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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O primeiro golpe democrático da história - Dilma: a Afastada? a Ridícula? ou tudo que não presta?

Ninguém jamais resistiu com tanta fibra ao ridículo. Dilma conseguiu tornar-se golpista de si mesma 

Em sua marcha firme e inexorável rumo à lata de lixo da história, Dilma Rousseff está dando um show. Telefona para senadores que não a atendem, propõe plebiscitos que seu partido ignora, faz comícios para almas penadas se comparando a Getúlio Vargas e João Goulart, enfim, expõe sem pena a xepa ideológica que restou pendurada no discurso do golpe. Ninguém jamais resistiu, com tanta fibra, ao ridículo. E em seu ato final, quando todos imaginavam que o repertório estava esgotado, Dilma conseguiu tornar-­se golpista de si mesma.

“Eles não me obrigaram a me suicidar como o Getúlio”, discursou a presidente afastada, explicando que escapou do destino trágico “porque tem uma democracia aqui, que lutamos para construir”. Não é impressionante? O mundo nunca tinha visto – e certamente jamais voltará a ver – um golpe de estado em plena democracia. A falta que um João Santana faz.
Eis então o axioma de Rousseff: o Brasil está sofrendo um golpe de estado sem prejuízo da normalidade democrática. O paciente está em coma, mas passa bem. Por isso Dilma não precisou se suicidar. É incrível a capacidade de adaptação dos mortos-vivos. Eles aguentam tudo. E foi assim que a presidente afastada resolveu participar, ela mesma, do golpe democrático que salvou sua vida.

Em dado momento, Dilma decidiu então que iria ao Senado se defender no processo de impeachment. Com o simples fato de declarar isso, ela já fez história. O impeachment, como todos sabem, é golpe. E aqui cabe uma explicação semântica: golpe não é peteleco, puxão de orelha ou carinho bruto; golpe é golpe. Em política, é ruptura institucional, é estupro da democracia. Pois bem: Dilma aderiu ao estupro.

Nos anos 1980, Paulo Maluf proferiu a frase imortal do humanismo tarja preta “estupra, mas não mata”. O Brasil, esse inocente, acreditou que existia recorde imbatível de estupidez. Mas nada como uma Olimpíada para estourar limites. Dilma pôs o sarrafo lá em cima e, tal qual o cara da vara, acabou com o reinado de Maluf: estupra a democracia de brincadeirinha, mas não mata o meu ganha-pão de coitada profissional.  “Não vou lá [no Senado] porque acredito nos meus belos olhos, mas, sim, na democracia”, discursou a golpeada. A oratória da joia de Lula é tão rica que precisa ser analisada em partes. Os belos olhos, por exemplo, podem ser um sinal cifrado de que, além da faixa presidencial, os espelhos também sumiram do palácio. Nunca se esqueça de que alguém que se compara a Getúlio Vargas está, salvo efeito lisérgico, falando por metáforas impressionistas de conteúdo adulto. Coincidentemente, a parte da sentença referente à democracia também pode ser simples falta de espelho.

A decisão de Dilma Rousseff de ir ao Senado participar de um processo que ela mesma define como golpe é uma revolução. A partir desse corte epistemológico, nenhum brasileiro estará mais obrigado a responder por seus atos. Liberou geral. Se uma presidente da República ataca as instituições de seu país, afirmando que estão sob coação para fulminar um mandato legítimo, e ato contínuo reconhece a normalidade institucional com sua própria atitude, tudo é permitido. Provavelmente é por isso que o Brasil tem tanta dificuldade de enxergar seus crimes de responsabilidade. Crime todo mundo entende, mas responsabilidade é o que mesmo?
“Temos que saber que essa luta não tem data para terminar”, discursou a golpeada golpista. É claro que o prazo de validade de Dilma, a única, já está mais do que vencido. Ela já era – e durou muito mais do que podia. Mas você aprendeu a segurar a carteira quando ouve esse pessoal falando em “luta”. E pode continuar segurando: o papo do golpe que não é golpe, mas a gente finge que é para poder continuar fazendo figuração no presépio do oprimido, acendendo vela para Jango e condenando a Guerra do Vietnã, ainda vai render muito voto. E vem eleição aí.

Eles ainda têm muita história triste para contar e dinheiro na caixinha para gastar. O projeto continua o mesmo: transformar propaganda vagabunda no milagre da multiplicação de cargos e verbas, para viver da mística coitada enquanto você trabalha. Preste atenção em todos os suicidas remediados que vagam por aí falando em resistência democrática. São os herdeiros da quadrilha.

Fonte: Ricardo Fiuza - Época
 

 

Receita Federal suspende isenção de impostos do Instituto Lula - tem é que fechar, aquilo ali é um antro de ladrões, só tem bandido

Investigação identificou ‘desvio de finalidade’ no uso do instituto. Conta deve ficar entre R$ 8 milhões e de R$ 12 milhões, segundo jornal

A Receita Federal decidiu suspender a isenção tributária do Instituto Lula entre 2011 e 2014, por “desvio de finalidade”. Segundo o jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira, a conta final deve ficar entre 8 milhões e 12 milhões de reais.

A decisão foi tomada após o encerramento da investigação da Polícia Federal, aberta em dezembro do ano passado sobre o instituto. A suspeita dos investigadores era que a entidade tinha sido usada para lavar dinheiro do esquema de corrupção instalado na Petrobras. Entre o período investigado, o instituto recebeu 35 milhões de reais – a maior parte de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, como Odebrecht e Camargo Corrêa.


De acordo com o jornal, a principal irregularidade identificada foi o repasse de 1,3 milhão de reais para a empresa G4 Entretenimento, que pertence ao filho mais velho do ex-presidente – Fábio Luís, vulgo Lulinha -  e a Fernando Bittar, dono do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, investigado por ter sido frequentado por Lula.

Para os técnicos, o instituto simulou a prestação de serviço pela G4, como forma de mascarar a transferência de recursos da entidade para o ex-presidente ou parentes, configurando o desvio de funcionalidade. Os auditores apontam também pagamentos sem destinatários e o aluguel de um imóvel apontado como sede, mas que era diferente do endereço do instituto – criado em 2011 em substituição ao antigo Instituto da Cidadania, também ligado a Lula.


Conforme informou o jornal, a Receita se limitou aos aspectos contábeis das irregularidades e pediu, por exemplo, explicações ao presidente do instituto, Paulo Okamotto, do motivo que teria levado grandes construtoras a doarem ao menos 18 milhões de reais. Além disso, contestou doações de duas entidades sem fins lucrativos que, juntas, destinaram 1,5 milhão de reais ao instituto entre 2013 e 2014.

À Folha, o Instituto Lula respondeu, por meio de sua assessoria, que não recebeu notificação sobre o assunto. O presidente do instituto, Paulo Okamotto, disse à Receita Federal que a empresa G4 Entretenimento prestou serviços gratuitamente para fazer sites ligados ao instituto e foi contratada em 2012 para cuidar da parte digital da entidade.

Em relação às empreiteiras, Okamotto afirmou que a missão do instituto é promover a inclusão social, marca do governo do ex-presidente Lula. O projeto seria replicar a experiência brasileira em países da África. Como as empreiteiras têm obras no continente africano, tinham interesse em patrocinar programas sociais por meio do instituto.
Questionado pelo fisco do por que nenhum grande projeto foi levado adiante na África, até o momento, o presidente do instituto disse que a entidade está elaborando esses projetos, mas que priorizou a organização do acervo de Lula.

A decisão da Receita não cancela a isenção fiscal do instituto para depois de 2014, a não ser que novos indícios de irregularidades sejam identificados a partir do ano-base de 2015.

Fonte: Veja.com
 

Galvão Bueno dá mais uma mancada e leva esporro de comentarista britânico - Galvão tem mais é que se aposentar, sumir; fala muita bobagem e ainda dá azar

Após bronca de comentarista britânico, Galvão pede desculpas

'Tinha que estar calado na largada', reconheceu o narrador da Globo

Após levar bronca do comentarista da BBC durante a prova de natação na Olimpíada, Galvão Bueno pediu desculpas nas redes sociais postando uma foto com o profissional da TV britânica. "É que meu som vazou no microfone dele e reclamaram. Eu errei. Tinha que estar calado na largada. Fim do mimimi", escreveu o narrador da Globo.

Galvão Bueno estava falando alto no momento em que o silêncio era essencial para a concentração dos atletas. "É muito, muito barulho no estádio. E muito barulho vindo aqui de perto de mim. Este comentarista precisa calar a boca no começo da prova. Desculpem. Neste momento, por exemplo: todo mundo está quieto, mas ele não", diz o comentarista da BBC. A juíza atrasou o início da prova pelo barulho no local.

Não é a primeira polêmica envolvendo o narrador da Globo nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Galvão apareceu nos principais comentários do Twitter por criticar o desempenho de Neymar em jogo da seleção brasileira masculina e compará-lo com Marta, atacante da equipe feminina. E ainda pela empolgação durante as provas do nadador dos Estados Unidos Michael Phelps. 

Fonte: Correio Braziliense

 

Exército diz que vai expulsar militares presos com 3 toneladas de maconha

Eles trouxeram a droga de Campo Grande (MS) e foram detidos no momento da entrega a um grupo de civis 

 O Exército informou hoje (28), por meio de nota, que vai expulsar três militares da corporação, presos em flagrante, na madrugada deste domingo, em Campinas, no interior paulista, utilizando um caminhão das Forças Armadas para o transporte de três toneladas de maconha. Eles trouxeram a droga de Campo Grande (MS) e foram detidos no momento da entrega a um grupo de civis dos quais dois foram presos.

De acordo com a nota, os três militares são cabos lotados no 20º Regimento de Cavalaria Blindado (20º RCB), sediado em Campo Grande.O Exército brasileiro não admite atos desta natureza que ferem os princípios e valores mais caros sustentados pelos integrantes da Força. Diante da gravidade do fato, que desonra a instituição e atinge a nossa sociedade, os militares encontram-se presos e serão expulsos do Exército”, diz o comunicado.




[é triste mas tenho que concordar com o comentário abaixo:
"Tem algo de muito errado nisso ai, esses militares não iriam sair do Mato Grosso do Sul com esse caminhão sem que um Oficial de alta Patente autorizasse, existe um tramite muito alem para que isso aconteça, plano de deslocamento, motivo do deslocamento, plano de abastecimento em outros Quarteis etc.... isso tudo passa por uma série de burocracias, se conseguiram chegar até São Paulo com esse caminhão foi porque teve apoio de alguém e isso tem que ser descoberto doa a quem doer.']

Inquérito é instaurado
Ainda segundo a nota, foi instaurado um inquérito policial militar para a apuração de todos os fatos e responsabilidades. A corporação também manifestou-se à disposição das autoridades de segurança pública de São Paulo para mais esclarecimentos. O Exército fará uma minuciosa investigação na unidade militar de origem dos cabos para “corrigir procedimentos de segurança, para que falhas desta natureza não voltem a ocorrer”, diz a nota.

 O diretor em exercício do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), Joaquim Dias Alves, informou que a unidade de inteligência do órgão havia apurado que um grande carregamento de entorpecentes chegaria até uma empresa desativada, em Campinas, onde houve as prisões. Segundo ele, o fato de os militares estarem participando foi uma surpresa. Os cabos vestiam uniforme da corporação.

O delegado contou que, quando os militares perceberam a presença dos policiais civis, saíram com o caminhão das Forças Armadas em alta velocidade e na contramão pela rodovia SP-101, próximo ao quilômetro 2,8, entre Campinas e a cidade de Monte Mor.

No entanto, foram pegos logo a seguir. Um deles tentou escapar, mas foi baleado de raspão e, após ser medicado em Limeira, foi conduzido à sede do Denarc, em São Paulo, onde estão os demais detidos num total de cinco, sendo dois civis. Outros integrantes da ação criminosa conseguiram escapar e a polícia acredita que seriam mais dois civis.


Fonte: Correio Braziliense



Eduardo Paes diz que mulher vai 'trepar muito'e vira alvo de críticas; veja vídeo

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi bastante criticado na manhã deste domingo nas redes sociais. Os comentários se referiam a um vídeo onde o político usa vocabulário chulo ao entregar um apartamento da prefeitura a uma mulher.

Ao entrar no imóvel, Paes diz: “Vai trepar muito nesse quartinho”, “Vai trazer muitos namorados para cá”. O prefeito do Rio ainda continua: “Faz muito sexo aqui, Rita”. Ao deixar o apartamento, ele grita para os vizinhos “Ela disse que vai fazer muito ‘canguru’ perneta aqui. Tá liberado. A senha primeiro”.


VÍDEO: Eduardo Paes entrega apartamento e diz para proprietária 'trepar muito'

Antes do fim da gravação, Eduardo Paes pede que o cinegrafista corte a parte das brincadeiras com a moradora. Nas redes sociais, o prefeito não foi poupado.

domingo, 28 de agosto de 2016

A conta é de Dilma

Não adianta esconder: essa conta é de Dilma

Antecipada por ISTOÉ, perícia do TSE confirma que as gráficas que receberam R$ 52 milhões do PT na campanha de 2014 eram de fachada.  

No tribunal, já há jurisprudência para que as contas de Dilma e Temer sejam julgadas de forma separada

A presidente afastada, Dilma Rousseff, bate no peito para se dizer imune a malfeitos em seu currículo. Entretanto, não bastassem os crimes de responsabilidade fiscal e os indícios de obstrução de Justiça, uma perícia concluída pela Justiça Eleitoral na última semana – antecipada há um mês com exclusividade pela ISTOÉ mostrou que empresas de fachada, irrigadas com R$ 52 milhões da campanha de Dilma, ajudaram a reelegê-la em 2014. Os peritos do TSE chegaram à conclusão de que não está afastado “o desvio de finalidade dos gastos eleitorais para outros fins que não o de campanha”. Ou seja, as evidências da prática criminosa de lavagem de recursos desviados da Petrobras na corrida presidencial são cada vez mais irrefutáveis.

Do mesmo modo, é inegável que o esquema que aos poucos vem sendo desvendado pelo TSE nasceu e floresceu no seio petista. Senão vejamos. A Focal que recebeu R$ 23,9 milhões da campanha de Dilma pertence a Carlos Cortegoso, ex-garçom de Lula. Nos rastreamentos do TSE também não é possível detectar qualquer repasse do PMDB às outras duas gráficas implicadas, como a VTPB e a Red Seg. Isso praticamente descarta a possibilidade de se imputar ao presidente Michel Temer a mesma sanção que deverá ser decretada a Dilma. Há na própria corte, como o ministro e presidente do tribunal Gilmar Mendes, quem considere uma eventual pena de perda do mandato pesada demais, caso se mantenha a convicção de que o partido de Temer nada teve a ver com as falcatruas eleitorais.

Existe uma jurisprudência, no TSE, que contradiz o princípio da indivisibilidade da chapa. O exemplo ocorreu em Roraima com o governador Ottomar Pinto, morto em 2007. Ele era julgado por crime eleitoral. Após o falecimento, o vice, José de Anchieta Junior, assumiu e foi inocentado porque, segundo o tribunal eleitoral, “o responsável pelas contas é o titular da chapa”. O relator, ministro Fernando Gonçalves, ponderou que, mesmo com “o princípio da indivisibilidade da chapa única majoritária” (…), “a morte do titular da chapa impõe a interpretação de referido princípio com temperamentos”. Para o especialista em direito eleitoral Alberto Rolo, a tese abre um precedente para que o julgamento das contas da chapa Dilma/Temer seja feito de forma separada. “Se eles (advogados de defesa) quiserem usar isso como argumento, acho válido. Eu sou advogado. Acho válido o argumento”, defende Alberto. “Mas é preciso que o exemplo seja estendido para outros processos, como os que julgam prefeitos”, emenda. Para ele, quando finalizado, o caso Dilma-Temer servirá como uma necessária e importante jurisprudência no País.

 Os advogados do presidente Temer entendem que essa é uma demanda criminal e não de abuso de poder econômico, conforme o objeto da ação pleiteada pelo PSDB. Segundo a defesa do peemedebista, os indícios encontrados até agora são de uma possível lavagem de dinheiro por parte da presidente afastada Dilma Rousseff e do PT. No entendimento dos defensores do atual presidente, o processo que tramita no TSE deve separar o agente que praticou a conduta ilícita no caso a presidente afastada Dilma Rousseff – do que apenas foi beneficiário por pertencer à chapa vencedora das eleições de 2014, ou seja, o candidato a vice-presidente na ocasião. Ao longo dos últimos anos, o TSE vem flexibilizando o entendimento de indivisibilidade da chapa em ações em que somente o titular da aliança é apontado como o autor do crime eleitoral. Em 2013, um caso semelhante ocorreu na cidade de Planaltina de Goiás, entorno do DF. O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás cassou o prefeito José Olinto e o vice Vilmar Caetano foi condenado à perda do mandato por abuso de poder. Mas as investigações do caso comprovaram que a ordem da redução da carga horária para que os servidores da Prefeitura pudessem trabalhar na campanha de reeleição da chapa partiu do prefeito. Diante disso, a Justiça Eleitoral não impôs ao vice a pena de ter de ficar inelegível, o que na visão da defesa de Temer, significa um avanço na lei.

O que dizem os extratos
Nos extratos bancários da conta mantida pela então candidata Dilma Rousseff, constam repasses vultuosos às empresas Focal, Gráfica VTPB e a Red Seg Gráfica. No documento, os peritos deixaram claro que houve repasse de “R$22.898.320,00 em pagamentos efetuados à VTPB, outro de R$6.143.130,95 à Rede Seg e um terceiro para Focal no total de R$ 23.972.282,02. Todos a partir da “conta corrente n° 1313037, mantida na agência 3572 do Banco do Brasil, pela Candidata à Presidência Duma Rousseff”. 

Em um outro trecho do relatório da perícia, os técnicos são categóricos em afirmar que não houve repasses realizados pelo presidente Michel Temer e seu partido PMDB: Não foram identificados pagamentos efetuados à Red Seg a partir da conta bancária n°15120147, mantida na agência 3604 do Banco do Brasil, pelo candidato à vice-presidência Michel Temer”. O documento minucioso aponta várias irregularidades na prestação de contas apresentadas por Dilma referentes à campanha eleitoral. Entre as inconsistências, há erros na emissão de notas fiscais e na subcontratação de outras empresas para o fornecimento de bens e serviços durante o pleito presidencial. Na avaliação de técnicos da corte, erros que, com o conhecimento ou não de Dilma, podem justificar uma cassação.

Fonte: Revista Isto É 


Dilma enfrenta difícil missão no Senado para tentar evitar o impeachment

O cenário está praticamente sacramentado pelo afastamento definitivo da petista, com o provável placar de 59 a 21 . Aliados tentam virar o voto de 11 senadores ainda "indecisos"

Após três dias de julgamento, oito testemunhas ouvidas, longos embates técnicos entre defesa e acusação e muito bate-boca em plenário, o quadro em desfavor da presidente afastada, Dilma Rousseff, parece consolidado. O sentimento é de que cada senador, juiz do processo, já entrou no julgamento com a convicção política do seu voto. Argumentos técnicos não são levados em consideração por ambos os lados. Levantamento do Correio, atualizado ontem, indica que, dos 64 parlamentares que declararam como vão se posicionar, 46 vão pelo impeachment e 18 contrários. Os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO) e Omar Aziz (PSD-AM), que votaram pela admissibilidade do processo de impeachment e também pela pronúncia, são os dois únicos que permanecem indecisos.

Há 14 senadores que preferiram não revelar o voto. Desses, apenas Elmano Ferrer (PTB-PI), Otto Alencar (PSD-BA) e Roberto Muniz (PP-BA) disseram “não” à pronúncia da presidente afastada, Dilma Rousseff. Desta maneira, se os posicionamentos forem mantidos, o placar final ficaria 59 a favor do impeachment e 21 contra. Para afastar a presidente de maneira definitiva, são necessários 54 votos.

No levantamento publicado pelo Correio na última terça-feira, os senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Lúcia Vânia (PSB-GO) e José Maranhão (PMDB-PB) não haviam sido localizados. Agora, José Maranhão afirmou que votará pelo impeachment e os outros dois preferiram não revelar como se posicionariam.

Clique para placar atualizado 


O adeus da feroz torturadora da verdade e do idioma

Neste 29 de agosto, o país verá em ação a Dilma que diz frases sem pé nem cabeça até quando lê e a Dilma que não diz coisa com coisa quando desanda no improviso

A pior oradora de todos os tempos protagoniza derrapagens espetaculares até quando está lendo discursos encomendados a quem consegue juntar sujeito e predicado. Foi assim em dezembro de 2009, durante a Conferência do Clima promovida em Copenhague, quando a chefe da Casa Civil do governo Lula surpreendeu o mundo com a notícia assombrosa: “O meio ambiente é, sem dúvida, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável”, recitou Dilma Rousseff sem tirar os olhos do papel. E foi em frente. Como não se corrigiu, não se explicou e nem pediu desculpas, continua valendo o que disse.
 Dilma define: "Casa" 

Em agosto de 2013, numa visita a Campinas, Dilma começou a ler à tarde o discurso escrito para ser lido à noite. Ela contava a sofrida saga de “uma mulher que estudou até a quinta série do curso fundamental porque vivia na roça com mais nove irmãos e não teve condições de continuá estudandoquando se deu conta de que aquilo era para mais tarde. 

“Mas essa mulher eu vou tratá dela no próximo… na próxima cerimônia que eu vou participá aqui em Campinas que é a formação do Bolsa Família”, informou. Dado o aviso, desandou a explicar por que “a casa própia é muito importante”. Isso mesmo: “própia”.
Se a Dilma dos discursos escritos é uma oradora de alta periculosidade, a Dilma dos palavrórios de improviso é uma selvagem serial killer da retórica. Neste 29 de agosto, a transmissão pela TV Senado do depoimento da presidente agonizante permitirá que milhões de brasileiros acompanhem ao vivo a primeira e última apresentação conjunta dessas duas Dilmas. A que diz frases sem pé nem cabeça até quando lê vai caprichar num falatório fantasiado de Auto da Injustiçada. A que não diz coisa com coisa quando improvisa vai responder a perguntas dos senadores.
Dilma define ponte
 
Dilma garante que foi ela quem resolveu defender-se pessoalmente no Senado. Como nenhum dos áulicos que seguem frequentando o palácio assombrado ousou apresentar-lhe os perigos da ideia de jerico, a performance da segunda-feira vai atestar que o impeachment livrará o Brasil, simultaneamente, de uma recordista mundial de incompetência, de uma mentirosa compulsiva e de uma torturadora da língua portuguesa.

Ela seria poupada desse vexame derradeiro se a missão impossível fosse repassada aos senadores que permanecem a bordo da embarcação condenada cujo piloto é José Eduardo Cardozo. O texto que inunda com lágrimas de esguicho os golpistas cruéis, por exemplo, deveria ser berrado por Lindbergh Farias, uma gritaria a serviço da pouca vergonha. As réplicas aos senadores favoráveis ao impeachment ficariam por conta dos integrantes da tropa, devidamente municiados com vídeos que registram alguns dos melhores piores momentos da chefe.
Mandioca + mulher sapiens

Gleisi Hoffmann cuidaria de mostrar que a presidente reincidiu em pedaladas criminosas por ter compreendido que a Lei de Responsabilidade Fiscal é mesquinharia de avarento shakespeariano diante da grandiosidade de um Minha Casa, Minha Vida. Vale tudo para impedir que tão esplêndido programa definhe por falta de verbas — até raspar o cofre do Banco do Brasil. Quem discordar de Gleisi será calado pela exibição do vídeo em que Dilma ensina que uma casa é muito mais que uma casa: “Porque casa é primeiro sinônimo de segurança. Casa, depois, é sinônimo de uma outra coisa muito importante. Um lugar para a gente construir laços afetivos. É ali na casa que o pai e a mãe amam as crianças, dão instruções para as crianças, educam as crianças… e os jovens. É ali na casa também que cumeça… né? Os encontros, os namoros, os noivados, os casamentos”.

 Em seguida, Vanessa Grazziotin explicaria que a gastança ilegal com obras de infraestrutura só é coisa de meliante juramentado aos olhos de gente que não sabe direito, por exemplo, para que serve uma ponte. É só ouvir o que a presidente diz no vídeo: “Por que o que que é uma ponte? Uma ponte é geralmente, e é algo que nós devemos nos inspirar, porque uma ponte é um símbolo muito forte. Pensem comigo, uma ponte ela une, uma ponte fortalece, uma ponte junta energia, uma ponte permite que você supere obstáculos”.

Kátia Abreu provaria que só uma estadista dotada de um sexto sentido pode enxergar as coisas que só Dilma vê — quem mais seria capaz de ver um cachorro oculto por trás de cada criança? No desfecho da contra-ofensiva, Humberto Costa apresentaria o vídeo em que a Mãe do Brasil Maravilha, numa única frase, saúda a mandioca, exalta o milho e anuncia a descoberta da mulher sapiens.

O show do quinteto de patetas faria mais que abreviar em algumas horas o desfecho da chanchada do impeachment. Também obrigaria a nação a apressar a caça a respostas exigidas por duas perguntas perturbadoras. Como pôde o Brasil eleger e reeleger um poste fabricado pelo farsante que oficializou a celebração da ignorância? E como conseguiu o país sobreviver a figuras assim?

Fonte: Coluna do Augusto Nunes

 

Se fossem senadores, 65% dos brasileiros votariam "Fora, Dilma!"

Quem deve governar o País?

Resignada com o próprio infortúnio político, a presidente afastada Dilma Rousseff acalentou uma última aspiração nos dias antecedentes à derradeira votação do impeachment: ela não gostaria de terminar como Fernando Collor, em 1992. Cortejado por meia dúzia de auxiliares, o ex-presidente foi compelido a deixar o Palácio do Planalto por uma porta lateral, de onde seguiu até o helicóptero presidencial debaixo de vaias. Ao piloto da Aeronáutica, Collor arriscou emitir uma última ordem. Como resposta, recebeu um rotundo “não”. Pressentira ali o epílogo de sua melancólica passagem pelo poder. [cabe aqui uma ressalva: há um certo exagero na classificação do comportamento do piloto; quando Collor solicitou que alterasse um pouco o trajeto até a Casa da Dinda, foi informado que o 'plano de vôo' e o combustível contemplava unicamente o trajeto Planalto x Dinda.
Pelas normas legais um 'plano de vôo' não pode ser alterado sem que uma série de exigências sejam seguidas ou em situação de emergência extrema.]



“Acho que Temer faz parte de um processo transitório e que o mercado, a economia e até o próprio cenário internacional receberam o nome dele de maneira muito positiva” Ana Paula Henkel, 44 anos, ex-jogadora de vôlei da seleção brasileira

DOBRO DO APOIO EM 100 DIAS
O protocolo do adeus e as circunstâncias políticas atuais podem até impedir a reprise do episódio, mas – como Collor Dilma não deixará saudades. A maioria dos brasileiros continua a apoiar o impeachment, prefere o presidente em exercício Michel Temer a ela e vislumbra um horizonte de esperança a partir da saída da petista do poder. São as principais conclusões de um levantamento realizado entre os dias 20 e 24 de agosto pelo instituto Paraná Pesquisas, a pedido da revista ISTOÉ (Clique AQUI para a pesquisa completa). Às vésperas do último ato no Senado para o afastamento definitivo, a pesquisa exibe um cenário tétrico para Dilma. Segundo a amostragem, 65,5% dos brasileiros, se fossem senadores e tivessem de comparecer à sessão marcada para terça-feira 30, votariam pelo “Fora, Dilma”. 


Apenas 29,5% diriam “não” à cassação. Confrontada em outra pergunta com a única opção em jogo durante a apreciação do impeachment, ou seja, se quem deve governar o País dali em diante é Dilma ou Temer, a maioria optou pelo presidente em exercício do PMDB: 41,2%. A petista aparece com 21,9%. Ou seja, em 100 dias de governo, Temer já ostenta quase o dobro da preferência dos brasileiros para governar no País em relação à Dilma Rousseff.

Espontaneamente, 34,7% responderam “nenhum dos dois”. O pior índice de Dilma foi registrado na região Sul: 17,7%. O melhor no Nordeste: 32,3%. Mesmo assim, ela não bateria Temer na região, tradicional reduto petista. O peemedebista teria a preferência de 34,7% dos nordestinos. Já Temer obteve o melhor desempenho nas regiões Norte/Centro-Oeste: 46,2%.

Em sintonia com a consolidação de uma maioria favorável ao “Fora, Dilma” e com a preferência por Temer, o levantamento indica um otimismo com o novo Brasil a emergir no pós-cassação. 

Ler íntegra da matéria >>>>>


A baixaria dos juízes do Senado

Lewandowski pediu uma “forma cortês” de falar. Mas o que se viu foi uma baixaria digna dos piores BBBs 

Começou mal o julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, acusada de crimes de responsabilidade fiscal que contribuíram para jogar o Brasil no atual descalabro econômico. A baixaria explícita se instalou na Casa mais alta de nossa República. Era de esperar. Suas Excelências se acham acima do bem e do mal e transformam um julgamento histórico em briga de rua.


Os xingamentos mútuos, puxados pela porta-bandeira Gleisi Hoffmann, retrucados pelo mestre-sala do DEM Ronaldo Caiado e incendiados pelo puxador do samba do PT Lindbergh Farias, foram contidos a custo pelo ministro Ricardo Lewandowski, que parecia atônito diante da desobediência e incivilidade dos excelentíssimos senadores, que se acusaram de imorais, drogados, assaltantes e exploradores.  “Qual é a moral deste Senado para julgar a presidente da República? Qual é a moral que têm os senadores aqui, para dizer que ela é culpada, para cassar?”, gritou Gleisi ao microfone. [Gleisi fez  a indagação baseada em sua própria condição, que  é investigada pela prática de crimes e a qualquer momento pode ser denunciada. Como é possível que uma acusada de crimes, sob investigação e esposa de um assaltante possa julgar alguém?] “Não sou assaltante de aposentado”, retrucou Caiado, referindo-se ao ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi, acusado de fraudar empréstimos consignados. “Você é [assaltante] de trabalhador escravo”, afirmou Gleisi, abandonando o tratamento de “senhor”. Lindbergh saiu em defesa de Gleisi chamando Caiado de “canalha”, apoiado por bicheiros. Caiado mandou Lindbergh fazer exame antidoping porque o Senado não era lugar para ficar cheirando”.

Foi um espetáculo vergonhoso, que só não saiu totalmente de controle devido à serenidade do ministro Lewandowski. Ficou claro que jamais o senador Renan Calheiros ou qualquer outro político teria autoridade para acalmar os ânimos. A baixaria digna dos piores BBBs aconteceu apesar dos alertas. No início da sessão, Lewandowski orientou que os senadores agissem como “verdadeiros juízes”. Pediu que adotassem uma “forma cortês” de falar, “polida, respeitosa”, sem violar “a honra” ou “o decoro”. E quis também o impossível: que os senadores-juízes abandonassem “opções ideológicas, preferências políticas e inclinações pessoais”, para se ater a aspectos técnicos. 

Pode ser que, diante da repercussão negativa, os pitbulls de um lado e de outro resolvam se comportar e engulam os gritos de guerra. É irônico que o único personagem a ser rebaixado – de testemunha de acusação a “informante” –, Júlio Marcelo, procurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), tenha sido o mais sereno, o mais articulado, sem ceder em momento algum a qualquer provocação, especialmente do advogado e ex-ministro José Eduardo Cardozo.

Júlio Marcelo foi rebaixado a pedido do PT, por não ser isento, já que apoiara pelas redes sociais uma manifestação pró-impeachment. Mas foram despidas de paixão suas respostas sobre as pedaladas fiscais de Dilma, as mentiras na campanha de reeleição e o papel concreto da presidente no (des)comando das estatais e da economia. Uma aula para quem deseja realmente entender por que, hoje, o brasileiro é obrigado a cortar plano de saúde e escola particular, por que já faltam alimentos e remédios na praça, por que as pequenas empresas estão endividadas ou fechando e por que os mais pobres sofrem uma taxa de desemprego de 20,6%.

Dilma foi um terremoto. Era para ser um poste passageiro instalado por Lula, à revelia do próprio PT, era para ser uma transição num país com as contas em dia. Era para Dilma ser mãe do PACo, Programa de Aceleração do Crescimento, mas virou mãe do PAQ, Programa de Aceleração da Queda, como escrevi aqui há três anos. Foi quando começou a cair a máscara do assistencialismo sem futuro. O país foi às ruas contra os políticos que arrombavam cofres, depredavam nossa autoestima e vandalizavam nossa economia. A presidente eleita, hoje ré, pede que tenham pena dela e se compara a Getúlio Vargas.

É válido o argumento de que o então vice-presidente Michel Temer não poderia se eximir de culpa. Nem ele nem muito menos o PMDB, o maior aliado dos governos petistas. Mas alegar inocência de Dilma é coisa de militante cego. Achar que Dilma não sabia nada do aparelhamento nas estatais, da promiscuidade com empreiteiras, dos superfaturamentos milionários, das escaramuças no Orçamento com fins eleitorais é uma ofensa até a ela, que sempre fez questão de centralizar todas as decisões.

Aparentemente, o PT também já abandonou a presidente afastada. Às vésperas do julgamento do impeachment, a executiva do PT rejeitou em peso, por 14 votos a 2, a proposta de Dilma de um plebiscito para antecipar as eleições presidenciais de 2018. O Partido dos Trabalhadores quer mais tempo para que o desastre dilmês passe a entrar na conta do PMDB e Lula tente voltar em 2018, prometendo o que não fez na era petista: saúde, segurança e educação de qualidade para todos. Alguém voltará a prometer ética na política?

Fonte: Ruth de Aquino - Época

 

A pergunta que Janaína Paschoal não fará a Dilma na segunda-feira



Ela diz que gostaria de saber por que R$ 50 bilhões foram mandados sob sigilo para outros países durante o governo do PT

jurista Janaína Paschoal (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A jurista Janaína Paschoal (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Coautora do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a advogada Janaína Paschoal acredita que não terá a chance de perguntar a Dilma na segunda-feira (29), no Senado, por qual motivo R$ 50 bilhões foram enviados a outros países, inclusive ditaduras, sob sigilo durante a gestão petista. Janaína admite que a pergunta não se enquadra no escopo do impeachment que está em discussão.

Para quem acha que Janaína vai bater boca com Dilma, ela afirma: “Vou fazer as perguntas que se mostrarem necessárias, se for necessário”.


Fonte: Época
 

 

O Epílogo

No derradeiro ato da saga de destruição deixada por Dilma o País ainda terá de assistir ao seu repisar de delírios. Nesta segunda, 29, ela vai ao Parlamento para dar, de novo, sua versão colorizada dos fatos. A mandatária afastada fala em golpe, mas estará na tribuna do Senado para discursar livremente, sem coações ou perseguições, em sessão dirigida pelo presidente do Supremo Tribunal, compondo lado a lado com os demais chefes dos três poderes – após esgotadas inúmeras fases de apelações e arguições de seus defensores. Tudo dentro dos ritos da lei e do estado democrático de direito. Um contrassenso bizarro que nessas circunstâncias ela cogite levantar a bandeira de golpe. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos. 

A detentora de um dos maiores índices de rejeição de que se tem notícia na história vai reclamar que 81 parlamentares daquela casa congressual não têm o direito de lhe tirar do cargo outorgado por 54 milhões de eleitores em um colégio de 110 milhões de brasileiros. Deixará de lado, propositalmente, a evidência de que esse apoio virou pó. Foi dilapidado por ela logo após assumir, através de um estelionato eleitoral escancarado. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos. A ex-chefe da Nação vai dizer que não cometeu crime algum – “Estão me condenando por algo fantástico, que é um não crime”, já reclamou a uma plateia de militantes e deve voltar a repetir na plenária-, como se a prática das pedaladas, pelas quais é julgada, não estivessem tipificadas na Constituição como crimes de responsabilidade fiscal. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos. 

A presidente que já foi retirada há mais de 100 dias do poder irá propor um plebiscito por eleições antecipadas, mesmo sabendo que não existe tempo hábil para isso antes do escrutínio de 2018 e que, no seu íntimo, guarde a convicção de que não levará adiante a ideia, até porque seu próprio partido PT rechaçou a possibilidade. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos. A comandante do Executivo que tratava os subordinados como meros capachos, tiranizando a relação – independente das alianças políticas estratégicas que eles representavam na base de seu governo -, agora tenta intimidá-los, insinuando a pecha de traidores a muitos deles. É que vários desses antigos colaboradores, como oito ex-ministros, estarão na votação final, na condição de juízes do processo que deve condená-la, e já se mostraram favoráveis ao seu afastamento. 

Mais do que ninguém, sabem o que ocorreu de errado intramuros do Planalto. Foram eles os traídos por um projeto de poder esquizofrênico, e não o contrário. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos. Ao antigo vice e companheiro de chapa, Michel Temer, ela reserva a pecha de “usurpador golpista”, muito embora seja dele, por direito, a atribuição de substituí-la, de acordo com os preceitos legais. Mas para Dilma não importa. Vale a versão, não os fatos. Independente de suas fanfarrices, o impeachment deve se materializar. Pela esmagadora vontade dos cidadãos, que escolhe seus representantes, e diante das evidências de malfeitos em profusão, os senhores senadores estão no dever de depô-la, encerrando uma tenebrosa etapa de 13 anos de desmandos petistas que arruinaram com a economia e a hombridade nacionais.  

Afinal, a permanecer na toada de esbórnia administrativa sem limites que Dilma, Lula & Cia. vinham impondo à sociedade e ao aparato público em especial – na qual as manipulações contábeis eram apenas um detalhe –, o Brasil logo estaria devastado, sem chances de salvação. Na exposição de justificativas, nessa segunda, 29, Dilma pode (como almeja) construir uma narrativa de saída, colocando-se no papel de vítima. As imprecações que vai cometer, como é de seu feitio, precisam ser analisadas à luz desse contexto. Tal encenação, no entanto, não pode lhe livrar do ostracismo ou até mesmo da cadeia mais adiante, dentro de um desfecho tão esperado como inevitável. Seria o epílogo ideal, sem ressalvas, do mais irresponsável e aflitivo mandato presidencial de nossa história, cujo legado todos querem esquecer.

Fonte: Editorial - IstoÉ