Dilma estabelece cronograma para saída de Graça e toda diretoria em março
Após encontro no Planalto, Graça não responde se está saindo da Petrobras: 'a reunião foi boa, como sempre', disse
A presidente Dilma Rousseff se reuniu com a presidente da Petrobras,
Graça Foster, nesta terça-feira, e reafirmou o acordo de que Graça e
todos os diretores da Petrobras deixarão os cargos em março, logo depois
da reunião do Conselho de Administração da empresa onde será
apresentado o balanço financeiro referente a 2014.
Após o encontro no Planalto, já no aeroporto de Brasília, Graça foi lacônica ao embarcar de volta para o Rio: — A reunião foi boa, como sempre - disse ao GLOBO. Indagada se estava deixando a estatal, não respondeu e apenas sorriu. A cifra de R$ 88 bilhões de perdas anunciada semana passada levou a
presidente Dilma Rousseff a admitir pela primeira vez a auxiliares que a
saída de Graça Foster da presidência da Petrobras é inevitável. O
problema agora é o momento em que anunciará a decisão. De acordo com
interlocutores da presidente, há grande pressão do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante,
para que a saída seja imediata, mas Dilma ainda reluta pela falta de um
nome compatível com o cargo: — Não está se falando do ministério dos Portos, mas da maior empresa do país — justificou um ministro. [ao eleger e reeleger Lula e Dilma o eleitor brasileiro fez a opção pela incomPTencia, desonestidade e tudo o que não presta.
O mesmo critério Dilma usa para escolher seus auxiliares mais próximos, especialmente os que tem a missão de destruir o Brasil.]
O mesmo critério Dilma usa para escolher seus auxiliares mais próximos, especialmente os que tem a missão de destruir o Brasil.]
Dilma vinha resistindo à ideia de tirar Graça do cargo. Semana
passada, no entanto, em reunião do conselho político, no Palácio da
Alvorada, Dilma sinalizou que havia mudado de opinião. Mercadante passou
então a agir vigorosamente para apressar a saída de Graça, apesar da
cautela da presidente, que não quer deixar a estatal acéfala. Além da
pressão de Lula, de Mercadante e de parte da equipe econômica, Graça vem
pedindo sistematicamente a Dilma para sair do comando da estatal. Os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, do Planejamento, Nelson
Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, além do
próprio Mercadante, foram incumbidos de buscar no mercado nomes que
possam compor o Conselho de Administração da empresa, mas os grandes
executivos do país relutam em aceitar qualquer cargo até a aprovação das
contas da empresa por uma consultoria externa.
A presidente Dilma Rousseff não deve mais designar ministros para o
conselho de administração. Interlocutores do Palácio do Planalto afirmam
que a avaliação da presidente no momento é que a empresa precisa de
nomes do setor privado. A prioridade é dar à Petrobras o distanciamento
necessário do governo para que ela resgate a credibilidade perdida em
função do escândalo da operação Lava-Jato. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não chegou a ser convidado para a
presidência do conselho, que hoje é ocupada por seu antecessor, Guido
Mantega. No entanto, tem dito dentro do governo que não gostaria de ir.
Levy está entre os que acreditam que a Petrobras precisa de nomes de
mercado.
— A fase dos ministros na Petrobras está encerrada — disse um integrante da equipe econômica.
No entanto, isso não será tarefa fácil. A Petrobras já informou que ainda não sabe exatamente o tamanho do rombo causado pelos casos de corrupção. O balanço da empresa referente ao terceiro trimestre de 2014 foi publicado na madrugada de quarta-feira passada sem ter sido auditado. E a estatal informou que R$ 88,6 bilhões de 31 de seus ativos foram superavaliados, com indícios de sobrepreços, o que pode mostrar o custo de parte das irregularidades. Tudo isso afasta nomes bem cotados, que não vão querer se envolver com a Petrobras até que tudo esteja em pratos limpos.
— Ninguém quer sentar naquela cadeira para responder por algo do qual
não participou e do qual não sabe todos os detalhes — disse a fonte do
governo.
Por isso, o mais provável é que a presidente não faça mudanças no conselho de administração até que o problema do balanço esteja resolvido. A ideia é que, até lá, Mantega e a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior continuem no conselho da estatal com a missão de defender o governo. Há um temor de que a PricewaterhouseCoopers (PwC), que audita o balanço da Petrobras e ainda não quis dar o aval ao balanço, poderia colocar o rombo de R$ 88 bilhões na conta do governo.
— Os R$ 88 bilhões incluem uma série de outras coisas sem relação com Lava-Jato, como, por exemplo, erros de cálculos de projetos básicos. Mantega e Belchior ficarão para não deixar que a PwC coloque o rombo todo na conta do governo — disse a fonte.
Fonte: O Globo
— A fase dos ministros na Petrobras está encerrada — disse um integrante da equipe econômica.
No entanto, isso não será tarefa fácil. A Petrobras já informou que ainda não sabe exatamente o tamanho do rombo causado pelos casos de corrupção. O balanço da empresa referente ao terceiro trimestre de 2014 foi publicado na madrugada de quarta-feira passada sem ter sido auditado. E a estatal informou que R$ 88,6 bilhões de 31 de seus ativos foram superavaliados, com indícios de sobrepreços, o que pode mostrar o custo de parte das irregularidades. Tudo isso afasta nomes bem cotados, que não vão querer se envolver com a Petrobras até que tudo esteja em pratos limpos.
Por isso, o mais provável é que a presidente não faça mudanças no conselho de administração até que o problema do balanço esteja resolvido. A ideia é que, até lá, Mantega e a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior continuem no conselho da estatal com a missão de defender o governo. Há um temor de que a PricewaterhouseCoopers (PwC), que audita o balanço da Petrobras e ainda não quis dar o aval ao balanço, poderia colocar o rombo de R$ 88 bilhões na conta do governo.
— Os R$ 88 bilhões incluem uma série de outras coisas sem relação com Lava-Jato, como, por exemplo, erros de cálculos de projetos básicos. Mantega e Belchior ficarão para não deixar que a PwC coloque o rombo todo na conta do governo — disse a fonte.
Fonte: O Globo
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