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sábado, 9 de dezembro de 2023

Em defesa das escolas cívico-militares - Percival Puggina

         Como era e se esperar, as escolas cívico-militares estão sendo atacadas por várias frentes. Sou inteiramente a favor delas!  
E não é por serem “cívicas”, nem por serem “militares”. 
Eu as quero em todo o país, no maior número possível, simplesmente porque funcionam muito melhor do que as outras
E os motivos são óbvios.
 
A educação brasileira é um fiasco! E uma tragédia social. Entre os 65 países avaliados pelo PISA ficamos na posição 54.  
E não é diferente no levantamento mais amplo do World Population Review (posição 90º entre 185 países) ou nas análises da OCDE. 
Nem nas tantas avaliações internas, como as do Ideb, do Enade ou no que se percebe nas provas do ENEM. Ainda temos 10 milhões de analfabetos e quase 30% de analfabetos funcionais com severas dificuldades para entender o que leem ou perante qualquer problema matemático que vá além das quatro operações.
 
O incrível disso é não se perceber reação dos setores envolvidos na operação do sistema. [fácil entender a falta de reação = entre as sumidades em NADA escolhidas pelo presidente 'da Silva' temos o ministro da Educação, petista, que se enrola nas quatro operações. CONFIRA: Ministro da Educação - petista = pt, perda total - erra contas; sua professora foi a Dilma.]
 
 
Por quê? Pergunte isso a Paulo Freire e aos pedagogos paulofreireanos! 
 No entanto, faça a pergunta ciente de que vão enrolar na resposta porque apresentarão o responsável bem distante, fora da cadeia produtiva da Educação. 
Será o capitalismo, será o mercado e será o Governo, sempre que o governo não for petista.

O problema, no entanto, é político e ideológico. Ressalvadas as exceções, as salas de aula foram invadidas por professores que não ensinam e estudantes que não estudam. “Passam” de ano mesmo que não tenham aprendido coisa alguma porque o objetivo do sistema é preparar militantes motivados para combater qualquer coisa que não tenha sido canonizada pela esquerda.

Um sistema assim só pode dar às Escolas Cívico-Militares o mesmo tiro na nuca que dão no homeschooling e em qualquer iniciativa que lhe suprima uma vítima sequer.

Em resumo: contra as Escolas Cívico-Militares operam os defensores das Escolas Político-Ideológicas, moldadas pela pedagogia paulofreireana. Essa pedagogia está alinhada com os objetivos políticos, a visão de mundo, o marxismo e as referências políticas que Paulo Freire encontrou entre os grandes ditadores comunistas de seu tempo e é, hoje, abraçada por seus continuadores.

Cabe às comunidades proteger sua juventude dos fazedores de cabeças e promover uma educação que cultive hábitos de estudo e favoreça o desenvolvimento de talentos.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

 

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Bolsonaro responde por que deu bolo no Congresso após 7 de Setembro

Presidente cancelou de última hora presença em solenidade com Pacheco, Lira e Fux

O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu explicar por que faltou à solenidade do bicentenário da Independência no Congresso, convocada por Rodrigo Pacheco.

“Não fui, porque tinha muita gente pra atender hoje no cercadinho. Tinha um grupo enorme de homeschooling, aquela garotada que estuda em casa. E o 7 de Setembro foi ontem, não foi hoje, então deixei a agenda política de lado”, disse em entrevista ao Correio Braziliense.

Bolsonaro cancelou de última hora a participação na cerimônia, que teve, além da de Pacheco, a presença do presidente da Câmara Arthur Lira e o presidente do STF Luiz Fux.

As mais altas autoridades do Legislativo e do Judiciário do país escolheram não participar dos festejos do dia 7 ao lado de Bolsonaro para evitar associação com caráter “eleitoreiro” dos atos.[Foram ausências que nada significaram - aquela famosa frase: a sua ausência reenche uma grande lacuna.]

 Radar - Coluna em Veja

 

sábado, 21 de maio de 2022

A democracia pode funcionar mal - Carlos Alberto Sardenberg

Congresso erra ao não votar reforma tributária

 Não existe democracia sem parlamento eleito pelo povo. Em um país continental como o Brasil, é também conveniente que os entes regionais tenham representação nacional. O sistema político brasileiro atende a esses dois requisitos. 
A Câmara dos Deputados representa o povo. 
O Senado representa os estados, que formam a federação.

Ditaduras costumam fechar parlamentos ou instalar simulacros que só existem para chancelar as decisões do líder do momento. Exemplo: o assim chamado Congresso do Povo da China.

O nosso Congresso, reunião das duas casas, funciona livremente. Assim, a despeito de Bolsonaro, temos uma democracia em funcionamento. Ocorre que os parlamentos podem funcionar bem ou mal. Criticá-los, nesses casos, não é atentar contra a democracia, mas, ao contrário, defender não apenas sua existência, como também sua eficácia. Sim, eficácia.

Os líderes da maiores ditaduras do momento, Xi Jinping e Vladimir Putin, sustentam suas críticas à “democracia ocidental” com o argumento que não são eficientes nas políticas de desenvolvimento. E por que? Porque o sistema seria muito lento para a tomada de decisões. E aqui se completa o argumento autoritário: essa lentidão viria justamente do fato de que as decisões precisam passar pelo parlamento e ter o aval da Justiça.[ainda que não concordem, entendemos que os dois líderes tem razão, sendo o fato de que nem o Parlamento (o Congresso no caso do regime presidencialista) nem a Justiça, tem como função governar, qualquer interferência, além de indevida pode atrasar o funcionamento do Governo.]

Verdade que a democracia é mais lenta que as ditaduras. Mas o trâmite das decisões faz com que estas sejam, ao final, mais eficientes, exatamente porque foram bem avaliadas e votadas pelos representantes do povo e da federação. Ok, mas o Congresso brasileiro falha completamente quando não vota uma proposta de reforma tributária que lá tramita há 20 anos.

Foi o que fez recentemente o Senado. Seu presidente, Rodrigo Pacheco, simplesmente engavetou uma proposta montada na base de consensos entre diversos setores da sociedade. Alegou que não era hora. Ora, o sistema tributário brasileiro é dos principais obstáculos ao desenvolvimento. Atrapalha empresas e pessoas, encarece e, pois, inibe os investimentos.

E se não bastasse o Senado engavetar essa proposta, a Câmara resolve entrar no assunto, mas para aplicar um tipo de punição aos governadores estaduais. Irritado porque eles não reduzem certos impostos, o presidente da Câmara, Arthur Lira, inventou uma proposta que limita a 17% o ICMS cobrado sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transportes.

É verdade que esses setores são excessivamente onerados e que isso impõe custos às famílias e empresas. Mas constituem a base da arrecadação dos Estados. Limitá-los, sem oferecer alternativa, como outras receitas ou redução de encargos, é simplesmente contratar uma quebradeira geral. Governos quebrados não prestam serviços, se endividam e, ao final, causam mais inflação.

Resumo: o Congresso não vota uma ampla reforma tributária, mas vota remendos que pioram o sistema. O modo de privatização da Eletrobras foi bem pensado. A empresa faz uma chamada de capital e o Estado, acionista controlador, não compra nem uma ação. Investidores privados compram, tormam-se majoritários e assumem o controle da companhia.

Simples e eficiente. Mas para aprovar isso, o Congresso, atendendo a interesses de suas clientelas, resolveu impor uma série de obrigações aos novos donos. Por exemplo: construir termelétricas a gás em locais a milhares de distância dos poços de gás.

Resultado: o custo da Eletrobras privatizada vai aumentar, isso terminando em majoração de tarifas.

Educação é um tema central sob qualquer aspecto. Social, porque a boa educação é condição para o progresso das pessoas. Econômico, porque nenhum país avança sem mão de obra educada e treinada.

Pois a Câmara dos Deputados entrou no assunto para votar uma barbaridade, o homeschooling, ensino domiciliar. Só interessa aos bolsonaristas e às famílias para as quais os nossos professores são todos comunistas e/ou pervertidos.[não se trata de uma barbaridade e sim de uma necessidade; o ensino domiciliar é a única forma eficaz e prática de impedir que professores comunistas e/ou pervertidos contaminem a cabeça de nossas crianças com ideias esquerdistas e coisas tais como ideologia de gênero, linguagem neutra e outras coisas = todas além de barbaridades são aberrações.

Na opinião do ilustre colunista não limitar impostos para manter a base de arrecadação dos Estados é medida correta, tentar salvar nossas crianças de serem vítimas do comunismo e de imoralidades outras é errado. Fica fácil perceber que um Governo com um Poder Executivo Forte, eleito pelo povo que também elege o Poder  Legislativo - portanto, democrata - (não cabe ao povo eleger os membros do Poder Judiciário)  não prejudica a democracia mas impede excrescências como a sob comento.]

É o contrário do que país precisa – escola pública de boa qualidade para todos.

SE ELES SÃO CONTRA, A MEDIDA É BOA

É pena, mas nosso Congresso está dando razão aos ditadores.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista

Coluna publicada em O Globo - Economia 21 de maio de 2022


sexta-feira, 20 de maio de 2022

As vitórias recentes de Bolsonaro - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Uma das promessas de campanha de Bolsonaro, o direito ao ensino domiciliar foi finalmente aprovado pela Câmara, após o STF resolver julgar sua constitucionalidade. Em seu editorial de hoje, a Gazeta do Povo comemorou a aprovação do homeschooling como vitória das famílias educadoras: "A educação domiciliar deve estar contemplada no rol de escolhas à disposição de pais e responsáveis; já há muito tempo aqueles que fizeram esta opção deveriam ter sido retirados da ilegalidade".

O colunista Flavio Quintela, no mesmo jornal, também celebrou a aprovação, mencionou a enorme quantidade de americanos que já lançam mão deste método de ensino, e apontou uma importante vantagem desta liberação: "O ensino domiciliar quebra o monopólio do Estado na educação e oferece uma alternativa ao currículo tóxico que é enfiado goela abaixo de tantos brasileirinhos e brasileirinhas."

Além do homeschooling, tivemos finalmente o sinal verde do TCU esta semana para a capitalização da Eletrobras. J.R. Guzzo, em sua coluna na Gazeta, deu destaque a esta importante vitória do governo e da população em geral: "Como ocorreu na lei do saneamento, que abriu para a iniciativa privada o investimento num setor em que o Estado não fazia nada e não deixava que ninguém fizesse, a privatização da Eletrobras vai influir de forma decisiva na evolução da economia brasileira. É, como no caso do saneamento, uma libertação".

Podemos apenas imaginar como estaria o Brasil sem tantos sabotadores. A oposição esquerdista, que tenta impedir todo avanço; os políticos de "centro", que agem para boicotar a agenda reformista do governo; e, claro, o STF, que tem sido o maior partido de oposição a Bolsonaro. O conluio é evidente e eles nem tentam mais esconder. Edson Fachin, o presidente do TSE, recebeu os políticos de oposição para uma reunião em que a esquerda foi oferecer "solidariedade" ao TSE pelos "ataques" bolsonaristas. É tudo uma piada ruim!

Ideologia de gênero avança de forma sorrateira até pelo ensino técnico e tecnológico

A lei que rege o Judiciário traz a previsão expressa de “penalidade disciplinar” de aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.

O senador Rodrigo Pacheco se mostrou um traidor covarde também, entrando nesse jogo sujo e repetindo esse discurso furado. “Não vou negar que apoiei. Não esperava que ele fosse ser tão parcial como tá sendo ultimamente. Não quero atrito com ele, mas é de uma parcialidade enorme”, disse Bolsonaro sobre Pacheco. É apenas mais um dos traidores que será abandonado pela população na hora do voto, como Doria, Joice, Frota, Moro etc.

Essa patota do atraso está toda reunida contra Bolsonaro, mas o povo está de olho, atento. O maior ícone dessa perseguição implacável é, claro, o ministro Alexandre de Moraes, que considera os patriotas que clamam por respeito à Constituição nas ruas uma cambada de "imbecis". Lacombe, em sua coluna na Gazeta, rebateu: "O pior imbecil, claro, é aquele que não se sabe imbecil, que inventa inimigos e os trata como imbecis. É o tolo que se acha inteligente, o petulante dado a covardias. A internet não os criou. Imbecis, já falei, sempre houve e sempre haverá".

Mas os cães ladram e a caravana passa. Como há muito o que fazer pelo Brasil, apesar dessa oposição suja, Bolsonaro deve continuar seu trabalho. E teve importante vitória aqui também 
A ida de Elon Musk para o Brasil foi um gol de placa do presidente. 
Até que para um "pária internacional" o presidente Bolsonaro se saiu muito bem, ao atrair o homem mais rico do mundo para investir em nossa Amazônia. E Musk se mostrou bastante empolgado com a oportunidade:

Enquanto isso, a elite golpista estava reunida para o casamento do ladrão, aquele que acusa a classe média de ser consumista enquanto torra milhares e milhares de reais numa festa para artistas decadentes e políticos corruptos. Nunca foi tão fácil escolher um lado...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 10 de janeiro de 2021

Na pandemia, o governo gasta energia tentando impor agenda conservadora

Com prioridade equivocada durante uma grave crise sanitária e econômica, Bolsonaro mostra sua estratégia em meio à disputa pelo comando do Congresso

[o presidente Bolsonaro não sabe de tudo, nem é estúpido para se considerar onisciente.
As medidas contra a pandemia, incluindo, sem limitar,  a vacinação, estão a cargo de órgãos específicos sob a supervisão do Ministério da Saúde.
A parte política, necessária para solução de vários entraves existentes, fica sob a coordenação direta do presidente da República.] 
 

DIREITA, VOLVER - Manifestação bolsonarista em Brasília: exigência de retomada das pautas ideológicas - Pedro Ladeira/.

Com 200 000 brasileiros mortos pela pandemia. Nenhuma estratégia definida para pôr em prática um plano nacional de vacinação. Uma economia com 14,1 milhões de desempregados e sem a perspectiva de que reformas estruturantes saiam do papel num futuro próximo. [óbvio que mais de 14.000.000 de desempregados é assustador e torna imper4ativo uma solução urgente;

mas é preciso ter em conta que Bolsonaro recebeu o governo em 1º janeiro 2019, com13.000.000 de desempregados - e o mundo está enfrentando uma pandemia.] Em meio a esse conjunto gravíssimo de problemas, Jair Bolsonaro praticou um de seus esportes prediletos no litoral paulista durante as férias de fim de ano: provocou aglomerações desnecessárias na praia e desrespeitou as recomendações de prevenção contra o coronavírus. Ao voltar a Brasília, improvisou na entrada do Palácio da Alvorada: “Chefe, o Brasil está quebrado. Eu não consigo fazer nada”, disse ao ser questionado por um apoiador na terça 5, sobre o motivo de não ter cumprido a promessa de alterar a faixa de isenção do imposto de renda.

Em dimensão e complexidade, nenhum outro ocupante do Palácio do Planalto teve desafios do tamanho que se apresentam agora diante do capitão.  
Causa espanto e preocupação que, em meio a tantas dificuldades, o presidente e os parlamentares mais ligados ao governo tenham decidido que é hora de mergulhar de cabeça na defesa de uma agenda conservadora na moral, nos costumes e na segurança pública. [o 'mergulho' já ocorre com atraso - nestes últimos meses, os 'inimigos do Brasil', que também são inimigos da FAMÍLIA, da MORAL, dos BONS COSTUMES, conseguiram impor modificações importantes, apesar de negativas,que precisam ser revistas e extirpadas do ordenamento legal do nosso Brasil.
Os órgãos competentes cuidam da pandemia e Bolsonaro e os BRASILEIROS DO BEM, cuidam de valores essenciais para o novo Brasil.
As medidas que possam favorecer o assassinato de seres humanos inocentes e indefesos - o maldito aborto - precisam ser eliminadas e substituídas por normas que protejam a vida humana.] Tentativas de restringir o aborto legal e instituir a chamada Escola sem Partido, entre outras iniciativas que fazem parte desse pacote de ideias deslocadas no tempo e espaço, são caras apenas aos apoiadores mais radicais do bolsonarismo, incluindo sua fiel base evangélica. Caso sejam aprovadas, isolarão ainda mais o Brasil do mundo civilizado. [ "Marcos 8, 36 Portanto, de que adianta uma pessoa ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?"  De que adianta ficar bem com o mundo civilizado?Antes só, do que em má companhia.]Se não bastasse, um esforço para colocar em discussão esses temas nos dias de hoje a pretexto de que eram promessas da última campanha presidencial representa tirar energia do que realmente importa: a superação das crises sanitária e econômica.
Essa miopia política desastrosa em termos de prioridades pode ser enxergada com clareza na atual disputa pelo comando da Câmara dos Deputados. Para apoiar Arthur Lira (PP-AL), a condição do Palácio do Planalto é que ele coloque em pauta o conjunto principal de temas da agenda conservadora. Expoente do Centrão, núcleo mais fisiológico que atua no Congresso, Lira enfrentará em fevereiro o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), escolhido por Rodrigo Maia (DEM-RJ) para suceder a ele na chefia da Câmara (veja em VEJA  a reportagem na pág. 36). O emedebista ganhou o apoio da oposição ao prometer que não vai abrir espaço a projetos retrógrados, repetindo a estratégia de Maia. Mas Lira aposta no apoio de Bolsonaro e faz um aceno no sentido contrário: recebeu deputados do núcleo mais ideológico e pediu uma lista de projetos que consideram prioritários. 
Além de propostas que impõem mais restrições ao aborto e que cerceiam a liberdade do professor em sala de aula, [o professor, especialmente do fundamental até o ensino médio, tem que ministrar aulas, ministrar conteúdo, devendo ser proibido de fazer política e abordar temas não constante do programa de ensino aprovado pelo MEC.
E, nos cursos de graduação, devem ser priorizadas as matérias objeto do curso - os interessados em política procurem se graduar em áreas especificas ao seu interesse.] foram listadas iniciativas que tratam da redução da maioridade penal, da ampliação do porte de armas e da liberação do homeschooling (educação dos filhos em casa).

Mesmo que esses projetos tenham poucas chances de aprovação, a estratégia dos conservadores radicais é colocá-los em votação, porque com isso eles poderiam inflamar o debate na Casa, ganhar visibilidade política e dar uma satisfação ao eleitorado. Parlamentares experientes dizem que o desempenho ruim dos candidatos ideológicos nos pleitos municipais acendeu um alerta entre os bolsonaristas. Eles se elegeram prometendo uma “revolução conservadora”, mas não conseguiram aprovar ainda nenhum projeto no Legislativo. Lira é conhecido por ser um deputadocumpridor de palavra” e deu indícios em postagens nas redes sociais de que pretende destravar essa agenda caso seja eleito. “Nós dissemos ao Lira que precisamos de um parceiro. Maia foi um grande antagonista da pauta de costumes”, afirma Carlos Jordy (PSL-RJ).

Em Brasil - VEJA - MATÉRIA COMPLETA


segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Na pandemia, Bolsonaro mobiliza esforços para avançar pauta das armas

Com a economia precisando de atenção, Bolsonaro gasta energia demais na cruzada por uma política bélica mais liberal

Jair Bolsonaro foi às redes sociais no último dia 9 fazer um anúncio pelo qual ansiava desde o início do mandato. Com uma imagem em que aparece com uma arma na mão direita e um alvo a sua frente, o presidente comemorou ter zerado, a partir de 2021, a alíquota de 20% do imposto de importação de revólveres e pistolas. A iniciativa depois foi barrada no STF, mas chamou a atenção pela insistência com que o presidente se dedica a uma cruzada particular para a facilitação da compra, porte e posse de armas no país, uma das estrelas da chamada agenda conservadora empunhada na eleição de 2018 e talvez a pauta que tenha merecido mais afinco da parte dele nesses quase dois anos de mandato. Como se a economia não estivesse a demandar maior atenção e uma pandemia não angustiasse o país, com mais de 183.000 mortos.


AGENDA DA BALA - O presidente em estande de tiro: ele já editou dez decretos e catorze portarias sobre o assunto - Reprodução/Instagram

O empenho na pauta bélica pode ser medido pela proliferação de documentos editados a esmo pelo governo, sem nenhuma discussão com a sociedade ou com o Parlamento: foram dez decretos, catorze portarias e dois projetos de lei, segundo levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz. Entre as iniciativas para armar a população —parte delas suspensa — estão a autorização para que cada pessoa registre quatro armas (eram duas), a permissão de posse a moradores de áreas rurais, a inclusão de mais vinte categorias profissionais entre aquelas autorizadas a ter armas, o aumento do limite anual de cinquenta para 200 (depois, 550) munições e a revogação de três portarias do Exército que possibilitavam o rastreamento e o controle de armamentos. Também facilitou a vida de colecionadores e praticantes de tiro ao ampliar o leque de equipamentos que podem ser adquiridos, inclusive fuzis 556 e 762.

A opção por regulamentações pontuais é uma estratégia do governo para contornar a falta de disposição do Legislativo — notadamente do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) [em fevereiro próximo o deputado Maia privilegiará o Brasil com sua ausência da presidência da Câmara.]— em fazer avançar as pautas conservadoras, que incluem outras bandeiras da campanha como a redução da maioridade penal e a adoção do homeschooling, como conta um de seus articuladores políticos, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, em entrevista a VEJA (leia na pág. 13). Segundo ele, o governo vai apoiar candidatos nas duas Casas do Congresso que se mostrem comprometidos em avançar esses temas em 2021.

A oposição parlamentar ao assunto já havia ficado clara em junho de 2019, quando o Senado revogou um decreto que flexibilizava o porte e a posse de armas e obrigou o governo a rever a sua estratégia. O sistema de contrapeso à ofensiva armamentista também se manifestou na semana passada, quando o ministro Edson Fachin, do STF, suspendeu a extinção da alíquota sobre importação até que o plenário decida. Questionamentos à Justiça deixaram outras normas no limbo, como a ampliação de categorias autorizadas a usar armas, aumentando a confusão em torno do tema, segundo Felippe Angeli, gerente de relações institucionais do Instituto Sou da Paz. “Não é bom para o país que ninguém entenda o que está valendo”, diz.

Em meio ao caos normativo, no entanto, a pauta foi avançando e suas consequências estão explícitas no armamento recorde da população. Dados da PF mostram que, entre janeiro e novembro deste ano, foram registradas 109 734 novas armas por cidadãos comuns, um aumento de 102% em relação a todo o ano passado (veja o quadro abaixo):



 

[o cenário se apresenta promissor, havendo boas possibilidades do fuzil IA 2, 7,62 mm, fabricado no Brasil,  e  que substituirá o FAL,  usado pelo Exército Brasileiro, ter no prazo de uns dois anos sua venda permitida para civis.Arma excelente para se ter em casa.

A Sig Sauer fabricante de excelentes pistolas passará a fabricar armas no Brasil.]

Apesar de as estatísticas comprovarem a ampliação desse mercado no país, alguns consideram tímidas as mudanças. “Bolsonaro tem boa vontade, mas com a legislação que existe ainda é muito difícil comprar uma arma no Brasil”, avalia Misael de Sousa, cuja empresa representa a alemã Sig Sauer no país. Ele é um dos lobistas desse setor com portas abertas no governo — só nos primeiros cinco meses da gestão Bolsonaro, além de Sousa, representantes das brasileiras Taurus, CBC e DelFire Arms, da tcheca CZ e da austríaca Glock despacharam trinta vezes nos ministérios da Justiça, Casa Civil e Defesa.

A obsessão pelo armamento da população é uma conhecida bandeira da direita mundial, notadamente nos Estados Unidos, país que serve de inspiração para Bolsonaro e seus filhos. Dos muitos movimentos do presidente, a tentativa de tarifa zero para a importação talvez seja o mais importante para a família presidencial — e, de quebra, agrada às fabricantes estrangeiras. Fazia apenas seis dias que o pai estava no governo quando o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) comemorou a chegada de sua pistola Glock importada, enquanto reclamava dos impostos. Dizia que a operação demorava, em média, quase um ano e que a arma custava 10 000 reais no Brasil enquanto nos EUA era encontrada por 2 500 reais. A marca austríaca é a favorita da família — era uma Glock a pistola roubada de Bolsonaro durante um assalto ao então inexpressivo deputado federal no Rio de Janeiro, em 1995. “Isso de zerar a tarifa é coisa do Eduardo. Lamentavelmente, o presidente se deixou levar”, diz um aliado.

(........) 


 

Quando se analisam as pesquisas recentes, o cenário mostra os brasileiros bem cautelosos com relação a esse tema que tanto apaixona o Palácio do Planalto. Levantamento do Datafolha realizado em maio evidenciou que só 24% concordavam com a frase do presidente dita na célebre reunião ministerial de abril: “Quero todo mundo armado. Povo armado jamais será escravizado”. Pesquisa Ibope divulgada na quarta 16 mostra que, apesar dos esforços para armar a população, a avaliação positiva em segurança pública caiu 7 pontos entre setembro e dezembro — e, pela primeira vez, a maioria (53%) reprova a atuação do governo federal nessa área. Ainda assim, a censura popular é menor do que as destinadas às ações na saúde (60%), ao combate ao desemprego (62%) e aos altos impostos (70%). Esses números mostram que o Palácio do Planalto está mirando no alvo errado ao priorizar uma promessa de campanha. É um equívoco ignorar urgências e gastar energia com um tema apenas para satisfazer o fetiche bélico da família presidencial e de uma parcela de apoiadores radicais. Em resumo, um verdadeiro tiro no pé.

MATÉRIA COMPLETA em VEJA - Política

Publicado em VEJA, edição nº 2718,  de 23 de dezembro de 2020

 

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Com Supremo de recesso, Cármen Lúcia julgará recursos urgentes

Cármen Lúcia disse que não pautaria o pedido de Lula por orientação de Edson Fachin

O Supremo Tribunal Federal (STF) entra em recesso de 30 dias a partir desta segunda-feira (2/7). Com o período de férias dos ministros, previsto em lei, não haverá sessões das duas turmas da Corte e do plenário, mas as questões urgentes que chegarem ao STF serão julgadas pela presidente, ministra Cármen Lúcia, que atuará no plantão. Em agosto, após o retorno dos trabalhos, já foram pautados diversos processos sobre temas polêmicos que aguardavam julgamento pela Corte. 

No dia 30 de agosto, o STF deve julgar uma ação que trata da possibilidade de pais se recusarem a matricular seus filhos em escolas públicas ou privadas tradicionais e educá-los em casa. A prática, conhecida como homeschooling, não tem previsão na legislação. [percebam o absurdo: a absurda prática não é prevista na legislação, nem mesmo em uma simples portaria, mesmo assim, o STF - corte constitucional - vai perder tempo analisando a excrescência.] O plenário também decidirá se referenda a liminar proferida nesta semana pelo ministro Ricardo Lewandowski, que impediu que o governo venda, sem autorização do Legislativo, o controle acionário de empresas públicas de economia mista, como a Petrobras e a Eletrobras, por exemplo.

O recurso no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende ganhar liberdade também pode ser julgado após o recesso, mas a data ainda não foi definida.Na quinta-feira (28/6) à noite, o pedido foi liberado para julgamento em plenário pelo relator ministro Edson Fachin. A sessão de sexta-feira (29/6) foi a última antes de os ministros do STF iniciarem o recesso forense.
Eles só voltarão a se reunir em plenário em 8 de agosto. Durante a sessão, Cármen Lúcia disse que não pautaria o pedido de Lula por orientação de Fachin. A partir do dia 12 de setembro, Cármen Lúcia deixará a presidência da Corte, após dois anos no cargo, que será ocupado pelo ministro Dias Toffoli. O mandato de presidente da Corte é improrrogável. 

Correio Braziliense