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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Bandidos prometem vingar a morte de Playboy



Mensagens em redes sociais falam em "caça" a policiais no Rio de Janeiro. A morte do traficante, porém, pode ter evitado uma guerra de facções
Desde a semana passada, os órgãos de inteligência da polícia fluminense vinham reunindo informações de que a quadrilha do traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, estava se preparando para invadir o Complexo da Maré. O último informe obtido pela Polícia Federal indicava que o ataque seria neste domingo, depois das comemorações do Dia dos Pais. Com a morte do traficante - ontem, num confronto no Morro da Pedreira - o plano foi abortado temporariamente. Mas o terror, não. Nas redes sociais, criminosos já gravaram áudios e postaram mensagens de vingança, prometendo caçar policiais nas ruas da cidade.

Na rede WhatsApp, uma gravação fala em matar 50 policiais em represália à ação que resultou na morte de Playboy - ou Menino Maluquinho, como vinha sendo chamado recentemente. Na página Vulcão da Pedra HD, que traz notícias da região do Complexo da Pedreira, que o criminoso dominava, as mensagens de luto tiveram milhares de curtidas. Numa delas, os bandidos avisaram: "Vida se paga com vida. Tá aberta a temporada pra caça (sic) polícia". "A morte dele causa, pelo menos inicialmente, um baque na facção (Amigos dos Amigos). E isso pode evitar que novas invasões a outros territórios aconteçam já", diz o delegado da PF, João Luis Araújo, sem querer falar especificamente da Maré.

O tenente-coronel Antônio Jorge Goulart, chefe da Coordenadoria de Inteligência da PM, também participou da entrevista coletiva realizada na Cidade da Polícia Civil, ontem à tarde. O oficial apresentou informações sobre uma suposta (e inédita) união de facções para esta guerra na Maré. Segundo ele, bandidos do ADA de Playboy estariam costurando um acordo com o Comando Vermelho para expulsar os criminosos do Terceiro Comando Puro (TCP), que dominam a maior parte da região de 130 000 moradores. "Algumas informações que obtivemos indicavam que eles dividiriam a Maré. O CV ficaria com a parte do Parque União até a Linha Amarela, e o ADA com a parte das Vilas do Pinheiro, João, até o Caju", disse Goulart.

Por ora, a PM tomou algumas medidas para tentar evitar a reação do tráfico. Policiais do Comando de Operações Especiais (Bope e Choque) ocuparão a região por tempo indeterminado. Ontem, porém, em sinal de luto, o comércio de vários bairros nos arredores foi fechado.

Fonte: Revista VEJA

Dilma, a desesperada



No desespero, Dilma cobra de adversários o que seu governo nunca fez: pensar primeiro no Brasil
A uma semana das manifestações contrárias ao seu governo e desesperada com a possibilidade de abertura de processo de impeachment, Dilma Rousseff (PT) soltou mais essa ‘pérola’: “O Brasil precisa, mais do que nunca, que as pessoas pensem primeiro nele, Brasil, no que serve à população, à nação, e só depois em seus partidos e em seus projetos pessoais.”

Ah, é mesmo? Então por que Dilma sapiens não disse isso ao mensaleiro do petrolão José Dirceu, quando ele convocava todos os petistas, como ela, a pensar primeiro no PT?  “Se o projeto político é o principal, o principal é cuidar do PT. Nós temos que cuidar do partido em primeiro lugar”, orientava ele anos atrás.

Se Dilma pratica o que diz, por que em debate presidencial com Aécio Neves (PSDB-MG) recusou-se a garantir que Dirceu não teria papel em seu governo caso eleita?  O resultado é conhecido: Dirceu manteve os atos de corrupção sob o governo Dilma e hoje está preso pela Operação Lava Jato.

Como o próprio Aécio chegou a dizer para a petista em debate: “o seu discurso não tem conexão com a sua prática”. Na hora do desespero, Dilma simplesmente cobra dos adversários o que seu governo nunca fez – e comprova pela enésima vez que pensar primeiro no Brasil é tirá-la do poder.

Tic-tac, tic-tac…

Fonte: Felipe Moura Brasil  http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

Receita de Lula para salvar Dilma



Está nas mãos da presidente Dilma Rousseff a chance de escapar da degola. Ou da hemorragia que a levará a se esvair até o último dia do seu mandato. Basta que concorde com tudo o que seu Lula mandar. É assim que pensam os que rodeiam Lula, e ele. Mas que se apresse porque o tempo passa a Lusitana roda e daqui a pouco nem mesmo Lula, o aspirante a milagreiro, conseguirá operar o milagre prometido.
 TEMER, Conde Drácula da Dilma

Esqueçamos que, outro dia, Lula fez pesadas críticas a Dilma. Acusou-a, por exemplo, de ter mentido durante a última campanha eleitoral. Como se ele fizesse política sem mentir. Acusou-a de fazer um governo de surdos, distante dos chamados movimentos sociais. E de estar, em resumo, no “volume morto”. Assim como o PT estaria abaixo do “volume morto”. Não quis relembrar as críticas, mas relembrei. Era tentador! Asfixiante.

Lula ainda vê uma forma de, salvando Dilma – quem sabe? –, salvar o projeto de continuidade do PT no poder. Passaria por uma série de providências. A primeira: uma reforma ministerial ampla, geral e irrestrita. Para reforçar a presença de partidos aliados no governo, mesmo que à custa do sacrifício do PT. Sairia Aloizio Mercadante da chefia da Casa Civil da presidência da República. No lugar dele entraria Jaques Wagner, atual ministro da Defesa.

Sairia do Ministério da Justiça José Eduardo Cardoso, e entraria Michel Temer, vice-presidente da República. Sairia da Secretaria-Geral da presidência da República Miguel Rosseto, e entraria Gilberto Carvalho, amigo de fé, irmão de Lula, camarada. Sairia Pepe Vargas, ministro da Secretaria de Direitos Humanos do Brasil, para a entrada de qualquer outro. Eliseu Padilha, ministro da Viação Civil, assumiria o ministério das Relações Institucionais.

O jornalista Franklin Martins substituiria Edinho Silva, ministro da Secretaria de Comunicação Social, ex-tesoureiro da campanha de Dilma no ano passado, e enrolado com a Operação Lava Jato.  Aproximação com o PSDB? Aproxime-se pra lá! O trunfo é pau, ô meu! Nada de demonstrar fraqueza. Reduzir o número de ministérios? Nem pensar. A economia não significaria grande coisa. Seria reaberta a temporada de loteamento de cargos no governo e de pagamento de obras construídas nos redutos eleitorais dos parlamentares. Velharia? Mas funciona, não duvide. 

Eduardo Cunha: venha para cá, meu velho!  Sinto muito, Dr. Levy, mas o senhor perderia o emprego porque virou o ministro símbolo da rendição do PT ao arrocho. Entraria outro para manter a mesma política, entendendo, porém, que de nada servirá mantê-la se isso implicar na queda do governo. Algum dinheiro irrigaria os cofres dos movimentos sociais. E, sem grandes custos, seriam feitos acenos demagógicos para o populacho. Quanto a Lula... Em caso extremo, observadas essas e outras condições inconfessáveis de público, ele iria para o sacrifício de assumir algum ministério. O das Relações Exteriores, não. Ficaria obrigado a viajar muito por aí com a imprensa em seu encalço.

O ministério da Defesa? O lugar seria adequado, sim, para um ex-presidente da República. E o livraria das garras do juiz Sérgio Moro.  Quanto a Dilma... É para dizer a verdade? Dilma continuaria desempenhando todos os papéis de representação que cabem a um presidente. Aumentaria sua agenda de viagens ao exterior e aos Estados.  Mas na prática deixaria que Lula, com a discrição possível, coordenasse o governo. Ou melhor: governasse. É pegar ou largar! Se não pegar, olha o Temer aí, gente!

Fonte: Blog do Noblat

Dilma frustra base aliada e só acena com promessa de mais diálogo e nem a decisão sobre o estrupício do Lula se tornar ministro da DEfesa - dele mesmo - foi definida

Reunião de cúpula terminou sem avanço sobre medidas concretas, como a reforma ministerial

[o mais concreto, e que só pode ser sacanagem, é que Dilma vai liderar um amplo diálogo. Imagine aquela mulher liderando alguma coisa!]

Imersa em uma crise política e econômica, apesar do aumento da pressão dos aliados por medidas concretas de reestruturação do governo, a presidente Dilma Rousseff sinalizou apenas com a necessidade de aumento do diálogo. Após três horas de reunião no Palácio da Alvorada, com o vice-presidente Michel Temer e 13 ministros, Dilma decidiu ontem fazer reuniões individuais com os partidos aliados, assumindo a linha de frente da articulação política junto ao vice. Segundo relatos de ministros ao GLOBO, a presidente se mostrou otimista que conseguirá vencer a crise política e cumprirá seus quatro anos de mandato. 

A redução do número de ministérios foi um dos pontos da reunião. No entanto, não houve avanço. Ao menos dois cenários vêm sendo discutidos internamente: um mais brando, que diminui dos atuais 39 para 29 pastas e outro mais drástico, cortando para 24 ministérios. Um auxiliar presidencial afirmou que num grupo mais restrito dentro do governo, a reformulação vem sendo discutida.

Enquanto mudanças concretas não são anunciadas, Dilma disse aos ministros que cobrará que eles garantam o voto de seus deputados e senadores no Congresso. Segundo relatos de integrantes do governo, ela reclamou da falta de fidelidade das bancadas.  — A presidente vai liderar um amplo diálogo com as bancadas, com os partidos, empresários, movimentos sociais. Vai percorrer o país e não há chance de renunciar — disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ao sair da reunião.

O ministro Edinho Silva (Comunicação Social) afirmou que o Executivo reconhece as dificuldades políticas e econômicas, mas que serão superadas em um curto espaço de tempo.— Não estamos negando as dificuldades. Estamos reconhecendo, mas temos certeza que serão superadas com diálogo — disse ao deixar a reunião.

Edinho afastou qualquer possibilidade de Dilma deixar a Presidência antes de 2018.
A presidente foi eleita para cumprir quatro anos de mandato e o Brasil é exemplo de democracia para o mundo. Não podemos brincar com a democracia — afirmou. Na reunião, o mais exaltado era o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência. 

Repetindo uma cobrança insistente dos petistas e do ex-presidente Lula, Rossetto disse que a retomada do diálogo com os movimentos sociais é o ponto central para resolver a crise de baixa popularidade da presidente Dilma e reaproximar o partido das bases. Na quarta-feira, Dilma participará da Marcha das Margaridas, com cerca de 50 mil mulheres sem terra na Esplanada. Dilma também terá reuniões com lideranças das centrais sindicais esta semana. [margaridas ou invasoras safadas e que merecem ser tratada na base da porrada?]
 
Todos os participantes da reunião se esforçaram para desfazer o clima de mal-estar entre Dilma e Temer, depois que o vice declarou que era necessária uma pessoa para unificar o país.

PERSPECTIVAS SOMBRIAS ENTRE ALIADOS
Nesta segunda semana de trabalhos legislativos, as perspectivas de parlamentares da base aliada são sombrias em relação à situação do governo. A análise coletiva entre os deputados é que, sem uma ampla reforma ministerial, nada irá melhorar. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), defende ações imediatas por parte de Dilma, sob risco de desmoronamento do que resta de apoio ao governo no partido. — Decisões precisam ser tomadas quase de imediato. O quadro está muito agravado. Hoje, a maioria da bancada do PMDB não é favorável a deixar a base. Mas, no ritmo que as coisas vão, esse vai ser o caminho natural — pontuou.

Há entre os deputados aliados ao governo a convicção de que vários dos ministros que foram nomeados por Dilma em nome das bancadas dos partidos não representam de fato seus interesses. — Havia uma expectativa de que as questões partidárias de espaço fossem resolvidas no recesso. Muitos líderes estão reclamando que, apesar dos apelos, não conseguem controlar a base porque as demandas não são atendidas e a economia não responde ao ajuste — afirmou Maurício Quintella (PR-AL). 

O líder do PDT, André Figueiredo (CE), que na semana passada anunciou a decisão da bancada de se declarar independente, critica a dificuldade do governo em se antecipar às negociações dos projetos que estão para ser votados. — O problema é a inércia, o governo só age no limite. Não basta uma reforma, é quase uma revolução. Uma grande transformação em todos os setores de seu governo — disse o líder do PDT.

A partir desta semana, são várias as pautas-bomba que devem entrar na votação da Câmara. Além da apreciação das contas de 2014 da presidente, que podem ser rejeitadas pelo TCU e podem desencadear um processo por crime de responsabilidade se o Congresso confirmar a decisão da Corte, há pedidos de impeachment pendentes de análise. O Congresso também irá analisar vetos como o da alteração do fator previdenciário, o do aumento do Judiciário e o da equiparação do aumento do salário-mínimo às aposentadorias. [o veto do projeto de Reposição Salarial dos servidores do Judiciário também está sendo analisado pelo Supremo,  tendo em conta que o veto foi, indiscutivelmente, inconstitucional.] Além disso, devem entrar na pauta medidas do pacto federativo que podem onerar mais a União para beneficiar estados e municípios.

O que espera por Dilma
1. Contas de 2014 da presidente podem ser rejeitadas pelo TCU.
2. Pedidos de impeachment estão pendentes de análise.
3. Projeto que corrige FGTS pela poupança praticamente dobraria remuneração do fundo.
4. Veto à alteração do fator previdenciário pode ser derrubado, afetando a Previdência.
5. Veto a aumento de até 78% para o Judiciário pode ser derrubado, atingindo inclusive estados e municípios.
6. Veto à equiparação do aumento do salário mínimo às aposentadorias pode ser derrubado.

7. PECs podem vincular mais carreiras aos salários do STF.
8. Votação em segundo turno pode aprovar PEC da maioridade penal.
9. Medidas do pacto federativo podem onerar mais a União para beneficiar estados e municípios.

Fonte: O Globo Blog e Alerta Total


Fronteiras - Apenas um exemplo: o Paraguai considera ter o direito de contrabandear produtos para o Brasil

O contrabando de cigarros está inviabilizando a indústria nacional, com perda de tributos, desemprego crescente 

[não somos contra nem a favor do vício de fumar; mas, defendemos veementemente que nossas fronteiras sejam preservadas a qualquer custo e que cortes orçamentários que afetem as Forças Armadas, especialmente assuntos de Segurança Nacional, sejam veementemente rejeitados.
Hierarquia e disciplina são principios basilares das Forças Armadas e Auxiliares, mas, não podem ser invocados para prejudicar a Soberania Nacional. Devolvam o orçamento das Forças Armadas.]

Fronteiras não são meros traçados geográficos feitos para delimitar territórios que configurem a existência de um estado. Mapas são folhas, impressas ou digitais, que nos apresentam, a cores, os limites de um país. À força da repetição, terminamos por nos acostumar com tais desenhos, como se fossem naturais e, de certa maneira, inalteráveis. O olhar atento a um mapa internacional, porém, nos mostraria a extrema volatilidade de certos marcos territoriais. Um mapa de 50 anos atrás não tem muito a ver com um atual. Fronteiras, neste sentido, são convenções que pressupõem o reconhecimento de outros, através de tratados internacionais. 

O Brasil é um país continental, rico em água, minérios, petróleo, solo fértil, clima saudável e ameno, entre outras riquezas naturais, que nos tornam, normalmente, objeto de cobiça internacional. Não são poucos os países e entidades internacionais que já contestam a soberania nacional sobre a Amazônia, como se ela fosse um patrimônio internacional, e não uma parte do território de nosso país.  O exercício efetivo da soberania nacional exige que fronteiras sejam defendidas, que os territórios fronteiriços tragam a marca de uma política nacional de defesa. Melhor prevenir hoje, que ser refém, no futuro, de uma eventual perda de território. Ou ainda, fronteiras, embora reconhecidas em seus traçados, podem ser simplesmente desconsideradas como nos casos do contrabando, do tráfico de drogas e de armas, e do terrorismo. 

Há poucos dias, o Paraguai emitiu uma nova oficial contra o governo brasileiro, relativa a uma suposta ingerência dos militares brasileiros em seu território. O Brasil rechaçou fortemente essa declaração, porém ela é, em si mesma, reveladora. Na verdade, as Forças Armadas, sob a coordenação de seu Estado-Maior Conjunto, estavam realizando a operação Ágata, de proteção de fronteiras. Ocorre que essa operação flagrou vários barcos que estavam infiltrando contrabando em nosso país. Os militares foram recebidos a tiros e revidaram. Exerciam a defesa de nossas fronteiras. No entanto, o Paraguai parece considerar que teria o direito de contrabandear produtos para o Brasil, pois é disto, precisamente, que se trata. Uma eventual retratação brasileira significaria, de fato, o reconhecimento de que o contrabando, em nosso país, deveria ser algo “natural”.

Tomemos um caso emblemático. O contrabando de cigarros está inviabilizando a indústria nacional, com perda de tributos, desemprego crescente, podendo atingir, se persistir, a agricultura familiar aqui envolvida. Seus efeitos são perversos com prejuízos econômicos e sociais, inclusive de queda de arrecadação. O governo, no entanto, tem tido uma política de aumento de tributo sobre esse produto em nome da defesa da saúde, como se a sua consequência fosse uma diminuição do seu consumo.

Ora, o consumo permanece o mesmo, só que, agora, o produto consumido é fruto do contrabando do Paraguai, em condições de produção de higiene precárias. Contudo, tal produto tem um preço extremamente competitivo, sobretudo para as camadas de baixa renda. O país perde em todos os aspectos, inclusive no tributário. Como se isso não fosse suficiente, a atual equipe econômica, com problemas de superávit primário, cogita aumentar ainda mais o imposto, em um verdadeiro tiro no pé. Conseguirá com isto reduzir os tributos que almeja aumentar — o contrabando não é tributado! —, além de criar problemas graves de sustentabilidade da indústria nacional. 

O problema é particularmente grave por afetar diversos setores da economia, alcançando, no caso dos cigarros, a expressiva cifra de 32% do mercado nacional. Desde 2011, houve um aumento extraordinário de imposto, quando da introdução de um novo modelo tributário, chegando a 110% no acumulado de três anos. As classes menos favorecidas tiveram um aumento de 115%, enquanto as de maior poder aquisitivo um de 63%. É todo esse segmento de menor preço que se torna vítima do contrabando. 

Somando todos os setores que se tornam reféns do contrabando, a evasão tributária chega à exorbitante cifra de R$ 100 bilhões, que poderiam ser utilizados em investimentos e benefícios sociais. Contudo, no Brasil de hoje, parece que não há algo ruim que não possa piorar. O Exército está desenvolvendo todo um projeto de defesa eletrônica de fronteiras, o Sisfron, que tem a ambição de abarcar todo o território nacional. Trata-se de um projeto arrojado, próprio de um país moderno, que está sendo implantado, inicialmente, no Mato Grosso do Sul, devendo, imediatamente, alcançar os estados do Paraná e Mato Grosso. 

Graças a ele, as fronteiras brasileiras passarão a ser mais bem protegidas, com redução significativa do contrabando, do tráfico de armas e de drogas, além do controle ambiental e da vigilância sanitária. Ele permite, efetivamente, a comunicação e a interação entre vários órgãos do Estado. Recentemente, o vice-presidente da República esteve visitando Dourados, em Mato Grosso do Sul, para constatar pessoalmente essa experiência piloto de um país que avança em sua modernização. Os elogios foram grandes.

Acontece que esse projeto, que tinha uma previsão orçamentária para este ano de R$ 285 milhões, foi objeto de um corte de 40%, passando para R$ 171 milhões. Na verdade, o valor previsto já era uma ninharia, sobretudo considerando a sua relevância nacional e os ganhos daí derivados, inclusive de arrecadação. Um orçamento exíguo foi ainda objeto da tesoura, como se ela não se importasse com o tecido cortado e o seu desenho. No caso, até os números protestam contra essa tesoura. Só o ganho da redução do contrabando já contrabalançaria o seu investimento, sem falar da criação de empregos e da diminuição da criminalidade. 

Urge que o país encare o seu futuro e pense no que é melhor a médio e longo prazos. Contudo, parece que estamos reduzidos a uma visão imediatista, própria de um estado que não consegue se safar da armadilha por ele mesmo criada. 

Fonte: O Globo - Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

domingo, 9 de agosto de 2015

AUTORIDADE LEGAL E AUTORIDADE LEGÍTIMA

A corrupção no Brasil tem uma longa trajetória, que aliada à impunidade nos infelicitou ao longo dos séculos. Sem me alongar sobre o tema recordo que o Estado brasileiro teve desde seu início ação centralizadora e tuteladora da Nação. Tudo dependia do governo e, assim, o comércio e a indústria estavam atados às autorizações, às tarifas protecionistas, às concessões, o que facilitava o suborno. Em essência nada mudou.

Em 2002, o PT chega à presidência da República jactando-se de ser único partido ético que vinha para acabar com as mazelas da política brasileira. E melhor: à frente do partido havia um “pobre operário” capaz de salvar a pátria, um padroeiro dos pobres e oprimidos. Contudo, pode-se dizer que nunca antes nesse país houve um partido tão corrupto quanto o PT. Os petistas institucionalizaram a corrupção e convidaram aliados políticos e a iniciativa privada para abrir franquias de roubalheira.

A força e a impunidade do PT se deveram basicamente a três fatores: a ilusão gerada pela propaganda, através da qual Lula da Silva foi endeusado. A inexistência de oposições, tanto partidárias quanto institucionais. A falta de cultura cívica do povo sempre dependente do Estado paternalista e indiferente aos escândalos de corrupção dos poderosos. Além da corrupção o governo petista expandiu os males do Estado Brasileiro: o patrimonialismo, o nepotismo, a burocratização e, sobretudo a incompetência. Tudo sob a imagem da perfeição, das maravilhas que o magnânimo pai Lula prodigalizava aos desvalidos salvando-os da miséria.

 Nos porões do poder, porém, muito mais lucravam os que Lula, para efeitos externos, chama de elites, várias das quais se associaram em contubérnios com a companheirada de modo nunca visto. E, assim, roubou-se em milhões, em bilhões, em avantajadas cifras no país do dá-se-um-jeito. Primeiro, articulou-se o mensalão ou compra de congressistas como forma de sustentar o projeto de poder do PT. 
Inabalável, mesmo sob o efeito das condenações do STF onde se notabilizou o ministro Joaquim Barbosa que logrou enviar para as grades maiorais do PT como José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, João Paulo Cunha, além dos auxiliares dos criminosos, Lula logrou eleger uma mulher que não consegue sequer proferir um pensamento coerente. Com ela deu-se o terceiro mandato de Lula da Silva. Foi o tempo do descalabro com todos os possíveis erros que se pode cometer em economia.  Mesmo assim, Rousseff, com pouca margem de votação se reelegeu montada nas mentiras e no terrorismo politico do marqueteiro João Santana, que atribuiu ao adversário o apocalipse brasileiro, que se vê agora é da autoria da criatura de Lula e dele próprio.

O presidente de fato seguiu inimputável, sempre a repetir que não viu nada, não sabia de nada, não ouvia nada, enquanto a inflação, o desemprego, a inadimplência vão infelicitando eleitores e não eleitores do PT. O megaescândalo do petrolão estilhaçou a Petrobrás, orgulho nacional, tomada de assalto pelo aqui citado contubérnio. Mas, assim como o ex-ministro Joaquim Barbosa surgiu alguém que fez a diferença, o juiz Sérgio Moro, destacando-se também o trabalho da Polícia Federal e de procuradores na 0peração Lava Jato. Nesta ação inédita no Brasil estão indo para cadeia não só doleiros e auxiliares da rapina chamados de operadores, mas também presidentes das maiores empreiteiras, seus diretores e ocupantes de altos cargos na Petrobras.

Possivelmente, o povo tomaria conhecimento desses fatos com indiferença se não fosse o esboroar da economia, pois é certo que não há governo que resista quando a economia vai mal. Junte-se a isso a inconformidade popular que não aceita pagar pela incompetência governamental e temos o resultado da última pesquisa Datafolha, na qual Rousseff aparece como a pior presidente que o Brasil já teve, com 71% de reprovação e só 8% de aprovação.

É dito, falseando a questão, que um impeachment da inoperante presidente levaria ao caos institucional. Quando Collor, com grande participação do PT, sofreu o impeachment por muito menos do que hoje ocorre, as instituições ficaram intactas. Falso também a presidente dizer-se intocável porque foi eleita pelo voto. Uma coisa é autoridade legal, outra é autoridade legítima. No momento ela não é mais legitimada pela população e o que se chama de crise política pode ser traduzida por crise de representatividade. Ela não representa mais o povo cansado de seu estelionato eleitoral e de sua incompetência.

O PT legou ao Brasil uma crise política de representatividade, uma crise econômica e uma crise de valores. A saída de Rousseff da presidência, dentro dos trâmites legais não é golpe. Golpe é sua permanência. Afinal, a emblemática segunda prisão de Jose Dirceu demonstrou que o PT nunca agiu em nome da causa, mas em causa própria. Não dá para suportar mais um governo assim. A causa caiu.

Por: Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
           www.maluvibar.blogspot.com.br

Anormal, portadora de doença, que ofendeu símbolos religiosos na parada gay é esfaqueada


Doente mental  'crucificada' na Parada Gay denuncia agressão em SP

A doente V. B. que chamou atenção pela performance de crucificação na Parada do Orgulho LGBT deste ano, sofreu uma agressão na noite do último sábado (8) e tornou o caso público em sua página do Facebook.

Ela disse ter sido abordada nas proximidades de sua casa, onde foi agredida com socos e cortada com um canivete por um homem dizendo que ela era 'um demônio' e não era de Deus.

Desde a performance realizada este ano, V. já havia recebido diversas ameaças via redes sociais e mensagens telefônicas.

O ataque criminoso contra a transex não foi reportado à polícia, já que ela diz ser ainda pior levar um fato como este à delegacia para ser 'tratada como homem'.


[em continuidade a nossa política de não ofertar holofotes para coisas, também chamadas de seres humanos, que praticam o que a tal V., praticou não mencionamos seu nome completo;
não citamos a atividade que ela diz ser sua profissão por entendermos que  nenhuma profissão merece ser responsabilizada por prática tipo o ato que a doente V praticou.
Seria ofender a profissão e aos que exercem com competência, dedicação e respeito.] 

Fonte: Yahoo! Notícias