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quinta-feira, 12 de março de 2015

Quando o povo acorda os governantes perdem o sono



O PSDB vive um dilema – para variar. Não quer saber de impeachment de Dilma porque não quer saber da substituição dela por Michel Temer, o vice do PMDB

[Michel Temer e seu partido não representam, em conjunto ou isoladamente, o vice-presidente dos sonhos de qualquer brasileiro sensato.
Mas, se tratando de situação necessária para livrar o Brasil do nefasto governo Dilma e de quebra  excluir definitivamente o Lula e toda a petralhada o Temer e o PMDB são opções válidas.
Sarney não fez um governo maravilhoso – substituiu Tancredo – mas seu governo foi várias vezes melhor que o de Lula e Dilma.
Itamar Franco, substituiu Collor, fez um governo excelente.]
O PSDB distribuiu nota de apoio “irrestrito a todas as manifestações pacíficas e organizadas de forma apartidária em todo País”. Diz que estará com seus militantes “ao lado dos que expressam o grande sentimento de indignação contra a degradação moral e os gravíssimos problemas socioeconômicos provocados por esse governo”.
Aécio Neves, presidente do partido, anunciou que não comparecerá à manifestação do próximo domingo para evitar o uso do seu nome pelo governo como meio de fortalecer o discurso contra o terceiro turno. - Não devo ir para não dar força ao discurso do terceiro turno, pelo fato de ter disputado a eleição com a presidente Dilma. Isso dá força ao discurso que não é verdadeiro. Quanto menos partidário mais expressivo será o movimento – observou Aécio.

Quer dizer: se militantes e mesmo líderes expressivos do PSDB marcharem ao lado dos manifestantes que querem o impeachment de Dilma, o governo não falará em terceiro turno. Mas se ele, Aécio, marchar, aí, sim, o governo falará.

Lorota. Aécio poderá ir ou não à manifestação. Não irá. Mas não jogue nas costas do governo a culpa por sua ausência. [como bom mineiro Aécio vai preferir a comodidade do muro.] O que o PSDB ganharia com isso? Nada. E ainda se veria obrigado a apoiar Temer. O melhor para o PSDB seria que Dilma sangrasse até o último dia do seu segundo governo. Para que ele, PSDB, disputasse a eleição presidencial de 2018 com chances de derrotar o PT. [ao deixar prosperar a idéia do Ignorantácio Lula da Silva sangrar até o fim na crise do MENSALÃO – PT, em 2005, que o PSDB perdeu a oportunidade maravilhosa de detonar o $talinácio via ‘impeachment’.] 

Mas e se Dilma sangrar por dois anos e se recuperar nos dois anos finais?  Impeachment depende de povo na rua. Muito povo. Por um largo tempo.  Os políticos temem perder o controle do processo. No dia em que o povo acordar os governantes perderão o sono.

Constituição garante o direito de Dilma de ir e vir. De não ser vaiada, não garante!
Quem imaginaria que isso poderia acontecer pouco tempo depois de sua reeleição?
Ir ou não ir a Belo Horizonte amanhã como está programado há bastante tempo? A dúvida dilacera a coordenação política do governo Dilma, e ela própria.
Ontem, no Acre, para entregar menos de 100 casas do projeto Minha Casa, Minha Vida, Dilma foi recepcionada no aeroporto por 250 militantes do PT mobilizados pelo governador Tião Viana (PT).  Eles aplaudiram  Dilma. E gritaram: “Dilma, eu te amo”.

Fonte: Blog do Noblat – Ricardo Noblat

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