Da sacada do Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, na manhã radiante
de sua posse no dia 15 de março de 1983, o governador eleito Tancredo
Neves (PMDB), com a voz um pouco rouca, disse para delírio da multidão
que o escutava: - O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade.
Antes do fim da leitura do discurso, insistiu: - Liberdade é o outro nome de Minas.
Ao seu lado, Ronaldo Costa Couto, escolhido para Secretário de
Planejamento do Estado, futuro ministro do Interior, disfarçou a emoção. Em meados de abril de 1985, na condição de presidente eleito do Brasil,
mas não empossado devido a uma infecção generalizada no intestino
grosso, Tancredo comentou com o neto Aécio Neto, a caminho da sétima e
última operação antes de morrer: - Eu não merecia isso.
Faz 30 anos que José Sarney, o vice, assumiu a presidência da República
menos de 12 horas depois de Tancredo ter sido internado às pressas no
Hospital de Base, em Brasília. Dali, depois de operado duas vezes, seria transferido para o Instituto
do Coração, em São Paulo, aonde foi operado mais cinco vezes, agonizou e
morreu na noite do domingo 21 de abril.
Parte da culpa pela morte de Tancredo foi dos médicos que o atenderam
em Brasília – alguns da própria cidade, outros de fora, mas todos
esmagados pelo peso da responsabilidade de salvar o homem que livrara o
país de uma ditadura militar de 21 anos, encerrada com a eleição dele em
15 de janeiro daquele ano. A outra parte da culpa pela morte de Tancredo foi dele próprio.
Tancredo escondeu sua doença até de parentes próximos como sua mulher
Risoleta, e Aécio.
Não queria abortar sua ascensão à presidência da República. De resto, e
com razão, temia que os militares não devolvessem o poder aos civis se
soubessem que ele estava gravemente enfermo [o que, convenhamos, teria evitado o desastre que os civis da famigerada nova República, iniciada com Sarney, impuseram ao Brasil.]
João Figueiredo, o último general-presidente da ditadura, saiu pela
porta lateral do Palácio do Planalto para não ter que passar a faixa
presidencial a Sarney. Presidente do partido de apoio à ditadura até o segundo semestre de
1984, Sarney trocara de lado e se tornara vice de Tancredo. Figueiredo
jamais o perdoou.
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Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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