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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Por que prejuízo com golpes do PIX continua apesar das novas regras do BC

Vítimas de assaltos e golpes não conseguem recuperar valores junto aos bancos; de acordo com Procon-SP, reclamações cresceram 10,4% entre 2021 e 2022

Começaram a valer a partir dessa semana as novas regras de funcionamento do PIX que foram divulgadas pelo Banco Central (BC) em dezembro do ano passado. O objetivo segundo o BC é oferecer mais flexibilidade e segurança para a ferramenta desenvolvida pela autoridade monetária. Entre as novas regras do PIX está a possibilidade de substituir o limite por transação para limite por um período de tempo, além de ampliar o limite de saque e troco e dar mais de uma opção para fixar o período noturno.

O Procon-SP afirma que as alterações no funcionamento do PIX dão mais controle ao consumidor sobre o funcionamento da ferramenta, porém a vulnerabilidade para fraudes permanece grande. “Os golpes via PIX são prejuízo certo ao consumidor”, diz Guilherme Farid, diretor executivo do Procon-SP.

O Pix começou a funcionar no dia 16 de novembro de 2020 e dois anos depois, em novembro de 2022, eram 366,1 milhões de contas cadastradas e 2,5 bilhões de transações feitas, no valor de 1 bilhão de reais.

Dados so Procon-SP obtidos com exclusividade por VEJA mostram que as reclamações recebidas pelo órgão de defesa do consumidor com a palavra PIX cresceram 10,4% entre 2021 e 2022, alcançando 8.075 no ano passado. A principal queixa, com 20,6%, está relacionada à dificuldade na devolução de valores pagos, reembolso ou retenção de valores. Na prática o consumidor que foi vítima de golpe, assalto ou crimes de engenharia financeira não consegue reaver os valores que foram transferidos via PIX.“O consumidor tenta recuperar os valores junto ao banco e não consegue, então registra uma reclamação no Procon. Em resposta a instituição financeira fala que são regras definidas pelo BC e eles garantem que o PIX funcionou, ou seja, que não é um problema deles porque a ferramenta é obrigatória e está à disposição de todos. No final quem sai no prejuízo é o consumidor”, diz Farid, que não tira os méritos do PIX, como a agilidade e o barateamento nas transações financeiras.

O que é vantagem, no entanto, é ao mesmo tempo a maior dificuldade de reaver os valores transferidos indevidamente pelo PIX: a velocidade da transação. Alguns bancos condicionam a devolução do valor caso o crédito ainda esteja na conta do bandido. 
Porém até o consumidor que foi vítima de uma fraude conseguir concluir o procedimento de entrar em contato com a instituição financeira, fazer um boletim de ocorrência, obter a instauração do inquérito e quebrar o sigilo bancário da conta destino fraudulenta o dinheiro transferido já foi pulverizado para mais de 20 contas e sacado. 
Isso não acontece com TED, DOC ou com o cartão de crédito, por exemplo, transações que têm um tempo maior para serem compensadas.
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Guilherme afirma ainda que, próximo ao lançamento da ferramenta pelo Banco Central, no início de 2020, o Procon-SP pleiteou junto ao órgão governamental que o PIX fosse ativado na conta do cliente com o limite de transação em zero reais e, caso o consumidor tenha interesse, ele deveria solicitar o aumento. Hoje ocorre o contrário, o PIX é ativado com um limite alto sem que o cliente solicite, valor que deve ser diminuído manualmente pelo próprio. 
Além disso, pleiteou que fosse criada uma lista negra de contas laranja alugadas para práticas de golpe, a ser compartilhada entre as instituições financeiras. Dessa maneira, os autores dessas contas poderiam ser banidos também dos outros bancos.“O Banco Central disse que isso não é responsabilidade deles e sim dos bancos. Nós não concordamos muito porque essa é uma questão que envolve o setor como um todo. O setor vai se autorregulamentar? É uma lição de casa do próprio governo”, questiona ele. “Nós entendemos que o BC deveria deixar os bancos disciplinarem o modo que usam a ferramenta em vez de eles sempre trazerem novas regras. Dessa maneira poderiam inclusive decidir a regra de acordo com o perfil do cliente que eles já conhece”, diz ele.
 
O que mudou
Entre as novas regras do PIX, está o fim do limite por transação para os usuários pessoa física, que será substituído por um limite fixado para um determinado período de tempo. Dessa maneira, o usuário não precisa dividir as operações em várias para conseguir atingir a quantia necessária da transferência. Para operações que tem empresas como usuário final, no entanto, não há limite de transação, sendo que cada instituição financeira pode estabelecer o valor máximo.

O Banco Central também modificou regras para que o sistema do PIX fique mais próximo ao sistema financeiro tradicional, como a ampliação do limite de saque e troco no período diurno de 500 reais para 3 mil reais, e no período noturno de 100 reais para 1 mil reais, o mesmo que é disponibilizado nos caixas eletrônicos. Além disso, os limites para as transações passam a ter como referência a TED, e não o cartão de débito.

Dessa maneira, a instituição financeira deve atender imediatamente quando o usuário solicitar a diminuição do limite de saques, pagamentos ou transferências. 
Para evitar fraudes, no entanto, o prazo para a alteração é de 24 a 48 horas. 
Outra mudança se refere ao período noturno que o usuário estabelece na instituição financeira para reduzir os limites de transações. Antes ele estava estabelecido entre 20h e 6h, e agora ele pode ser alterado para das 22h às 8h.

Economia - Revista VEJA


sábado, 6 de novembro de 2021

EM 2022 TEREMOS UM PARTIDO DE DIREITA ? Roberto Motta

Não acredito que seja possível criar ou transformar um partido em direita “raiz” para as próximas eleições.

Na verdade, tenho dúvidas até se a existência de um partido assim é viável no ambiente político-eleitoral atual.

As razões são muitas.

Nosso sistema partidário coloca imenso poder nas mãos dos controladores dos partidos. Na maioria dos casos, esses controladores estão focados em seus interesses pessoais ou nos interesses de seu grupo político, relegando à ideologia um papel secundário. Os partidos são mecanismos de acesso ao poder, controlados por quem deseja conquistar o poder ou manter o poder que já tem.

Em geral, os partidos têm uma estratégia diferente em cada estado ou até em cada cidade, dependendo das lideranças locais. Não é raro que conveniências eleitorais levem a alianças de última hora que contrariam frontalmente a direção ideológica declarada dos partidos.

A preocupação principal dos partidos é com a formação da “nominata”, a lista de candidatos que disputarão a eleição. Essa lista é cuidadosamente equilibrada com alguns nomes de grande votação (os famosos “puxadores de votos”) e outros com expectativa de votos média ou baixa. Todo partido cria sua nominata com o objetivo de eleger determinados candidatos (o que nem sempre acontece).

Todos que já disputaram uma eleição sabem disso. Juntar todos os candidatos de direita em um mesmo partido significa colocar todos em uma mesma nominata, o que pode ser bom para alguns candidatos, mas péssimo para outros.

Por último, vale a pena lembrar a vulnerabilidade que seria criada ao se colocar todos os candidatos de direita em um mesmo partido: qualquer incidente que afete a capacidade do partido de participar das eleições eliminaria todos os candidatos de uma vez

Por tudo isso, acredito que os candidatos de direita terão que se espalhar por todos os partidos (à exceção dos partidos de esquerda, é claro). 
Os eleitores de direita precisam entender esse cenário, e as entidades de direita - institutos, associações e movimentos - precisam orientar o eleitor. Esqueçam o partido. Votem no candidato, nas suas ideias, na sua história.

É claro que, como o nosso sistema é baseado no voto proporcional, os votos dados ao candidato podem ajudar a eleger outros candidatos da nominata, cujas ideias e propostas nada têm a ver com a direita. Esse risco, hoje, é inevitável.

É preciso parar de perseguir uma utopia. Precisamos trabalhar com os instrumentos e possibilidades disponíveis. É isso que nossos adversários estão fazendo. Ou seguimos esse caminho, ou corremos o risco de ver, em 2022, uma repetição do desastre que aconteceu nas eleições de 2020.

Livros do autor:

Ou Ficar a Pátria Livre, lançado em 2016, fala de política, economia e combate ao crime.

Jogando Para Ganhar: Teoria e Prática da Guerra Política foi lançado pela LVM Editora em 2018, e trata da guerra política e cultural, com foco nas ideias de Saul Alinsky, David Horowitz, Gert Hofstede e Yuval Harari.

A Destruição da Segurança Pública Brasileira, lançado em 2021, apresenta, em um texto curto, o cenário de destruição provocado pela infiltração ideológica no sistema de justiça criminal do país.

Os Inocentes do Leblon, também de 2021, conta a história da criação do partido Novo e de vários personagens anônimos que dela participaram.

Roberto Motta


sábado, 9 de outubro de 2021

Nem a menstruação escapa da demagogia - Vozes

Luciano Trigo

Como se não bastasse ser genocida, charlatão e curandeiro, o presidente agora está sendo acusado de... não deixar as mulheres menstruarem. Pelo menos é o que se depreende do post de uma deputada: “Bolsonaro, me deixe menstruar!”, acompanhado da hashtag #LivreParaMenstruar, reproduzido abaixo.

Foto: Reprodução

A parlamentar ficou inconformada com o veto de ontem do presidente à distribuição gratuita de absorventes íntimos para estudantes carentes do ensino fundamental, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias.

A proposta fazia parte de um projeto aprovado em agosto pela Câmara dos Deputados e em setembro pelo Senado Federal. Uma coisa a gente tem que reconhecer: mesmo em meio à grave crise econômica provocada pela pandemia, quando o assunto é urgente o Legislativo trabalha com uma rapidez impressionante.  Também cabe observar aqui que a medida beneficiaria não somente as mulheres, mas todas as pessoas que menstruam, aí incluídos os homens trans. O episódio teve grande repercussão nas redes sociais. Fazendo eco à deputada, uma líder feminista também reagiu com indignação ao veto, que, segundo afirma, "não foge da lógica violenta, patriarcal, dominadora, supremacista branca, que é a lógica do governo Bolsonaro e do bolsonarismo".

Bem, surge uma primeira questão aqui. Apesar do veto, o presidente supremacista acaba de sancionar uma lei que institui o Programa da Saúde Menstrual – que eu lembre, algo jamais cogitado por Lula e Dilma, que aliás é mulher. Lula e Dilma, vejam só, também não deixavam as mulheres menstruarem, já que nunca criaram um programa nacional de distribuição gratuita de absorventes. Mas, estranhamente, ninguém jamais reclamou disso. Por que será? [a resposta talvez esteja aqui.]

Dada a aparente urgência urgentíssima do tema, se a lógica ainda existe, só há três alternativas:  
ou durante governos passados não existiam estudantes carentes, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias; - ou essas mulheres não menstruavam; 
- ou, por coerência, a líder feminista também deve considerar violenta, patriarcal, dominadora e supremacista branca a lógica dos governos citados.

Pior ainda. Segundo o programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan, que foi ao ar ontem, quando era prefeito de São Paulo Fernando Haddad vetou um projeto semelhante, com o argumento de que não havia “fundamento técnico-científico para que a proposta se tornasse um programa municipal”: “A consecução da medida (...) [iria] acarretar significativas despesas ao erário público, em prejuízo dos investimentos com recursos efetivamente indispensáveis à saúde da mulher, tais como medicamentos e materiais médico-hospitalares, não constituindo, ademais, atribuição da Secretaria Municipal da Saúde o fornecimento de produtos de higiene”, declarou Haddad, na época.

Toffoli engaveta pedidos de investigação das offshores de Guedes e Campos Neto

Foi em dezembro de 2015: a Câmara Municipal de São Paulo tinha aprovado o projeto, e Haddad vetou. Sabem o que aconteceu? Zero indignação de artistas e cantoras. Zero escândalo nas redes sociais. Zero revolta de jornalistas e políticos. 
Ora, ou o que Haddad disse faz sentido e o veto de Bolsonaro também; ou ambos são genocidas impiedosos e malvadões: não dá para criticar um e passar pano para o outro. É muito relativismo moral. É muita desonestidade intelectual. Mas ninguém liga.

Porque a verdade é que qualquer coisa que Bolsonaro faça ou deixe de fazer serve de pretexto para causar ondas de revolta e indignação nas hordas do progressismo, do antifascismo hipster e da ostentação exibicionista da virtude. Essas pessoas dizem pregar o amor e a tolerância, mas estão sempre com sangue nos olhos e faca entre os dentes, prontas a perseguir, esfolar e destruir qualquer um que delas se atrever a discordar. Seus propósitos nobres justificam tudo.

Chega a ser comovente a união de intelectuais, artistas, jornalistas da grande mídia e estudantes doutrinados na escola com partido no exercício diário do direito de praticar o “ódio do bem”. Estão todos viciados em apontar o dedo, denunciar e pedir censura – tudo na defesa da democracia e da liberdade, vejam só. O veto aos absorventes é só mais um pretexto para o prazer de odiar. (Aliás, o mal compreendido George Orwell também previu isso: em “1984”, os cidadãos têm direito a dois minutos de ódio por dia: eles devem interromper tudo que estiverem fazendo para xingar e ofender o inimigo da vez, em um ritual de catarse coletiva. Jamais subestimem o poder do ressentimento.)

    Ou o que Haddad disse faz sentido e o veto de Bolsonaro também ou ambos são malvadões: não dá para criticar um e passar pano para o outro.

Voltando aos absorventes, o senso de timing do Legislativo também é impressionante. Após quase dois anos de uma pandemia cruel que paralisou a economia do país, levando o Governo a gastar, só até junho deste ano, R$ 557 bilhões em ações de resposta à Covid-19 (dos quais R$ 311 bilhões com o auxílio emergencial, mas isso a mídia não mostra), eis que de repente a distribuição gratuita de absorventes se tornou o grande problema da sociedade brasileira como, aliás, se torna o grande problema da sociedade qualquer assunto que sirva para enfraquecer o monstro genocida e curandeiro.

Uma internauta perguntou, retoricamente: “Para quem passa fome, quando que vai sobrar dinheiro para comprar absorvente?” Ora, justamente: a prioridade agora não deveria ser tentar garantir que todos tenham o que comer?  
Ou a distribuição de absorventes, algo que nunca foi feito por governo algum (mesmo em contextos econômicos bem melhores), deve vir na frente?

Ora, se até a economia podia “ficar para depois”, como bradavam os defensores do lockdown radical, a distribuição gratuita de absorventes não pode ficar para depois? Aliás, os mesmos que gritavam que “a economia pode esperar” são os que agora reclamam da crise econômica e a atribuem ao presidente. Incoerência ou cinismo?

Mas não, segundo todos os especialistas ouvidos pela grande mídia (como blogueiros, youtubers, atrizes de telenovelas e cantoras de funk), a distribuição gratuita de absorventes – que, aliás, seriam obrigatoriamente produzidos com materiais sustentáveis, como determinava o projeto de lei – não pode ficar para depois. Tem que ser agora.

Falta emprego, faltam lápis e professores nas escolas, faltam segurança e paz nas comunidades, falta qualidade em todos os serviços públicos mas a prioridade deve ser combater a “violência menstrual”. O Brasil não é mesmo para amadores.   

Luciano Trigo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

STF - A corte do fim do mundo - Gazeta do Povo

O Supremo Tribunal Federal resolveu declarar guerra ao governo federal. Grande novidade. Ele está guerreando contra o governo há anos, na cara de todo mundo – e não só contra o governo atual. Felizmente agora resolveu rasgar a fantasia e confessar que quer a ruptura. Melhor assim. Chega de dissimulação.

O presidente da corte, Luiz Fux, num discurso inflamado que oscilou entre o patético e o ridículo, disse que o STF estava cancelando unilateralmente a reunião que haveria entre os três poderes. Ótimo.  
Os ministros da suprema corte fazem política da hora que acordam à hora que vão dormir contra o presidente da República a quem já chamaram até de assassino. 
Agora ficarão mais leves para panfletar sob as togas sem ter que fingir que aquilo é uma alta representação judiciária.

As eleições de 2022 estão sob suspeita porque todas as perícias – da Comissão de Constituição e Justiça à Polícia Federal comprovaram a vulnerabilidade do sistema. Mas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, vocalizando a posição política – repetindo: política – do STF desinforma reiteradamente sobre a segurança das urnas eletrônicas no sistema atual, afirmando tanto que não há vulnerabilidade, quanto que o processo é passível de auditagem.

Subsidiado por relatórios técnicos que não foram refutados por ninguém – com exceção da gritaria dos negacionistas o presidente da República passou a defender o aprimoramento do sistema de votação e aferição dos votos. Isto levou o STF e o TSE a uma guerra aberta contra essa proposta – porque, como se sabe, o nome do jogo é investir tudo no antibolsonarismo religioso, que dá muita manchete e espaço na TV. Eles acham que isso é poder. A história dirá se é mesmo.

Até simpatizante petista protagonizou campanha institucional do TSE – Barroso escolhe bem os símbolos da isenção para dizer que a urna eletrônica atual é segura. O próprio presidente do TSE passou a discursar dia sim outro também afirmando que o sistema é inviolável. Aí apareceu o que não podia aparecer de jeito nenhum: relatório da Polícia Federal mostrando que o sistema eleitoral foi invadido e violado em 2018.[invasão que foi confirmada em Nota Oficial do TSE, onde reconhece o acesso indevido.]

Pelo menos um invasor passou mais de seis meses dentro do sistema, a partir da captura de códigos fonte. Que tipo de fraude ele preparou lá (e outros que eventualmente tenham seguido o mesmo caminho) ninguém saberá porque o TSE apagou os arquivos que continham todos os registros do sistema nas eleições de 2018.

O presidente da República criticou a falsidade do ministro Barroso ao negar uma violação já constatada e reconhecida pelo próprio TSE. Aí veio a resposta ao feitio dos supremos companheiros: o TSE denunciou Bolsonaro por “fake news” e, surpresa, Alexandre de Moraes aceitou a denúncia enquadrando o presidente no famigerado inquérito do fim do mundo. Ainda bem que eles agora não precisam mais fingir que isso não é politicagem – viva a sinceridade.

Então é isso. O STF/TSE quer tirar Bolsonaro da eleição no grito, depois de ter colocado nessa mesma eleição, também no grito (ou no sussurro, como você preferir), o criminoso condenado Lula da Silva
Eles acham que bastam umas manchetes amigas tratando Lula como um homem bom, umas pesquisas providenciais dizendo que o ex-ladrão já está eleito e uma lavagenzinha de reputação por parte de FHC e outros sócios do clube dos ricos apontando sorridentes para o meliante que depenou o Brasil como se ele fosse uma “alternativa democrática”.
Será que basta isso? Talvez. Se bastar, você já sabe: o Brasil acabou. Quem sabe até pode ser uma boa mesmo transformar a nação em agremiação. Como diz o STF, chega de dissimulação.

O problema do STF não é com Bolsonaro. A corte esteve no centro do cerco ao governo Temer. Foi o palco da homologação em tempo recorde (Fachin) daquela delação arranjada de Joesley Batista – instruído pelo ex-braço direito do então procurador-geral Rodrigo Janot, que estava no front da armação com declarações tipo “enquanto houver bambu, lá vai flecha”. A delação acabou suspensa e Joesley preso, mas a mesma imprensa que trata hoje o STF como vítima do fascismo imaginário apoiou ostensivamente, por mais de ano, a tentativa de virada de mesa contra Michel Temer.

Até que enfim o STF admite que quer a ruptura. Antes tarde do que nunca. Como você já entendeu pelo exposto acima, ele aposta nela há bastante tempo. E você tem todo o direito de querer acreditar em eleições seguras com um árbitro desses. Mas tem um país inteiro saindo às ruas para dizer que sem auditagem do voto não vai dar. Essa imprensa que já conspirou contra dois presidentes finge que não vê o país nas ruas. E o clube dos ricos que manda nos altos burocratas do lobby (aqueles que envenenaram a comissão do voto auditável) finge que acredita na imprensa cega. Escolha a sua posição na foto. Se estiver com preguiça de afirmar a democracia, certamente terá um lugar quentinho na elite intelequitual que resolveu fingir que voto auditável é uma espécie de terraplanismo. Com tanto cínico saindo do armário cheio de charme você não há de ficar constrangido.

[Encerrando com duas perguntas que não podem calar:
-  Por que ser contra algo que pode tornar a votação mais segura?
- o que eles tem contra botar mais  uma tranca na porta da "urna"?
 
Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Bolsonaro: Sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição - Terra

Fabricio de Castro

Esta é a segunda vez em que Bolsonaro faz, publicamente, uma ameaça direta às eleições de 2022, colocando em dúvida a realização do pleito que pode definir seu substituto na Presidência da República. Em 8 de julho, Bolsonaro já havia afirmado que "ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições". Na ocasião, o comentário de Bolsonaro reverberou ameaças, feitas pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, por meio de interlocutor, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL). Como mostrou o Estadão, o recado de Braga era de que sem voto impresso e auditável não haveria eleições em 2022. [VOTO AUDITÁVEL, também conhecido por VOTO IMPRESSO = denominação cujo sentido tem sido deturpado por adversários da transparência nas eleições. A falta de argumentos sólidos, reais, para combater o registro do voto = único método que permite a detecção de eventuais fraudes nas urnas eletrônicas = se valem da denominação voto impresso para tentar passar a ideia que tal voto seria o retorno das cédulas de papel. NADA DISSO. A URNA ELETRÔNICA É DEFINITIVA, VEIO PARA FICAR =  O  VOTO AUDITÁVEL,  que é nada mais que o REGISTRO DO VOTO, é apenas um pequeno ajuste que permite a detecção de eventuais fraudes que possam vir a ocorrer nas votações via urna eletrônica.]

Criticado por membros de outros Poderes e sem apresentar provas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar neste domingo, 1º, que há indícios de fraude no sistema eletrônico de votação no Brasil. Em discurso por telefone a apoiadores do voto impresso em Brasília, ele repetiu que, sem eleições "limpas e democráticas", "não haverá eleição" em 2022. 

"Vocês estão aí, além de clamar pela garantia da nossa liberdade, buscando uma maneira que tenhamos uma eleições limpas e democráticas no ano que vem. Sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição", disse Bolsonaro, por vídeo, a manifestantes concentrados em frente ao Congresso Nacional. "Nós mais que exigimos, podem ter certeza, juntos porque vocês são de fato meu Exército —o nosso Exército— que a vontade popular seja expressada na contagem pública dos votos", afirmou na mesma videochamada.

Em outro trecho, o presidente declarou que ele e seus seguidores não vão "esperar acontecer para tomar providências". "Juntos nós faremos o que tiver que ser necessário para que, repito, haja contagem pública dos votos e tenhamos eleições democráticas no ano que vem".

Bolsonaro é defensor do voto impresso, que ele diz ser "auditável" e "democrático".  [VOTO AUDITÁVEL =  REGISTRO DO VOTO.]

Bolsonaro tem como um de seus alvos preferenciais o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, que defende a confiabilidade das urnas eletrônicas e rechaça as acusações de que houve fraude em pleitos passados. Numa referência a Barroso, Bolsonaro também disse neste domingo que quem afirma que o sistema eleitoral brasileiro é auditável e seguro é "mentiroso". Em outro momento, o presidente da República ameaçou "dar um último alerta", referindo-se ao ato deste domingo na avenida Paulista, em São Paulo, em defesa do voto impresso.

"O poder é que está em jogo. Não estou aqui em hipótese alguma querendo impor a minha vontade, é a vontade de vocês. Se preciso for dar um último alerta àquele que não tem respeito para conosco eu convidarei o povo de São Paulo, a maior capital do Brasil, para ir à [avenida] Paulista para que o som deles, a voz do povo, seja ouvido por aqueles que teimam em golpear a nossa democracia. Se o povo lá disser que voto tem que ser auditável e que a contagem tem que ser pública e que o [registro do] voto tem que ser impresso", afirmou.

O presidente ainda renovou a retórica anticomunista que caracterizou sua campanha de 2018. "Nossa união nos libertará da sombra do comunismo e do socialismo." [o  nosso presidente está certíssima quando alerta que o comunismo e o socialismo são sombras que nos espreitam = tais males não acabaram, ao contrário,estão escondidos, nas sombras, esperando o momento propício para nos atacar e suprimir a nossa liberdade, destruir   valores e impor a bagunça, o ateísmo, a pouca vergonha e coisas piores.] 

Em São Paulo, centenas de apoiadores do presidente se reuniram no quarteirão em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na avenida Paulista. O ato teve início por volta das 14h ao som do hino nacional e na sequência discursou a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que vem convocando aliados para o ato há pelo menos duas semanas. Ao longo da fala da deputada, os presentes entoaram gritos de "mito", "Lula ladrão" e "fora, Doria".

Também esteve presente o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Entre os apoiadores, muitos, sem máscara, traziam cartazes ecoando o discurso do presidente e pedindo por voto auditável, contagem pública dos votos e auditoria do povo. A maioria usava camisas da seleção brasileira com bandeiras de apoio a Bolsonaro como "meu partido é o Brasil". Zambelli apontou o voto impresso como o primeiro passo para evitar a implantação do comunismo.

O ataque mais forte feito por Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro ocorreu na última quinta-feira (29), numa live de duas horas em que ele trouxe teorias sobre a vulnerabilidade das urnas que circulam há anos na internet e que já foram desmentidas anteriormente. Na ocasião, ele reconheceu não ter provas de irregularidades nas eleições, mas disse ter "indícios fortíssimos". [o REGISTRO DO VOTO, ou VOTO AUDITÁVEL é necessário para permitir que eventuais fraudes sejam detectadas e provadas. O sistema atual, sem o REGISTRO DO VOTO, impede que eventuais fraudes sejam detectadas = cria dúvidas mas não possibilita nenhuma certeza, nenhuma resposta.

O REGISTRO DO VOTO permite que se tenha nas eleições brasileiras a certeza necessária, expressa no conhecido clichê "A mulher de Cesar não basta ser honesta,tem que parecer" . Só o REGISTRO DO VOTO permite que nossas eleições que são honestas, até prova em contrário,   também pareçam honestas.]

Os apoiadores do presidente se concentraram em frente ao Congresso Nacional com faixas que pediam o “voto impresso auditável” e criticavam o STF (Supremo Tribunal Federal) e TSE. Antes da videochamada de Bolsonaro, a deputada Bia Kicis (PSL-DF), autora da PEC do voto impresso, discursou e insinuou que a proposta corre o risco de não ser aprovada na comissão especial por pressão do TSE e de Barroso. O ex-chanceler Ernesto Araújo também subiu ao palco e falou a favor do voto impresso. Além de defenderem a PEC, os manifestantes do protesto também pediam liberdade ao deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso novamente em junho por desrespeitar o uso de tornozeleira eletrônica.

Os atos pelo voto impresso foram convocados para ocorrer em outras cidades do país neste domingo. Manifestantes também se reuniram na manhã deste domingo na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, e em Niterói, na região metropolitana do Rio.Em Copacabana, apoiadores do presidente atacaram o sistema eleitoral e o STF. Manifestantes inflaram um "pixuleco" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vestido de presidiário e colaram nele uma imagem do ministro Luís Roberto Barroso, com os dizeres: "Eu roubo a grana, meu moleque [Barroso] os votos".

Um senhor que caminhava pelo ato levantava dois cartazes, afirmando que não acreditava que Fernando Haddad havia somado 42 milhões de votos nas eleições de 2018. "Não confio no TSE/STF, simples assim", dizia uma das placas. Outra mulher defensora da "contagem pública" dos votos carregava uma folha com o recado: "Estranho não querer transparência!".

Com bandeiras do Brasil e algumas de Israel, a manifestação esteve mais cheia do que as últimas realizadas por movimentos conservadores na cidade. Para além do voto impresso, apoiadores de Bolsonaro também defenderam intervenção militar, liberdade para o deputado federal Daniel Silveira (preso por ataques ao Supremo) e até mesmo a monarquia.

Neste sábado (31), Bolsonaro ignorou apelos de líderes e dirigentes de partidos do centrão que dão sustentação ao seu governo e voltou a atacar o sistema eleitoral durante manifestação a seu favor em Presidente Prudente (SP). Ele afirmou em palanque que a democracia só existe com eleições limpas e que não aceitará uma "farsa". "Queremos eleições, votar, mas não aceitaremos uma farsa como querem nos impor. O soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde. Jamais temerei alguns homens aqui no Brasil que querem impor sua vontade", disse no interior paulista.

Aliados de Bolsonaro avaliam a renovação do discurso golpista do presidente como uma tentativa de manter sua base radical mobilizada diante de uma sucessão de acontecimentos que têm desgastado o governo ou colocado em xeque o discurso com o qual se elegeu em 2018 após a aliança com o centrão.

De acordo com Bolsonaro, "algumas pessoas" do Planalto Central "querem a volta daqueles que saquearam o País há pouco tempo". O presidente, no entanto, não explicou quem são estas pessoas, nem citou nominalmente o PT, que ocupou a Presidência entre 2003 e 2016. [para que citar o óbvio ululante? o público e notório?] O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, tem liderado as pesquisas de intenção de voto.

Durante seu discurso, Bolsonaro também adotou um tom messiânico, citando Deus em alguns momentos. Ex-militar, ele afirmou que os apoiadores são seu "exército" e pregou união contra o comunismo e o socialismo."Nós juntos somos a expressão da democracia do Brasil. Minha lealdade ao povo brasileiro, meu temor a Deus, nossa união nos libertará da sombra do comunismo e do socialismo", disse.

Em vários momentos, Bolsonaro defendeu a "contagem pública" de votos. "Temos de ter a certeza de que, em quem você por ventura votar, o voto será computado para aquela pessoa", disse o presidente. "As eleições, últimas, estão recheadas de indícios fortíssimos de manipulação."

Passeio por Brasília

Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, deixaram o Palácio da Alvorada por volta das 10h30 em direção à Vila Equestre Equilíbrio, na região do Jardim Botânico de Brasília. No local, viram uma exposição de carros antigos.

Bolsonaro se manteve sem máscara, apesar de no Distrito Federal o uso do item de segurança ainda ser obrigatório. Michelle alternou momentos com e sem máscara. Ambos estiveram cercados por simpatizantes. . Por volta das 11h20, o comboio presidencial deixou o Jardim Botânico e retornou ao Alvorada.

Portal Terra - O Estadão


sexta-feira, 28 de maio de 2021

Doses serão aplicadas em quem realmente queira se vacinar, diz Okumoto

Secretário de Saúde destacou que imunizantes não utilizados por falta de procura serão destinados ao público, de fato, interessa. Saúde tem registrado baixa procura nos postos

Novas orientações para a campanha de vacinação contra a covid-19 devem mudar os rumos da imunização no Distrito Federal. Em reunião realizada na tarde de ontem, a comissão intergestores tripartite (CIT), formada por representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), autorizou estados e municípios a ampliarem a campanha para pessoas sem comorbidades abaixo dos 60 anos. Em coletiva no Palácio do Buriti, o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, afirmou que a decisão será seguida pelo GDF.
De acordo com a determinação da CIT, estados e municípios que “não apresentam demanda ou tenham demanda diminuída” para a vacinação contra o novo coronavírus entre os grupos que apresentam maior vulnerabilidade — como pessoas com comorbidades poderão iniciar a vacinação do público geral. “Vamos seguir”, garantiu Okumoto na coletiva. Após o evento, o secretário explicou que as decisões da CIT devem ser acatadas, mas que dependem de outros fatores. “A tripartite é soberana, vamos seguir a determinação. Mas depende do envio de doses pelo Ministério da Saúde”, explicou ao Correio após a coletiva.  
[E AS 300.000 DOSES QUE ESTÃO ESTOCADAS  no DF? SERÃO USADAS DE QUAL FORMA? 
EM QUAL ESTADO? 
Senhor secretário  o senhor tem passado incólume em todas acusações de corrupção envolvendo a saúde no DF - não vacile em embarcar na canoa furada de estocar vacinas e ficar cobrando mais do MS.
O GDF, de forma irresponsável, finge esquecer que manter 300.000 doses em estoque - com mais de 1.000.000 de pessoas aguardando vacinação - é deixar a porta aberta para que futuras doses destinadas ao DF sejam encaminhadas para outros estados = afinal o DF é a única unidade federativa em  que SOBRAM VACINAS SOBRAM PESSOAS AGUARDANDO VACINAS = VACINAS QUE ESTÃO ESTOCADAS, AGUARDANDO DESTINAÇÃO... DESTINO QUE PARECE SÓ O GOVERNADOR SABE.]

A expectativa é de que o DF receba mais doses de vacinas na próxima semana. Caso o ministério encaminhe doses carimbadas para o uso na população por faixa etária, há chances de que o GDF inicie o processo de imunização deste público em breve. Porém não há uma previsão de quantas doses virão nem quando.

Ampliação mais recente
A partir das 12h de hoje, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal vai disponibilizar mais 70 mil vagas para pessoas com comorbidades agendarem a vacinação contra a covid-19. A ampliação mais recente da campanha inclui pessoas com comorbidades de 25 anos ou mais. O atendimento a esse novo público começa amanhã em unidades a serem definidas pela pasta. A ampliação foi realizada após a chegada de mais 88,5 mil doses de vacinas — remessa que também possibilitará o início da vacinação de aeroportuários por meio de listas a serem enviadas pela Inframerica.

[No DF, já entrou fora da lista original de prioridades o pessoal do Ministério da Saúde e os aeroviários.
Lembramos que o tira e põe de exceções nas prioridades é uma porta aberta para eventuais favorecimentos - incluindo, eventualmente, desvio para outros estados.]

As pessoas com comorbidades que desejarem se vacinar podem agendar o atendimento por meio do site vacina.saude.df.gov.br. No dia de aplicação da primeira dose, é importante levar documento de identificação, cartão de vacinação, comprovante de agendamento e, no caso de pessoas que não são pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), um laudo médico original comprovando a existência da doença declarada no cadastro.

Em coletiva na tarde de ontem no Palácio do Buriti, o secretário de Saúde Osnei Okumoto informou que, da nova remessa de vacinas recebidas pelo governo local, 2.083 doses serão reservadas para aeroportuários de Brasília. Segundo ele, não será necessário agendamento, mas a Inframerica, administradora do aeroporto, precisa enviar uma lista com nomes e cargos a serem priorizados. “Com base nessa lista, será iniciada a vacinação”, disse.

Profissionais de segurança pública também serão contemplados com 2.601 doses e serão contemplados os servidores definidos por lista da Secretaria de Segurança Pública. Para esses dois grupos ainda não há data para o início da imunização.

Andamento da vacinação
Também durante a coletiva, Osnei afirmou que a pasta percebe que, em alguns momentos, há uma baixa procura pelos imunizantes nos postos de saúde. Porém o secretário reforçou que o GDF não armazenará as vacinas por muito tempo. “As doses que não forem utilizadas (por falta de procura) serão disponibilizadas para outras pessoas que realmente queiram se vacinar”, completou.

Ontem, o atendimento no drive-thru do Estacionamento 13 do Parque da Cidade estava tranquilo e com baixo fluxo. Emy Zaha, 77 anos, é funcionária pública e foi uma das pessoas que foram ao ponto para se vacinar. A moradora da Asa Sul recebeu a segunda dose. “Com certeza vou me sentir mais segura”, disse. Até o momento, 615 mil pessoas se vacinaram com a primeira dose (D1) e 315 mil, com a segunda (D2). Ontem foram 5.687 e 3.783 aplicações de cada, respectivamente.

Nas últimas 24h, o DF registrou 1.205 casos e 32 óbitos por covid-19, totalizando 402 mil infectados e 8.569 mortos desde o início da pandemia. A taxa de transmissão está em 0,98. Com as atualizações, a média móvel de casos chegou a 870,7, valor 0,14% menor do que o registrado há duas semanas; a de mortes está em 21, o que representa uma queda de 34,6%.

Ontem, a rede pública operava com 90% de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) voltados para o tratamento da covid-19, sendo que, de 462 leitos, 225 estavam ocupados, 25 vagos e 212 bloqueados. Na rede privada, a taxa de ocupação era de 87,50%. Dos 310 leitos, 219 estavam com pacientes, 31 livres e 60 bloqueados.

Correio Braziliense