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domingo, 28 de junho de 2020

População está mais armada, o que gera preocupação a especialistas

Entre janeiro e maio, a Polícia Federal concedeu a maior quantidade de autorizações de posse de armas de fogo para o período na história. A bancada da bala comemora os resultados, mas especialistas alertam para crescimento da violência a médio prazo

Os números de portes de armas de fogo e de novas armas cresceram nos primeiros cinco meses de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Polícia Federal (PF). A bancada da bala no Congresso comemora os resultados, mas especialistas alertam que, a médio prazo, esse crescimento trará mais violência. A segurança pública é dever do Estado, conforme consta na Constituição de 1988. [enquanto o Estado não cumpre esse dever, a solução é a população assumir.
Mais bandidos morrerão e a tendência é os bandidos reduzirem o ímpeto criminoso, já que sempre dão preferência aos que estão desarmados.] Mais importante do que facilitar o acesso a esses instrumentos, segundo os especialistas consultados, é dar melhores condições de trabalho e infraestrutura às polícias.

Para os entrevistados, o fato de o presidente Jair Bolsonaro defender maior acesso a armamentos refletiu, principalmente, no aumento do número de armas novas em circulação, que caiu de 242.774 para 194.870, entre 2018 e 2019, mas voltou a subir de janeiro a maio de 2020. Para se ter uma ideia, enquanto, nos primeiros cinco meses do ano passado, foram 72.044 registros, no mesmo período deste ano, a quantia subiu para 81.074, um acréscimo de 12,5%. Já o número de porte de armas apresentou um crescimento mais constante. De 2018 a 2019, foi de 8.680 para 9.268. E, comparando os cinco primeiros meses de 2019 com o mesmo período de 2020, passou de 3.250 para 3580, o equivalente a 10,1%.

[complicado é que no Brasil o que mais tem é 'especialistas' em nada, mas que aceitam palpitar  conforme a vontade do entrevistador.
O que prova a incompetência indiscutível dos ditos especialistas é que os especialistas desde inicio de março que tentam acertar o pico da pandemia - começou para meados de abril, passou para inicio de maio, meados e agora está para meados de julho.
Acertar a data do pico da pandemia só é um pouco mais difícil que acertar a data de inauguração das obras do Ibaneis - além de atrasar várias datas, quando inaugura é uma parte, a chamada inauguração meia boca.]

Já o presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Capitão Augusto (PL-SP), festejou o aumento no número de armas. “Eu vejo com bons olhos. Já mostra que revertemos a tendência dos governos petistas. É motivo para comemorar. Estamos falando de armas para o cidadão de bem, e não para marginais”, argumentou. “O desarmamento acarretou no aumento de homicídios. O importante é deixarmos a população mais segura. O cidadão de bem vai estar mais seguro. Antes, o marginal tinha certeza de que poderia entrar em uma residência ou roubar um carro. Hoje, existe a dúvida se o cidadão está armado ou não. Então, é uma ação intimidatória”, opina.

Correio Braziliense, MATÉRIA COMPLETA


sexta-feira, 12 de julho de 2019

Eduardo Bolsonaro: ‘Vai perder as fichas quem apostar na queda do Moro’

Em entrevista exclusiva a VEJA, deputado diz que haverá convulsão social se Lula for solto e acusa o PT de estar por trás da invasão do celular do ex-juiz


O primeiro pronunciamento do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) após seu pai assumir a Presidência da República acabou em confusão. Era fevereiro deste ano, o Congresso Nacional ainda iniciava os trabalhos da nova legislatura, mas os ânimos já estavam exaltados. O PT havia decidido pedir uma investigação sobre Fabrício Queiroz, ex-­assessor da família Bolsonaro, no mesmo dia em que saiu a condenação do ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia. Enquanto petistas exigiam a apuração do caso Queiroz, o microfone foi tomado por uma voz pouco usual no plenário da Câmara. Eduardo fez questão de dizer que aquele era “um dia triste” para o Partido dos Trabalhadores, ressaltou a condenação de mais de doze anos por corrupção do ex-presidente e encerrou o breve pronunciamento com um tiro: “O Lula está preso, babaca!” (referência a uma fala de Cid Gomes, irmão de Ciro, durante a campanha). Houve bate-boca e os microfones foram cortados. Eduardo soltou uma gargalhada e, na sequência, deixou a tribuna.

Chamado de Zero Três pelo presidente Jair Bolsonaro, o deputado, 35 anos comemorados na semana passada, já não se refere mais ao ex-presidente entre risadas. Mas, sim, com artilharia pesada. Ele agora alimenta a certeza de que há uma grande conspiração em andamento para livrar o petista da cadeia — e o vazamento de mensagens privadas entre o ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato teria tudo a ver com esse plano. Em algum momento deste segundo semestre, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar o pedido de suspeição do hoje ministro da Justiça feito pela defesa do ex-­presidente, que está preso há mais de um ano numa sala da Superintendência da Polícia Federal do Paraná. Mensagens publicadas por VEJA em parceria com o site The Intercept Brasil revelaram que o ex-juiz interferiu indevidamente nas investigações. Para o Zero Três, o vazamento, a divulgação e o pedido de suspeição são parte de uma armação articulada pelo PT e por partidos de esquerda para libertar corruptos presos e, de quebra, ainda atingir o governo. “Foi uma invasão criminosa com o objetivo político de soltar o ex-presidente Lula. Querem descredibilizar o ex-juiz Sergio Moro para, consequentemente, acabar com a Lava-Jato”, afirma o deputado.

A libertação de Lula seria o sinal verde para o caos. “Soltar o Lula poria em xeque a nossa democracia, com risco de uma convulsão social. Eu não sei em que proporções, mas isso estaria dando o recado de que vale a pena ser desonesto no Brasil.” Em entrevista exclusiva a VEJA, que não participa de conspiração nenhuma e faz apenas jornalismo, Eduardo defendeu a ideia de que Lula seja transferido da carceragem da PF, onde conta com luxos como frigobar, televisão e banheiro privativo, para um presídio de segurança máxima. Ele também garantiu que Moro permanece no cargo.

Em 2018, Eduardo bateu um recorde nacional: tornou-se o deputado mais votado da história, recebendo 1,8 milhão de votos. A façanha fica ainda mais impressionante porque este é apenas o seu segundo mandato. Hoje ele representa a continuidade das quase três décadas de atuação de Jair Bolsonaro na Câmara Federal e tem grande poder de influência sobre o pai — atuando, inclusive, na indicação e na queda de ministros, como foi o caso do general Santos Cruz, ex-chefe da Secretaria de Governo. Além de herdeiro de Bolsonaro, Eduardo é conhecido por ser um representante de peso da direita, força que ganha cada vez mais espaço na política mundial. O deputado é um dos mais fiéis seguidores do filósofo Olavo de Carvalho e foi nomeado por Steve Bannon, estrategista de Donald Trump, como líder sul-­americano do grupo direitista The Movement. Defensor do porte de arma, só se separa de sua pistola quando entra nas dependências do Congresso. Nas páginas seguintes, os principais pontos da entrevista, concedida na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, permanentemente vigiada por policiais legislativos.

MORO FICA
Nas últimas semanas, a imagem do ministro e ex-juiz Sergio Moro foi seriamente abalada pela divulgação de mensagens em que ele aparece orientando ações do Ministério Público durante as investigações da Lava-Jato, o que é ilegal. Para o governo Bolsonaro, porém, isso não põe a permanência do ministro em xeque.
“Eu nasci na década de 80 e, na minha época, corrupção era o que havia de mais abjeto. A minha geração consegue facilmente fazer a relação de que o que falta no hospital é o que o político roubou. Em nenhum momento passou pela cabeça do presidente demitir o Moro. Ele resgatou a esperança de que o Brasil pode ser um país que não privilegia a corrupção em detrimento das pessoas que trabalham honestamente. Vai perder as fichas quem apostar na queda do Moro.”

“Ele resgatou a esperança de que o Brasil pode ser um país que não privilegia a corrupção em detrimento das pessoas que trabalham honestamente. Vai perder as fichas quem apostar na queda do Moro”
O VICE QUE INCOMODA
Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão já se estranharam em diversas ocasiões. Assessores do presidente chegaram a levantar a hipótese de que haveria uma conspiração orquestrada pela ala militar.
“Não existe ala militar no governo. Há militares no governo, o que é bem diferente. O general Mourão desagradou aos eleitores do Bolsonaro, principalmente no início do mandato, quando expressou algumas opiniões, especialmente sobre aborto e desarmamento, que iam na direção oposta às do presidente. Ele chegou a afirmar que o aborto era uma opção da mulher e defendeu o desarmamento. Mas agora passou a fazer discursos alinhados aos do presidente. Sobre ele voltar a compor a chapa com o presidente em 2022, ainda é cedo para falar em reeleição.”

ERROS DE MÁ-FÉ
Em junho, o presidente Bolsonaro demitiu o general Santos Cruz, então ministro-chefe da Secretaria de Governo. Os motivos da demissão nunca foram bem esclarecidos.
“A saída do Santos Cruz foi um benefício muito grande. Ele era muito crítico a alguns ministros, principalmente aqueles que seriam discípulos de Olavo de Carvalho (ideólogo de direita, guru do presidente Bolsonaro e do próprio Eduardo). Parecia que estava jogando War, querendo dominar cada vez mais e mais espaços. A linha internacional dele era ‘ONU Futebol Clube’, uma linha globalista, afinada com as teses da esquerda. As divergências começaram durante a transição, quando a cerimonialista, contratada por ele, convidou para a posse o Nicolás Maduro (presidente da Venezuela). Os nossos apoiadores, com razão, reclamaram. O general também defendeu o controle da imprensa — erros que pareciam de má-fé. Ele mostrou estar totalmente desalinhado com o governo. Isso causava desconforto.”

O MINISTRO TRAPALHÃO
Indicado por Olavo de Carvalho e apoiado por Eduardo, o ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez foi demitido depois de comparar turistas brasileiros a canibais e deixar a Pasta praticamente paralisada por três meses.
“Talvez a escolha não tenha sido adequada. O Vélez escreveu vários livros, vários artigos. É uma pessoa qualificada, mas atuaria melhor numa secretaria. Ele teria desempenho melhor em um trabalho técnico. Inevitavelmente, um ministro tem de ter um ‘quê’ de político, tem de saber lidar com deputados e senadores, estar aberto ao diálogo e a atender com presteza os parlamentares. O Ministério da Educação é aparelhado pela esquerda.”

FECHAR O SUPREMO Eduardo Bolsonaro disse, certa vez, que o Supremo Tribunal Federal atuaria contra os interesses da população e, para corrigir isso, bastariam “um cabo e um soldado” para fechá-lo. Uma pesquisa feita pelo site Jota mostrou que 33% da população defende essa ideia descabida.
“A sociedade está revoltada com algumas atitudes do STF. Vemos que, em algumas situações, há um ativismo judicial, como foi o caso da criminalização da homofobia. Isso vai além do trabalho que é confiado ao Supremo. A indignação é justificável. Por outro lado, fechar o STF significaria uma radicalização e traria instabilidade ao país. Não se trata disso. Chamo de ‘brincadeira saudável’ o episódio em que eu mencionei que bastavam um cabo e um soldado para fechar o Supremo. Eu direcionei isso a uma plateia de estudantes de uma escola preparatória para concursos, e no final o pessoal inclusive deu risada. Jamais defendi o fechamento do Supremo. Mas considero a revolta legítima, assim como há uma revolta grande contra o Congresso.”

 Clique aqui para ler mais em Veja - entrevista exclusiva
 

sábado, 16 de março de 2019

Manual do Erro

Existe, obviamente, uma espantosa gritaria contra tudo o que o governo fez, acha que deve fazer ou está fazendo

Publicado na edição impressa de VEJA


Uma observação feita com frequência durante os governos de Lula e Dilma Rousseff era a de que nenhum dos dois tinha oposiçãouma anomalia de circo, como a mulher barbada e o bezerro de duas cabeças, pois todo o regime democrático tem de ter uma oposição, queira-se ou não. Até que foi notada, ao longo desse período, a sombra de um partido que fazia o papel de oposição. Mas era o PSDB, e aí é a mesma coisa que não haver oposição nenhuma. A principal preocupação dos tucanos era não falar mal de Lula, em nenhuma circunstância; conseguiram o prodígio de jamais aparecer em nenhuma das imensas manifestações de massa que, das ruas para o plenário do Congresso, acabariam levando ao impeachment de Dilma e aos sucessivos infortúnios que reduziram o PT ao seu atual estado de miséria extrema. Se Lula, mais o seu sistema de apoio, estão indo cada vez mais para o diabo, isso se deve exclusivamente a eles mesmos e aos atos que praticaram. Pois bem: o mundo gira, a vida passa, e onde está, hoje, a oposição real ao governo do presidente Jair Bolsonaro? Também não existe.

Existe, obviamente, uma espantosa gritaria contra tudo o que o governo fez, acha que deve fazer ou está fazendo; é possível que nunca tenha havido na história desse país tanta indignação por parte dos adversários em relação a quaisquer gestos do presidente e de sua equipe, por mais cômicos, banais e irrelevantes que possam ser. Condena-se tudo, quase sem exceção, incluindo-se aquilo que se imagina que estejam pensando.

(...)
 
Resultado: o governo Bolsonaro está morto, mas continua vivo.
O que há, na verdade, é gente falando mal do governo, por não gostar de nenhuma das posturas que o levaram a ser eleito. Não gostava antes da eleição; continua não gostando agora, e o mais provável é que não venha a gostar nunca. Mas isso é apenas liberdade de pensamento, que acaba vindo a público porque existe liberdade de expressão ─ e por que essa liberdade se manifesta através de órgãos de comunicação onde Jair Bolsonaro e o seu mundo mental são detestados. Oposição é outra coisa. 

(...)




É uma questão de ponto de vista, mas também de fatos. O que esperar de uma oposição cujo grande líder está na cadeia, condenado por corrupção em duas instâncias, sem que haja multidões na rua exigindo sua libertação? Como pode funcionar um partido cuja presidência está entregue à uma deputada que desistiu de defender seu cargo de senadora porque ficou com medo de perder uma eleição majoritária? Vale a pena perguntar, também, como pode dar certo uma oposição que não tem nenhum dirigente, um só que seja, com um mínimo de popularidade, influência junto ao público e capacidade de falar para a massa. 

O PT deposita suas esperanças, hoje, em enredos de escola de samba, em comitês da ONU ou na liderança de um artista de novela de segunda linha. Tem um aproveitamento de 100% na escolha do cavalo que perde: é a favor da ditadura da Venezuela, do imposto sindical ou do “desarmamento” da polícia, e contra a reforma da previdência, o pacote anticrime do ministro Sergio Moro e a Lava Jato.  
Não tem um programa de governo compreensível para se contrapor ao de Bolsonaro. Seu único candidato para uma eleição nacional é Fernando Haddad. O MST nunca mais invadiu uma fazenda; seus assemelhados nunca mais invadiram um terreno de periferia ou um prédio abandonado. Não tem mais o dinheiro da corrupção que recebia das empreiteiras de obras públicas. Está escrevendo, a cada dia, o Manual Completo do Erro.

O governo, desse jeito, só pode perder de si próprio.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

O grave erro de Bolsonaro


Pediu para ser atacado – e será

[Se os adversários do presidente Bolsonaro são covardes o suficiente para atacar quem não pode se defender, estejam à vontade.

A covardia é marca registrada deles e certamente vão querer tirar vantagem da situação.

Quanto ao gesto de simular atirar é antigo e mostra a postura -  conhecida por todos, contra o desarmamento das pessoas de BEM - que , foi, é e continuará sendo uma das várias razões para o eleitor votar do capitão.]

Exibir-se como um paciente em veloz estado de recuperação, dando-se inclusive ao luxo de repetir o gesto de quem simula atirar com uma arma, pode ter servido a Jair Bolsonaro para reforçar a imagem de candidato indestrutível e valente, mas pôs fim à trégua que seus adversários haviam lhe concedido. Quem ousaria criticar o recente alvo de um atentado que quase resultou em tragédia, e que jaz enfermo em um leito de hospital a precisar de urgentes cuidados médicos? Bolsonaro, digamos, ficou bom depressa demais. E, como mostra foto tirada por seu filho Eduardo, voltou a disparar. Pediu para ser baleado em troca. [será que no Brasil ser favorecido por Deus com um organismo forte, que facilita uma recuperação não lenta da saúde, é crime???]

A demora em sair do hospital e os boletins médicos diários fariam por Bolsonaro o que ele ficara dispensado de fazer. O país permaneceria em suspense enquanto não o visse plenamente bem disposto. Ninguém o acusaria de aproveitar-se do próprio sofrimento para faturar votos a qualquer preço. Tal comportamento é próprio de políticos comuns, demagógicos, sem caráter, e Bolsonaro decididamente não seria um deles. [o presidiário petista já reclama que sua sala cela (que usa, impunemente, como comitê eleitoral) em Curitiba não é mais foco de atenção.
O foco agora é o hospital Albert Einstein.] O senador Magno Malta, candidato à reeleição no Espírito Santo, talvez fosse. Apressou-se a ser filmado em uma roda de orações ao pé da cama de Bolsonaro ainda em Juiz de Fora.

Melhor para os que disputam uma vaga no segundo turno foi o retorno relâmpago de Bolsonaro à caça de votos. Se o imprevisto não aprontar novamente, só haverá uma vaga de fato em jogo a ser preenchida por Marina Silva (REDE), ou Ciro Gomes (PDT) ou Geraldo Alckmin (PSDB). A outra vaga já tem dono.  Eleitorado algum é mais fiel a um candidato do que o de Bolsonaro, conferiu a mais recente pesquisa de intenção de voto do Ibope aplicada antes do atentado de Juiz de Fora. Não tem para ninguém em matéria de voto cristalizado. E ele cresceu depois de ter sido esfaqueado, como atestarão as próximas pesquisas.

Esta será a eleição das vítimas. Uma de verdade: Bolsonaro. A outra falsa vítima de um golpe: Lula, condenado e preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Não merecíamos uma eleição melhor?

A eleição dos generais
Quando culpa a mídia pelo atentado a Jair Bolsonaro, o que pretende o general da reserva Augusto Heleno, ex-comandante das tropas brasileiras no Haiti, e conselheiro do candidato?  Intimidar a mídia, jogar a população contra ela, calá-la ou torná-la irrelevante. [o general Augusto Heleno, quando responsabiliza a mídia não pretende nada, está apenas e tão somente expondo um fato.] É o sonho da direita extremada que aqui nunca chegou ao poder pelo voto, mas parece próxima disso.


Quando defende o coronel Brilhante Ulstra, o único militar acusado pela Justiça de torturar presos da ditadura de 64, o que pretende o general da reserva Antonio Mourão, vice de Bolsonaro?  Primeiro expor o que de fato pensa a respeito de ditadura e tortura. Segundo assustar os que apoiam os demais candidatos a presidente ou que possam apoiá-los.

A propósito de Ustra, Mourão disse que “os heróis também matam”. Em entrevista a GloboNews, admitiu que Bolsonaro eleito poderá aplicar o “autogolpe”, provocando nova intervenção militar.  Desde o fim da ditadura que durou 21 anos, os militares jamais tiveram um candidato a presidente para chamar de seu. Agora, tem. Um paisano disposto a governar em nome deles.

Outro drible do PT na Justiça
O programa de propaganda do PT exibido ontem à noite na televisão foi mesmo de quem?

De Lula, que teve negado pela Justiça o pedido de registro de sua candidatura a presidente? Ou de Haddad, por ora apenas vice?
Outra vez o PT burlou a determinação da Justiça. E como essa só age quando provocada, está à espera de ser.

Blog do Noblat - Veja

sábado, 7 de outubro de 2017

INIMIGOS PÚBLICOS Nº 1, 2, 3, 4, ... -

Todos os 210 milhões de brasileiros têm consciência de que sua vida pende do fio da casualidade. Basta estar no lugar errado na hora errada. Esta independe do que diga o relógio, aquele pode ser qualquer um. No entanto, parece passar despercebido o fato de que a totalidade dos quase 60 mil homicídios nacionais foram praticados por criminosos fora das grades, soltos nas nossas ruas. As prisões estão lotadas e os homicidas em liberdade matam nessa proporção!

Aliás, se somarmos os homicídios cometidos por ano em toda a Europa, mais Rússia, China, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e acrescentarmos ainda alguns países do Oriente Médio, não se chega aos 59.080 homicídios intencionais ocorridos no Brasil em 2015, último ano com resultados consolidados pelo IPEA no Atlas da Violência 2017. É o maior número entre os países do globo! O terrorismo mata muito menos que a criminalidade nacional, a mais homicida do planeta.

Por outro lado, relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado em 2016 informou que 7,9% das pessoas entrevistadas no Brasil pela pesquisa Better Life Initiative reportaram terem sido vítimas de assalto nos 12 meses anteriores. Essa taxa é o dobro da média dos países pesquisados e sugere um número de ocorrências contra o patrimônio da ordem de vários milhões anuais. E ainda aparece gente para sustentar que temos presos em excesso! O que há no Brasil é um número inacreditável e intolerável de bandidos de todas as "especialidades" que precisam ser capturados, julgados, encarcerados e permanecerem presos até o cumprimento total de suas penas, para o bem da sociedade.

Estou falando dos inimigos públicos que atuam diretamente contra a vida e o patrimônio alheios. Mas a lista dos adversários da nossa segurança precisa acrescentar:

os desencarceramentistas, para os quais, se a cadeia não reeduca, então deve abrir as portas;

• os bandidólatras (no dizer do excelente livro Bandidolatria e Democídio), para os quais os bandidos são agentes de transformação social e vítimas da sociedade, indivíduos dos quais não se poderia exigir outra conduta;

• os garantistas instalados no Poder Judiciário e em outras instituições e órgãos do Estado, que não se sentem comprometidos com a segurança da população, dado não ser sua função evitar que crimes ocorram, o que os faz moralmente responsáveis por muitos que poderiam ser cautelarmente evitados;

• os inimigos da redução da maioridade penal, que lacrimejam ante a simples possibilidade de que um brutamontes de 17 anos, estuprador e assassino, não seja tratado com as benevolências devidas a um reeducando em instituição socioeducativa;

• os defensores do desarmamento, manipuladores de estatísticas, maus leitores dos bons exemplos internacionais, acocorados no mundo da lua, exclamando que a terra é azul;

os políticos alinhados ou influenciados por uma ou por todas essas correntes, que para nosso azar abandonaram o sistema penitenciário e a lei penal à própria sorte, criando o caos que serve esplendidamente aos criminosos;

• os defensores dos direitos humanos dos bandidos, sempre alertas para protegê-los ou a pranteá-los com enlevos e aconchegos maternais, jamais interessados nas inocentes vítimas de sua cupidez, violência e perversões;

• os inimigos ideológicos da atividade policial e da necessária repressão ao crime, corregedores avulsos de cada operação policial, responsáveis por muitas mortes de agentes da lei cujo gatilho tardou em ser acionado com receio da repercussão.

Todos, a seu modo, desservem à sociedade e ampliam, direta ou indiretamente, a insegurança de nosso cotidiano.



Fonte: Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Como gado para o abatedouro?

Se um direito é natural, inerente à condição humana, o Estado pode não o reconhecer, mas ele não deixa de existir.

No Brasil de 2017, a posse e o porte de armas deveria ser objeto de clamor nacional ante o Estado omisso no cumprimento das obrigações.

Quem se alinha com teses sempre desastrosas, como os defensores do desarmamento, por exemplo, senta-se sobre o lado esquerdo do traseiro. Por que será? As exceções são tão raras que não ocupam lugar na arquibancada dos fatos sociais. Não contentes com fincarem pé nos fracassos, nem com andarem por aí arredondando pilar quadrado até que a casa caia, esse pessoal se esmera em espancar o bom conselho e em desqualificar a divergência. Você é contra o desarmamento? Então você é raivoso, da turma da bala; está a serviço da indústria da guerra. Potencialmente, um assassino de aluguel.



No entanto, a entrega compulsória de todas as armas das pessoas de bem tem lugar de merecido destaque na lista das iniciativas absurdas e maléficas já adotadas em nosso país. Responde, diretamente, pelo aumento da criminalidade, tanto em razão do quantitativo quanto da desfaçatez com que os bandidos passaram a agir nos mais variados ambientes e circunstâncias. Percebem-se – e de fato são – “donos do pedaço”, tocadores de gado para o abatedouro ou para o brete da marcação. Rapidamente vamos adquirindo destreza em preencher boletins de ocorrência, aos quais já tratamos na intimidade como "os meus BOs".

Nós, os conservadores, e boa parte dos liberais, cremos que a pessoa humana é titular de direitos aos quais denominamos naturais. Entre eles, o direito à vida, à liberdade e à propriedade dos bens legitimamente havidos. Para os estatistas, socialistas, comunistas e outros totalitários em geral, as coisas não são assim. Entendem que os direitos nos são dados pelo Estado, motivo por que, fonte de todos os direitos, ele se torna, simultaneamente, objeto de reverência e de assédio. Estados vão à falência por conta do assédio. Sociedades são escravizadas por conta da reverência.

O leitor destas linhas pode estar pensando: “Mas se o Estado diz que eu não posso isto ou aquilo, na prática eu não posso mesmo; na prática eu não tenho tais direitos". Ora, se um direito é natural, inerente à condição humana, o Estado pode não o reconhecer, mas ele não deixa de existir. Os criminosos sentenciados têm a liberdade justificadamente tolhida; os presos políticos em regimes não democráticos, tem a liberdade injustificadamente contida. Mas o direito? Ah, o direito permanece na pessoa!

Isso é tão significativo quanto objeto de abuso. Se olharmos a pauta das postulações daqueles corpos políticos a que me referi no início, veremos que atuam invocando o reconhecimento de supostos direitos que seriam naturais aos grupos que manipulam. Normalmente, não são. Pois bem, a turma das teses desastrosas acabou, simultaneamente, com o sistema penitenciário e com a possibilidade de dar devida vigência repressiva ao Código Penal. A realidade social evidencia que já há mais criminosos soltos do que presos. As baixas contabilizadas pelas estatísticas são indicativas de estado de guerra, e de guerra sangrenta. Em tais condições, nosso direito à vida não pode ser preservado, defendido ou exercido na ausência de legítimo e proporcional direito de defesa. No Brasil de 2017, a posse e o porte de armas deveria ser objeto de clamor nacional ante o Estado omisso no cumprimento das obrigações. Esse não cumprimento se torna ainda mais grave quando, simultaneamente, nos recusa o direito à posse e ao porte de armas de defesa pessoal. Como gado para o abatedouro, não!

Fonte: Percival Puggina - http://puggina.org



sexta-feira, 24 de junho de 2016

Desarmamento, a tirania judiciária contra Bolsonaro, Reinaldo Azevedo e outras notas



A diferença entre conservadores e esquerdistas, muitas vezes, não está em suas concepções sobre a sociedade, nem sobre seus planos sobre o futuros das nações, mas em algo bastante trivial. Enquanto toda a análise que as esquerdas fazem se baseia em ideologia, os conservadores são apenas práticos.

A questão sobre o desarmamento demonstra isso, claramente. O que os conservadores propõem, em geral, não é um culto às armas, mas apenas a chance das vítimas se defenderem. Não há uma questão ideológica envolvida, mas uma simples análise da realidade. Isso porque, enquanto os esquerdistas defendem o desarmamento pela razão de entenderem, em um plano conceitual, que o Estado deve ter o monopólio da segurança, ainda que isso não seja mais prático, nem mais eficiente, os conservadores, independente de gostarem de armas ou mesmo de possui-las, simplesmente entendem que, por causa dos fatos como se apresentam, o melhor para a proteção das pessoas é que elas possam ter seus próprios meios de defesa.

Sinceramente, em um plano ideal, nem condeno quem não goste de armas. Armas são feitas para matar e ninguém é obrigado a apreciar algo que possua essa natureza. No entanto, isso não permite agir de maneira conflitante com a realidade. Aos que desejam um mundo sem armas, para promover tal intento precisam antes dar garantias que seu objetivo é alcançável. Se não podem fazer isso, é melhor que se calem. O problema é que os desarmamentistas, como sua gana em tirar as armas das mãos do cidadão comum, não têm a mínima competência para fazê-lo em relação aos criminosos. Querem desarmar a população, mas não conseguem tirar o revólver do trombadinha da Praça da Sé, quanto mais dos soldados do tráfico, dos criminosos profissionais e dos terroristas. Na prática, ao fazer de tudo para que ninguém tenha armas, permitem que o monopólio delas pertença aos bandidos.

De fato, estatistas que são,  o que eles querem é que apenas os agentes do Estado possam carregar armas. Com isso, fazem com que as pessoas comuns fiquem literalmente à mercê dos criminosos. Isso porque um bandido não avisa quando age e as chances de pará-lo por meio de uma ação policial é mínima. A polícia, em geral, age quando chamada e, normalmente, quando chega já é muito tarde para impedir uma tragédia. Os policiais são heróis, pois arriscam-se diariamente para manter a sociedade em segurança. O problema é que impedir todos os crimes é impossível e os cidadãos ficam desprotegidos enquanto eles não chegam.

Negar que uma pessoa possa se defender quando atacada é negar um direito básico do ser humano. Por isso, o direito de possuir armas não é, como os esquerdistas dão a entender, um privilégio de pessoas que cultuam a violência, mas um direito humano essencial. Se o objetivo é a proteção de vidas, por qualquer lado que se enxergue o problema, o direito ao armamento não pode ser negado. Tirar as armas das pessoas não é protegê-las, mas deixá-las à mercê de quem as possui. E aqueles que as usam para cometer seus crimes não encontram nenhum problema em adquiri-las, nem respeitam as leis que as proíbem.

Quando os desarmamentistas tiverem a mínima capacidade de extinguir as armas, fazendo com que nenhum criminoso as possua, terão alguma autoridade para iniciar o debate sobre a conveniência de tê-las . Enquanto isso não acontece, não têm direito de exigir nada.

* * *

A aceitação de denúncia contra Jair Bolsonaro, pelo Supremo Tribunal Federal, é o ápice da tirania judiciária, que apenas é possível ser alcançada quando a linguagem e o imaginário de um povo já foram esmigalhados ao máximo.  Na decisão dos ministros há um contorcionismo verbal e imaginativo tal, que nem é preciso ser muito culto para percebê-lo. Mas ele é possível apenas porque a correção linguística foi abandonada e a permissividade com o uso da língua permitiu que, de qualquer frase proferida, seja extraído o significado que se bem entende.

Este é o fruto do desconstrucionismo, que, de perversão de críticos literários e filósofos modernos, chegou ao meio jurídico e está servindo como o instrumento perfeito para a criação de uma ditadura de toga. E quando chegamos a esse ponto, não há mais a quem recorrer. Não neste mundo.  Quando a Maria do Rosário chamou o Bolsonaro de estuprador, ela estava usando a mesma tática das feministas de hoje: a de lançar a culpa sobre quem não tem para proteger quem tem. Falar de uma cultura do estupro é apenas uma maneira, pouco inteligente, por sinal, de desviar a atenção dos verdadeiros culpados: os próprios estupradores e aqueles que, direta ou indiretamente, os justificam.

* * *
O ódio que Reinaldo Azevedo nutre em relação a Jair Bolsonaro seria facilmente identificável como algo muito além da discordância política. É tão manifesta sua raiva que se poderia dizer que já chega ao nível da histeria. Só não diria que é isto porque a histeria cria na pessoa um medo sem causa. Porém, no caso do articulista, há uma causa evidente, que é a ameaça que Bolsonaro representa às pretensões eleitorais tucanas. Portanto, o que Azevedo tem escrito é apenas canalhice mesmo.

* * *
Um candidato à presidência independente, que antes das eleições alcança 9% das intenções de votos, causa grande tremor nos grandes partidos. Este foi Fernando Collor, cerca de menos de um ano antes das eleições de 89. Por que vocês acham que estão todos em polvorosa com Jair Bolsonaro, que já alcança, segundo algumas pesquisas, 14% do eleitorado, faltando mais de dois anos para o pleito?
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Vivemos em uma sociedade plástica. Não são apenas as roupas que usamos que são sintéticas, nem só os alimentos que comemos artificiais. Tudo hoje parece de mentira. 

Nossos heróis não lutam mais guerras, mas estão dentro de campos com regras controladas, existentes apenas para nossa diversão; nossas leis criam ficções, que nada têm a ver com a realidade; nossa linguagem é falsa, pois ignora a experiência; as relações agora não possuem mais o olhar; até o sexo tem se dado sem a presença do outro; escrevemos em máquinas que imitam papéis e lemos livros que fingem virar páginas.

Com tanta ilusão, é impossível que essa realidade não cause nenhum efeito mais sério na percepção das pessoas, na forma como elas pensam e no jeito delas se relacionarem com a existência.

Saberemos quais são tais efeitos. Logo.

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Um mesmo perigo na busca de conhecimento e santidade: no meio do caminho o perseguidor achar que já os alcançou. Este é um momento crítico.

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“Fabio, você se acha do dono da verdade”. Não, sou escravo dela. Quem se acha dono é você que tenta moldá-la ao seu jeito.