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domingo, 28 de janeiro de 2018

Do sertão ao cárcere

A condenação por corrupção é o penúltimo capítulo de uma biografia que se inicia em um pau de arara, começa a ser degenerada no movimento sindical, se corrompe em Brasília e pode terminar no sistema penitenciário

Lula Condenado
Quando deixou o Palácio do Planalto, em janeiro de 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva carregava consigo uma aprovação popular recorde de 83% e uma biografia com B maiúsculo, dessas encadernadas com capa de couro e que poucas personalidades no mundo conseguem ostentar. Tratava-se da história de uma vida capaz de encantar dentro e fora do País. Uma trajetória marcada por grandes feitos, embates quixotescos e, acima de tudo, enormes superações. Claro, havia lá também suas travessuras. Algumas passagens mal contadas dos anos 1980 e uma mancha preocupante: o chamado Mensalão. Na quarta-feira 24, depois da condenação por corrupção em segunda instância a doze anos e um mês de reclusão, a biografia de Lula, revista e ampliada, ganhou nova coloração. Não é nem um pouco admirável. Seus desvios éticos, exaustivamente comprovados, superam suas virtudes.

Na história de Lula, os desvios éticos superam as virtudes do menino que fugiu da seca e virou presidente
Agora, uma vez condenado, Lula sabe que os últimos capítulos de sua história serão escritos nos tribunais e no sistema penitenciário. “A biografia do garoto que deixou o sertão em um pau de arara e se tornou o presidente mais popular que o Brasil já teve não vai terminar no gabinete presidencial, mas sim em um presídio, como um preso comum”, disse à ISTOÉ, na manhã da quinta-feira 25, um ex-seminarista que ajudou Lula a fundar o PT, em 1980.

Sindicalistas, religiosos, acadêmicos e políticos que estiveram próximos do ex-presidente nas últimas décadas divergem quando questionados sobre o momento em que Lula começou a manchar a própria história. Muitos dizem que os desvios éticos começaram quando Lula se elegeu presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, em 1975, e passou a usufruir de algum poder.Chegar a ser metalúrgico no ABC era o máximo da ascensão social para pessoas como ele”, diz Margaret Keck, cientista social da Universidade Johns Hopkins, no Estados Unidos. Três anos depois de chegar ao sindicato, Lula já era reconhecido internacionalmente por sua atuação à frente de mais de 200 mil operários no ABC paulista, liderando as maiores greves da história do País. “Descobrimos depois de algum tempo que o comportamento do Lula nas greves não foi nada ético."

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sábado, 2 de dezembro de 2017

INsegurança pública no DF - Justiça do DF multa DF por prender bandidos; multar hospitais por falta de atendimento, isso não fazem

Justiça condena DF a pagar indenização por superlotação de prisão

A ação foi protocolada pela Defensoria Pública, que alegou haver mais do que o dobro da capacidade de detentos no sistema. Cabe recurso da decisão

[enquanto se preocupa com bandido preso em condições não confortáveis a Defensoria Pública deveria cuidar das centenas de pessoas que não são atendidas nos hospitais públicos por falta de vagas.

Defender bandidos eles estão atentos - defender os direitos de pessoas de bem, que estão doentes e não são atendidas nos hospitais públicos, isso a Defensoria Pública não faz.] 


 

O Distrito Federal foi condenado a pagar uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais coletivos devido à superlotação do sistema penitenciário local. A decisão é da 2ª Vara da Fazenda Pública, em resposta a ação movida pela Defensoria Pública do DF. Ainda cabe recurso da decisão. No documento, a defensoria sustenta que o sistema prisional do Distrito Federal conta com 7.376 vagas, mas que, entre julho de 2016 e março de 2017, o número de detentos era mais que o dobro do número máximo de vagas: 15.190 presos no sistema. A argumentação é de que a superlotação dos espaços compromete o tratamento adequado e digno ao detento, o que acarreta na violação dos direitos humanos. [duas perguntas:
- e os direitos humanos de centenas de pessoas doentes que não conseguem atendimento nos hospitais públicos?
- e os direitos humanos de centenas de pessoas que são assaltadas por esses bandidos que merecem tanta atenção dos defensores públicos?]
O DF alegou, nos autos do processo, que a situação das carceragens é um problema de abrangência nacional e mundial que necessitaria de esforços mútuos entre os entes do sistema de justiça criminal. Defendeu, ainda, que a indenização traria prejuízo para a manutenção do próprio sistema penitenciário. Na sentença, o juíz decidiu que "por força do artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição de 1988 (CF/88), o Estado tem o dever de assegurar a integridade física e moral dos presos sob a sua custódia". "A violação de tal dever faz surgir, por sua vez, o dever jurídico sucessivo de indenizar os danos daí decorrentes. (...) Portanto, o descumprimento das condições legais do encarceramento atrai a responsabilidade civil objetiva estatal", continua a decisão.
O processo ainda leva em consideração que, de acordo com o relatório apresentado pelo autor, a superlotação dos presídios no DF está acima do índice nacional. Enquanto na capital a taxa de ocupação é de 215%, no Brasil, a média é de 161%, o que "confere ao Distrito Federal a terceira maior taxa de ocupação prisional do país", afirma o juiz.

O pedido da Defensoria Pública previa aplicação de indenização por danos morais coletivos e individuais. O magistrado julgou parcialmente procedente a solicitação, julgando improcedente a indenização a cada um dos presos em situação de superlotação. O montante pelos danos coletivos deve ser destinado ao Fundo Penitenciário do DF.

Correio Braziliense - Com informações do TJDFT 
 

domingo, 22 de janeiro de 2017

Detentas do "cárcere duro" têm 1h de banho de sol e não conversam com ninguém

A cela de Mônica Marília Pereira, de 32 anos, é aberta por uma agente penitenciária para o banho de sol diário. A duração é de uma hora. Depois, ela volta para a cela, onde fica trancafiada pelo resto do dia. Não conversa com ninguém, além dos funcionários do presídio. Condenada a quase 4 anos de prisão por tráfico de drogas, Mônica tem 15 tatuagens pelo corpo - na perna esquerda, uma caveira com as palavras "puro ódio"; nas costas, um tridente com a frase "só os loucos sobrevive!!! (sic)". Na sua ficha, está indicado a quem a administração da unidade deve avisar em caso de acidente, doença grave ou morte: ninguém.


Mônica, ou Band, como é conhecida no sistema penitenciário, é uma das 12 mulheres que vivem isoladas na prisão de segurança máxima de Presidente Bernardes, a mesma que abriga há um mês o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Em 2015, foi pega em flagrante por guardas municipais ao tentar esconder 29 pedras de crack em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de São José do Rio Preto. É acusada ainda de homicídio, agressão, dano, violação de domicílio e incêndio. A advogada que a representava foi presa em novembro, na Operação Ethos, por suspeita de ligação com o PCC.

As mulheres vizinhas de Marcola vivem no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), o chamado "cárcere duro". São as primeiras presidiárias isoladas em uma unidade de segurança máxima no País. Criado em 2002, o presídio de Presidente Bernardes só passou a abrigar mulheres em 12 de setembro de 2015. As condenadas estão em uma ala com 20 celas, separada das outras três, que abrigam alguns dos mais perigosos bandidos de São Paulo.  "Todas foram mandadas para lá em razão de agressões contra funcionários", afirmou o secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. As detentas têm entre 23 e 42 anos e apenas três são primárias. Quatro já fugiram ou tentaram sair de prisões onde estavam antes. Tráfico de drogas é o crime em comum entre todas elas.

Comando

Condenada a cinco anos e meio de prisão, Ludicléia Rosa de Souza, a Lu, de 28 anos, incitou atos de apologia ao PCC na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, no interior, antes de ser enviada para o RDD. Vários registros de desrespeito e agressões contra agentes penitenciárias constam de seu histórico prisional. Em um dos episódios, chegou até a ameaçar acionar o "comando", como represália às funcionárias do presídio. Na mão direita, tatuou o símbolo da facção.

Não se sabe exatamente qual função Ludicléia ocupa no PCC, mas o poder que exercia sobre as outras presas era um sinal de que havia assumido a liderança na penitenciária. "A rapidez com que as demais detentas responderam às suas instigações demonstra, de forma efetiva, o grau de risco por ela representado à segurança do sistema prisional", afirma a representação contra ela.

Nem todas as presas do RDD, no entanto, têm longa ficha criminal. Letícia Kemili Modesto, de 23 anos, foi flagrada pela Polícia Rodoviária em Cedral, na região de São José do Rio Preto, carregando um quilo de maconha em um ônibus, no fim de 2013. Na delegacia, disse que havia aceitado a oferta de uma mulher que lhe prometeu R$ 500 para transportar a droga. Foi sua única prisão. Aos PMs, disse que estava desempregada. "O dinheiro falou mais alto."

Fonte: UOL/Notícias
 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Alguém precisa lembrar ao ministro da Justiça, que para reduzir superlotação em presídios só soltando os bandidos

[Senhor Ministro da Justiça: 
Quais métodos o  senhor pretende usar para reduzir a superlotação dos presídios?
- construir novos presídios o governo não faz - fica na enrolação e quando um presídio é construído o número de bandidos precisando de cadeia aumento, no mínimo, umas vinte vezes.
- pena de morte que seria a solução, a Constituição Federal não deixa. 
 
Pelo que tem sido falado o plano é deixar soltos os bandidos que em uma audiência de custódia forem considerados  'menos perigosos'.
Não vai funcionar:
1º - bandido solto não resiste a tentação de cometer mais crimes - afinal cometer um crime e ficar solto é um estímulo a cometer outros delitos mais sérios;
-  o número de bandidos aumenta diariamente - com o crescimento da população, com a legislação leniente que temos, com as autoridades agindo de forma política - sempre desvalorizando o trabalho da polícia - o número de criminosos vai aumentar.
Seria mais condizendo com a realidade atual que o senhor declarasse que a criminalidade até 2018 vai aumentar menos, exatamente pelo aumento do número de prisões.
Fica também uma sugestão: considerar de interesse da Segurança Nacional  que a Constituição Federal seja modificada de forma a permitir "PRISÃO  PERPÉTUA" e "PENA DE MORTE."
O interesse da SEGURANÇA NACIONAL justifica que uma CLÁUSULA PÉTREA seja alterada.
Cadeia é igual coração de mãe = sempre cabe mais um.

O Ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou algumas das metas que o governo pretende alcançar com a implementação do Plano Nacional de Segurança Pública detalhado por ele nesta sexta-feira, 6. “Até 2018, queremos uma redução de superlotação nos presídios em 15%. O Plano também prevê redução anual de 7,5% nos homicídios dolosos nos municípios” ressaltou.

Em relação ao combate ao crime organizado, a intenção do governo federal é de aumentar em 10% o número de apreensão de armas e drogas até o final do ano. O porcentual estabelecido para 2018, é de um acréscimo de 15% nas apreensões.  “A metas podem sofrer alterações até a assinatura, mas é o que está sendo analisado. Todos os governadores devem assinar (o plano) junto com o presidente da República”, disse Moraes.

Medidas alternativas
O ministro da Justiça e Cidadania defendeu a adoção de medidas alternativas para os presos provisórios que tenham cometido crimes considerados de menor gravidade. Na análise do ministro, a prisão desses criminosos contribuiu para a superlotação registrada hoje nos estabelecimentos prisionais e cooptação.  “Grande parte dos presos provisórios não precisa estar na prisão. Temos de parar de entregar soldados ao crime organizado”, afirmou Moraes.

Em sua apresentação, ele fez críticas ao sistema prisional do País e classificou o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, de “barbárie”. “Sistema penitenciário não é ruim de agora. Isso não é algo que se melhora de um dia para outro. Não é passe de mágica”, disse.

Fonte: Isto É - O Estado de S. Paulo


 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

INsegurança Pública no DF - Forças policiais montam esquema para garantir transferência de presos

Ao todo, 166 detentos estão sendo encaminhados da carceragem do Departamento de Polícia Especializada para o Complexo Penitenciário da Papuda

[Rollemberg e a psicóloga secretária de Segurança tentam enrolar os agentes penitenciários com a promessa de porte de arma válido em todo o território nacional.
Pelo famigerado 'estatuto do desarmamento', ainda em vigor, só os organismos de segurança que constam, do Sistema de Segurança Pública, conforme artigo 44 da Constituição Federal, possuem direito a porte de arma e os agentes penitenciários não estão naquela artigo.
Qualquer norma que autorize tais agentes portarem armas fora do serviço, será declarada inconstitucional.
A promessa feita agora aos agentes penitenciários vai dar a mesma confusão que deu para os agentes de trânsito do DF - prometeram que eles iria m ter porte de arma, acreditaram e a promessa não tinha amparo legal, foi cassada pelo TJDFT e só restou aos agentes de trânsito o armamento compatível com a função que exercem: caneta e apito.]
Um esquema de segurança foi montado entre as forças policiais para garantir a transferência de 166 presos da carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), no Complexo da Polícia Civil, para o Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário da Papuda. Militares do Batalhão de Choque da PM (BPChoque) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) ficaram posicionados de prontidão no 19º Batalhão da PM  (área da Papuda) para fazer cumprir a determinação judicial que obriga o encaminhamento dos presos, expedida pela Vara de Execuções Penais (VEP). 

A medida é uma forma de impedir que os agentes de atividades penitenciárias grevistas recusem a recebê-los, semelhante ao que ocorreu na terça-feira (25/10). Até às 18h10 desta quinta-feira (27/10), segundo informação da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do DF, os servidores não ofereciam resistência. Mesmo assim, policiais civis da Divisão de Operações Especiais (DOE) acompanhavam a transferência.
A secretária de Segurança Pública e da Paz Social do DF, Márcia de Alencar, ressaltou que os 77 do total de 243 permanecerão na carceragem da Polícia Civil poderão ser transferidos na sexta-feira (28/10) em outro bonde — nome do procedimento. “Como o DPE suporta até 150 presos, amanhã (sexta-feira) podemos fazer outra transferência até que o procedimento fique normalizado e, a situação, estabilizada”, destacou.
Em razão de os agentes de atividades penitenciárias negarem a receber 97 presos na última terça-feira (25/10), eles tiveram de retornar às celas do DPE, o que causou superlotação do espaço. Como o Correio mostrou na manhã desta quinta-feira (27/10), uniram aos detentos os outros que estavam nas delegacias do DF e o número de presos no Complexo da Polícia Civil chegou a 243. 
Negociação
Na tarde desta quinta-feira (27/10) houve uma reunião da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social com representantes do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do DF (Sindpen-DF). Na ocasião, o Governo do Distrito Federal (GDF) prometeu atender às reivindicações da categoria que não impactam em aumento salarial. Entre as promessas, o Executivo local ficou de elaborar um decreto que garante a carteira funcional aos servidores com o reconhecimento do porte de arma em âmbito nacional, além de preparar um Projeto de Lei (PL) para ser encaminhado à Câmara Legislativa do DF aumentando as atribuições dos agentes para que eles tenham o reconhecimento do trabalho em dedicação exclusiva e criar uma comissão de processo disciplinar composta por agentes de atividades penitenciárias.
Além disso, até o dia 10 de novembro o Executivo local ficou de analisar o grau de insalubridade dos profissionais. Hoje eles ganham 10% referente a um risco de grau médio e, caso seja alterado, eles passariam a receber 20% do grau máximo.
Participaram da reunião, além da secretária de Segurança Pública do DF, representantes da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag); da Casa Civil; e da Procuradoria-Geral do DF. “Se amanhã (sexta-feira) o Sindpen não debelar a greve, nós vamos acionar a operação Guardiã, que é o controle do sistema penitenciário pelas polícias, conforme portaria baixada em junho para termos medidas de urgência em caso de greve dos agentes de atividades penitenciárias”, explicou Márcia de Alencar. 

Fonte: CB



quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Os hospitais estão caindo, equipamento sucateado, salas de operação com goteiras e o Supremo está preocupado em reformar presídios para preservar integridade de bandidos



Juízes podem ordenar obras em presídios, decide plenário do Supremo
Lewandowski disse que Judiciário deve “assumir o status de um poder de Estado, sobretudo quando o Executivo está absolutamente omisso”
[Lewandowski, só sobre tua ótica petista é que bandido tem direito a integridade física e moral – aliás, integridade moral é coisa que petista não possui e só conhece de ouvir falar.]

Decisão tomada nesta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dá a juízes de todo o país o poder de determinar que o poder público realize reformas em presídios, para garantir a integridade física e moral dos detentos. Foi julgada hoje uma ação na qual o Ministério Público denunciou à Justiça do Rio Grande do Sul o estado de precariedade do presídio de Uruguaiana. O juiz da primeira instância determinou a reforma do local, porque as instalações eram precárias. O recurso do governo gaúcho chegou ao STF, que legitimou a decisão do juiz. O caso tem repercussão geral – ou seja, juízes que examinarem processos semelhantes devem tomar a mesma decisão.

O relatório do Ministério Público informa que o presídio de Uruguaiana tinha as instalações elétricas aparentes, banheiros em péssimo estado, umidade excessiva, esgoto a céu aberto e parte do telhado estava cedendo. Um detento morreu eletrocutado, devido à situação precária. Em 2007, o juiz local deu prazo de seis meses para os problemas serem resolvidos, mas recursos a instâncias superiores impediram realização da reforma.

Na sessão de hoje, ministro Ricardo Lewandowski, presidente do STF e relator do processo, considerou que o Executivo não tem se dedicado a resolver a crise no sistema penitenciário. Por isso, seria dever o Judiciário tomar a frente do caso. Para ele, o juiz tem a obrigação de agir em caso de omissão das autoridades competentes, especialmente se o caso representa risco à vida e à dignidade dos detentos. A decisão abre caminho para obras emergenciais – não para a construção de novos presídios ou reforma de locais que sejam considerados habitáveis.  — É chegada a hora do Poder Judiciário assumir o status de um poder de Estado, sobretudo quando o Executivo está absolutamente omisso na questão dos presídios — declarou Lewandowski. — Se o Estado se arroga no poder de privar essas pessoas de liberdade, tem evidentemente de exercer o dever de proteção dessas pessoas que estão sob a sua guarda. O Judiciário não só pode como deve interferir para determinar a realização de obras em presídios cuja situação seja atentatória à dignidade da pessoa humana — concordou Luís Roberto Barroso.

— Esse chavão de que não cabe ao Judiciário imiscuir-se quando se trata de politica publica não pega — completou Marco Aurélio Mello.  Por unanimidade, os ministros do STF declararam que, diante de uma situação emergencial, o poder público não pode alegar a falta de orçamento para realizar reformas em presídios. — Não é falta de verba, é falta de vontade política! — protestou o presidente da Corte.

Antes do julgamento, a representante da Advocacia-Geral da União, Grace Maria Fernandes, ponderou que a intervenção pontual de juízes na reforma de presídios pode prejudicar a programação dos estados e municípios para gastos públicos. Para ela, a solução do problema seria o Legislativo discutir uma reforma em todo o sistema prisional brasileiros. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu o dever do Judiciário na defesa da dignidade dos presos, em respeito à Constituição Federal. Ele disse que as prisões do país são “de fazer inveja a enxovias medievais”.  — Pessoas condenadas à pena privativa de liberdade não estão compelidas, no Estado Democrático de Direito, a perder nem a dignidade, nem a vida. Nesses casos, é imperiosa sim a intervenção do Poder Judiciário, para garantir direitos fundamentais explícitos na Constituição Federal, respeitados e garantidos os direitos fundamentais dos cidadãos presos — disse o procurador.

Fonte: O Globo


domingo, 31 de maio de 2015

Criminalização das armas brancas atualiza a 'piada do sofá'

A criminalização das armas brancas atualiza a piada do sofá

Nossos congressistas querem criminalizar o porte de arma branca (faca), aparentemente mostrando reação aos desejos e demandas da sociedade.  Ao ler a notícia lembrei de uma velha piada de salão: O marido, flagrando a mulher com outro, dia após dia, no sofá da sala, finalmente resolve tomar uma providência radical e... joga fora o sofá!

E quando começarem a assaltar com cacos de vidro, eles serão também incorporados ao tipo penal? E os espetos de churrasco? Estiletes, Gillettes? Para quê pensar em melhorias no sistema penitenciário, no policiamento, se podemos "resolver" tudo com uma canetada? Joguem fora os sofás...

Fonte: Blog 'Traduzindo o Juridiquês' -  Por: Renato Pacca

- Que tal criminalizar o crime?

Sendo mais radical: mandar amputar as mãos? sem as mãos o índice de assassinatos cairia em  praticamente  100%

 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Caso Isabela Nardoni: Testemunha cita participação de avô Nardoni em crime

Testemunha cita participação de avô Nardoni em crime

Antônio Nardoni teria orientado o casal a jogar a menina pela janela para simular um acidente, segundo a testemunha

Uma testemunha diz ter novas informações sobre a morte de Isabella Nardoni, 5 anos, assassinada em março de 2008. Segundo informações do Fantástico, a mulher - que se identificou como uma funcionária do sistema penitenciário de São Paulo – revelou que a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, assumiu que bateu na menina e que o marido a jogou pela janela, como suspeitou a Justiça. Durante a conversa – em 2008, dentro da penitenciária de Tremembé -, a madrasta de Isabella teria dito que o sogro, Antônio Nardoni, foi quem orientou o casal a simular um acidente, já que Anna Carolina e Alexandre Nardoni, pai de Isabella, pensavam que a menina estava morta após o espancamento. “Ela falou que o sogro mandou, orientou os dois a simular um acidente. Eu ouvi da boca dela, olho no olho”, disse a mulher, que não se identificou. Segundo ela, após a família retornar do mercado, Anna Jatobá teria batido com violência em Isabella por ela “não parar de encher o saco”. “Falou que ela bateu na menina porque a menina não parava de encher o saco. Que a menina estava enchendo muito o saco. Que não era para ser tão grave. Pensou que matou, pensou que a menina estivesse morta.”

O relato da mulher coincide com a versão levantada pela polícia, que indicou ainda que a menina foi jogada no chão com violência pelo pai e estrangulada pela madrasta dentro do apartamento. Segundo a testemunha, porém, Anna Carolina Jatobá nega ter estrangulado a menina ou que o marido tenha jogado Isabella no chão. “Ela fala que não estrangulou a menina. Que ele colocou a menina no chão, acreditando que a menina estivesse morta, enquanto ela ligava para o sogro.”

Neste momento, após o casal subir com Isabella para o apartamento, teria ocorrido o primeiro contato com o pai de Alexandre Nardoni, que é advogado.  “Falou para o sogro que matou a menina e ele falou: ‘simula um acidente. Senão, vocês vão ser presos’. Aí, tiveram a ideia de jogar a menina pela janela. Que o Alexandre só jogou a filha porque acreditava que ela estivesse morta e que ele entrou em choque depois que jogou. Desceu, e a menina estava viva”, disse a testemunha.

Ouvido pelo Fantástico, o promotor do caso Francisco Cembranelli relembra que a quebra de sigilo telefônico do casal revelou uma ligação para Antônio Nardoni apenas após a queda.  “A ligação teria sido feita logo depois do corpo ter sido jogado. É isso que a investigação indicou. Mas nós temos que apurar se havia outro telefone, usaram outro celular? Não sei, nós temos que ver agora”, disse.

De acordo com a mulher, Anna Jatobá não denunciou o sogro pois ele seria o responsável por sustentar toda a família.  “Com certeza, é pelo silêncio dela. Ela recebe muita coisa de fora. Coisas que outras presas não recebem. Vários tipos de queijos, brincos. O colchão que ela dorme é especial. Foi presente do seu Nardoni para ela. Porque estava dando problema na coluna dela o colchão da penitenciária”, disse.

Demora na revelação
Questionada sobre a revelação tardia, a testemunha disse que não sabia como denunciar e não ser identificada por isso. "Na verdade eu queria denunciar no momento em que ouvi, só não sabia o meio legal de denunciar sem me comprometer”, falou.

O depoimento da testemunha será analisado nesta semana por uma promotora do Fórum de Santana, onde tramita o caso. Em seguida, policiais devem ouvir o casal Nardoni. Procurado, Antônio Nardoni negou qualquer tipo de orientação no dia do crime. ““As pessoas, às vezes, agem como se eu fosse o monstro da história. Eu tenho a minha consciência tranquila. Eu nunca faria isso. Quando ela ligou, ela ligou dizendo que a Isabella tinha caído. Mas eu achei que a Isabella tinha caído, caído no apartamento. A gente nunca imagina uma coisa dessa. Não teve nada além disso. A gente só tem a lamentar que uma pessoa dessa faça uma coisa dessa para prejudicar quem não está mexendo com ela”, afirmou.

O advogado do casal, Roberto Podval, disse que tomará “todas as medidas judiciais cabíveis” contra a testemunha. “É uma exposição dos avós, numa história sem pé nem cabeça”, disse. O casal Nardoni sempre negou a participação no crime, sustentando a versão de que uma terceira pessoa teria entrado no apartamento e matado Isabella.


Fonte: Portal Terra