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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

PT entra na mira da PF. É questão de tempo - e pouco tempo - chegar à Lula e Dilma

PT entra na mira da PF após ex-gerente dizer que partido recebeu US$ 200 mi em propinas

Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras, disse que João Vaccari Neto recebeu valores sobre 90 contratos da estatal petrolífera no período de 2003 a 2013, em nome do partido, que nega a denúncia

A nova fase de investigação da Operação Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira atingiu em cheio o Partido dos Trabalhadores e levou o maior escândalo de corrupção da história do país para um pouco mais perto do Palácio do Planalto. De acordo com o depoimento dado pelo ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, o PT arrecadou algo entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões ao longo de 10 anos. De acordo com Barusco, os recursos vieram de propinas referentes a cerca de 90 contratos firmados pela Petrobras com diferentes empresas entre 203 e 2013.

O ex-gerente ainda afirmou que o operador do esquema no partido era exatamente o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. No depoimento prestado á Polícia Federal e à Procuradoria da República, Barusco afirmou que apenas Vaccari teria recebido cerca de US$ 50 milhões em recursos desviados da estatal. O executivo também deixou claro que recebia propinas na Petrobras desde 1997, ainda no primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

As declarações de Barusco colocam, pela primeira vez, o PT no centro da crise da Petrobras. O partido negou as acusações e afirmou que as informações são mentirosas.  As declarações provocaram a deflagração da explosiva My Way, nona fase da Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a Petrobrás. Contra Vaccari Neto, foi expedido um mandado de condução coercitiva e ele teve de prestar depoimento na sede da PF, em São Paulo. O tesoureiro falou à PF e foi liberado no início da tarde.
Ele afirmou à Polícia Federal que todas as contribuições obtidas por ele para o partido “foram absolutamente dentro da lei”. Vaccari desmentiu as declarações de Barusco, por meio de seu advogado. “Essa informação não procede”, rechaçou com veemência o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o tesoureiro do partido. O PT também reagiu às denúncias do delator. O partido, em nota oficial, destacou que recebe “apenas doações legais”.

Barusco disse que “estima que foi pago o valor aproximado de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões ao Partido dos Trabalhadores. Um dos delatores da Lava Jato, Barusco foi braço direito de Renato Duque na Diretoria de Serviços da Petrobras. Para não ser preso, o ex-gerente decidiu fazer a delação premiada. Segundo Pedro Barusco, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, conduzido nesta quinta feira, 5, para depor na Polícia Federal em São Paulo, recebeu US$ 4,523 milhões “a título de propina do estaleiro Kepell Fels”.

Segundo integrantes da força-tarefa da Lava Jato, a operação de hoje teve como objetivo coletar provas de desvios ocorridos na diretoria de Serviços da Petrobrás. Onze operadores teriam participado do esquema, entre eles, o tesoureiro. 
A Polícia Federal afirma que a nova etapa é resultado da análise de documentos e contratos já apreendidos por ela, além de informações repassadas por um dos investigados e de denúncias de uma ex-funcionária de uma das empresas alvo da Lava Jato.
Leia a íntegra da nota oficial do PT:
“A assessoria de imprensa do PT reitera que o partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral. As novas declarações de um ex-gerente da Petrobras, divulgadas hoje, seguem a mesma linha de outras feitas em processos de “delação premiada” e que têm como principal característica a tentativa de envolver o partido em acusações, mas não apresentam provas ou sequer indícios de irregularidades e, portanto, não merecem crédito. Os acusadores serão obrigados a responder na Justiça pelas mentiras proferidas contra o PT.” [curioso é que o 'partido dos traidores' ameaça, ameaça e nada faz contra os supostos caluniadores. 

O medo do PT é que os acusadores ao serem acusados formalmente apresentem em suas defesas provas de tudo que afirmam. Assim, a alta direção do 'partido dos trambiqueiros' prefere acusar os que apontam a desonestidade do PT, sem dar chance aos mesmos de provarem o que afirmam.
No caso do MENSALÃO - PT o discurso seguia a mesma linha e mesmo assim muitos da organização criminosa foram condenados - penas leves, mas, penas.
É bom o João Vaccari se cuidar e ter em conta que sendo o operador do esquema corre o risco de ser o Marco Valério do PETROLÃO - PT. Não ter a sorte do seu mentor, Delúbio Soares, que não foi processado como operador e sim como mero administrador do Caixa 2 - PT.]


Fonte: AE/IstoÉ

 

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