pessoa, pode ser um acidente de carro, a perda do emprego, um surto psicótico, um infarto. 

O que interessa aqui é a analogia da roleta-russa, ou seja, do revólver que sempre dispara. Durante a pandemia de Covid-19, por causa do risco de contaminação, sair de casa é uma espécie de roleta russa, mesmo que a pessoa utilize máscaras e luvas. Acontece que o presidente da República — com o objetivo declarado de desmoralizar a política de distanciamento social preconizada pelas autoridades médicas, inclusive seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e responsabilizar governadores e prefeitos pela recessão econômica — resolveu sair às ruas com frequência e, nesses passeios, visitar o comércio local para estimular proprietários e consumidores a manterem uma vida normal. Bolsonaro ignora uma epidemia que está matando mais de 100 pessoas por dia no Brasil, o equivalente a um desastre de grandes proporções.

Desafiar o novo coronavírus se tornou uma espécie de obsessão para o presidente, que se comporta como quem adquiriu imunidade contra a doença, como acontece com aqueles que já foram contaminados, se recuperaram e adquiriram anticorpos ou que, por qualquer outra razão, têm uma sistema imunológico mais robusto, geralmente mais jovens. Não se sabe se o presidente está imunizado; ele se recusa a revelar os resultados dos exames que fez. Bolsonaro age como um jogador compulsivo, o que não deixa de ser uma dependência, sem levar em conta que a maioria das pessoas não está preparada para lidar com o aleatório.

Teoria do caos
É aí que chegamos a O andar do bêbado (Zahar), o instigante livro do físico Leonard Mlodinow, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, sobre o acaso na vida das pessoas, ou melhor, sobre como funciona a aleatoriedade. O novo coronavírus se multiplica como um “Efeito Borboleta”, descoberto em 1960, pelo matemático Edward Lorenz, base para a Teoria do Caos. Mostra como pequenas alterações nas condições iniciais de grandes sistemas podem gerar transformações drásticas e significativas.

Lorenz, que também era meteorologista, realizava cálculos relacionado a padrões climáticos num computador. Em vez de colocar 0,000001, conforme fez na primeira vez, ele colocou 0,0001, alterando completamente o resultado da simulação, como se o bater de asas de uma borboleta na Austrália provocasse um furacão no Caribe. Foi o que aconteceu com o coronavírus na Alemanha e na Coreia do Sul, países que mais bem monitoraram a epidemia e conseguiram mantê-la sobre controle, com testes em massa e hospitalização dos contaminados. No primeiro caso, bastou que uma pessoa contaminada usasse o saleiro num almoço de família para a epidemia se propagar; no segundo, um único paciente, de 30 casos confirmados, escapou do isolamento e disseminou a doença.

Na Sexta-feira da Paixão contabilizamos 1.056 mortes e 19.638 casos confirmados, 44 dias após o primeiro caso registrado no país e 24 dias depois do registro da primeira morte. São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Amazonas estão em risco de colapso do sistema de saúde pública. Numa hora em que o país precisa de coesão social e alinhamento das políticas de combate ao novo coronavírus, para evitar o colapso do sistema de saúde, Bolsonaro aposta na autoimunizaçao pelo contagio e num medicamento de eficácia limitada nos tratamentos, a hidroxicloroquina, para evitar as mortes, e prega a retomada imediata das atividades econômicas, com adoção do chamado isolamento seletivo ou vertical. Essas apostas foram feitas em outros países, como os Estados Unidos, Inglaterra e Japão, e fracassaram.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense




terça-feira, 17 de março de 2020

O destino da fortuna de Maluf - Exame

Descobertas há 20 anos, empresas do ex-prefeito no exterior vão à falência e ações da Eucatex devem ir a leilão

Ações da Eucatex, dos Maluf, vão a leilão para pagar cofres públicos de SP

Uma ação de cobrança internacional da Prefeitura de São Paulo para recuperar cerca de US$ 230 milhões atribuídos a Paulo Maluf

Condenado por lavagem de dinheiro e preso em regime domiciliar, o ex-prefeito de São Paulo, ex-governador e ex-deputado federal Paulo Maluf viu, ao longo dos últimos 20 anos, promotores do Brasil, Europa e Estados Unidos rastrearem recursos que saíram de obras públicas, percorrerem paraísos fiscais e irem parar em ações da empresa de sua família, a Eucatex, empresa de papel e celulose fundada em 1951. Agora, no processo para devolução dessa verba para os cofres públicos, seus herdeiros podem ficar sem a firma.

Uma ação de cobrança internacional da Prefeitura de São Paulo para recuperar cerca de US$ 230 milhões atribuídos a Paulo Maluf resultará no leilão de quase metade das ações da Eucatex, a empresa de pisos e laminados da família do ex-prefeito. O dinheiro, segundo o Ministério Público de São Paulo e a Procuradoria Geral do Município, é fruto do superfaturamento de obras entre 1993 e 1996.

Se tiver sucesso, a ação resolverá um entrave ao processo iniciado há mais de 20 anos para recuperar o dinheiro: o fato de que a maior parte dos recursos identificados como fruto de crimes se convertera em ações e não estava disponível para saques ou transferências. Embora muito do que foi desviado ainda esteja bloqueado, a Prefeitura de São Paulo já recebeu de volta parte da verba. Até ano passado, cerca de US$ 35 milhões atribuídos a Maluf e descobertos nas contas de duas empresas suas voltaram à cidade. Em fevereiro, outros US 8,4 milhões, relacionados a uma terceira firma, também foram repatriados. Além disso, quatro bancos que participaram das movimentações dos recursos fizeram acordos com São Paulo para evitar indiciamentos – e concordaram com o pagamento de multas que somaram outros US$ 55 milhões, também devolvidos à cidade entre 2014 e 2017.

Maluf por anos negou que tivesse contas no exterior. Viraram bordões as frases em que ele dizia que, caso alguém achasse contas dele no exterior, poderia ficar com o dinheiro. O ex-prefeito foi condenado, em 2017, por lavagem de dinheiro. Ano passado, foi para prisão domiciliar por apresentar problemas de saúde. Sua defesa não quis comentar o leilão. A Eucatex também foi procurada, e não se manifestou sobre a liquidação de parte das ações.

Cobrança

O leilão das ações da empresa de Maluf tem origem em ação de falência nas Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. Entre setembro e dezembro do ano passado, a Prefeitura de São Paulo obteve da Justiça do país estrangeiro o direito de se inscrever na lista de credores das empresas Kildare e Durant, registradas nas Ilhas Virgens. Essas companhias, segundo o Ministério Público, foram usadas por Maluf e seus familiares para ocultar recursos que teriam sido desviados de obras, como a construção da Avenida das Águas Espraiadas (atual Jornalista Roberto Marinho) e do Túnel Ayrton Senna.

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“MP e Prefeitura estão atuando em diversas frentes para recuperar pelo menos US$ 344 milhões”, diz o promotor Silvio Marques.

Na Revista Exame, MATÉRIA COMPLETA