O Brasil tem um novo ordenamento penal. Segundo as regras hoje em vigor, ninguém ligado a Lula ou apoiado por ele pode ser preso por corrupção.
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O Brasil tem um novo ordenamento penal. Segundo as regras hoje em vigor, ninguém ligado a Lula ou apoiado por ele pode ser preso por corrupção.
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Dias Toffoli liberou para julgamento ação que pode criar regulamentação de mídias sociais por via judicial.| Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Sim, fui ingênuo. Ou esquecido. Ou ambos. No meio do caminho havia um STF. Havia um STF no meio do caminho.
Estamos assistindo à criação da casta mais perniciosa de poderosos sem escrúpulos e sem representatividade eleitoral que esse país já viu
A coisa fica muito pior em assuntos nos quais governo e STF convergem, como na regulação das mídias sociais. Em uma república séria, onde os papéis dos poderes são respeitados, a coordenação de esforços entre Executivo e Judiciário para passar algum tipo de projeto de lei já seria temerosa. No Brasil, em que o STF faz o que quer e constantemente usurpa o poder do Legislativo, essa coordenação é desastrosa.
O que estamos vendo em relação ao PL da Censura é um crime, é o rasgar de nossa Constituição, é a humilhação do Congresso e do Senado, é um deboche do Executivo e do Judiciário, é a consolidação do poder nas mãos de cada vez menos pessoas eleitas diretamente. Estamos assistindo à criação da casta mais perniciosa de poderosos sem escrúpulos e sem representatividade eleitoral que esse país já viu.
Sinceramente, não tenho conhecimento de outro remédio nesse momento que não inclua uma revolta geral das pessoas contra o que lhes está sendo enfiado goela abaixo. Ligar e mandar e-mails não resolve. Como acabamos de ver, basta o Congresso não votar algo de interesse do governo ou do STF que o Supremo arruma um jeito de votar ele mesmo.
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Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Flavio Quintela, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Mas não é hora de esmorecer. Dá para virar esse jogo para presidente, mesmo desconfiando do processo eleitoral. Como já disse acima, agora é unir todo o Brasil decente contra o ladrão e seus comparsas!
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo
Rodrigo Constantino
Chega a ser hilário ver o grau de delírio na bolha jurídica! Por ossos do ofício, acompanhei quase na íntegra a cerimônia de posse de Alexandre de Moraes no comando do TSE. Escutar a rasgação de seda, os elogios exagerados, e as Fake News de que esse TSE estaria em total sintonia com o povo e que é orgulho nacional, quase me fez cair da cadeira de tanto gargalhar...
Mas não há a menor graça tal espetáculo, eis a verdade. Trata-se de um teatro mequetrefe de fantoches do sistema, cada um alimentando o ego alheio, flertando com a vaidade das autoridades poderosas ali presentes, sem qualquer compromisso com a verdade.
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Na bolha midiática, cúmplice desse teatro, os militantes estavam em polvorosa. Miriam Leitão escreveu: "A posse de Alexandre de Moraes no TSE, e o encerramento do mandato correto de Edson Fachin, está sendo uma forte defesa da democracia. O presidente Bolsonaro tem que ouvir tudo e ver todos os seus desafetos". Risos! Essa turma realmente acredita que basta falar em democracia para defende-la?
Mas não faltam "liberais" pregando voto em Lula, agora que está liberado pedir voto. Um deles, Pedro Menezes, disse que Lula é a única opção contra o "Chávez brasileiro", ignorando que é Lula quem sempre defendeu o modelo venezuelano.
Aliás, como sintetizou um seguidor meu, esse início de campanha foi bem simbólico e coerente: Bolsonaro foi na cidade onde teve uma segunda vida iniciada. Lula foi a um encontro com "juízes" que deram a ele uma segunda vida política, num malabarismo bizarro.
Por fim, ao ver juntos na cerimônia de posse de Alexandre os ex-presidentes Sarney, Lula, Dilma e Temer, sentados lado a lado, questionamos: como o Brasil conseguiu sobreviver apesar deles? Como ainda respiramos ares relativamente democráticos, não obstante tal passado podre? Isso é mesmo um enorme mistério!
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Um aspecto tem passado algo despercebido em todo esse imbróglio sobre o novo valor do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família) e de onde virão os recursos: o assunto ter provocado a necessidade de aprovar uma emenda constitucional. Isso parece ter decorrido de dois fatores: a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre os precatórios e o teto de gastos ter sido lá atrás introduzido na Constituição.
Tudo sempre guarda alguma explicação, mas é bastante anômalo que decisões simples de governo tenham passado a depender de mudar sistematicamente a Constituição. É um sintoma de várias coisas, antes de tudo de ter caducado a ordem constitucional construída em 1988. [a Constituição cidadã caducou antes de outubro de 1988 = a partir de quando começou a conceder direitos sem a contrapartida dos deveres.] É sintoma também do grave enfraquecimento do Executivo. Uma tendência inaugurada pelas vicissitudes de Dilma Rousseff e acelerada no intervalo Michel Temer.
É uma situação confortável para quem, na política, não tem perspectiva de poder formal e regular, e também para quem mais influencia o ir e vir dos cordéis que movimentam a opinião pública. A dúvida é sobre a sustentabilidade. Um debate constante no Brasil é se as instituições estão funcionando. Estão funcionando sim, e funcionando tanto que o sistema de freios e contrapesos chegou ao estado da arte, com eficiência ótima: tudo travou.
A dúvida é como vamos sair da pasmaceira. Um caminho é sempre a eleição presidencial. O problema: faz muito tempo a humanidade já sabe como transformar ovo cru em omelete, mas a rota inversa é um mistério que permanece insolúvel, desde sempre, aos mais brilhantes cérebros científicos. É ilusão imaginar que bastará eleger alguém para “as instituições” recolherem-se à casinha.
Mas História não é Biologia ou Química. Na História, o omelete pode voltar a ovo cru. Geralmente, situações assim são destravadas por alguém que acaba cortando o nó górdio. Uma coisa é certa, como já foi dito: o cenário crônico de paralisia política, baixo crescimento econômico e travamento institucional não permanecerá indefinidamente. Alguma transição virá. Há apenas duas dúvidas: quem a fará e como.
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
O
Supremo Tribunal Federal resolveu declarar guerra ao governo federal.
Grande novidade. Ele está guerreando contra o governo há anos, na cara
de todo mundo – e não só contra o governo atual. Felizmente agora
resolveu rasgar a fantasia e confessar que quer a ruptura. Melhor assim.
Chega de dissimulação.
As eleições de 2022 estão sob suspeita
porque todas as perícias – da Comissão de Constituição e Justiça à
Polícia Federal – comprovaram a vulnerabilidade do sistema. Mas o
presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso,
vocalizando a posição política – repetindo: política – do STF desinforma
reiteradamente sobre a segurança das urnas eletrônicas no sistema
atual, afirmando tanto que não há vulnerabilidade, quanto que o processo
é passível de auditagem.
Subsidiado por relatórios técnicos que
não foram refutados por ninguém – com exceção da gritaria dos
negacionistas – o presidente da República passou a defender o
aprimoramento do sistema de votação e aferição dos votos. Isto levou o
STF e o TSE a uma guerra aberta contra essa proposta – porque, como se
sabe, o nome do jogo é investir tudo no antibolsonarismo religioso, que
dá muita manchete e espaço na TV. Eles acham que isso é poder. A
história dirá se é mesmo.
Até simpatizante petista protagonizou
campanha institucional do TSE – Barroso escolhe bem os símbolos da
isenção – para dizer que a urna eletrônica atual é segura. O próprio
presidente do TSE passou a discursar dia sim outro também afirmando que o
sistema é inviolável. Aí apareceu o que não podia aparecer de jeito
nenhum: relatório da Polícia Federal mostrando que o sistema eleitoral
foi invadido e violado em 2018.[invasão que foi confirmada em Nota Oficial do TSE, onde reconhece o acesso indevido.]
Pelo menos um invasor passou mais
de seis meses dentro do sistema, a partir da captura de códigos fonte.
Que tipo de fraude ele preparou lá (e outros que eventualmente tenham
seguido o mesmo caminho) ninguém saberá porque o TSE apagou os arquivos
que continham todos os registros do sistema nas eleições de 2018.
O
presidente da República criticou a falsidade do ministro Barroso ao
negar uma violação já constatada e reconhecida pelo próprio TSE. Aí veio
a resposta ao feitio dos supremos companheiros: o TSE denunciou
Bolsonaro por “fake news” e, surpresa, Alexandre de Moraes aceitou a
denúncia enquadrando o presidente no famigerado inquérito do fim do
mundo. Ainda bem que eles agora não precisam mais fingir que isso não é
politicagem – viva a sinceridade.
O problema do STF não é com Bolsonaro. A corte
esteve no centro do cerco ao governo Temer. Foi o palco da homologação
em tempo recorde (Fachin) daquela delação arranjada de Joesley Batista –
instruído pelo ex-braço direito do então procurador-geral Rodrigo
Janot, que estava no front da armação com declarações tipo “enquanto
houver bambu, lá vai flecha”. A delação acabou suspensa e Joesley preso,
mas a mesma imprensa que trata hoje o STF como vítima do fascismo
imaginário apoiou ostensivamente, por mais de ano, a tentativa de virada
de mesa contra Michel Temer.
Até que enfim o STF admite que quer
a ruptura. Antes tarde do que nunca. Como você já entendeu pelo exposto
acima, ele aposta nela há bastante tempo. E você tem todo o direito de
querer acreditar em eleições seguras com um árbitro desses. Mas
tem um país inteiro saindo às ruas para dizer que sem auditagem do voto
não vai dar. Essa imprensa que já conspirou contra dois presidentes
finge que não vê o país nas ruas. E o clube dos ricos que manda nos
altos burocratas do lobby (aqueles que envenenaram a comissão do voto
auditável) finge que acredita na imprensa cega. Escolha a sua
posição na foto. Se estiver com preguiça de afirmar a democracia,
certamente terá um lugar quentinho na elite intelequitual que resolveu
fingir que voto auditável é uma espécie de terraplanismo. Com tanto
cínico saindo do armário cheio de charme você não há de ficar
constrangido.