Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador agenda conservadora. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador agenda conservadora. Mostrar todas as postagens

domingo, 10 de janeiro de 2021

Na pandemia, o governo gasta energia tentando impor agenda conservadora

Com prioridade equivocada durante uma grave crise sanitária e econômica, Bolsonaro mostra sua estratégia em meio à disputa pelo comando do Congresso

[o presidente Bolsonaro não sabe de tudo, nem é estúpido para se considerar onisciente.
As medidas contra a pandemia, incluindo, sem limitar,  a vacinação, estão a cargo de órgãos específicos sob a supervisão do Ministério da Saúde.
A parte política, necessária para solução de vários entraves existentes, fica sob a coordenação direta do presidente da República.] 
 

DIREITA, VOLVER - Manifestação bolsonarista em Brasília: exigência de retomada das pautas ideológicas - Pedro Ladeira/.

Com 200 000 brasileiros mortos pela pandemia. Nenhuma estratégia definida para pôr em prática um plano nacional de vacinação. Uma economia com 14,1 milhões de desempregados e sem a perspectiva de que reformas estruturantes saiam do papel num futuro próximo. [óbvio que mais de 14.000.000 de desempregados é assustador e torna imper4ativo uma solução urgente;

mas é preciso ter em conta que Bolsonaro recebeu o governo em 1º janeiro 2019, com13.000.000 de desempregados - e o mundo está enfrentando uma pandemia.] Em meio a esse conjunto gravíssimo de problemas, Jair Bolsonaro praticou um de seus esportes prediletos no litoral paulista durante as férias de fim de ano: provocou aglomerações desnecessárias na praia e desrespeitou as recomendações de prevenção contra o coronavírus. Ao voltar a Brasília, improvisou na entrada do Palácio da Alvorada: “Chefe, o Brasil está quebrado. Eu não consigo fazer nada”, disse ao ser questionado por um apoiador na terça 5, sobre o motivo de não ter cumprido a promessa de alterar a faixa de isenção do imposto de renda.

Em dimensão e complexidade, nenhum outro ocupante do Palácio do Planalto teve desafios do tamanho que se apresentam agora diante do capitão.  
Causa espanto e preocupação que, em meio a tantas dificuldades, o presidente e os parlamentares mais ligados ao governo tenham decidido que é hora de mergulhar de cabeça na defesa de uma agenda conservadora na moral, nos costumes e na segurança pública. [o 'mergulho' já ocorre com atraso - nestes últimos meses, os 'inimigos do Brasil', que também são inimigos da FAMÍLIA, da MORAL, dos BONS COSTUMES, conseguiram impor modificações importantes, apesar de negativas,que precisam ser revistas e extirpadas do ordenamento legal do nosso Brasil.
Os órgãos competentes cuidam da pandemia e Bolsonaro e os BRASILEIROS DO BEM, cuidam de valores essenciais para o novo Brasil.
As medidas que possam favorecer o assassinato de seres humanos inocentes e indefesos - o maldito aborto - precisam ser eliminadas e substituídas por normas que protejam a vida humana.] Tentativas de restringir o aborto legal e instituir a chamada Escola sem Partido, entre outras iniciativas que fazem parte desse pacote de ideias deslocadas no tempo e espaço, são caras apenas aos apoiadores mais radicais do bolsonarismo, incluindo sua fiel base evangélica. Caso sejam aprovadas, isolarão ainda mais o Brasil do mundo civilizado. [ "Marcos 8, 36 Portanto, de que adianta uma pessoa ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?"  De que adianta ficar bem com o mundo civilizado?Antes só, do que em má companhia.]Se não bastasse, um esforço para colocar em discussão esses temas nos dias de hoje a pretexto de que eram promessas da última campanha presidencial representa tirar energia do que realmente importa: a superação das crises sanitária e econômica.
Essa miopia política desastrosa em termos de prioridades pode ser enxergada com clareza na atual disputa pelo comando da Câmara dos Deputados. Para apoiar Arthur Lira (PP-AL), a condição do Palácio do Planalto é que ele coloque em pauta o conjunto principal de temas da agenda conservadora. Expoente do Centrão, núcleo mais fisiológico que atua no Congresso, Lira enfrentará em fevereiro o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), escolhido por Rodrigo Maia (DEM-RJ) para suceder a ele na chefia da Câmara (veja em VEJA  a reportagem na pág. 36). O emedebista ganhou o apoio da oposição ao prometer que não vai abrir espaço a projetos retrógrados, repetindo a estratégia de Maia. Mas Lira aposta no apoio de Bolsonaro e faz um aceno no sentido contrário: recebeu deputados do núcleo mais ideológico e pediu uma lista de projetos que consideram prioritários. 
Além de propostas que impõem mais restrições ao aborto e que cerceiam a liberdade do professor em sala de aula, [o professor, especialmente do fundamental até o ensino médio, tem que ministrar aulas, ministrar conteúdo, devendo ser proibido de fazer política e abordar temas não constante do programa de ensino aprovado pelo MEC.
E, nos cursos de graduação, devem ser priorizadas as matérias objeto do curso - os interessados em política procurem se graduar em áreas especificas ao seu interesse.] foram listadas iniciativas que tratam da redução da maioridade penal, da ampliação do porte de armas e da liberação do homeschooling (educação dos filhos em casa).

Mesmo que esses projetos tenham poucas chances de aprovação, a estratégia dos conservadores radicais é colocá-los em votação, porque com isso eles poderiam inflamar o debate na Casa, ganhar visibilidade política e dar uma satisfação ao eleitorado. Parlamentares experientes dizem que o desempenho ruim dos candidatos ideológicos nos pleitos municipais acendeu um alerta entre os bolsonaristas. Eles se elegeram prometendo uma “revolução conservadora”, mas não conseguiram aprovar ainda nenhum projeto no Legislativo. Lira é conhecido por ser um deputadocumpridor de palavra” e deu indícios em postagens nas redes sociais de que pretende destravar essa agenda caso seja eleito. “Nós dissemos ao Lira que precisamos de um parceiro. Maia foi um grande antagonista da pauta de costumes”, afirma Carlos Jordy (PSL-RJ).

Em Brasil - VEJA - MATÉRIA COMPLETA


segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Na pandemia, Bolsonaro mobiliza esforços para avançar pauta das armas

Com a economia precisando de atenção, Bolsonaro gasta energia demais na cruzada por uma política bélica mais liberal

Jair Bolsonaro foi às redes sociais no último dia 9 fazer um anúncio pelo qual ansiava desde o início do mandato. Com uma imagem em que aparece com uma arma na mão direita e um alvo a sua frente, o presidente comemorou ter zerado, a partir de 2021, a alíquota de 20% do imposto de importação de revólveres e pistolas. A iniciativa depois foi barrada no STF, mas chamou a atenção pela insistência com que o presidente se dedica a uma cruzada particular para a facilitação da compra, porte e posse de armas no país, uma das estrelas da chamada agenda conservadora empunhada na eleição de 2018 e talvez a pauta que tenha merecido mais afinco da parte dele nesses quase dois anos de mandato. Como se a economia não estivesse a demandar maior atenção e uma pandemia não angustiasse o país, com mais de 183.000 mortos.


AGENDA DA BALA - O presidente em estande de tiro: ele já editou dez decretos e catorze portarias sobre o assunto - Reprodução/Instagram

O empenho na pauta bélica pode ser medido pela proliferação de documentos editados a esmo pelo governo, sem nenhuma discussão com a sociedade ou com o Parlamento: foram dez decretos, catorze portarias e dois projetos de lei, segundo levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz. Entre as iniciativas para armar a população —parte delas suspensa — estão a autorização para que cada pessoa registre quatro armas (eram duas), a permissão de posse a moradores de áreas rurais, a inclusão de mais vinte categorias profissionais entre aquelas autorizadas a ter armas, o aumento do limite anual de cinquenta para 200 (depois, 550) munições e a revogação de três portarias do Exército que possibilitavam o rastreamento e o controle de armamentos. Também facilitou a vida de colecionadores e praticantes de tiro ao ampliar o leque de equipamentos que podem ser adquiridos, inclusive fuzis 556 e 762.

A opção por regulamentações pontuais é uma estratégia do governo para contornar a falta de disposição do Legislativo — notadamente do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) [em fevereiro próximo o deputado Maia privilegiará o Brasil com sua ausência da presidência da Câmara.]— em fazer avançar as pautas conservadoras, que incluem outras bandeiras da campanha como a redução da maioridade penal e a adoção do homeschooling, como conta um de seus articuladores políticos, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, em entrevista a VEJA (leia na pág. 13). Segundo ele, o governo vai apoiar candidatos nas duas Casas do Congresso que se mostrem comprometidos em avançar esses temas em 2021.

A oposição parlamentar ao assunto já havia ficado clara em junho de 2019, quando o Senado revogou um decreto que flexibilizava o porte e a posse de armas e obrigou o governo a rever a sua estratégia. O sistema de contrapeso à ofensiva armamentista também se manifestou na semana passada, quando o ministro Edson Fachin, do STF, suspendeu a extinção da alíquota sobre importação até que o plenário decida. Questionamentos à Justiça deixaram outras normas no limbo, como a ampliação de categorias autorizadas a usar armas, aumentando a confusão em torno do tema, segundo Felippe Angeli, gerente de relações institucionais do Instituto Sou da Paz. “Não é bom para o país que ninguém entenda o que está valendo”, diz.

Em meio ao caos normativo, no entanto, a pauta foi avançando e suas consequências estão explícitas no armamento recorde da população. Dados da PF mostram que, entre janeiro e novembro deste ano, foram registradas 109 734 novas armas por cidadãos comuns, um aumento de 102% em relação a todo o ano passado (veja o quadro abaixo):



 

[o cenário se apresenta promissor, havendo boas possibilidades do fuzil IA 2, 7,62 mm, fabricado no Brasil,  e  que substituirá o FAL,  usado pelo Exército Brasileiro, ter no prazo de uns dois anos sua venda permitida para civis.Arma excelente para se ter em casa.

A Sig Sauer fabricante de excelentes pistolas passará a fabricar armas no Brasil.]

Apesar de as estatísticas comprovarem a ampliação desse mercado no país, alguns consideram tímidas as mudanças. “Bolsonaro tem boa vontade, mas com a legislação que existe ainda é muito difícil comprar uma arma no Brasil”, avalia Misael de Sousa, cuja empresa representa a alemã Sig Sauer no país. Ele é um dos lobistas desse setor com portas abertas no governo — só nos primeiros cinco meses da gestão Bolsonaro, além de Sousa, representantes das brasileiras Taurus, CBC e DelFire Arms, da tcheca CZ e da austríaca Glock despacharam trinta vezes nos ministérios da Justiça, Casa Civil e Defesa.

A obsessão pelo armamento da população é uma conhecida bandeira da direita mundial, notadamente nos Estados Unidos, país que serve de inspiração para Bolsonaro e seus filhos. Dos muitos movimentos do presidente, a tentativa de tarifa zero para a importação talvez seja o mais importante para a família presidencial — e, de quebra, agrada às fabricantes estrangeiras. Fazia apenas seis dias que o pai estava no governo quando o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) comemorou a chegada de sua pistola Glock importada, enquanto reclamava dos impostos. Dizia que a operação demorava, em média, quase um ano e que a arma custava 10 000 reais no Brasil enquanto nos EUA era encontrada por 2 500 reais. A marca austríaca é a favorita da família — era uma Glock a pistola roubada de Bolsonaro durante um assalto ao então inexpressivo deputado federal no Rio de Janeiro, em 1995. “Isso de zerar a tarifa é coisa do Eduardo. Lamentavelmente, o presidente se deixou levar”, diz um aliado.

(........) 


 

Quando se analisam as pesquisas recentes, o cenário mostra os brasileiros bem cautelosos com relação a esse tema que tanto apaixona o Palácio do Planalto. Levantamento do Datafolha realizado em maio evidenciou que só 24% concordavam com a frase do presidente dita na célebre reunião ministerial de abril: “Quero todo mundo armado. Povo armado jamais será escravizado”. Pesquisa Ibope divulgada na quarta 16 mostra que, apesar dos esforços para armar a população, a avaliação positiva em segurança pública caiu 7 pontos entre setembro e dezembro — e, pela primeira vez, a maioria (53%) reprova a atuação do governo federal nessa área. Ainda assim, a censura popular é menor do que as destinadas às ações na saúde (60%), ao combate ao desemprego (62%) e aos altos impostos (70%). Esses números mostram que o Palácio do Planalto está mirando no alvo errado ao priorizar uma promessa de campanha. É um equívoco ignorar urgências e gastar energia com um tema apenas para satisfazer o fetiche bélico da família presidencial e de uma parcela de apoiadores radicais. Em resumo, um verdadeiro tiro no pé.

MATÉRIA COMPLETA em VEJA - Política

Publicado em VEJA, edição nº 2718,  de 23 de dezembro de 2020

 

sábado, 1 de junho de 2019

Bolsonaro defende agenda conservadora e critica o STF

Em Goiás, presidente sugere que pode indicar magistrado evangélico ao Supremo e almoça com caminhoneiros

Em discurso na Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, em Goiânia, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticou a atuação do STF ao enquadrar a homofobia como racismo, sem aguardar decisão do Congresso sobre o tema. O presidente sinalizou que pode indicar para a Corte um magistrado evangélico. “Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?”, perguntou, sob aplausos da plateia. 

A crítica à atuação do STF ocorreu três dias depois de articular um “pacto pelo Brasil” com o Judiciário e o Legislativo. Ainda em Goiás, e em mais um encontro com sua base eleitoral, Bolsonaro desceu de helicóptero em posto de gasolina de beira de estrada em Anápolis e almoçou com cerca de 30 caminhoneiros. Ele disse que seu governo não vai lotear cargos e só mudará sua postura “se alguém cassar” o seu mandato.

Três dias depois de articular um “pacto pelo Brasil” em parceria com o Judiciário, [o pacto foi sugerido pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli.]  o presidente Jair Bolsonaro criticou ontem a atuação legislativa do Supremo Tribunal Federal (STF) por enquadrar a homofobia como racismo, antes mesmo de o Congresso decidir sobre o tema. O presidente indicou que pretende escolher para o tribunal um magistrado evangélico, alinhado com sua ideologia e parte expressiva de sua base eleitoral. “Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com a religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. Respeitamos e tem que respeitar. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?”, perguntou o presidente, aplaudido de pé por fiéis que participaram da Convenção Nacional das Assembleias de Deus, em Goiânia.

A sinalização de Bolsonaro de que pode indicar um ministro de perfil conservador para o Supremo ocorre em um momento em que a Corte é cobrada para decidir sobre a chamada “pauta de costumes”, que contraria o seu “eleitorado raiz”. Além do julgamento da homofobia, que deve ser concluído em 13 de junho, tramitam no Supremo processos sobre a descriminalização da maconha e do aborto, o uso de banheiro [o tal banheiro público unissex.] por transexuais e as restrições para a doação de sangue por homens homossexuais. Todos esses assuntos são tema de projetos emperrados no Congresso. [se liberar todos esses absurdos realmente a FAMÍLIA, a MORAL e os BONS COSTUMES estão sendo sepultados; 
será que só os integrantes das minorias possuem direitos no Brasil?]

Relator de uma das ações sobre homofobia, o decano do STF, ministro Celso de Mello, rebateu o presidente ao afirmar que é “absolutamente irrelevante a fé religiosa que um juiz da Suprema Corte possa ter”. “Nesse domínio, há de prevalecer, sempre, um comportamento de absoluta neutralidade dos magistrados em assuntos de ordem confessional”, disse. Um outro ministro, no entanto, afirmou em caráter reservado que a escolha de um evangélico para a Corte pode ser uma boa opção. O magistrado disse, ainda, que muita gente concorda com o pensamento de Bolsonaro sobre a criminalização da homofobia.

Na prática, o comentário do presidente reanimou a bolsa de apostas sobre as indicações que ele fará ao STF. O juiz federal Marcelo Bretas, que atua no braço da Operação Lava Jato no Rio, por exemplo, é evangélico. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, é católico. Na semana passada, o Supremo formou maioria para que a discriminação contra homossexuais e transexuais seja enquadrada como crime de racismo até o Congresso aprovar uma lei sobre o tema. [é sempre bom lembrar que os ministros do STF podem mudar o voto até o momento da proclamação da decisão - o que ainda não ocorreu.]

Em sua tese de mestrado da USP, a professora de Direito Constitucional Luciana Ramos argumentou que o Supremo já entendeu ter havido omissão legislativa em 122 casos julgados pelo tribunal, de 1988 até 2009. Levantamento do Estado mostra que o tribunal tem aumentado o rigor ao apontar a inércia do Parlamento em temas sensíveis, como greve de trabalhadores e discriminação contra a população LGBT.Em vez de apenas notificar o Congresso para a “adoção das providências necessárias”, o tribunal tem buscado saídas jurídicas para resolver o que os ministros entendem como questões “negligenciadas” pelos parlamentares. “Muitas vezes, o legislador não agia diante de uma ação e o Supremo começou a entender que simplesmente notificar o Legislativo não era suficiente”, disse Thiago Amparo, especialista em Direitos Humanos da FGV-SP. [o STF abusa ao persistir no julgamento da ação em comento; a Suprema Corte foi tempestivamente notificada pelo Senado de que dois projetos tramitam naquela Casa sobre o assunto;
além do que, salvo melhor juízo, o Supremo costuma ser lento no julgamento de determinados assuntos.
Exemplo, um pedido de vista do ministro Fux segurou por três anos uma ação contra o auxílio-moradia.
Ao segurar o andamento de um processo por período tão longo o ministro Fux foi omisso? o STF aceitaria uma ação contra o ministro por aquela 'omissão'?]

Até 2006, o STF se limitava a declarar a omissão legislativa e comunicar o órgão responsável. De lá para cá, no entanto, passou não apenas a notificar, mas também a decidir sobre o tema em questão. Foi o que ocorreu em 2007, quando determinou a aplicação da lei de greve de trabalhadores privados para os servidores públicos. Em 2016, a Corte deu prazo de 12 meses para que os parlamentares editassem normas sobre compensações para Estados, em decorrência da redução de impostos para exportações, a chamada Lei Kandir; e, agora, com a homofobia.

Fé. 
Bolsonaro é católico,[???] mas não costuma ir à missa e frequenta igrejas evangélicas há vários anos. A primeira-dama Michelle e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, são da Igreja Batista. “O presidente tem imagem de militar durão, mas nos cultos é chorão”, disse o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), integrante da bancada evangélica.  Em maio de 2016, Bolsonaro foi batizado no Rio Jordão, em Israel, pelo Pastor Everaldo, presidente do PSC. Ao menos quatro dos 22 ministros da equipe de Bolsonaro são evangélicos: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), André Mendonça (Advocacia-Geral da União) e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo).

Em maio, o Estado revelou estudo mostrando que, de cada cem tuítes com a palavra Bolsonaro, quatro traziam citações a Deus, Jesus e Satanás. Para os evangélicos, Bolsonaro é o presidente que vai derrotar o diabo na luta do bem contra o mal.

sábado, 3 de novembro de 2018

De cotas a maioridade penal, agenda conservadora ganha força com Bolsonaro

Presidente e parlamentares eleitos pelo PSL devem iniciar processo de revisão de medidas 'progressistas' adotadas no Brasil nas últimas décadas


A eleição do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República, confirmada pelos votos de mais de 57 milhões de brasileiros no último dia 28, pode representar mais do que apenas uma troca do governo de plantão no Palácio do Planalto durante quatro anos.   Aliados do capitão da reserva protagonizam em boa parte não só um grupo político, mas também um movimento conservador, que se apresenta como a ruptura de uma política progressista que, dizem, subverteu valores morais e a condução das políticas públicas no Brasil nas últimas décadas. O próprio Bolsonaro, em um discurso, chegou a falar em fazer que seu objetivo era fazer o país voltar a ser o que “era há 40, 50 anos”.

Essa agenda conservadora que deve avançar durante os próximos meses, impulsionada pela expressiva votação do presidente eleito e por uma sólida bancada de parlamentares eleita pelo partido dele, o PSL, inclui sobretudo temas que podem ser divididos em três grandes áreas: segurança pública e direitos humanos; os costumes sociais, aí incluídos educação, cultura e direitos de minorias; e a questão ambiental, seus conflitos com o setor agropecuário e as populações tradicionais.

Abaixo, VEJA agrupa em treze temas, as ideias que devem avançar. A imensa maioria destas depende de aprovação do Congresso Nacional por maiorias, exigindo a adesão de políticos representantes de diversos segmentos. Por vezes, Bolsonaro indicou que deve recorrer às bancadas setoriais, interessado que um lave a mão do outro e os dois lavem as suas: ruralistas votam projeto de interesse dos evangélicos e vejam uma de suas propostas apoiada por estes. Para completar, de quebra os dois provam medidas econômicas impopulares, como a reforma da Previdência.

Uma segunda barreira que o presidente eleito deve enfrentar é o Supremo Tribunal Federal (STF). Várias das propostas e declarações feitas atravessam entendimentos firmados na Corte, enquanto outras são alvo de controvérsia no meio jurídico, em especial as que tratam do combate ao crime. [a mentalidade predominante no meio jurídico é a do maldito 'politicamente correto', o que é bastante para a preocupação excessiva com os direitos humanos dos 'manos'; 
esse bizarro entendfimento torna dificil combater os bandidos (que não seguem regras, exceto as que lhes convém, naquele momento) seguindo regras, preocupação em não violar direitos humanos dos bandidos - que na prática de seus crimes não tem a menor preocupação com direitos humanos, humanitários ou qualquer outro.
O senador Paulo Brossard, ministro da Justiça no governo Sarney, criou uma política da PM combater bandidos com flores - as viaturas, como símbolo da campanha, tinham flores desenhadas e NÃO FUNCIONOU.] Caminhamos para ver se tornar ainda mais concreto o processo identificado nos últimos anos, com os lados derrotados de votações no Legislativo contestando judicialmente projetos aprovados, instando o Supremo a dar várias das palavras finais sobre os temas.

Segurança e criminalidade
Uma frase que sintetiza o pensamento de Bolsonaro em relação aos limites entre as garantias individuais e o combate ao crime seria o que ele chama de defesa dos direitos humanos para “humanos direitos”. Os direitos fundamentais são cláusulas pétreas, que não podem ser modificadas, e portanto não é possível fazer com que determinadas pessoas “não tenham direitos”. No entanto, o presidente eleito projeta algumas ideias que, se implementadas, confeririam mais poder às polícias para matar potenciais criminosos e para promover a autodefesa. [se a bandidagem for protegida com 'claúsulas pétreas' , tem alguma coisa errada e com certeza não está entre os que querem combater bandidos.
Uma Constituição que  assegura aos BANDIDOS os mesmos direitos assegurados às PESSOAS DE BEM - sendo que as PESSOAS DE BEM tem tais direitos violados pelos  bandidos, de forma sistemática - pode ser chamada de Constituição cidadã? ] 
 
Posse e porte de armas
O que Bolsonaro defende:  
Inverter a lógica que vigora no Brasil desde o Estatuto do Desarmamento. Ao invés de exigir em primeiro lugar a justificativa da necessidade desse porte, a legislação deveria, na visão do presidente eleito, garantir a posse e o porte de armas como direitos do cidadão
O que pode mudar? Não seria mais exigida uma justificativa a ser aprovada pela Polícia Federal, a posse de armas poderia ocorrer a partir dos 21 anos (e não mais dos 25) e pessoas que respondem a processos criminais também estariam incluídas. A restrição se limitaria aos já condenados. Já em relação ao porte de armas, hoje permitido apenas a agentes de segurança e em casos excepcionais, passaria a ser permitido a todos que possam comprar armas, com a única ponderação de veto até os 24 anos.
Como pode acontecer? Revogar ou flexibilizar o Estatuto por meio de um projeto de lei.

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Eleitor pró-Bolsonaro impõe agenda conservadora ao próximo presidente

Houve um tempo em que ninguém se declarava de direita no Brasil. Isso acabou. Se a presença de Jair Bolsonaro no topo das pesquisas representa alguma coisa é o triunfo da direita no embate político brasileiro. Um dos slogans dos apologistas de Bolsonaro é “direita já”. Isso deixou de ser reivindicação. Virou constatação. Ainda que o capitão não chegue à Presidência, já deu voz a uma fatia da sociedade que estava no armário.

Em 2002, quando beijou a cruz do mercado com sua Carta aos Brasileiros, Lula venceu a eleição apropriando-se dos pilares da política econômica de FHC. Desde então, o PT avançava sobre o campo adversário. O PSDB, enferrujado, mal saía do lugar. Com o tempo, petistas, tucanos e os mesmos aliados de sempre tornaram-se estruturas de blindagem de corruptos. E a turma da “direita já”, que apenas sussurrava quando as ruas roncaram em 2013, aproveitou para gritar.

Sabatinado no Roda Viva, Bolsonaro solidificou sua precariedade. [não deixe de ler:
A tortura do canalhismo e do Ministério Público = Sobraram perguntas idiotas feitas por jornalistas esquerdizados.] Violentou a historiografia. Repetiu clichês. Expôs ideias com a profundidade as de uma poça que qualquer formiguinha pode atravessar com água pelas canelas. De todas as maneiras de lidar com esse personagem, a mais cômoda é ignorar o fato de que um pedaço expressivo do eleitorado namora a ideia de colocá-lo no Planalto. Isso desobriga as pessoas de perceberem o óbvio: seja quem for o eleito, terá de responder às demandas conservadoras que o capitão ecoa na campanha. Esse é o triunfo da direita.

Blog Josias de Souza
 

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Com agenda conservadora, Congresso dos EUA toma posse hoje - excelente oportunidade para revogar muita bobagem que Obama fez

Pela primeira vez desde 2007, as duas Casas e o Executivo serão republicanos e prometem revogar grande parte do chamado legado de Barack Obama

Os novos senadores e deputados americanos tomam posse nesta terça-feira em um Congresso que promete ser o mais conservador das últimas décadas. Pela primeira vez desde 2007, as duas Casas e o Executivo serão republicanos e prometem revogar grande parte do chamado legado de Barack Obama, especialmente, no que tange o Obamacare (o ato que instituiu uma espécie de programa de saúde pública para milhões de americanos) e a questão do corte de impostos.

Durante os últimos anos, as leis propostas pelos representantes do partido foram sendo preteridas e muitas sequer foram sancionadas por Obama. No entanto, segundo o líder da maioria, Kevin McCarthy, “teremos muito para fazer e para desfazer” nas próximas semanas.

A ideia, segundo analistas da política norte-americana, é apresentar esses “resultados” mais importantes já neste ano. Para isso, o Partido Republicano conta com a ajuda do presidente eleito Donald Trump, que toma posse no próximo dia 20 de janeiro.

E uma primeira medida já foi votada. Uma lei reduziu os poderes de um escritório independente para a ética do governo, uma espécie de agência que supervisionava questões éticas dos deputados. Agora, esse departamento ficará sob gestão da comissão de ética da Casa, que é controlada pelos próprios parlamentares.

A porta-voz dos democratas, Nancy Pelosi, disse que “evidentemente, a primeira vítima do novo Congresso republicano foi a ética” e acusou o atual líder republicano da Câmara, Paul Ryan, de “dar liberdade à corrupção parlamentar”.

Fonte: ANSA